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Missão Integral
Uma releitura a partir de Atos 6.1-7.
Neste artigo científico encontra-se um análise do contexto de Atos dos
Apóstolos e posteriormente uma leitura relevante a nossos dias, buscando
apresentar a Missão Integral de Cristo, a qual todo cristão é comissionado a
continuar.
A utilização das informações aqui contidas é autorizada desde que a
fonte seja citada (Sidinei Bühler Kauer, www.sbkauer.com) e preferencialmente
haja o contato informando o uso pelo contato@sbkauer.com.
MISSÃO INTEGRAL
UMA RELEITURA DE ATOS 6.1 à 7
Sidinei Bühler Kauer1
Resumo
A pós-modernidade influenciou grandemente o cristianismo evangélico. Movimentos
como o neo-pentecostalismo surgem neste período e com eles antigos conflitos retomam
fôlego e novos conflitos surgem. Fundamentalistas e neo-pentecostais repelem-se e
surge um grande abismo entre fé e prática. Neste artigo, oferecemos a teologia da
Missão Integral como uma proposta de reconciliação entre o transcendente e a prática.
Para isso partiremos de uma análise do texto de Atos 6.1-7 onde vemos que desde a
Igreja Primitiva já existiam conflitos, mas também a busca por soluções. Nesta reflexão,
contaremos como principal referencial teórico o teólogo John R. W. Stott.
Palavras chave:
Missão Integral, Conflitos, Atos dos Apóstolos.
Abstract
Postmodernity greatly influenced evangelical Christianity. Movements such as neo-
pentecostalism arise in this period and they take up old conflicts and new breath
conflicts arise. Fundamentalists and neo-pentecostal repel each other and there is a wide
gap between faith and practice. In this article, we offer a theology of the Integral
Mission as a proposal for reconciliation between the transcendent and practice. To do
this from an analysis of the text in Acts 6:1-7 where we see that since the Early Church
there were already conflicts, but also the search for solutions. In this reflection, we
count as the main theoretical theologian John R. W. Stott.
Keywords:
Integral Mission, Conflicts, Acts of the Apostles.
Conteúdo
MISSÃO INTEGRAL ................................................................................................... 1
Resumo ......................................................................................................................... 2
Palavras chave: ............................................................................................................. 2
Abstract ........................................................................................................................ 2
Keywords: .................................................................................................................... 2
Conteúdo ...................................................................................................................... 2
Introdução..................................................................................................................... 3
Características do Livro de Atos dos Apóstolos ............................................................. 3
Crescimento e conflitos ................................................................................................. 4
A escolha dos ―Sete‖ e o Pacto de Lausanne. ................................................................ 6
A Missão Integral. ......................................................................................................... 8
3
Lucas deu muita importância em seus escritos aos pobres e a libertação social que o
evangelho traz às pessoas. Podemos ver que Lucas de forma exclusiva em relação aos
demais evangelistas, traz os relatos do Rico Insensato (Lc 12.13-21), Lazaro e o Rico
(Lc 16.19-31), e da viúva e sua oferta (Lc 21.1-4) (HALE, 1983, p. 130)7. O próprio
livro de Atos dos Apóstolos confirma o interesse do autor pelos pobres: 6.1; 9.36;
10.2,4,3; 20.35. Diferentemente do Evangelho, onde sabemos que Lucas contou com
um escrito similar, a saber, Marcos, como fonte, não existe no cânon livro similar a
Atos dos Apóstolos. Entretanto, conforme Hale, não temos motivos para negar que o
autor tenha usado fontes, tanto orais como escritas para redigir a segunda parte de sua
obra. (HALE, 1983, p. 130)8
4
apostolon), para Hale, não esboça bem o propósito deste livro, pois seu objetivo não é
falar em si dos atos dos apóstolos de Cristo, mas, do desenvolver do cristianismo,
conforme citado abaixo:
Em Nossas Bíblias, este segundo volume escrito por Lucas é intitulado "Atos
dos Apóstolos". Este título é encontrado nos manuscritos do quarto século
(Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus). O Cânon Muratoriano (cerca de 170
d.C.) afirma que "os Atos de todos os apóstolos foram escritos em um livro".
