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Universidade Estadual Paulista

Júlio de Mesquita Filho


Faculdade de Engenharia de Bauru, 18 de março de 2010

Evolução Atômica

Aluno: Anderson Bernardo


Prof: Dr. Fenelon Martinho Lima Pontes.
Turma Engenharia Civil 2010
Introdução

As origens da Química são muito antigas. O homem pré-histórico provavelmente


impressionou-se quando, pela primeira vez, conseguiu produzir o fogo. Aprendeu a cozer
alimentos, usar argila para produzir potes, e talvez por acaso tenha descoberto o minério
de cobre que quando aquecido ao fogo, produzia cobre metálico. E esse quando
esquentado com estanho fabricava o bronze.
Portanto, o homem passou o Período Pré-Histórico, aprendendo a produzir metais, o
que o fez apaixonar-se por essa arte que posteriormente seria conceituada pelos teóricos
da Química.
E assim, por volta de 400 a.C, na península balcânica, nasceram os primeiros teóricos
químicos.
Demócrito e Leucipo, filósofos gregos, afirmavam que toda matéria era constituída por
minúsculas partículas, ás quais deram o nome de átomos. Essa ideia foi rejeitada por
Platão e Aristóteles, que tinham muito maior prestígio na época.
Apenas em 1650 d.C. o conceito de átomo foi novamente exposto pelo filósofo francês
Pierre Cassendi.
Em 1808, John Dalton, baseando-se em árias observações experimentais sobre gases
e reações químicas, criou a primeira ideia científica do átomo, chamada “Teoria Atômica”.
A partir, desse momento histórico revolucionário iniciou o estudo dos modelos atômicos.
E assim a exemplo do homem pré-histórico, o homem contemporâneo novamente
impressionou-se com tal criação.
Antiguidade

O termo atomismo foi originado pelos filósofos gregos. Esse conceito surgiu decorrente
da crença que repartindo a matéria em pedaços cada vez menores, chegaria um
momento que essas partículas tornariam-se indivisíveis. Por terem essa característica de
serem indivisíveis, tais partículas foram denominadas de átomos.
Entretanto, até chegar ao conceito de átomo, vários filósofos tentavam explicar a
constituição da matéria. Por exemplo, Tales (625-558 a.C.) acreditava que todas as
coisas originavam-se da água; Anaxímenes (585-528/5 a.c.) pensava que tudo surgia do
ar; Jenofánes (570-475 a.c.) imaginava que tudo era formado de água e terra;
Empédocles (490-430 a.c.) conferia a terra, água, ar e fogo a constituição de tudo e já
Heráclito acreditava em um princípio que chamou de arché, no qual todas as coisas
desde suas origens estavam ligadas ao fogo.
Já no século V a.C, a atomística inicia-se com Leucipo de Mileto juntamente a seu
discípulo Demócrito de Abdera, considerado o “pai do atomismo” grego, discorreram
sobre a natureza da matéria de forma elegante e precisa.
Demócrito, propôs que a realidade, o todo, se compõe não só de átomos
ou partículas indivisíveis de natureza idêntica, conforme proposto por Parmênides.
Demócrito acreditava que o vácuo era um não ente. Esta tese entrou em franca
contradição com o “conhecimento do ser” de Parmênides.
Heráclito postulava que vácuo e matéria desde a eternidade interagem entre si dando
origem ao movimento. E que os átomos apresentam as propriedades de: forma;
movimento; tamanho e impenetrabilidade e, por meio de choques entre si, dão origem a
objetos.
Segundo Demócrito a matéria era descontínua, portanto, ao invés dos corpos
macroscópicos, os corpos microscópicos, ou átomos não interpenetram-se nem dividem-
se, sendo suas mudanças observadas em certos fenômenos físicos e químicos como
associações de átomos e suas dissociações e que qualquer matéria é resultado da
combinação de átomos dos quatro elementos: ar; fogo; água e terra. Aristóteles, ao
contrário de Demócrito, postulou a continuidade da matéria, ou, não constituída por
partículas indivisíveis.
Em 60 a.C., Lucrécio compôs o poema De Rerum Natura (Sobre a natureza das
Coisas)), que discorria sobre o atomismo de Demócrito.
Os filósofos porém, adotaram o modelo atômico de Aristóteles, da matéria contínua, que
foi seguido pelos pensadores e cientistas até o século XVI d.C.
Modelo Atômico - John Dalton
John Dalton, professor inglês, propôs, baseado em suas experiências, uma explicação
da natureza da matéria. Os principais postulados de Dalton são:
“Toda matéria é composta por minúsculas partículas chamadas átomos.”
“Os átomos de um mesmo elemento são iguais em massa e possuem as mesmas
propriedades químicas.”
“Átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre si.”
“Átomos são permanentes e indivisíveis e não podem ser criados, nem destruídos.”
“As reações químicas não passam de uma reorganização de átomos.”
“Os compostos são formados pela combinação de átomos diferentesem proporções fixas.”
O interessante das ideias de Dalton foi que conseguiram explicar a conservação da
massa durante a reação química (Lei de Lavoisier) e também da composição definida (Lei
de Proust).
Com isso em 1808, Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma
minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga. Todos os
átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi chamado
de modelo atômico da bola de bilhar.

