Sie sind auf Seite 1von 11

15 DE ABRIL DE 2010 100 — (17)

ARTIGO 27 Art. 3. Compete aos Ministros que superintendem as áreas


Direitos de segurança social
das Finanças e do Interior, a criação e a classificação de
Delegações Aduaneiras de Fronteira.
Durante a prestação do serviço, a situação dos prestadores Art. 4. É revogado o Decreto n.º 29/2006, de 30 de Agosto,
deste é equiparada, para efeitos de segurança social e assistência e toda a legislação que contrarie o disposto no presente Decreto.
na saúde, a dos cidadãos a prestar serviço militar nos regimes de Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Março de
serviço efectivo normal e de serviço efectivo no regime de 2010.
voluntariado. Publique-se.
ARTIGO 28 O Primeiro-Ministro, Aires Bonifácio Baptista Ali.

Outros direitos e deveres

1. Nenhum cidadão pode ser prejudicado nos seus benefícios Estatuto Orgânico da Autoridade Tributária
sociais ou no emprego em virtude do cumprimento do serviço de Moçambique
cívico.
CAPÍTULO I
2. Os prestadores do serviço cívico ficam sujeitos à
Natureza e Atribuições
regulamentação interna das instituições a que forem afectos,
sem prejuízo da aplicação do Regulamento de Disciplina do ARTIGO 1
Serviço Cívico aprovado nos termos do artigo 30 do presente (Natureza)
Regulamento. 1. A Autoridade Tributária de Moçambique, adiante
3. Aos cidadãos em cumprimento do serviço cívico são lhes designada Autoridade Tributária, é um órgão do Aparelho do
reconhecidos outros direitos e deveres que constam do Estatuto Estado, com autonomia administrativa, tutelado pelo Ministro
do Serviço Cívico de Moçambique. que superintende a área das Finanças.
2. A Autoridade Tributária assegura a direcção, a coordenação,
CAPÍTULO VI
o controlo e o planeamento estratégico, bem como a gestão das
Disposições finais e complementares actividades relativas à determinação, cobrança e controlo das
receitas públicas.
ARTIGO 29 3. A Autoridade Tributária inclui os serviços técnicos
Passagem à disponibilidade operacionais da área aduaneira, que são assegurados pelas
Alfândegas de Moçambique, órgão de natureza paramilitar, com
1. Os prestadores do serviço cívico passam à disponibilidade âmbito de actuação em todo o território aduaneiro da República
findo o período de dois anos, quando não optem pelo regime de
de Moçambique.
voluntariado.
2. O previsto no número anterior não se aplica aos prestadores ARTIGO 2
do serviço cívico que se encontrem de baixa hospitalar no (Atribuições)
momento em que devam passar à disponibilidade.
São atribuições da Autoridade Tributária:
ARTIGO 30 a) Executar a política tributária e aduaneira, dirigindo e
controlando o funcionamento dos seus serviços;
Regime disciplinar
b)Planificar e controlar as suas actividades e os sistemas
Os prestadores do serviço cívico ficam sujeitos ao regime de informação;
disciplinar a aprovar em diploma específico. c) Formar e qualificar os recursos humanos;
d) Elaborar estudos e apoiar na concepção das políticas
tributária e aduaneira;
e)Proceder à fiscalização e controlo aduaneiros das
Decreto n.º 9/2010 entradas e saídas de bens, meios de transporte e
pessoas ligadas a esses bens ou meios de transporte,
de 15 de Abril no território aduaneiro do país;
f) Prevenir, combater e reprimir a fraude e infracções
Havendo necessidade de se proceder à revisão do Estatuto aduaneiras e fiscais, fraude cambial na parte cometida
Orgânico da Autoridade Tributária de Moçambique, aprovado às Alfândegas, comércio externo não autorizado e o
pelo Decreto n.º 29/2006, de 30 de Agosto, e ajustá-lo às tráfico ilícito de drogas, estupefacientes, substâncias
alterações introduzidas pela Lei n.º 19/2009, de 10 de Setembro, psicotrópicas, armas, objectos de arte, antiguidades e
no uso da competência que lhe é atribuída pelo disposto no de outros bens proibidos ou protegidos por lei.
artigo 12 da Lei n.º 1/2006, de 22 de Março, o Conselho de
CAPÍTULO II
Ministros decreta:
Administração
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico da Autoridade
Tributária de Moçambique, anexo ao presente Decreto, dele ARTIGO 3
fazendo parte integrante. (Órgãos)

