Sie sind auf Seite 1von 10

Empresa de telefonia é condenada por má

prestação de serviços
Extraído de: Poder Judiciário do Rio Grande do Norte - 20 de Outubro de 2010

A empresa de telefonia Tim Nordeste S/A foi condenada a pagar indenização no valor de
R$ 3 mil por má prestação de serviços a um usuário da região oeste. O pleno do Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Norte manteve integralmente a decisão do juiz da 1ª Vara
Cível da Comarca de Mossoró, Edino Jales de Almeida Júnior, que condenou a empresa e
estipulou o valor da multa. O autor da ação é o motorista Ismael Apolinário da Silva,
residente no município de Mossoró.

A apelação cível interposta pela Tim alegou que o usuário não conseguiu comprovar os
prejuízos sofridos e que os problemas narrados ocorreram exclusivamente no horário de
pico da telefonia, ou seja, das 18 às 20 horas, estando a sociedade totalmente cientificada
das ocorrências relativas aos períodos de não funcionamento, o que impossibilitou
algumas conexões de rede. A defesa sustentou também que, para a ampliação da rede,
necessária para a retomada da prestação do serviço em sua total qualidade, devem ser
preenchidos vários requisitos determinados pela Anatel, o que demanda algum tempo.

O relator, desembargador Osvaldo Cruz, destacou que o dano moral suportado pelo
apelado ficou evidenciado, na medida em que, para o exercício de suas atividades como
motorista, este necessitava do serviço contratado, pois trabalhava de sobreaviso, tendo
sido, inclusive, chamado a atenção por seus superiores por não ter sido localizado quando
necessário".

A apelação cível está registrada sob o n.º 2010.004941-2

prestação de serviço
Extraído de: Poder Judiciário do Rio Grande do Norte - 24 de Outubro de 2008

Um cliente da empresa de telefonia EMBRATEL recebeu este mês indenização no valor de


R$ 1.374,00 por danos materiais e R$ 8.000,00 por danos morais por ter sofrido prejuízos
pelo não funcionamento de uma linha telefônica pré-paga que servia como contato
profissional de uma clínica. A decisão da 3ª Vara Cível de Natal foi mantida pela 1ª
Câmara Cível do TJ, que entendeu que, dos três autores da ação, apenas um era parte
legítima a ser ressarcida e indenizada.

Os autores relataram no processo que, após concluírem o Curso de Odontologia, em


meados de 2006, resolveram montar uma clínica odontológica, na qual fizeram vários
investimentos, adquirindo equipamentos e reformando o imóvel no qual se localiza a
empresa. Entre as várias providencias tomadas para o início dos trabalhos, diz os autores,
que houve a necessidade de adquirir uma linha telefônica, pelo que um dos autores,
L.V.C., compareceu a uma das lojas da EMBRATEL, e lá adquiriu uma linha pré-paga,
bem como um aparelho telefônico no valor de R$ 269,00, e créditos iniciais de R$ 75,00. A
instalação da linha se deu em 24/08/2006.

Em razão da aquisição da linha, os autores confeccionaram materiais de publicidade para


divulgação dos serviços prestados por sua Clínica, com o respectivo número telefônico
para contatos e marcação de consultas, com o investimento de R$ 955,00. Mas quatro
dias após a instalação, a linha deixou de funcionar, tendo os clientes solicitado da empresa
uma providência, sem qualquer êxito.

Ultrapassados 17 dias sem a utilização da linha da EMBRATEL e sem contatos com os


seus clientes, os autores adquiriram uma nova linha telefônica, desta vez da concorrente
Telemar, tendo que desprender mais R$200,00, com o material de divulgação do novo
número e R$ 60,00, para a instalação da linha. Relatam que, em razão de tais fatos, vários
foram os transtornos, de ordem material, no valor total de R$1.634,00, e no âmbito moral,
pleitearam a condenação da

empresa em R$ 45.600,00, sendo R$ 15.200,00 para cada autor.

O relator do recurso movido pelos autores, que pretendiam que todos fossem indenizados,
entendeu que dois deles não eram partes legítimas no processo, devido aos elementos da
alteridade (estrutural) e da composição de interesses (funcional) inerentes aos contratos
celebrados. Com relação à L.V.C., o relator constatou a presença da relação consumerista
(amparado pelo Código de Defesa do Consumidor), com a figura do consumidor e do
fornecedor de serviços.

