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Sessão: 015.1.54.O22-02-2011_16-18-43
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SENADO FEDERAL - STAQ - 22/02/2011
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SENADO FEDERAL - STAQ - 22/02/2011
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classes, sem exploração; da prosperidade pelo trabalho criativo dos homens, desatados
dos laços de submissão do capital, e diria que o Estado não será mais necessário e,
portanto, a política não será mais a administração dos homens, e sim a administração
das coisas.
Ora, isso talvez pudesse ser possível, numa sociedade utópica comunista.
Mas, em um País de muita desigualdade como o nosso, para os trabalhadores mais
pobres, fora da política não há salvação. E o PT e os seus aliados querem excluir a
política da definição do salário-mínimo. É disso que se trata. Não vou esgrimir
argumentos constitucionais.
No fundo, trata-se disso: calar a voz do Parlamento. Tirar a oportunidade de
as centrais sindicais, saindo da sua letargia habitual, pelo menos uma vez por ano, a
maioria delas se lembrar – porque algumas são corretas, decentes e cumprem o seu
trabalho – de que tem alguma conexão com o mundo dos trabalhadores e partir para a
luta, para a valorização do salário mínimo e da renda dos trabalhadores. É com isso que
se quer acabar.
Agora, há um artigo na lei proposta, Srs. Senadores, que realmente me
causa uma profunda estranheza. Não sei se é a crônica política ou o folclore político que
atribui ao Senador Vitorino Freire uma frase interessante. Teria dito o Senador: “Jabuti
não sobe em árvore”.
Se você encontrar um jaboti em cima de uma árvore, alguém colocou este
jaboti lá em cima, ele não subiu sozinho.
Ora, no projeto que o Senado vai votar amanhã, que a Câmara aprovou na
semana passada, há um gigantesco jaboti. É uma daquelas tartarugas imensas, não é
mais um jaboti, que está colocada numa árvore. É o artigo 6º. O Governo foi rigoroso com
o salário mínimo, quis mostrar que é duro: “olha aqui, nós vamos fazer ajuste fiscal para
valer”. Mas, com o salário máximo, ele foi benevolente...
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SENADO FEDERAL - STAQ - 22/02/2011
Sessão: 015.1.54.O22-02-2011_16-18-43
(Interrupção do som.)