Irineu, por volta de 190 d.C, foi o primeiro a usar o título simples de "Atos
dos Apóstolos". Provavelmente, este segundo volume de Lucas não tinha um
título, assim como o primeiro volume. Os títulos foram acrescentados
posteriormente, para distinguir esses escritos dos outros escritos do Novo
Testamento e para dar alguma ideia quanto ao conteúdo de cada um.
Contudo, há de se ver que esse título é enganoso. Esse livro não pretende ser
obra dos apóstolos; é a história do crescimento do movimento cristão,
conforme visto e entendido por uma pessoa que estava grandemente
9
interessada em seu desenvolvimento histórico (HALE, 1983, p. 125)
Assim, tiramos o foco de Pedro e Paulo, que popularmente são tidos como o enfoque
principal do livro de Atos e colocamos o foco no Cristianismo. Até porque a análise dos
capítulos iniciais de Atos dos Apóstolos nos convida a um ambiente bastante
comunitário e avesso ao individualismo (At 2.42-46).
Crescimento e conflitos
Atos 6.1 começa com um brevíssimo relato a respeito do crescimento da Igreja e logo
apresenta o surgimento de um problema. Quando comparamos algumas versões da
Bíblia em português, percebemos que existe algo especial neste trecho. Enquanto
ARC11 traz ―murmuração dos gregos contra os hebreus,‖ ARA12 traz ―murmuração dos
helenistas contra os hebreus,‖. Mais interessante fica quando lemos na NVI 13 ―os judeus
de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica‖ e na NTLH14 ―os que
tinham sido criados fora da terra de Israel começaram a se queixar dos que tinham sido
criados em Israel‖. Ao olhar para o texto grego, salientam-se as palavras ― ‖
(Helenistas) e ― ‖ (Hebreus). Logo, a tradução ARC dificulta o entendimento
5
Essa murmuração dos helenistas conta os hebreus significa muito mais do que a
primeira vista pode-se pensar. Por causa deste conflito, ocorreu à eleição dos ―Sete‖ e
sobre tal episódio Comblin chega a afirmar que é ―a maior revolução do cristianismo em
toda a sua história até os dias de hoje.‖ (COMBLIN 1988 p. 142)15. Embora não seja tão
magnífico 16 quanto afirma Comblin, o texto é sim muito importante.
Assim temos o fato de que esses judeus helenistas, murmuravam contra os judeus
aramaicos porque as viúvas helenistas estavam sendo esquecidas na distribuição diária
de alimentos. Entretanto, esse conflito foi além do que Lucas relata (KÖSTER, 1988 p.
24
850) . Mais que uma murmuração (― ‖), um verdadeiro conflito entre os
grupos (COMBLIN, 1988 p. 145, 146) 25. Os judeus não queriam comer com os helenistas
26
(COMBLIN, 1988 p. 13) . Conforme Comblin se formaram duas assembleias. Uma para
os judeus de nascimento, circuncidados e outra para os demais. Ainda segundo o mesmo
autor, isso gerou rupturas mais sérias, inclusive uma divisão do caixa da Igreja.
Assim, vemos que a Igreja Primitiva nascia e crescia, mas os problemas também
começavam a surgir. Cabia então aos Apóstolos tomar uma atitude para solucionar o
problema e eles decidem por eleger os ―Sete‖.