O relator entende que ficaram efetivamente comprovados nos autos os valores referentes
aos gastos com: o aparelho telefônico fornecido pela Embratel (R$ 269,00), os créditos
iniciais (R$ 75,00), os créditos suplementares (R$ 75,00) e o material de publicidade inicial
(R$ 955,00). Isto caracteriza danos emergentes, ou seja, os efetivamente sofridos. No
caso, observa que L.V.C. sofreu constrangimento indevido referente a sua honra, porque
divulgou amplamente seu telefone de contato, dele dependendo para receber e efetuar
ligações, inclusive ressaltando que o serviço já estava pago, diante da constatação de que
a linha era pré-paga. Os valores recebidos pelo autor foram acrescidos de juros de mora e
correção monetária.
55. OBRIGAÇÃO DE FAZER C. PED. DE ANTEC. DE TUTELA C. C. PED. DE INDEN.
POR DANOS MORAIS - 201 /2009 -GRACIANO & CIA. LTDA. x VIVO - BRASIL
TELECOM S/A. - COMARCA DE CORNÉLIO PROCÓPIO - PR VARA CÍVEL
E ANEXOS AUTOS N° 201 /2009 Vistos e examinados estes autos de ação de
obrigação de fazer cumulada com pedido de antecipação de tutela cumulada com
indenização por danos morais em que é autora GRACIANO & CIA LTDA. e é ré
VIVO S/A, ambas devidamente qualificadas nos autos. I - Relatório: GRACIANO &
CIA LTDA. ajuizou a presente ação de obrigação de fazer cumulada com pedido
de antecipação de tutela cumulada com indenização por danos morais em face de
VIVO S/A, expondo, em síntese, que: a) é concessionária autorizada Honda Motos,
tendo em seu quadro funcional 18 vendedores externos que atuam diretamente junto
aos clientes, tendo como sua principal ferramenta de trabalho o telefone celular; b)
em data de 27 de outubro de 2008 efetivou contrato de prestação de serviço de
telefonia móvel junto à empresa ré, tendo como objeto do referido contrato 20 linhas
telefônicas; c) antes de contratar os serviços da empresa ré, mantinha suas contas
de telefonia móvel junto à operadora TIM há mais de 4 anos, contudo, diante das
propostas financeiramente mais favoráveis, bem como a promessa de melhora na
qualidade de serviço, optou por efetivar a contratação dos serviços móveis da ré,
migrando, por meio do sistema da portabilidade, todos os números que mantinha
com a operadora anterior; d) contudo, desde a efetivação do contrato junto a ré,
vem enfrentando problemas diários com a má prestação dos serviços oferecidos,
como também, encontra-se há meses na via sacra do 0800 da empresa ré; e) ao
efetivar o contrato ficou mais de 25 dias com suas linhas telefônicas inativas por< br />culpa exclusiva da ré,
sob a alegação de que havia tido problemas decorrentes
da portabilidade junto à antiga operadora. Contudo, antes de realizar o contrato,
foi informado de que a portabilidade seria agendada e que não ultrapassaria o
período de 2 horas de inatividade dos números; f) desde a realização do contrato,
todos os seus aparelhos de telefone celular que utilizam os números migrados para
a empresa ré não recebem ligações telefônicas das operadoras Brasil Telecom
e GVT; g) vem diariamente recorrendo à ANATEL e ao Call Center da ré para
solucionar o problema, que lhe causa imensuráveis prejuízos financeiros, visto que
inúmeros clientes não conseguem se comunicar com os vendedores e estes com
seus potenciais novos clientes, porém, sem qualquer sucesso; Ao final pugnou
pela antecipação da tutela, determinando-se que a ré promova a adequação de
todos os números para que recebam ligações de toda e qualquer operadora, e pela
procedência dos pedidos iniciais, determinando-se que a ré preste os serviços de
telefonia de forma eficaz e integral, sob pena de multa diária, com sua condenação
ao pagamento de indenização pelos danos morais causados. Juntou documentos
(fls. 25 /32 ). Através da decisão de folhas 36 /38 foi deferida a antecipação da tutela
pleiteada. A ré, devidamente citada (fl. 41 ), apresentou contestação aduzindo, em
síntese, que: a) a portabilidade, apesar de ser solicitada junto à operadora que
receberá o novo cliente, depende do envolvimento de todas as operadoras de
telefonia, sendo encaminhado o pedido da portabilidade numérica para a Entidade
Administradora (EA), órgão independente, responsável pela integração entre a
operadora doadora e a operadora receptora; b) a operadora receptora deve apenas
aguardar as confrontações de dados entre a Entidade Administradora e a operadora
doadora, bem como pela atualização técnica do sistema pelas demais operadoras
de telefonia, sendo que caso a operadora doadora e as demais operadoras de
telefonia não cumpram com suas obrigações, fica impossibilitada de completar o
procedimento de portabilidade; c) visando a comprovação do cumprimento da tutela
