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MKT-MDL-05

Versão 00

METROLOGIA E
AVALIAÇÃO DIMENSIONAL
Aula 01: Medir: Unidades de Medida
e o Sistema Internacional
Prof. Felipe Mota Martins
prof.felipem@hotmail.com
METROLOGIA
Metrologia é o estudo das medições e suas aplicações.
O termo metrologia vem do grego 'metron' que significa
'medida', e logos que significa 'estudo'.

Científica Pesquisa, melhoria e manutenção dos padrões.


Atua no nível da mais alta exatidão e incerteza

Industrial Controle dos processos produtivos, garantia da


qualidade e segurança dos produtos finais.

Legal Tem como objetivo principal proteger o


consumidor tratando das unidades de medida,
métodos e instrumentos de medição, de acordo
com as exigências técnicas e legais
obrigatórias.
Medições são efetuadas com muita naturalidade em,
praticamente, todos os ramos da atividade humana.

Até atingir a abrangência e o grau de confiabilidade que os


tempos atuais exigem, a medição passou por uma longa
trajetória de evolução e aperfeiçoamentos.
• Quando o homem intensificou a vida
em grupo, aumentou a necessidade
de comunicação e desenvolveram-se
as primeiras formas de linguagem.

1º Surgiu a Linguagem.
Dentro da linguagem
surgiu a necessidade de
expressar quantidades.
2º Surgiu a contagem.
As contagens de animais, membros das famílias, armas e
alimentos são alguns exemplos das primeiras aplicações.

Antes do surgimento das


representações gráficas (numerais),
a contagem era realizada por
comparação com outra quantidade.
Exemplos: Quantidade de nós em uma
corda; quantidade de pedras em um
saco; quantidade de marcações em um
pedaço de osso.

Existiram várias formas de representação dos numerais.


A mais utilizada é chamada de Algarismos Indo-Arábicos.
Este sistema foi escolhido por se basear no sistema indiano, o
primeiro na história a representar a quantidade vazia através do
número zero.
SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO NUMÉRICA
Com o passar do tempo, a descrição de certas quantidades
apenas por números tornou-se insuficiente para algumas
necessidades cotidianas.
As UNIDADES, surgiram para ser usadas com números, deixando a
comunicação e as transações comerciais mais claras.

Inicialmente, as unidades eram baseadas em partes da anatomia


humana.
Como a anatomia humana não é padrão, essas medidas
podiam apresentar diferenças de um local para outro.
Muitas tentativas de padronizar as medidas baseadas na
anatomia foram feitas ao longo dos séculos.
Os egípcios no século XIII a.C. adotaram o cúbito do faraó
Ramsés II como referência.
Esta unidade era chamada de cúbito real.

Cópias do cúbito real contendo subdivisões chamadas dígitos


eram reproduzidas em pedra e utilizadas como escalas.
Muitas tentativas de padronizar as medidas baseadas na
anatomia foram feitas ao longo dos séculos.

Em 1101, na Inglaterra, a
jarda foi padronizada como
sendo a distância entre a
extremidade do nariz ao
polegar estendido para cima
do rei Henrique I.

Também na Inglaterra, no ano de


1576, foi definido o valor médio do pé
como: 1/16 do comprimento
resultante da soma do comprimento
dos pés esquerdos dos primeiros
dezesseis homens que saíram da
missa na manhã de domingo.
O Sistema Inglês de medição
Esse Sistema de Medições atualmente em uso, principalmente nos
países de colonização inglesa, ainda utiliza algumas das medidas
baseadas em características anatômicas.