Os apóstolos buscam uma maneira pela qual pudessem resolver a contenda, continuar o
ministério para o qual tinham sido chamados e ao mesmo tempo providenciar um meio
para que as viúvas dos helenistas não fossem mais esquecidas. A solução encontrada é a
eleição dos Sete. Tal escolha se dá por um método ao mesmo tempo democrático e
7
34
hierárquico (TURRADO, 1975 p. 58) , pois os sete foram eleitos pela comunidade,
mas constituídos pelos apóstolos. Dois fatores nos chamam atenção neste momento. O
primeiro é o fato de os apóstolos recomendarem que os escolhidos fossem de ―bom
testemunho‖ e ―cheios do Espírito e de sabedoria‖. O outro é a maneira pela qual os
35
apóstolos constituíram esses homens (TURRADO, 1975 p. 58) , através de oração e
36
imposição de mãos (At 6.6). Assim, a comunidade dos discípulos deveria eleger
pessoas íntegras, pessoas que realmente vivessem o Evangelho e depois disso, estas
pessoas seriam consagradas para o ministério através da oração e imposição de mãos.
Fica evidente que os apóstolos consideravam o ministério dos Sete como uma obra
espiritual e talvez esperassem deles mais do que o serviço às mesas (TURRADO, 1975
37
p. 58) . Deveriam ser cheios do Espírito Santo, sabedoria, ter bom testemunho e ser
consagrados através de imposição de mãos e oração.
Este pacto foi compilado em 1974, em Lausanne, Suíça por representantes de 150
nações e de diversas denominações e é um marco na história da Igreja. O que se vê
neste pacto é uma tentativa de que a Igreja atual volte a ser um pouco mais parecida
com o que era o Cristianismo Primitivo. Percebemos no texto bíblico e no trecho do
Pacto de Lausanne a existência de uma espécie de dualismo 39. Na Igreja Primitiva, o
conflito era entre ―palavra versus mesas‖. No Pacto, o dualismo combatido é
semelhante, ―espiritual versus social‖. O Pacto de Lausanne foi preparado durante o
Congresso Internacional de Evangelização Mundial (Lausanne, 1974). Neste congresso,
estavam presentes representantes de diversos povos, inclusive latino-americanos. Se por
um lado a teologia Europeia e Estadunidense se mostrava dominante, fortes oradores
latino-americanos fizeram valer sua voz. Dentre estes, destacaram-se René Padilla,
40
Orlando Costas e Samuel Escobar (LOPES, 2007. p. 14) . Padilla ressaltou a
necessidade de se viver a Bíblia e ser uma Igreja fiel. A ideia de que o congresso ficasse
apenas na teoria lhe incomodava (PADILLA, 1982. p. 171)41.Outra postura
interessantíssima é a de Samuel Escobar. Numa atitude que nos lembra de Atos 6.1-7,
Escobar defende a integralidade do evangelho:
8
Depois de Lausanne, outros encontros foram realizados. Bem mais recente, o III
Congresso Latino-Americano de Evangelização – CLADE III – teve como tema ―Todo
o Evangelho para todos os povos‖, o que mostrou que as sementes lançadas por
Escobar, Costas, Padilla e outros latino-americanos já tinha brotado. Nesse período já se
43
falava de Missão Integral (LOPES, 2007. p. 17) . Devemos, porém lembrar que no
CLADE I (Berlin, 1966) reviveu-se uma situação semelhante à de nosso texto base, ao
presenciar o conflito entre três linhas teológicas: ecumênica, evangelical e
fundamentalista. Apesar desse conflito, iniciou-se no CLADE I a criação da
Fraternidade Teológica Latino Americana (FTL), que teve como seu primeiro
presidente Samuel Escobar 44.
A Missão Integral.
Em 1968, ocorreu a Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAN) (Medellín,
Colômbia) que deu força a radical Teologia da Libertação dentro do ambiente Católico
Romano. A Teologia da Libertação apresentava-se socialmente envolvida e denunciava
as injustiças45. Do lado evangélico a FTL buscava por uma expressão igualmente
radical, fielmente radicada na Bíblia e evangélica (LOPES, 2007. p. 20) 46.