concedida, verificou-se que as operadoras Brasil Telecom e GVT não haviam ainda
atualizado seus sistemas, razão pela qual a portabilidade havia se realizado de forma
parcial; d) a autora portou 15 linhas da operadora TIM, sendo que as outras 5 linhas
foram adquiridas no momento da contratação; e) agiu de forma lícita ao realizar
o processo de portabilidade numérica da autora, sendo que eventual demora na
finalização integral do procedimento ocorreu por culpa da operadora doadora ( TIM) e
das demais operadoras (Brasil Telecom e GVT), não podendo ser responsabilizada
pelos supostos danos narrados na inicial; f) não há relação consumerista a ensejar
a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, visto que a parte autora utiliza
a prestação de serviços telefônicos para incrementar a sua atividade empresarial;
g) não se vislumbra nos autos o dever de indenizar, ante a ausência dos requisitos
que autorizam a responsabilidade civil; h) não praticou qualquer ato ilícito, como
também, a autora não sofreu qualquer espécie de dano, não havendo assim, o
dever de indenizar. Ao final pugnou pela improcedência dos pedidos iniciais (fls.
70 /84 ). Juntou documentos (fls. 85 /108 ). A parte autora impugnou a contestação
(fls.114 /123 ). O feito foi saneado, foram fixados os pontos controvertidos, sendo
deferida a produção de prova oral e designada audiência de instrução e julgamento
(fls. 130 /131 ). Em audiência de instrução e julgamento foi inquirido um informante
(fls. 135 /136 ). As partes apresentaram alegações finais (fls. 147 /151 e 158 /161 ). É
o relatório. Decido. II - Fundamentos da decisão: Trata-se de ação de obrigação de
fazer cumulada com pedido de antecipação de tutela cumulada com indenização
por danos morais ajuizada por GRACIANO & CIA LTDA. em face de VIVO S/A.
A questão controversa reside na existência da obrigação da parte ré em prestar
os serviços de telefonia móvel de forma integral e satisfatória, bem como se a
má prestação dos serviços caracteriza-se como ilícito suscetível de indenização
por dano moral. Ressalto, ainda, que assim como já mencionado por ocasião da
decisão de fls. 130 /131 no julgamento da presente ação serão aplicadas as normas
do Código de Defesa do Consumidor, já que estamos diante de uma verdadeira
relação de consumo, onde de um lado existe a parte ré como fornecedora dos
serviços de telefonia móvel e de outro a parte autora como consumidora de tais
serviços. Do mérito: 1. Da obrigação de prestação de todos os serviços inerentes
ao uso do telefone: Alega a empresa autora que celebrou contrato de prestação de
serviços de telefonia móvel com a empresa ré, porém, esta não vem cumprindo a
sua obrigação contratual, que é o fornecimento adequado dos serviços contratados,
visto que, após efetuar o referido contrato e ter problemas com a portabilidade
numérica de seus celulares, todos os números migrados para a operadora ré não
recebem ligações das operadoras de telefonia Brasil Telecom e GVT. Conforme
já dito na decisão que deferiu a antecipação da tutela, a contratação dos serviços
de telefonia móvel implica na consequente obrigação da empresa operadora em
disponibilizar, logo após a conclusão do contrato, todos os serviços inerentes ao
uso do telefone< b>. Note-se que o contrato de prestação de serviço de telefonia móvel
foi formalizado em 27 de outubro de 2008 (fls. 26 /28 ), contudo, em 27 de julho de
2010 (fl. 156 ) a empresa autora ainda tentava solucionar os problemas apresentados.
Ademais, em razão da inversão do ônus da prova, cabia a parte ré demonstrar
que os números migrados recebiam ligações de todas as operadoras, contudo, não
juntou aos autos qualquer documento hábil a demonstrar o fornecimento adequado
dos serviços contratados. Por todos esses motivos, impõem-se a procedência do
pedido da parte autora em relação à obrigação de cumprimento integral do contrato
de prestação de serviços de telefonia móvel, ou seja, o fornecimento adequado dos
serviços contratados. 2. Do dano moral: 2.1. Do ato ilícito e da caracterização do dano
moral: Alega a empresa autora que em decorrência da má qualidade na prestação
de serviços sofreu inúmeros prejuízos, uma vez que grande parte dos contatos
comerciais que realiza com seus clientes, ocorre por meio de aparelhos celulares.
É fato incontroverso que houve problemas no processo de portabilidade numérica
das linhas originárias da operadora TIM para a operadora ré, como também, que
os números migrados para a operadora ré não recebem ligações das operadoras
Brasil Telecom e GVT. Tal situação ocasionou sérios transtornos à parte autora, já
- 1035 –

