Na atualidade vemos o alvorecer de uma discussão sobre os benefícios e os malefícios do
aborto . Em todas elas está subjacente questões sociais, legais, biomédicas e religiosas. Em diversos países da Europa o aborto se tornou uma saída para resolução de uma gravidez não desejada, seja ela porque foi fruto de uma violência sexual ou simplesmente um descuido do casal. Contudo, mesmo nos países onde o aborto foi legalizado , a questão ética e moral ainda é pertinente, conduzindo a afirmações de que mesmo sendo legal o aborto, ele pode ser imoral. Com o avanço das ciências medicas, novas questões foram levantadas acerca da origem da vida. Se por um lado essas ciências com a ajuda de novas tecnologias podem sugerir o inicio da vida na junção de cargas genéticas, o que se daria no momento do encontro do esperma com o ovulo, resultaria isso, afirmação de que o inicio da vida é um momento da fecundação. Por outro lado as mesmas tecnologias também apontam para o início da vida na dependências da constituição neurológica do feto que se daria em uma etapa posterior a formação de outros órgãos Trata-se de uma complexidade que ultrapassa o campo medico e se desagua em um novo campo chamado bioética. A bioética levantará o problema metafisico da vida, isto é, o que é a vida? O que é necessário para que um ser seja considerado humano? Enfim, este novo campo de estudo também se defrontará com os limites de cada teoria acerca da vida e assim também vislumbrará a complexidade da questão. É imerso nesta complexidade que externarei a minha opinião sobre a questão do aborto. Quando a mãe opta fazer o aborto por uma questão de segurança ou por futuros constrangimentos eu sou a favor, pois podemos dizer que ela fez o que era correto e seguro. Podemos apanhar como exemplo uma violência sexual ou um feto que não teria a minima possibilidade de desenvolver um ser , assim a mãe que opta em fazer o aborto está apenas agindo da melhor forma possível para evitar futuros problemas, como uma mãe vai ter um filho do resultado de um estupro e ter uma filho pelo qual nem vai saber quem é o pai, imagina o tamanho problema e constrangimento que essa mulher sofrerá, então dessa maneira ela optando pelo aborto como uma saída eu diria que seria a melhor atitude e possivelmente seria a favor. Ao dizer que seria atitude em que seria possivelmente a favor, quero com isso demonstrar o fato que a complexidade da questão, ainda que nesses casos especiais é existencial. Levo a problemática para um campo mais fundamental e primário, uma vez que a questão da violência sexual ou da decisão da preservação da própria vida, não pode se sobrepor a uma questão que é: o feto é uma vida ou um mero intruso? Apostando que o feto seja vida desde o principio da fecundação e que essa se constitui no transcurso de uma temporalidade, tornando-se vida plenamente constituída, observamos que a mesma vida da origem é também da constituição final. Assim determinar o findamento de um processo de vida em qualquer etapa dela estaria num mesmo nível de gravidade. Concluo a partir daí que se trata de uma discussão onde não se pode edificar uma construção sólida, segura sobre a vida. Em outras palavras digo que, estamos transitando em terreno duvidoso. O direito nos orienta que em caso de dúvida seja o réu beneficiado. Em qualquer discussão acerca do aborto o réu em questão é o feto pois será sobre ele que caíra a condenação ou a absorvição. Assim sendo, não devemos condenar o que está assegurado em dúvida.
Legalização das drogas: malefícios ou benefícios?
As drogas, substancias toxicas não permitidas civilmente, constituem um problema
social das sociedades modernas. Se por um lado está a necessidade da afirmação da liberdade pessoal, o que daria ao individuo o direito de uso ou de não uso das drogas, por outro está o problema da harmonia, do bem estar da coletividade; uma vez que o individuo é individuo em uma sociedade. Por conseguinte ,o problema das drogas, como afirmam muitos, poderia ser solucionado com a legalização da mesma. Isso porque, haveria um mercado legalizado e não clandestino para a mesma. O governo poderia receber impostos, e regular formas de funcionamento deste mercado. No meu parecer a legalização das drogas, deixaria de lado o fato de que o usuário, num processo degenerativo no uso da mesma, afetaria não só a sua saúde, mas também a do corpo social. Em diversos estudos, sociológicos e psicológicos, a violência é apontada como uma das conseqüências possíveis do uso das drogas. Esta violência não se dirige apenas ao indivíduo, mas do indivíduo à sociedade. Também seria uma atitude enfadonha a legalização das drogas por intermédio da argumentação que seria mais controlável. Não podemos esquecer que a proibição se dar justamente pelo fato de que as drogas ocasionam um desequilíbrio da vida social. Legalizando- a, esse desequilíbrio permaneceria e portanto no cálculo entre benefícios e malefícios percebemos que as drogas geram o benefício individual e por outro lado o malefício social. Nesta relação o malefício está superior ao benefício, porque conduz a afirmação de que as drogas é em si mesma prejudicial tanto ao individuo quanto a sociedade, pois ele no uso cada vez mais patológico das drogas cria um mundo individual , surrealista que não comunga com o mundo social efetivado em direitos e deveres. Desta maneira manifesto a opinião de que a legalização das drogas não traria a sociedade nenhum beneficio ao contrario maiores malefícios.