Clonagem deriva etimologicamente do grego Klón, que quer dizer broto e
pressupõe, portanto, a existência de um indivíduo gerador, e a ocorrência de reprodução assexuada. A multiplicação vegetativa das plantas é tão antiga como a produção de alimentos pelo homem sedentário. As técnicas de enraizamento de estacas ou enxertia mantiveram-se desde as primeiras civilizações até os nossos dias. Elas baseiam-se no fato da separação de um órgão inteiro ou mesmo de uma parte do conjunto do organismo ser, muitas vezes, condição suficiente para que se regenere o organismo inteiro. A clonagem de plantas tem por objetivos principais a eliminação de doenças e pragas e obter matrizes sadias. Com a clonagem de plantas a partir de células somáticas, o sonho do botânico austro-húngaro, Gottlieb Haberlandt, se tornou realidade. Um avanço fantástico nos estudos da cultura de células, embriões e órgão de plantas foi possibilitado com a descoberta das citocininas, um importantíssimo hormônio vegetal. Paradoxalmente, a descoberta deste novo fitormônio, deu-se graças a emprego da própria técnica da cultura de células vegetais. Esta descoberta levou a constatação de que o processo de formação de órgão nas plantas dependia, na verdade, de um balanço das quantidades relativas de uma citocinina e de uma auxina, um balanceamento entre dois hormônios vegetais. A técnica da clonagem in vitro de plantas é possível mediante a cultura de tecidos. Essa técnica se fundamenta na totipotência das células vegetais, por meio da regeneração in vitro, via organogênses ou embriogênese somática. A clonagem induzida em vegetais basea-se nos processos de estaquia, alporquia, enxertia e mergulhia. Esta multiplicação vegetativa resulta da elevada capacidade de regeneração tecidular das plantas, devido ao crescimento contínuo da presença de meristemas. Entre as plantas superiores – tracheophyta – os descendentes podem formar-se a partir de diferentes partes da planta adulta.
Estaquia: A estaquia, ou "multiplicação por estacas", é um método de
reprodução assexuada de plantas, consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas que, plantados em um meio úmido, se desenvolvem em novas plantas. Alporquia: alporquia é um método de reprodução de plantas e que consiste em provocar um enraizamento em parte de uma planta adulta ou não. A vantagem de se fazer a alporquia são várias e uma delas é a possibilidade de você encontrar em uma planta adulta, um galho ou uma parte desta planta, que se você conseguir reproduzir ou enraizar, já estará a meio caminho andado para fazer um Bonsai.
Enxertia: A enxertia é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente de
diferentes espécies, passando a formar uma planta com duas partes .
Mergulhia: Mergulhia é o tipo de multiplicação vegetativa que consiste em
dobrar um ramo da planta-mãe até enterrá-lo no solo. A parte enterrada irá ganhar raízes e quando está enraizada pode separar-se da planta-mãe, obtendo-se, assim, uma planta independente. Especificando a Mergulhia consiste em fazer um corte parcial em um ramo,dobra-lo,prendê-lo ao solo com um grampo de metal e cobri-lo de terra.