Esse sistema surgiu da combinação do sistema anglo-saxão com o


sistema romano antigo.
Curiosidade: uma milha foi originalmente definida como a
distância equivalente a mil passos duplos percorridos por um
soldado romano de porte médio.
O Surgimento do METRO
Uma tentativa de tornar a unidade de comprimento
independente das características anatômicas das pessoas foi
desenvolvida na França no final do século XVIII, utilizando as
dimensões do planeta Terra como referência.
O Surgimento do METRO
Foi proposta a utilização de uma fração de 10−7 do comprimento
do meridiano terrestre que parte do Equador e atinge o Polo
norte e passa por Paris. Após realizada, esta medição gerou uma
placa de platina-irídio chamada de metro dos arquivos.
Sistema Internacional de Unidades

1799 – Criação do metro dos arquivos.


1840 – Adoção do metro como unidade oficial para comprimento.
1946 – Criação do sistema de unidades MKSA (metro; quilograma;
segundo; ampère).
1954 – Inclusão das unidades candela (Cd) e kelvin (K).
1960 – Criação do Sistema Internacional de Unidades.
Sistema Internacional de Unidades

1799 – Criação do metro dos arquivos.


Em 1960, o Sistema Internacional (SI) foi criado durante a 11ª
1840 – Adoção do
Conferência metro
Geral decomo
Pesosunidade oficial
e Medidas, quepara comprimento.
também decidiu
1946 – Criação dogradualmente
adotar sistema de unidades
o SI em MKSA
TODO(metro; quilograma;
O MUNDO.
segundo; ampère).
1954 – Inclusão das unidades candela
Oposição ao(Cd)
SI e kelvin (K).
1960 – Criação do Sistema Internacional de Unidades.
A maior resistência ao novo Sistema de
Unidades veio dos Estados Unidos por parte
de três grandes grupos.

Fabricantes de Mecânicos de Donas de Casa


(livros de receita em
Automóveis Automóveis unidades inglesas)
Sistema Internacional de Unidades

Unidades Unidades
Unidades de base
derivadas suplementares

Todas as demais unidades do SI são derivadas das 7 unidades


fundamentais.
• Exemplos: Potência: 1 𝑤𝑎𝑡𝑡 = 1 𝑊 = 1 𝑘𝑔 ∗ 𝑚2 /𝑠 3
Pressão: 1 𝑝𝑎𝑠𝑐𝑎𝑙 = 1 𝑝𝑎 = 𝑘𝑔/(𝑚 ∗ 𝑠 2 )
Sistema Internacional de Unidades

Unidades Unidades
Unidades de base
derivadas suplementares
Sistema Internacional de Unidades

Unidades Unidades
Unidades de base
derivadas suplementares

São unidades que possuem definição puramente matemática.


Apesar de serem usadas com as unidades com definição física.
Por esse motivo são colocadas em um grupo a parte.
Sistema Internacional de Unidades

Múltiplos e Submúltiplos
Para evitar que os valores sejam escritos com um número muito
grande algarismos, são utilizadas potências de 10.
Sistema Internacional de Unidades

Unidades em uso
Algumas unidades que não pertencem ao Sistema Internacional são
tão amplamente difundidas que o seu uso é permitido.
Sistema Internacional de Unidades

Unidades aceitas em áreas específicas


Pela força do uso, outras unidades não pertencentes ao Sistema
Internacional são aceitas em algumas áreas específicas.
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas
É importante que os símbolos e as unidades sejam escritos
de maneira uniforme. Algumas regras são estabelecidas pelo
Sistema Internacional para a grafia correta dos símbolos.

a) Grafia dos Nomes de Unidades

1. Começam sempre por letra minúscula, mesmo quando


leva o nome de uma pessoal. (Exceção: graus Celcius)
2. As unidades devem ser escritas por extenso ou abreviadas,
mas nunca misturando as duas formas de representação.
Exemplos válidos: metros por segundo e m/s.
Não é válido: m por segundo ou metros por s.
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas

Grafia dos Nomes de Unidades b)