9
Infelizmente, o dualismo Palavra versus Mesas (obras) continua nos dias de hoje:
Uma das razões de sermos um povo tão dividido e tão ambíguo é que temos
entre nós a Igreja da Palavra e a Igreja das Obras. Um dos apelos fortíssimos
no enfrentamento do mundo espiritual, que tem expressão concreta na
história, é a aceitação do desafio de que a Palavra e Obras precisam andar
juntas na nossa prática aqui e agora. Não podemos separar evangelização e
ação social, reflexão teológica e oração por doentes, hermenêutica técnica de
textos e profecia carismática, enfrentamento das forças sociais e políticas da
maldade e enfrentamento individual de demônios que habitam corações
humanos. (D‘ ARAUJO FILHO, 1990. p. 78)51
Em Atos 6, vemos uma Igreja que priorizava a Palavra e possuía relevância social. Uma
coisa não exclui a outra, desde que haja uma boa administração e divisão de tarefas.
Alguns vão se envolver mais com as obras sociais, outros menos, e todos com o anuncio
do evangelho, e ao anunciar o evangelho, anunciaremos o Cristo que deixou os céus e
veio até nós. Ele veio em nossa direção, nos deu o exemplo, agora nós vamos em
direção do próximo em nome d‘Ele, o Cristo crucificado e ressurreto. Anunciando o
evangelho e sendo voz profética da Justiça do Reino de Deus.
A Missão Integral, sendo voz profética, denuncia as injustiças de nossa sociedade, tais
como os latifúndios, a pobreza, o analfabetismo, a violência, a exclusão cultural... E
declara que essa situação só pode ser revertida através de homens e mulheres, lavados
pelo sangue de Jesus que anunciem o evangelho com radicalidade e integralidade. Não
apenas em discurso e protesto, mas também em ações concretas de libertação integral
nas “quatro áreas em que Jesus cresceu - sabedoria (aplicação de verdades bíblicas na
10
Em sua rebelião contra Deus, o homem é escravo dos ídolos do mundo, por
meios dos quais atuam estes poderes. E os ídolos que hoje escravizam o
homem são os ídolos da sociedade de consumo... Surgiu uma sociedade que
absolutiza a prosperidade econômica e o consequente bem-estar material do
homo consumens... O materialismo – a fé cega na técnica, a indeclinável
reverência à propriedade privada como um direito absoluto, o culto ao
aumento da produção mediante o saque irresponsável da natureza, o
desmedido enriquecimento das grandes empresas às custas do
empobrecimento dos deserdados da terra, a febre do consumo, a ostentação e
a moda -, esta é a ideologia que está destruindo a raça humana (PADILLA,
1992. p. 63) 53
A sociedade de consumo clama por uma religiosidade de consumo. Busca-se uma
religião fast-food. Uma religião empírica, onde o que vale é o que funciona
instantaneamente e não exige compromisso. Nesse meio, a Teologia da Prosperidade
(TP) cresce desenfreadamente. De modo que todos ―devem prosperar‖ e se alguém não
prospera é porque não está tomando posse ou porque está em pecado. A MI (Missão
Integral) não nega que devamos prosperar, até porque uma de suas fundamentações é o
Mandato Cultural54. Este, possui como texto base Gn 1.26-28. Onde, Deus dá uma
ordem de prosperidade ao homem: ―Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar‖ (Bíblia Sagrada Gênesis 1.28) 55.
Entretanto, a MI não vê esse mandato como uma autorização para destruir a terra. A
prosperidade que Deus deseja ao homem é seu crescimento integral, que o levará a ser
cada dia um melhor mordomo da criação de Deus, um ser social mais justo e
responsável e um sujeito que desfruta da vida plena (Jo 10.10) que só está disponível na
comunhão com Deus.
e serviço social, porque são ―coisas do mundo‖. Mas não somente eles, muitos
fundamentalistas também se calam e assim vemos o planeta terra sendo destruído em
prol de uma maior produção, do desenvolvimento... Até mesmo alguns cristãos crescem
financeiramente através de opressão e creditam esse crescimento a Deus! Como
denuncia Padilla, são ―os ídolos da sociedade de consumo‖ (PADILLA, 1992. p. 63) 56
compromete com ele como Senhor e se compromete a viver como ele viveu.