Art. 2. Compete ao Ministro que superintende a área das São órgãos da Autoridade Tributária, os seguintes:
Finanças a criação de Unidades de Grandes Contribuintes, bem a) O Conselho Superior Tributário;
como a criação e classificação das Direcções de Áreas Fiscais, b) O Presidente da Autoridade Tributária;
Juízos Privativos das Execuções Fiscais e de Delegações c)O Conselho Directivo;
Aduaneiras que não sejam de Fronteira. d) A Direcção-Geral das Alfândegas;
100 — (18) I SÉRIE — NÚMERO 15

e) A Direcção-Geral de Impostos; l)Praticar os actos referentes a nomeação, promoção,


f) A Direcção-Geral dos Serviços Comuns; aposentação, exoneração, demissão, expulsão e
g) O Gabinete do Controlo Interno; reintegração do pessoal e demais actos relativos ao
h) O Gabinete do Planeamento, Estudos e Cooperação pessoal;
Internacional. m)Praticar todos os actos referentes a transferência do
pessoal, mediante proposta da respectiva Direcção;
ARTIGO 4
n)Exercer as demais funções que lhe sejam cometidas por
(Conselho Superior Tributário) lei e pelo regulamento interno da Autoridade
Tributária ou que lhe sejam delegadas.
1. O Conselho Superior Tributário, abreviadamente designado
por CST, é o órgão máximo da Autoridade Tributária e 2. O Presidente da Autoridade Tributária tem ainda
é composto pelo Presidente da Autoridade Tributária, que o competência para tomar todas as decisões e praticar todos os
actos que, dependendo de deliberação do Conselho Directivo,
preside, e pelos Directores-Gerais da Autoridade Tributária.
não possam, por motivo imperioso de urgência, aguardar a
2. Compete ao Conselho Superior Tributário:
reunião deste órgão, devendo tais decisões ou actos serem
a) Propor e preparar a definição da política tributária submetidos à apreciação do Conselho Directivo na primeira
e aduaneira; reunião ordinária subsequente.
b) Estabelecer as linhas gerais de orientação da actividade 3. O Presidente da Autoridade Tributária, nas suas faltas e
da Autoridade Tributária; impedimentos, designa, de entre os Directores-Gerais da
c) Definir os objectivos e as prioridades da actividade da Autoridade Tributária, o seu substituto. Na falta desta
Autoridade Tributária; designação, o Presidente da Autoridade Tributária é substituído
d)Aprovar o Plano de Actividades e o Orçamento da pelo Director-Geral mais antigo ou, em igualdade de
Autoridade Tributária; circunstâncias, pelo de mais idade.
4. Compete ao Presidente da Autoridade Tributária completar
e) Aprovar o Relatório de Actividades e a Conta de
a estruturação das unidades orgânicas de nível central e local,
Gerência da Autoridade Tributária. previstas neste Estatuto, e que se mostrarem necessárias para
3. O Conselho Superior Tributário reúne, ordinariamente, uma assegurar o seu correcto funcionamento.
vez em cada trimestre e, extraordinariamente, sempre que o 5. O Presidente da Autoridade Tributária pode delegar o
Presidente o convoque, por sua iniciativa ou a pedido da maioria exercício das competências estabelecidas no presente artigo,
dos seus membros. por despacho, especificando as referidas competências.
6. O previsto no número anterior não se aplica ao disposto no
ARTIGO 5 n.º 4 e a alínea l)do n.º 1 do presente artigo.
(Presidente da Autoridade Tributária)
ARTIGO 6
1. O Presidente da Autoridade Tributária é o órgão da (Conselho Directivo)
Autoridade Tributária a quem compete em especial:
1. O Conselho Directivo é o órgão deliberativo da Autoridade
a) Dirigir a Autoridade Tributária, convocar e presidir os Tributária, presidido pelo Presidente da Autoridade Tributária,
Conselhos Superior Tributário, Directivo e da
e integra os Directores-Gerais, os Directores-Gerais Adjuntos e
Fiscalidade; os Directores dos Serviços Centrais da Autoridade Tributária.
b) Coordenar e orientar a política de gestão interna da 2. O Conselho Directivo reúne, ordinariamente, duas vezes
Autoridade Tributária; por mês e, extraordinariamente, sempre que o Presidente o
c)Submeter à aprovação do Ministro que superintende a convoque, por sua iniciativa ou a pedido da maioria dos seus
área das Finanças o Plano de Actividades e a Proposta membros.
do Orçamento; 3. O Conselho Directivo é o órgão da Autoridade Tributária
d) Submeter à aprovação do Ministro que superintende a que assessora o Presidente, sendo -lhe atribuído as seguintes
área das Finanças o Relatório de Execução das competências:
Actividades e a Conta de Gerência;
a) Apreciar e deliberar sobre as propostas de regulamentos
e)Submeter ao Tribunal Administrativo a Conta de internos da Autoridade Tributária, bem como dos
Gerência, após a aprovação do Ministro que
anteprojectos de diplomas sobre a organização da
superintende a área das Finanças; Autoridade Tributária;
f)Representar a Autoridade Tributária, activa e
b) Apreciar a proposta do orçamento anual da Autoridade
passivamente, inclusive em juízo, podendo transigir,
Tributária a submeter ao Subsistema de Orçamento
confessar e desistir em quaisquer litígios, de acordo
do Estado;
com a lei; c) Acompanhar os níveis de cobrança de receita e aprovar
g)Actuar em nome da Autoridade Tributária, junto de o respectivo relatório anual;
instituições nacionais e internacionais; d)Pronunciar-se sobre os planos de aquisição de bens e
h)Exercer, nos termos da lei, o poder disciplinar serviços, locação financeira ou aluguer de bens
relativamente ao pessoal da Autoridade Tributária; móveis destinados à instalação, equipamento e
i)Exercer as competências relacionadas com o objecto da funcionamento da Autoridade Tributária;
Autoridade Tributária que lhe sejam cometidas por e)Pronunciar-se sobre os planos de aquisição, locação
lei; financeira ou arrendamento de bens imóveis
j)Autorizar a realização das despesas da Autoridade destinados à instalação e funcionamento da
Tributária; Autoridade Tributária, precedendo autorização do
k)Exercer as demais competências e praticar outros actos Ministro que superintende a área das Finanças;
necessários à prossecução das atribuições da f) Deliberar sobre as propostas de contratos a celebrar com
Autoridade Tributária, que não sejam da competência terceiros, para prestação de serviços à Autoridade
de outros órgãos; Tributária;
15 DE ABRIL DE 2010 100 — (19)