Dano moral, empresa de telefonia


APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TELEFONIA MÓVEL. TIM CELULAR S.A.
INCIDÊNCIA DAS NORMAS PROTETIVA DO CDC. SENTENÇA EXTRAPETITA DESCARAC-TERIZADA.
DANOS MATERIAIS E MORAIS DEMONSTRADOS.
1. Perfeitamente possível, em se tratando de relação de consumo, fundamentar o dano moral aquele
identificado com a má prestação dos serviços, acarretando prejuízos ao contratante. Ainda assim não fosse, a
lide foi solvida dentro dos limites de seus pedidos, nada aquém e tampouco além do que pleiteado na exordial,
em nada contribuindo os seus fundamentos no ponto para caracterizar eventual vício de extra petita ao
julgamento.
2. A questão de fundo versa sobre a responsabilidade civil advinda da conduta ilícita - por omissão - da
empresa de telefonia móvel, que responde objetivamente, na forma do art. 14 do CDC, por defeitos relativos à
defeituosa prestação dos serviços.

Apelação cível desprovida. Unânime.

APELAÇÃO CÍVEL
DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL
Nº 70016992034
COMARCA DE PORTO ALEGRE
TIM CELULAR S.A.
APELANTE
SOCIEDADE EDUCACIONAL DO RIO GRANDE DO SUL
APELADO

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à
unanimidade, negar provimento ao recurso de apelação.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Senhores DES. CLÁUDIO AUGUSTO ROSA
LOPES NUNES (PRESIDENTE E REVISOR) E DES. ANDRÉ LUIZ PLANELLA VILLARINHO.
Porto Alegre, 21 de dezembro de 2006.

DES. MARIO ROCHA LOPES FILHO,


Relator.

RELATÓRIO
DES. MARIO ROCHA LOPES FILHO (RELATOR)
Adoto o relatório da sentença das fls. 143-146, in verbis:
SOCIEDADE EDUCACIONAL DO RIO GRANDE DO SUL ajuizou ação ordinária com pedido de antecipação
de tutela em face de TIM CELULAR S.A., já qualificadas na peça portal, relatando, em síntese, ter celebrado
contrato com a requerida para o fornecimento de aparelhos telefônicos, os quais deveriam ser compatíveis com
a central de telefonia da faculdade.
Conta que os aparelhos telefônicos enviados pela demandada mostraram-se incompatíveis com seu sistema de
telefonia do estabelecimento e que, diante do fato, contatou a requerida, obtendo os protocolos de números
2293111, 2293162 e 40736752. Afirma que, apesar disso, a ré não solucionou o problema, mesmo tendo a
demandante pago as faturas referentes aos meses de setembro e outubro.
Alega que, não podendo utilizar os serviços de telefonia contratados, devolveu os parelhos celulares e
protocolou documento a fim de rescindir a relação contratual.
Aduz que, mesmo após a devolução dos aparelhos, a demandada continuou a emitir faturas para pagamento
até o mês de julho de 2005. Assevera que, ao contatar a requerida a fim de informar sobre as faturas enviadas,
esta alegou que o contrato estava resolvido.
Argüi que, em setembro de 2005, recebeu correspondência do SERASA comunicando sobre a inclusão de
aponte em seu nome, em função de informação prestada pela ré.
Alega que a inscrição nos órgãos de proteção ao crédito causa uma série de prejuízos à entidade educacional,
comprometendo a realização de outros negócios.
Postula a concessão de tutela antecipada, a fim de determinar à requerida que se abstenha de inscrever a
autora junto aos órgãos de proteção ao crédito.
Requer a resolução do contrato celebrado entre as partes e a condenação da requerida à devolução dos
valores pagos e ao pagamento de indenização por danos morais.
Acosta documentos.
A liminar postulada é deferida á fl. 88.
É invertido o ônus da prova.
Citada, a ré contesta, alegando que não se aplica, ao presente caso, o CDC, vez que a relação entre as partes
é comercial, e não de consumo, não sendo cabível a inversão do ônus da prova.
Aduz inexistir inscrição do nome da demandante nos órgãos de proteção ao crédito.
Afirma que o contrato há se encontrava rescindido, não havendo qualquer débito em nome da autora.
Sustenta a improcedência do pedido de restituição dos valores pagos, vez que as faturas adimplidas referem-
se a período anterior ao pedido de rescisão do contrato, quando os serviços estavam disponíveis à
demandante.
Argüi inexistir comprovação do dano moral ou de conduta ilícita da demandada a ensejar reparação.
Requer a improcedência da demanda.
Junta documentos.
Na réplica, a demandante refuta o conteúdo da contestação e reafirma os termos da exordial.
Instadas a produzir provas, as partes nada postulam...