(PADILLA, 1992. p. 34) 64
Quando Jesus é nosso Senhor, nos envolvemos sim na dimensão política, zelando para
que esta honre Jesus sendo justa. A MI nos convoca a um envolvimento político através
uma meditação sobre as propostas dos candidatos e um voto consciente. A envolver-se
saindo de detrás de uma proteção mística e sendo voz profética que denuncia o que está
errado e corrobora com o que honra a Cristo e beneficia sua criação. É dever do cristão
assumir suas responsabilidades políticas em prol da manifestação do Reino de Deus.
Isso não implica necessariamente em eleger evangélicos, mas em ser atuante no cenário
político, contribuir para que a política terrena seja mais parecida com a política do
Reino, onde quem governa, governa em serviço ao povo (Lc 22.25-28).
para o homem; mais ainda, o cosmos se torna o primeiro dom que Deus, em
seu amor, pôs à disposição do homem (DEISSLER, 1984. p. 48) 68.
[...] devemos reconhecer, como muitos teólogos já o mostram, que o
cristianismo é cúmplice da crise atual. Ele reforçou com práticas históricas,
com textos bíblicos e com outras doutrinas a ideologia do ser humano, senhor
e dominador da criação (BOFF, 1998. p.75) 69.
Como vemos no texto de Boff, muita destruição que tem sido realizada na natureza é
culpa de um olhar irresponsável para as escrituras que dá ao homem um pseudo-direito
de degradar a natureza em benefício próprio. A MI levanta a bandeira de um
desenvolvimento sustentável e de um relacionamento mutualístico com a natureza.
Olhando para o ser humano de forma holística (LOPES, 2007. p. 8) 70, não abrindo mão
de nenhum dos aspectos da existência.
Desse modo holístico, também defende a dignidade humana. No texto de Atos 6.1-7,
percebemos que estavam envolvidas entre outras, as dimensões espirituais (palavra,
Espírito Santo), culturais (hebreus e helenistas) e sociais (distribuição de alimentos).
Sobre o valor humano, Stott diz:
Considerações finais.
14
A Missão Integral apresenta-se como uma teologia forte e radical que olha para o
homem de forma holística, visando a manifestação do Reino de Deus na terra e isso
com conversões e justiça social, em um planeta em preservação e onde haja respeito e
igualdade. Sabemos que os conflitos, estes que analisamos e tantos outros, não serão
eliminados de nosso meio de modo mágico, e mesmo que a maioria deles não deixará
de existir antes da volta de Cristo. Mas a MI propõe o desafio, de que onde há um
cristão, ali existe um povo diferente, que engajado e encarnado contribui para uma nova
sociedade. A Missão Integral se propõe a tudo isso, fundamentada na palavra de Deus.
1
Bacharel em Teologia (UNIGRAN 2009), Missionário, Poeta, Escritor.
2
NOGUEIRA, Sérgio. Estudos no NT: Os Evangelhos e Atos. Dourados: UNIGRAN, 2007. Na p. 76, o
autor em diálogo com os escritos do professor Karl Roland Janzen defende que Lucas era médico por
alguns motivos como: 1) O fato de Lucas se mostrar muito interessado por curas e milagres em seu
evangelho. 2) O testemunho da Igreja Primitiva juntamente com o Prólogo Anti-Marcionista e Eusébio
que apontam Lucas como Médico. Uma defesa a autoria de Lucas o médico também pode ser encontrada
em: HALE, Brodus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento e HOBART, K. William. A
Linguagem Médica de São Lucas, 1882.
3
NOGUEIRA. Dourados, 2007. p. 74 apresenta Lucas como o Autor. Durante essa pesquisa,
encontramos prós e contras referentes a essa autoria, mas ao fim, todos apontaram para Lucas como o
autor de Atos.