g)Acompanhar a gestão dos recursos humanos e f)Peritos de reconhecido mérito designados pelo
patrimoniais da Autoridade Tributária; Presidente da Autoridade Tributária em condições a
h)Exercer outras atribuições conferidas por lei. definir por despacho do mesmo.
ARTIGO 7 3. O Presidente do Conselho da Fiscalidade pode convidar a
(Direcção-Geral das Alfândegas) participar nas reuniões deste Conselho os Directores-Gerais
A Direcção-Geral das Alfândegas, abreviadamente designada Adjuntos e Directores de Serviços da Autoridade Tributária,
por DGA, é o órgão da Autoridade Tributária, de natureza outros funcionários do Estado, bem como entidades colectivas
paramilitar, que tem por função a implementação da política e representativas de interesses relevantes na área tributária e
legislação aduaneiras e todas as acções de controlo e fiscalização aduaneira, designadamente representantes dos trabalhadores e
necessárias à prossecução das suas competências. dirigentes da administração tributária, quando os assuntos
agendados respeitarem à organização e funcionamento da
Artigo 8 Autoridade Tributária.
(Direcção-Geral de Impostos) 4. O Conselho da Fiscalidade integra representantes de outros
A Direcção-Geral de Impostos, abreviadamente designada por Ministérios, de acordo com o regulamento a aprovar nos termos
DGI, é o órgão da Autoridade Tributária que tem por função a do n.º 7 do presente artigo, e funciona em áreas especializadas,
implementação da política e legislação tributária e de todas as nomeadamente:
acções de controlo e fiscalização necessárias à prossecução das
suas competências. a)Área de Tributação Interna — com a missão de apreciar
matérias relativas à aplicação da política e
ARTIGO 9 administração dos impostos directos e indirectos, com
(Direcção-Geral dos Serviços Comuns) excepção dos direitos aduaneiros e dos regimes de
A Direcção-Geral dos Serviços Comuns, abreviadamente tributação especial sobre o consumo a cargo das
designada por DGSC, é o órgão da Autoridade Tributária que Alfândegas;
tem por função a gestão dos recursos humanos e respectiva b) Área de Tributação Aduaneira — com a missão de
formação, bem como a aplicação de recursos financeiros e apreciar matérias relativas ao controlo da fronteira
materiais, entre outras acções necessárias à prossecução das suas do território aduaneiro nacional, para fins fiscais,
competências. económicos e de protecção da sociedade e de
ARTIGO 10 administração dos direitos aduaneiros e dos regimes
(Gabinete de Controlo Interno) de tributação especial sobre o consumo cometidos às
Alfândegas;
O Gabinete do Controlo Interno, abreviadamente designado c)Área de acompanhamento da Reforma Tributária - com
por GCI, é o órgão da Autoridade Tributária que tem por função
a missão específica de apreciar matérias relativas à
realizar acções de inspecção, fiscalização e auditoria aos serviços
concepção, desenvolvimento, implementação e
da Autoridade Tributária e demais acções necessárias à
exploração dos programas de reforma abrangente da
prossecução das suas competências.
Fiscalidade nacional.
ARTIGO 11 5. A composição e funcionamento do Conselho da Fiscalidade
(Gabinete do Planeamento, Estudos e Cooperação são determinados em regulamento interno específico.
Internacional) 6. Os membros do Conselho da Fiscalidade estão sujeitos ao
O Gabinete do Planeamento, Estudos e Cooperação sigilo fiscal e outros, no tocante às matérias que conheçam,
Internacional, abreviadamente designado por GPECI, é o órgão decorrentes da sua função neste órgão, devendo assumir tal
da Autoridade Tributária que tem por função realizar estudos compromisso formalmente em condições a estabelecer no
tendentes à concepção da política fiscal e aduaneira e regulamento interno.
desenvolver acções de planeamento e cooperação internacional, 7. O regulamento interno do Conselho da Fiscalidade é
bem como outras acções necessárias à prossecução das suas aprovado por Despacho do Presidente da Autoridade Tributária.
competências.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO III
Estrutura Orgânica
Órgão de Consulta
SECÇÃO I
ARTIGO 12
De Nível Central
(Conselho da Fiscalidade)
SUBSECÇÃO I
1. O Conselho da Fiscalidade é o órgão consultivo e
participativo da Autoridade Tributária, que tem por missão Estrutura
analisar e acompanhar a evolução do sistema fiscal e das políticas ARTIGO 13
tributária e aduaneira, com vista a que se mantenham como (Estrutura à nível central)
instrumento decisivo de justiça social.
2. O Conselho da Fiscalidade é presidido pelo Presidente da 1. A Autoridade Tributária estrutura-se, a nível central, nas
Autoridade Tributária e integra os seguintes membros seguintes Direcções-Gerais e Serviços Equiparados:
permanentes: a) Direcção-Geral das Alfândegas;
a) O Director-Geral das Alfândegas; b) Direcção-Geral de Impostos;
b) O Director-Geral de Impostos; c) Direcção-Geral dos Serviços Comuns;
c) O Director-Geral dos Serviços Comuns; d)Gabinete de Controlo Interno;
d) Outros Directores-Gerais da Autoridade Tributária; e) Gabinete de Planeamento, Estudos e Cooperação
e) Três representantes das associações empresariais; Internacional.
100 — (20) I SÉRIE — NÚMERO 15