Modelo Atômico - Joseph John Thomson

A partir de uma experiência utilizando tubos de Crookes, Joseph John


Thomson demonstrou que os raios catódicos podiam ser interpretados como um feixe de
partículas carregadas negativamente e que possuíam massa. Concluiu que essas
partículas negativas deviam fazer parte de quaisquer átomos, recebendo assim o nome
de elétron.
O Modelo atômico de Thomson (1897) propunha então que se o átomo não fosse
maciço (como havia afirmado John Dalton), mas sim um fluido com carga positiva
(homogêneo e quase esférico) no qual estavam dispersos (de maneira homogênea) os
elétrons. Podemos fazer a analogia desse modelo atômico com um "Panetone" ou com
um pudim recheado de uvas passas, em que a massa do panetone seria positiva e as
passas seriam as partículas negativas.

Modelo Atômico - Ernest Rutherford

Em 1911, Ernest Rutherford, estudando a trajetória de partículas alfa (partículas


positivas que se assemelham ao átomo de hélio) emitidas pelo elemento radioativo
polônio, bombardeou uma lâmina fina de ouro. Ele observou que a maioria das partículas
alfa atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio em seu caminho, porém haviam
algumas partículas que sofriam desvio em sua trajetória; outras em número muito
pequeno batiam na lâmina e voltavam.
Rutherford concluiu que a lâmina de ouro não era constituída de átomos maciços e
propôs que um átomo era estruturado por um núcleo muito pequeno carregado
positivamente (no centro do átomo) e muito denso, rodeado por uma região
comparativamente grande onde estariam os elétrons em movimentos orbitais. Essa região
foi chamada de eletrosfera.
Segundo Rutherford, o tamanho de átomo seria de 10000 e 100000 vezes maior que seu
núcleo. Para exemplificar, como todo professor química de ensino médio e cursinho fala:
“Imaginem o núcleo sendo uma bola de futebol no centro do Maracanã e a eletrosfera
sendo o próprio Maracanã.”
Observemos que Rutherford teve que admitir em seu modelo os elétrons orbitando em
volta do núcleo, porque, sendo eles negativos, se estivessem parados, acabariam indo de
encontro ao núcleo, que é positivo.
Modelo Atômico - Niels Bohr