E acrescento: A Magistrada da 4ª Vara Cível, 2º Juizado, da Comarca de Porto Alegre, julgou procedente o
pedido, condenando a requerida ao pagamento da quantia de R$ 5.000,00, a título de danos morais, acrescido
de correção monetária a contar da data da contratação e de juros legais a contar da citação, e à devolução dos
valores pagos indevi9mente pela demandante. Sujeitou, ainda, a ré, ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, fixados estes em 15% sobre o valor da condenação.
Recurso de apelação: Inconformada, a TIM CELULAR S.A. interpôs o presente recurso de apelação,
propugnando pela reforma da decisão, argüindo, em preliminar, nulidade da sentença, por julgamento extra-
petita, não observando os limites objetivos da lide. No mérito, sustenta a não-aplicação do CDC, bem como da
inversão dos ônus da prova. Alega a inexistência de conduta ilícita, assim como da ausência de prova dos
danos. Pugnou pela redução do quantum fixado, em atenção ao princípio da eventualidade, evitando-se, assim,
enriquecimento ilícito, bem como reformar a sentença no tocante à condenação de devolução dos valores
pagos indevidamente.
Contra-razões. A parte apelada apresentou contra-razões, vindo-me, em seguida, os autos conclusos para
julgamento.
É o relatório.
VOTOS
DES. MARIO ROCHA LOPES FILHO (RELATOR)
Eminentes Colegas:
O recurso não merece prosperar.
Analiso, por primeiro, a alegação da apelante de eventual julgamento extra-petita, dado que o autor pleiteia a
indenização por danos morais em razão de prejuízos ocorridos por aponte de seu nome em bancos cadastrais
e não por má prestação de serviços, a despeito do fundamentado na sentença.
Todavia, não merece guarida a argumentação. Ocorre que, da simples leitura da inicial, especialmente quanto
ao pedido inserto da inicial (fl. 08), letra “f”, observa-se claramente a pretensão da autora em responsabilizar a
demandada pela má prestação dos serviços efetuados. A sentença, por sua vez, não destoou do pleito
exordial, sendo relevante referir que a digna julgadora mencionou:
...Quanto ao pedido de indenização por danos morais, tenho que este merece acolhida, levando em conta não
a alegação de inscrição indevida junto ao SERASA, a qual não restou demonstrada, mas a conduta omissiva
da requerida. De acordo com o art. 14 do CDC, o fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Evidente,
assim, o dever de indenização.
Sobre a matéria, leciona o ilustre doutrinador BARBOSA MOREIRA , com propriedade, in verbis: Através da
demanda, formula a parte um pedido, cujo teor determina o objeto do litígio e, conseqüentemente, o âmbito
dentro do qual toca ao órgão judicial decidir a lide (art. 128). Ao proferir a sentença de mérito, o juiz acolherá ou
rejeitará, no todo ou em parte, o pedido do autor (art. 459, 1ª parte). Não poderá conceder providência diferente
da pleiteada, nem qualidade superior ou objeto diverso do que se pediu (art. 460); tampouco deixar de
pronunciar-se sobre o que quer que conste do pedido. É o princípio da correlação (ou da congruência) entre o
pedido e a sentença (ne eat iudex ultra vel extra petita partium), só afastável ante exceção legal expressa.

Da jurisprudência do E. STJ, vem a lume idêntica orientação, a exemplo do seguinte julgado, in verbis: É nula a
sentença que, afastando-se dos limites da demanda, não aprecia a causa posta, decidindo-a em função de
dados não discutidos no processo. (STJ, REsp. 29.099-9-GO, TERCEIRA TURMA, Rel. Min. Dias Trindade,
Julgado em. 15/12/92).
Assim, constatada que está a congruência entre os pedidos e a decisão, não há falar-se em nulidade da
sentença, eis que respeitado o limite objetivo do pedido.
No mérito, melhor sorte não assiste a apelante.
Com efeito, incumbia à apelante a prova de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da autora,
que restou olvidado pela demandada. A apelada, por sua vez, demonstrou que os serviços contratados não
foram prestados adequadamente, como bem asseverado pela digna sentenciante, a autora não logrou usufruir
adequadamente do serviço contratado em função da insuficiência de informações a respeito do sistema de
telefonia.
Assim, evidenciada a omissão da apelante, impende a análise da ocorrência do dano moral.
Sobre a caracterização do dano moral, assinala com propriedade o autor SÍLVIO DE SALVO VENOSA no
sentido de que infortúnios comuns não estão a merecer a configuração de prejuízos ao patrimônio moral da
parte: Não é também qualquer dissabor comezinho da vida que pode acarretar a indenização. Aqui, também é
importante o critério objetivo do homem médio, o bônus pater famílias: não se levará em conta o psiquismo do
homem excessivamente sensível, que se aborrece com fatos diuturnos da vida, nem o homem de pouca ou
nenhuma sensibilidade, capaz de resistir sempre às rudezas do destino. Nesse campo, não há fórmulas
seguras para auxiliar o juiz. Cabe ao magistrado sentir em cada caso o pulsar da sociedade que o cerca. O
sofrimento como contraposição reflexa da alegria é uma constante do comportamento humano universal.
Sobre o tema, também é de grande valia referir as sábias palavras do em. Desembargador do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro, SÉRGIO CAVALIERI FILHO : Mero dissabor, aborrecimento, mágoa,
irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da
normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no ambiente familiar, tais
situações não são intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se assim não
se entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em busca de indenizações
pelos mais triviais aborrecimentos. Dor, vexame, sofrimento e humilhação são conseqüência, e não causa.
Assim como a febre é o efeito de uma agressão orgânica, dor, vexame e sofrimento só poderão ser
considerados dano moral quando tiverem por causa uma agressão à dignidade de alguém.
Nesse fanal, entendo como correta a fixação do dano moral, tal como estipulado pela culta Magistrada a quo, e
que não se verifica enriquecimento sem causa, considerando as partes em litígio, pois R$ 5.000,00, longe de
revelar empobrecimento ilícito à empresa de telefonia, possui a dúplice função preventiva-punitiva, revelando-
se como justa compensação pelo incômodo e transtornos a que foi sujeita a autora.
Ante o exposto, voto no sentido de rejeitar a preliminar e desprover o apelo, a fim de manter hígida a r. decisão
monocrática.