1. Os prefixos nunca vão para o plural.
i. Estão erradas as formas: quilogramas, milisnewtons.
2. O plural é feito acrescentando a letra s nos casos:
i. Palavras simples. (ampères, candelas, newtons, joules e kelvins).
ii. Palavras compostas não ligadas por hífen. (metros quadrados,
milhas marítimas e milímetros cúbicos.
iii. Palavras compostas por multiplicação e ligadas por hífen.
(ampères-horas, newtons-metros e watts-horas).
3. O plural não recebe a letra s nos casos:
i. Quando termina com letras 𝑠, 𝑥 ou 𝑧. (siemens, lux e hertz)
ii. Palavras compostas por divisão. (quilômetros por hora, volts por
metro, watts por esterradiano).
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas

c) Grafia dos Símbolos de Unidades

1. Símbolos são invariantes, isto é, nunca vão para o plural.


i. O símbolo adequado para cem metros é 100 m.
ii. Estão erradas as formas 100 ms e 100 mts.
2. Não devem ser seguidos de ponto.
i. A menos que esteja no final de um período.
3. Devem ser escritos no mesmo alinhamento do número.
i. Exceção: símbolos de ângulo plano (° ’ ”) e do grau Celcius (º).
4. Símbolos de uma mesma unidade podem coexistir num
símbolo composto por divisão.
i. Ex.: mm/m, kWh/h.
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas

c) Grafia dos Símbolos de Unidades

5. Símbolos de unidades compostas podem ser formados pela


justaposição dos símbolos componentes, desde que não
causem ambiguidades.
i. Exemplos: VA e kWh.
ii. Se houver risco de causar ambiguidades, um ponto deve ser
colocado entre os símbolos. Ex.: 𝑚. 𝑠 −1 ou 𝑚 ∙ 𝑠 −1 .
6. Símbolos compostos que contém divisão, em que mais de
um símbolo aparece no denominador devem ser escritas
em uma das três maneiras simplificadas:
2 −1 −2 𝑊
𝑊/(𝑠𝑟 ∙ 𝑚 ) 𝑊 ∙ 𝑠𝑟 ∙𝑚
𝑠𝑟∙𝑚2
i. Não é aceita a forma: 𝑊/𝑠𝑟/𝑚2 .
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas

Grafia dos Prefixos d)


1. Prefixos nunca são justapostos no mesmo símbolo.
i. Está correta a grafia 𝐺𝑊ℎ.
ii. Não é aceita nenhuma das formas 𝑘𝑀𝑊ℎ, 𝑘𝑘𝑘𝑊ℎ 𝑜𝑢 𝑀𝑘𝑊ℎ.

2. Prefixos podem coexistir em um símbolo composto por


multiplicação ou divisão.
i. São exemplos válidos: 𝑘𝑁 ∙ 𝑐𝑚 , 𝑘𝑊 ∙ 𝑚𝐴 , 𝑘𝑉/𝑚𝑚 , 𝑚𝑙/𝑘𝑚 ,
𝑘𝑉/𝑚𝑠, 𝑚𝑊/𝑐𝑚2 .
Sistema Internacional de Unidades

Grafias corretas

e) Grafia dos Números

1. A vírgula deve ser usada como separador decimal.


2. Os algarismos que representam a parte inteira ou decimal
de um número podem ser agrupados em conjuntos de três
algarismos a contar da vírgula para a esquerda ou para a
direita
1. Estão corretas as grafias: 25 482,2 𝑘𝑚 e 0,04216254 𝑠
3. Não são usados pontos para separar os conjuntos de três
algarismos, apenas pequenos espaços são permitidos.
1. Não são aceitas as grafias: 25.482,2 𝑘𝑚 e 0,042.162.54 𝑠

O espaçamento entre o número e o símbolo é opcional.


Sistema Internacional de Unidades

Enganos Frequentes
Sistema Internacional de Unidades

• Segundo as regras de grafia estabelecidas para as unidades e


para os símbolos das unidades do Sistema Internacional,
identifique se há erros nas seguintes expressões e proponha a
forma correta quando for o caso:
a. 210 K = duzentos e dez graus Kelvin
b. 10°C = dez graus Centígrados
c. 5,0 kg = cinco quilos
d. 2,0 N = dois Newton
e. 220 Vts = dezentos e vinte volts
f. 34,7 m/s = trinta e quadro vírgula sete metros por segundos
g. 180 mm/m j. 0,000 0124 3 s
h. 12,5 m/s/h k. 1615,4g
i. 12.312,4 m l. 45,7 mm/km
Mas o que é medir?