4
NOGUEIRA. Dourados, 2007. Nas páginas 76 e 77 são defendidos os argumentos para a data de 62 a 63
d.C. Conferir também HALE, Brodus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento que dialoga
diversas hipóteses e opiniões sobre a datação a partir da p. 127 e na p. 130 defende uma data entre 66-70
d.C.. COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 aponta uma data entre o fim da década de 80 e
início da década de 90 d.C. na p. 63. Pode-se também ver uma defesa elaborada da data de 61-63 d.C. por
Marcelo Berti In: <http://marceloberti.wordpress.com/2009/02/10/analise-de-atos-dos-apostolos>
Acessado em outubro de 2009.
5
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 8. STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos Até os
Confins da Terra p. 30
6
NOGUEIRA. Dourados, 2007. Atos p. 77
7
HALE, Brodus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento p. 93
8
Ibid., p. 130.
9
Ibid. p. 125
15
10
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 10; 38 e 47
11
Bíblia Sagrada versão Revista e Corrigida. São Paulo: SBB, 1996.
12
Bíblia Sagrada: Revista e Atualizada no Brasil. São Paulo: SBB, 1996.
13
Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional. São Paulo: SBI, 2001.
14
Bíblia Sagrada: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. São Paulo: SBB, 2000.
15
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 142
16
Não encontramos outro teórico que defenda essa posição radical de Comblin.
17
HEIN, Armindo Edegar. Conflito religioso, martírio e exaltação visionária: o caso de Estevão em atos
6,1-8,3 p. 29
18
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 142
19
STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos Até os Confins da Terra p. 133
20
HEIN, Armindo Edegar. Conflito religioso, martírio e exaltação visionária: o caso de Estevão em atos
6,1-8,3 p. 70
21
STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos Até os Confins da Terra p. 133
22
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 10
23
STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos Até os Confins da Terra p. 133
24
KÖSTER, Helmut. Introducción al Nuevo Testamento p. 850 HEIN, Armindo Edegar. Conflito
religioso, martírio e exaltação visionária: o caso de Estevão em atos 6,1-8,3 p. 75
25
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 145, 146. O autor acredita que a questão era muito
mais do que um simples esquecimento ou falta de tempo por parte dos apóstolos, mas a oposição entre
dois partidos dentro da Igreja Primitiva.
26
COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos vol. I.1-12 p. 13
27
Ibidem p. 23
28
HEIN, Armindo Edegar. Conflito religioso, martírio e exaltação visionária: o caso de Estevão em atos
6,1-8,3 p. 72
29
Ibid. p. 71, 72
30
Bíblia. Atos 6.2-4, Nova Versão Internacional, SBI
31
STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos Até os Confins da Terra p. 134
32
Ibid. p.137
33
Ibid. p. 135
34
TURRADO, Lorenzo. Hechos de los Apostoles y Epistola a los Romanos. p. 58
35
Idem
36
Ibid. p. 59. Para TURRADO o fato dos apóstolos realizarem a imposição de mãos e oração pelos
diáconos pode significar que havia a intenção de se estabelecer uma função muito mais que
administrativa. Para ele, os diáconos passariam a ser auxiliares no ministério e pregação do Evangelho.
37
Ídem
38
STOTT, John R. W. O pacto de Lausanne. In:
<http://www.monergismo.com/textos/credos/Pacto_de_Lausanne.pdf> Acessado em outubro de 2009
39
Dualismo. Uma definição pode ser encontrada in: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Dualismo> Também
trabalha o tema: MAS TORRES, Salvador. Historia de La Filosofia Antigua - Grecia y el helenismo. p.
288,289
40
LOPES, Fabrício Roger de Souza. Missão Integral: Uma perspectiva teológica da prática do evangelho
na vida das Igrejas. p. 14
41
PADILLA, René. A Evangelização e o Mundo: A Missão da Igreja no Mundo de Hoje. São Paulo e
Belo Horizonte: ABU Editora e Visão Mundial, 1982. p. 171.
42
ESCOBAR, Samuel. Desafios da Igreja na América Latina: História, Estratégia e Teologia de Missões.