RECLAMAÇÃO - DANO MORAL. EMPRESA DE TELEFONIA. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (CDC, ART.
14). FRAUDE PERPETRADA POR TERCEIRO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA
DO NOME DO CONSUMIDOR EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO PRESUMIDO. PRECEDENTES
DO E. STJ. FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. OBEDIÊNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA
PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA MANTIDA. 1. Ao adotar a contratação do serviço por meio telefônico, cujos
dados do consumidor são confirmados apenas pela atendente e pelo técnico de instalação, passa a companhia
telefônica a arcar com as conseqüências, por deixar de adotar as precauções necessárias a evitar a fraude perpetrada,
devendo assumir o risco de sua atividade, não podendo, destarte, transferir tais encargos às pessoas lesadas, nem
mesmo em razão de também haver sido prejudicada com o ato ilícito. A negligência apontada pela reclamante
evidencia-se claramente, pois, houvesse melhor orientação aos prepostos - técnicos de instalação - por certo estes
adotariam as cautelas imprescindíveis à certificação de que o solicitante realmente residia no endereço. 2. A anotação
indevida de dados pessoais na galeria dos inadimplentes, gera para o responsável o dever de indenizar pelos danos
morais causados, que se presumem em função da reação psíquica e do dissabor experimentados por qualquer pessoa
que tenha o seu crédito injustamente abalado. - Age com negligência a concessionária de serviço público de telefonia
que disponibiliza linha a pessoa diversa da do titular dos documentos utilizados no ato da contratação. 3. A
quantificação da indenização a titulo de dano moral fixada em termos razoáveis, sem ensejar enriquecimento
indevido, de forma moderada e proporcional ao grau de culpa, ao porte financeiro das partes, em observância à
realidade da vida e às peculiaridades do caso deve mantida. 4. Sentença mantida por seus próprios e jurídicos
fundamentos, com Súmula de julgamento servindo de Acórdão, na forma do artigo 46 da Lei nº 9.099/95. Honorários
advocatícios fixados em 15% do valor condenação, mais custas processuais, a cargo da recorrente. (TJMT. RECURSO
CÍVEL INOMINADO Nº 4457/2008. 3ª TURMA RECURSAL. Relatora DRA. MARIA APARECIDA RIBEIRO. Data de
Julgamento 18-12-2008)

TJ confirmou a rescisão de contratos mantidos entre uma empresa e a TIM Celular Centro Sul.
Conforme ficou comprovado, houve má-prestação no serviço de telefonia móvel da
concessionária. A insuficiência de condições técnicas impossibilitou conexão à internet, via
celular, e utilização da linha telefônica dentro do estabelecimento comercial do cliente.

Indenização por dano material ou moral depende de


comprovação do fato ofensivo
10 março, 2009 - 15:48 — Monteiro

Uma decisão unânime da 8ª Turma Especializada do TRF-2ª Região


negou o pedido de um policial civil que pretendia que o reitor da Universidade
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Aloísio Teixeira, e a própria universidade
fossem condenadas a pagar indenização por danos morais por conta de
suposta humilhação e abuso de poder cometido pelo reitor. A decisão do
Tribunal se deu em resposta a apelação cível apresentada por F.C.L.T. que
pretendia a reforma da sentença de primeiro grau que já havia julgado
improcedente o seu pedido.
O policial alegou, nos autos, que auxiliava o coordenador do curso de
bacharelado em Direito da UFRJ a retirar objetos pessoais de seu gabinete
durante uma manifestação de estudantes do curso quando teria sido expulso
das dependências da faculdade pelo reitor da entidade por estar portando arma
de fogo. F.C.L.T. alegou ter sofrido “discriminação e constrangimento ao ter
sido retirado da universidade sob vaias de estudantes arruaceiros e de
idoneidade duvidosa”.

O policial também afirmou que todas as testemunhas indicadas pelos


réus seriam servidores da UFRJ e que teriam relação de subordinação
hierárquica com o referido reitor, o que “comprometeria a imparcialidade de
suas declarações”. Por fim, F.C.L.T. alegou que havia outros policiais civis
armados na universidade, o que violaria o princípio da isonomia.

No entanto, para o relator do caso no TRF, juiz federal convocado


Marcelo Pereira da Silva, pelo depoimento das testemunhas - tanto as
apresentadas pelo policial quanto as apresentadas pelos réus - “não é possível
vislumbrar o cenário descrito pelo autor ... que inclui, entre outros detalhes,
gritos e empurrões, tendo o mesmo descumprido ... o encargo da prova”,
afirmou.

O magistrado também ressaltou, em seu voto, que não consta nos autos
elemento de prova capaz de corroborar que o reitor da UFRJ tinha
conhecimento acerca da existência de outras pessoas armadas no local do
fato, “não restando evidenciada, por conseguinte, a suposta discriminação”.