“O conhecimento amplo e satisfatório sobre um processo ou um


fenômeno somente existirá quando for possível medi-lo e
expressá-lo por meio de números.”
Lord Kelvin, 1883

Em outras palavras: medir é uma forma clara e objetiva de


descrever o mundo.
DEFINIÇÃO
Medir é o processo experimental pelo qual o valor momentâneo
de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um
múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um
padrão e reconhecida internacionalmente.
Para exprimir quantitativamente uma grandeza física, é preciso
compará-la a um padrão e determinar o número de vezes que a
grandeza está contida naquele padrão.
• A grandeza que está sendo medida recebe o nome de
mensurando.

DEFINIÇÃO
Mensurando é o objeto da medição. É a grandeza específica
submetida à medição.

• A medição é realizada por um dispositivo denominado


instrumento de medição ou sistema de medição.

DEFINIÇÃO
Na metrologia, ambos os termos sistema de medição e
instrumento de medição são utilizados para designar o
• Indicação
dispositivo usado para realizar as medições.
É comum chamar os sistemas mais simples, normalmente
encapsulados em um único conjunto de instrumentos de medição.
Exemplos: paquímetros, micrômetros, etc.
O resultado da
MENSURANDO comparação é chamado
de indicação.

PADRÃO

DEFINIÇÃO
Indicação é o valor de uma grandeza fornecido por um sistema
de medição.
• Normalmente, a indicação é expressa na mesma unidade do
mensurando. Quando isso não acontece, obtemos pela
comparação uma indicação direta que deve ser convertida em
indicação através de um fator de conversão.
O resultado da
MENSURANDO comparação é chamado
de indicação.

PADRÃO

DEFINIÇÃO
Indicação Direta é o número mostrado pelo sistema de
medição.
• Normalmente, a indicação é expressa na mesma unidade do
mensurando. Quando isso não acontece, obtemos pela
comparação uma indicação direta que deve ser convertida em
indicação através de um fator de conversão.
Erros de Medição
É impossível medir sem cometer erros de medição.
Para realizar uma medição sem erros seria necessário:

a) Um sistema de medição perfeito

b) Um ambiente controlado e perfeitamente estável

c) Um operador perfeito

d) Que a grandeza sob medição (mensurando) tivesse


um único valor, perfeitamente definido e estável.

Na prática, nenhuma dessas quatro condições costuma acontecer


isoladamente, muito menos simultaneamente.
Como resultado, em menor ou maior grau, um erro de medição
sempre estará presente.
O processo de medição

DEFINIÇÃO
Denomina-se processo de medição o conjunto de métodos e
meios que são utilizados para efetuar uma medição.
O processo de medição

DEFINIÇÃO
O resultado da medição é a faixa de valores dentro da qual
deve estar o valor verdadeiro do mensurando.
• A aplicação do sistema de medição sobre o mensurando produz
um número: a indicação.
• No entanto, é preciso considerar os erros, compensar o que for
possível e apresentar uma faixa de dúvidas ainda remanescente
no resultado da medição.
O processo de medição

O resultado de uma medição é composto de duas parcelas:


Resultado Base (RB) Incerteza da Medição (IM)

É a estimativa do valor do É a parcela de dúvidas


mensurando que, acredita-se associada à medição.
mais se aproxima do seu Corresponde à metade do
valor verdadeiro. valor da faixa de dúvidas e
Ocupa a posição central. está centrada em torno de RB.
Referências

• JR., Armando Albertazzi G.;


DE SOUZA, André R.;
Fundamentos de Metrologia
Científica e Industrial. 2ª Ed.
2018. Editora Manole.

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