Trad. Hans Udo Fuchs. Viçosa: Editora Ultimato, 1997. p 98.
43
LOPES, Fabrício Roger de Souza. Missão Integral: Uma perspectiva teológica da prática do evangelho
na vida das Igrejas. p. 17.
44
Ibidem p. 13.
45
Faculdade Latino-Americana de teologia Integral. In <www.faculdadelatinoamericana.com.br>;
Fraternidade Teológica Latino Americana <www.ftl.org.br>.
46
LOPES, Fabrício Roger de Souza. Missão Integral: Uma perspectiva teológica da prática do evangelho
na vida das Igrejas. p. 20.
47
ESCOBAR, Samuel. A responsabilidade social da Igreja. Editado por STEUERNAGEL, Valdir Raul.
A Serviço do Reino: um compêndio sobre a missão integral da igreja. Belo Horizonte: Missão Editora,
1992. p. 20.
48
Ibidem p. 34.
49
Idem
16
50
STOTT, John W. R. Ouça o Espírito, Ouça o mundo: como ser um cristão contemporâneo, p. 281
51
D‘ ARAUJO FILHO, Caio F. Elias esta nas Ruas .Belo Horizonte: Editora Betânia, 1990. p. 78.
52
LOPES, Fabrício Roger de Souza. Missão Integral: Uma perspectiva teológica da prática do evangelho
na vida das Igrejas. p. 20.
53
PADILLA, René. Missão Integral: Ensaios sobre o Reino e a Igreja, p. 63.
54
Terminologia defendida por PADILLA e STOTT.
55
Bíblia Sagrada: Revista e Atualizada no Brasil. São Paulo: SBB, 1996.
56
PADILLA, René. Missão Integral: Ensaios sobre o Reino e a Igreja, p. 63.
57
SARRACO, Norberto. As opções libertadoras de Jesus. Editado por STEUERNAGEL,Valdir Raul, A
Serviço do Reino: Um Compêndio sobre a Missão Integral da Igreja, p. 192 e 193.
58
STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado, p.57.
59
STOTT, John W. R. Ouça o Espírito, Ouça o mundo: como ser um cristão contemporâneo, p. 102.
60
SIQUEIRA, Gutierres. Crítica aos evangélicos na Política parte 2. In:
<http://teologiapentecostal.blogspot.com/2008/08/evanglicos-e-poltica-parte-02.html> acessado em
novembro de 2009.
61
Conferir entrevista concedida pela Dra. Em sociologia Maria das Dores Campos Machado no site da
UFRJ in: <http://www.ess.ufrj.br/nucleoreligiao/entrevista.htm> acessado em novembro de 2009.
62
Uma crítica à bancada evangélica pode ser encontrada em
<http://br.dir.groups.yahoo.com/group/biblioteca_de_lucifer/message/949 > acessada em novembro de
2009.
63
PADILLA, C. René. Missão Integral: ensaios sobre o reino e a igreja, p. 34.
64
Ibid. p. 35
65
ARAUJO, Regina & RIBEIRO, Wagner Costa & GUIMARAES, Raul Borges. Construindo a
Geografia, p. 77
66
PADILLA, René. Missão Integral: Ensaios sobre o Reino e a Igreja, p. 63.
67
STOTT, John R. W. O pacto de Lausanne. In:
<http://www.monergismo.com/textos/credos/Pacto_de_Lausanne.pdf> Acessado em outubro de 2009.
68
DEISSLER, Alfons. O anúncio do Antigo Testamento, p. 48.
69
BOFF, Leonardo, Nova Era: A civilização Planetária, p.75.
70
LOPES, Fabrício Roger de Souza. Missão Integral: Uma perspectiva teológica da prática do evangelho
na vida das Igrejas. p. 8.
71
STOTT, John W. R. Ouça o Espírito, Ouça o mundo: como ser um cristão contemporâneo, p. 257 e
258.
72
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. In: LEITE,
George Salomão. Dos Princípios Constitucionais. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 188.
73
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