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Evolução Atômica
O termo atomismo foi originado pelos filósofos gregos. Esse conceito surgiu decorrente
da crença que repartindo a matéria em pedaços cada vez menores, chegaria um
momento que essas partículas tornariam-se indivisíveis. Por terem essa característica de
serem indivisíveis, tais partículas foram denominadas de átomos.
Entretanto, até chegar ao conceito de átomo, vários filósofos tentavam explicar a
constituição da matéria. Por exemplo, Tales (625-558 a.C.) acreditava que todas as
coisas originavam-se da água; Anaxímenes (585-528/5 a.c.) pensava que tudo surgia do
ar; Jenofánes (570-475 a.c.) imaginava que tudo era formado de água e terra;
Empédocles (490-430 a.c.) conferia a terra, água, ar e fogo a constituição de tudo e já
Heráclito acreditava em um princípio que chamou de arché, no qual todas as coisas
desde suas origens estavam ligadas ao fogo.
Já no século V a.C, a atomística inicia-se com Leucipo de Mileto juntamente a seu
discípulo Demócrito de Abdera, considerado o “pai do atomismo” grego, discorreram
sobre a natureza da matéria de forma elegante e precisa.
Demócrito, propôs que a realidade, o todo, se compõe não só de átomos
ou partículas indivisíveis de natureza idêntica, conforme proposto por Parmênides.
Demócrito acreditava que o vácuo era um não ente. Esta tese entrou em franca
contradição com o “conhecimento do ser” de Parmênides.
Heráclito postulava que vácuo e matéria desde a eternidade interagem entre si dando
origem ao movimento. E que os átomos apresentam as propriedades de: forma;
movimento; tamanho e impenetrabilidade e, por meio de choques entre si, dão origem a
objetos.
Segundo Demócrito a matéria era descontínua, portanto, ao invés dos corpos
macroscópicos, os corpos microscópicos, ou átomos não interpenetram-se nem dividem-
se, sendo suas mudanças observadas em certos fenômenos físicos e químicos como
associações de átomos e suas dissociações e que qualquer matéria é resultado da
combinação de átomos dos quatro elementos: ar; fogo; água e terra. Aristóteles, ao
contrário de Demócrito, postulou a continuidade da matéria, ou, não constituída por
partículas indivisíveis.
Em 60 a.C., Lucrécio compôs o poema De Rerum Natura (Sobre a natureza das
Coisas)), que discorria sobre o atomismo de Demócrito.
Os filósofos porém, adotaram o modelo atômico de Aristóteles, da matéria contínua, que
foi seguido pelos pensadores e cientistas até o século XVI d.C.
Modelo Atômico - John Dalton
John Dalton, professor inglês, propôs, baseado em suas experiências, uma explicação
da natureza da matéria. Os principais postulados de Dalton são:
“Toda matéria é composta por minúsculas partículas chamadas átomos.”
“Os átomos de um mesmo elemento são iguais em massa e possuem as mesmas
propriedades químicas.”
“Átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre si.”
“Átomos são permanentes e indivisíveis e não podem ser criados, nem destruídos.”
“As reações químicas não passam de uma reorganização de átomos.”
“Os compostos são formados pela combinação de átomos diferentesem proporções fixas.”
O interessante das ideias de Dalton foi que conseguiram explicar a conservação da
massa durante a reação química (Lei de Lavoisier) e também da composição definida (Lei
de Proust).
Com isso em 1808, Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma
minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga. Todos os
átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi chamado
de modelo atômico da bola de bilhar.
7) Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode ter
valores inteiros: 1, 2, 3, etc.
Com esses postulados Bohr resolveu o problema teórico do modelo de Rutherford. Tal
problema era: os elétrons (carga negativa) girando ao redor do núcleo (carga positiva)
ocasionariam perda de energia devido a emissão de radiação e consequentemente os
elétrons cairiam no núcleo.
A teoria de Bohr explicava muito bem o que ocorria com o átomo de hidrogênio, mas
apresentou-se imprópria para esclarecer os espectros atômicos de outros átomos com
dois ou mais elétrons.
Até 1900 tinha-se a ideia de que a luz possuía caráter de onda. A partir dos trabalhos
feitos por Planck e Einstein, este último propôs que a luz seria formada por partículas-
onda, ou seja, segundo a mecânica quântica, (assunto pouco estudado no ensino médio)
as ondas eletromagnéticas podem mostrar algumas propriedades características de
partículas e vice-versa. A natureza dualística onda-partícula passou a ser aceita
universalmente.
Já em 1924, o francês, Louis de Broglie sugeriu que os elétrons, até então considerados
partículas, possuiriam propriedades semelhantes ás ondas. E assim enunciou o Princípio
da Dualidade: “A todo elétron em movimento está associada uma onda característica”.
Ora, se o elétron se comporta como onda, como é possível identificar a posição de uma
onda em um dado instante? Podemos determinar seu comprimento de onda, sua energia,
e até sua amplitude, porém não há possibilidade de dizer onde está o elétron.
Além disso, considerando-se o elétron uma partícula, essa é tão pequena que, se
tentássemos indicar sua posição e velocidade num determinado instante, os próprios
instrumentos de medição alterariam os resultados. Com isso, Heisenberg propôs o
Princípio da Incerteza: “Não é possível determinar a posição e a velocidade de um
elétron, simultaneamente, em um mesmo instante.”
Dois anos depois em 1926, Erwin Schrödinger, devido a impossibilidade de calcular a
posição exata de um elétron na eletrosfera, desenvolveu uma equação de ondas, (muito
complexa envolvendo cálculo avançado e que não nos interessa desenvolvê-la aqui) na
qual permitia determinar a probabilidade de encontramos o elétron numa dada região do
espaço.
Assim, temos que a região do espaço onde é máxima a probabilidade de encontramos o
elétron é chamada de orbital.
Conclusão
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_atômico.
• http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/modeloatomico/modelos_atomicos.html.
• http://www.dqi.ufms.br/~lp4/modelos%20atomicos.pdf.
• Química Geral – John B. Russell.