Processo nº 2005.51.01.007739-6 Fonte: TRF 2ª Região

Tim é condenada a pagar indenização por falha na prestação de


serviço.
26 fevereiro, 2009 - 12:06 — Monteiro
A empresa de telefonia móvel Tim Celular S/A foi condenada pela 3ª
Turma Cível do TJDFT a pagar 7 mil reais de indenização a um cliente que
teve o telefone bloqueado sem justificativa. A Turma reformou a sentença de 1ª
Instância, que determinava apenas o desbloqueio do serviço, e julgou que a
empresa causou dano moral ao cliente pela deficiência na prestação de
serviço.

O autor informou nos autos que é cliente da Tim e paga as faturas


mensais por meio de débito automático em conta bancária. Apesar de não
estar inadimplente, o cliente afirma na inicial que passou a receber cobranças
enviadas pela ré e que o aparelho celular foi bloqueado por falta de
pagamento. Alega que enviou à empresa os comprovantes dos pagamentos,
mas mesmo assim as cobranças continuaram.

Em contestação, a empresa telefônica afirmou não ter recebido o


repasse do pagamento das faturas pela instituição bancária nem informação
sobre a quitação do débito. Sustentou que as cobranças e o bloqueio foram
justificados.

Na 1ª Instância, o juiz da 1ª Vara Cível não reconheceu o dano moral e


determinou apenas o desbloqueio da linha. O autor da ação recorreu e a 3ª
Turma, por unanimidade, julgou a procedência do pedido de indenização.

De acordo com o relator do recurso, o bloqueio da linha telefônica não


se deu por falta de pagamento, mas por erro da empresa. "A jurisprudência do
TJDFT é pacífica no sentido de que a suspensão indevida de prestação de
serviço telefônico gera o dever de indenizar" explica o desembargador.

A decisão da Turma determina que a Tim Celular S/A pague 7 mil reais
de indenização por danos morais ao cliente, restabeleça a prestação do serviço
de telefonia e arque com as custas processuais, fixadas em 20 por cento do
valor da causa.
Processo:20070111079230

Fonte: TJDFT

Pedido de dano moral do Autor é mera estimativa - o Juiz é que


Participe! o valor
TJ-RN, Segunda Câmara Cível - AC 2007.002636-6, Rel. Des. Rafael Godeiro
julgado em 24/07/2007 - Fonte: Jornal Jurid (http://secure.jurid.com.br), em 24/08/2007
Você tem uma notícia, referente direta ou
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
indiretamente a Contratos, que
considere importante, e que deva APELAÇÃO CÍVEL Nº 2007.002636-6 - 1ª VARA CÍVEL - MOSSORÓ/RN
ser do conhecimento dos nossos
Leitores e Clientes como Você? RELATOR: Desembargador Rafael Godeiro
Pois publique-a em nosso site!
EMENTA: CIVIL. CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDE
É só ir à Seção "Contato" e copiá-la
POR JULGAMENTO ULTRA PETITA. TRANSFERÊNCIA PARA O MÉRITO. MÉRITO. APLICAÇÃO DO
para o espaço dos "Comentários" -
INVERSÃO DO ÔNUS PROBANDI. MÁ PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL. DAN
ou então, envie-nos para EVIDENCIADO. DEVER DE INDENIZAR QUE SE IMPÕE. QUANTUM INDENIZATÓRIO ESTABELEC
"falecom@ PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
contratosonline.com.br"!
ACÓRDÃO
Testemunhos Vistos, relatados e discutidos os autos de Apelação Cível, em que são partes as acima identi
Vocês ainda não tinham o Contrato
que eu queria, mas montaram um ACORDAM os Desembargadores da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estad
para nós que ficou ótimo, muito de votos, conhecer do recurso, transferir para o mérito a preliminar de nulidade da sentença p
mérito, negar provimento à Apelação Cível, mantendo-se incólume a sentença vergastada, no
profissional. Parabéns!
RELATÓRIO
Vanderley S Marques
Nov 30, 2010 Trata-se de Apelação Cível interposta pela TIM NORDESTE TELECOMUNICAÇÕES S/A, em fa
Veja outros testemunhos. 1ª Vara Cível de Mossoró/RN, que, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenizatória
Inclua o seu aqui! >> apelante, julgou parcialmente procedente a pretensão deduzida na inicial.

RSS: o que é isso? Na referida sentença, o Juízo de primeiro grau julgou parcialmente procedente a pretensão
com a normalidade do serviço de telefonia contratado, e fixando a indenização por danos mora
4.000,00 (quatro mil reais), sobre o qual incidirá juros de 1% ao mês, a partir da citação, e co
RSS é atualmente a forma mais
moderna e dinâmica de Ao final, condenou a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arb
comunicação. Receba notícias e do artigo 20, parágrafo quarto do CPC.
informações sem ter de receber e-
mail, e portanto sem "SPAM's" nem Irresignada com o teor da sentença, a parte ré interpôs o presente recurso de Apelação, arg
vírus! ultra petita, tendo em vista que não houve correlação entre o valor da condenação, arbitrado
Clique aqui, e saiba mais! causa estipulado pelo autor, em R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais).