Bohr, baseando-se nos estudos feitos em relação ao espectro do átomo de hidrogênio e


na teoria proposta em 1900 por Planck (Teoria Quântica), segundo a qual a energia a
energia não é emitida de forma contínua, mas em “pacotes” chamados de “quanta” de
energia, propôs os seguintes postulados:
1) Os elétrons nos átomos descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo,
chamadas de camadas ou níveis de energia.
2) Cada um desses níveis possui um determinado valor de energia (estados
estacionários).
3) Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de
energia.
4) Os elétrons podem saltar de um nível para outro mais externo ], desde que absorva
a energia necessária (quantum de energia)
5) Ao voltar ao nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia, forma de luz
de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética (fotón).
6) Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser ordenada por letras K,
L, M, N, O, P, Q. As camadas podem apresentar:
K = 2 elétrons
L = 8 elétrons
M = 18 elétrons
N = 32 elétrons
O = 32 elétrons
P = 18 elétrons
Q = 2 elétrons

7) Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode ter
valores inteiros: 1, 2, 3, etc.

Com esses postulados Bohr resolveu o problema teórico do modelo de Rutherford. Tal
problema era: os elétrons (carga negativa) girando ao redor do núcleo (carga positiva)
ocasionariam perda de energia devido a emissão de radiação e consequentemente os
elétrons cairiam no núcleo.

Modelo Atômico Atual

A teoria de Bohr explicava muito bem o que ocorria com o átomo de hidrogênio, mas
apresentou-se imprópria para esclarecer os espectros atômicos de outros átomos com
dois ou mais elétrons.
Até 1900 tinha-se a ideia de que a luz possuía caráter de onda. A partir dos trabalhos
feitos por Planck e Einstein, este último propôs que a luz seria formada por partículas-
onda, ou seja, segundo a mecânica quântica, (assunto pouco estudado no ensino médio)
as ondas eletromagnéticas podem mostrar algumas propriedades características de
partículas e vice-versa. A natureza dualística onda-partícula passou a ser aceita
universalmente.
Já em 1924, o francês, Louis de Broglie sugeriu que os elétrons, até então considerados
partículas, possuiriam propriedades semelhantes ás ondas. E assim enunciou o Princípio
da Dualidade: “A todo elétron em movimento está associada uma onda característica”.
Ora, se o elétron se comporta como onda, como é possível identificar a posição de uma
onda em um dado instante? Podemos determinar seu comprimento de onda, sua energia,
e até sua amplitude, porém não há possibilidade de dizer onde está o elétron.
Além disso, considerando-se o elétron uma partícula, essa é tão pequena que, se
tentássemos indicar sua posição e velocidade num determinado instante, os próprios
instrumentos de medição alterariam os resultados. Com isso, Heisenberg propôs o
Princípio da Incerteza: “Não é possível determinar a posição e a velocidade de um
elétron, simultaneamente, em um mesmo instante.”
Dois anos depois em 1926, Erwin Schrödinger, devido a impossibilidade de calcular a
posição exata de um elétron na eletrosfera, desenvolveu uma equação de ondas, (muito
complexa envolvendo cálculo avançado e que não nos interessa desenvolvê-la aqui) na
qual permitia determinar a probabilidade de encontramos o elétron numa dada região do
espaço.
Assim, temos que a região do espaço onde é máxima a probabilidade de encontramos o
elétron é chamada de orbital.
Conclusão

A criação de modelos atômicos pelos cientistas, Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr,


Arnold Sommerfeld e outros. Promoveu uma revolução no entendimento do homem sobre
si mesmo e o mundo.
Entretanto, tal revolução ocorreu de maneira lenta, uma vez que inovações de
semelhante magnitude questionavam conceitos já antes consagrados, por exemplo, a
ideia de luz sendo uma onda foi alterada para partícula-onda.
Assim, o modelo atômico atual explica com autoridade o funcionamento das coisas, e é
certo que novos modelos atômicos serão criados baseados no atual para proporcionar
uma melhor compreensão do mundo.
Referências bibliográficas

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_atômico.
• http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/modeloatomico/modelos_atomicos.html.
• http://www.dqi.ufms.br/~lp4/modelos%20atomicos.pdf.
• Química Geral – John B. Russell.

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