No mérito, sustentou, em síntese, a inexistência de demonstração do dano moral. E, ao fina


Siga-nos no totalmente improcedente a pretensão inaugural, e, se assim não entender esta Corte, que seja

O autor apresentou contra-razões, reforçando os argumentos apresentados na inicial, e pug

Instada a se manifestar, a 20ª Procuradoria de Justiça deixou de opinar no feito, por entend
Público.

É o relatório.

VOTO

Presentes os seus pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

PRELIMINAR DE NULIDADE DE SENTENÇA POR SER ULTRA PETITA

Pretende a apelante o reconhecimento, sob a forma de preliminar, da nulidade da sentença,

Analisando a preliminar suscitada, observo que a matéria diz respeito ao próprio mérito da d
jurisdicional de primeiro grau. Razão pela qual, ao âmbito desse transfiro a sua apreciação.

MÉRITO

Pretende a recorrente a reforma da sentença proferida em sede de ação indenizatória, que j


sob o fundamento de que a má-prestação de serviço de telefonia enseja o dever de indenizar
por conseguinte, a pagar ao autor a quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), pelos danos m

Inicialmente, alegou a recorrente que a sentença revestiu-se de nulidade, por proferir julgam
pagamento da indenização ultrapassar o valor da causa estipulado na exordial, no patamar de

Não assiste razão ao recorrente, na medida em que, nas ações indenizatórias por danos mo
face da própria natureza do pedido, que não tem valor certo.

Assim, dependendo do Juízo o arbitramento do valor da condenação em ações desta naturez


havendo que se falar, pois, em nulidade da sentença por ser ultra petita.

No tocante à alegação da recorrente de que não restou demonstrado o dano moral sofrido p
pelas razões adiante delineadas.

É sabido que, em se tratando de relação de consumo, eis que a questão em debate envolve
concessionária de serviços de telefonia móvel, aplicam-se as normas consumeristas, enquadra
fornecedor e consumidor, dados pelos artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor.

Sabe-se, também, que em ações dessa natureza não há que se aferir a ocorrência de culpa
constatação do dano sofrido pelo consumidor, pela má prestação dos serviços por parte do for
artigo 14 do CDC, inclusive, dispõe acerca da matéria, senão vejamos o seu teor, in verbis:
"Art.14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pe
defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequ

De modo que, a empresa concessionária de telefonia móvel, na qualidade de fornecedora de


relativos à prestação do serviço, somente se isentando da responsabilidade se comprovar que
culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

No caso dos autos, a empresa concessionária apelante não cuidou de afastar as alegações d
telefonia móvel defeituoso, cujo ônus lhe cabia em face da inversão do ônus probandi, ou até
terceiro, como forma de ilidir a sua responsabilização.

Isso porque, da leitura dos autos se constata que a empresa concessionária de telefonia mó
operacionais desde meados de 2005 a junho de 2006, afirmando, inclusive, que durante o ano
não cuidando, assim, de afastar as alegações do autor, de que naquele período teve uma pres
inclusive, as possibilidades que a empresa ré possui de demonstrar a continuidade dos serviço
ligações recebidas e efetuadas.

De fato, a empresa ré, por ser detentora dos elementos e dados técnicos, tinha a obrigação
consumidor - comprovação junto a ANATEL dos níveis de complementação de chamadas, ou s
qualidade na prestação dos serviços.

E, assim, não tendo a empresa fornecedora logrado êxito em demonstrar nos autos que não
autor, ora apelado, cujo ônus lhe cabia, e não se desincumbiu, não pode se isentar da respons
prestação de serviços, consoante preceitua o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, c

Por sua vez, restou demonstrado nos autos o dano moral sofrido pelo autor, ora apelado, em
telefonia suportados, quando estava pagando regularmente suas contas, cumprindo, assim, a
nexo de causalidade entre o fato, qual seja o serviço defeituoso prestado, e dano moral causa
dever de indenizar.

Uma vez vislumbrada a existência do dever de indenizar, resta analisar a questão relacionad
reparação civil do dano moral experimentado.

Neste sentido, ainda que não exista imperativo legal para se chegar ao arbitramento da inde
de parâmetros que revelem a apreciação das circunstâncias que identifiquem a perfectibilizaçã
causador do dano, analisando-se as características pessoais de cada parte; a repercussão soci
e do causador do dano e da possibilidade de composição do agravo em pecúnia.

Busca-se, portanto, na reparação pelo dano moral, uma justa compensação pelos prejuízos
critérios de proporcionalidade entre o dano sofrido e o ilícito praticado, de modo a não onerar
sofrimento da vítima, desestimulando a prática de procedimentos de igual natureza.

Assim sendo, entendo que o valor da indenização fixado na sentença, no patamar de R$ 4.0
dano moral causado ao autor, bem como suficiente e razoável, como forma de inibir novas prá

Pelo exposto, voto pelo conhecimento e improvimento da Apelação Cível, para manter integ

Natal, 24 de Julho de 2007.

Desembargador Rafael Godeiro


Presidente e Relator

Das könnte Ihnen auch gefallen