2. A estrutura a nível central integra, ainda, os seguintes ARTIGO 16


Gabinetes, equiparados a Direcções de Serviços:
(Competências das Direcções de Serviços)
a) Gabinete de Comunicação e Imagem;
b)Gabinete do Presidente. 1. A Direcção de Contencioso Aduaneiro tem as seguintes
competências:
3. As Direcções-Gerais e Serviços Equiparados estruturam-se
em Direcções de Serviços, Divisões e Repartições. a)Examinar e dar parecer sobre todos os assuntos de
4. As Direcções-Gerais e Serviços Equiparados são dirigidas carácter jurídico relacionados com as Alfândegas;
por um Director-Geral, coadjuvado por Directores-Gerais b)Apoiar a DGA em matéria de contencioso legal;
Adjuntos, nomeados pelo Ministro que superintende a área das c) Promover a instrução de autos em matéria aduaneira
Finanças, em comissão de serviço, sob proposta do Presidente que não constituam matérias da competência dos
da Autoridade Tributária. tribunais aduaneiros;
5. As Direcções de Serviços e unidades equiparadas, Divisões d) Apoiar a DGA na análise de propostas sobre matéria
e Repartições são dirigidas por Directores, Chefes de Divisão aduaneiras;
e Chefes de Repartição, respectivamente, nomeados pelo e) Apoiar o Director-Geral em matéria jurídica nas acções
Presidente da Autoridade Tributária, em regime de comissão de judiciais.
serviço, sob proposta do Director-Geral da respectiva área.
2. A Direcção de Normação de Procedimentos Aduaneiros
SUBSECÇÃO II tem as seguintes competências:
Direcção-Geral das Alfândegas a) Assegurar a implementação da legislação aduaneira,
aprovada no âmbito das políticas do Governo, em
ARTIGO 14
matéria aduaneira;
(Competências) b) Propor e colaborar na elaboração de propostas de
A Direcção-Geral das Alfândegas tem as seguintes legislação no âmbito da sua actividade e desenvolver
competências: os procedimentos aduaneiros;
c) Colaborar e participar nas negociações com as
a) Garantir, no quadro da política aduaneira, a arrecadação instituições internacionais;
da receita do Estado cuja cobrança lhe esteja d) Analisar a eficácia dos procedimentos aduaneiros e
cometida;
b)Assegurar a liquidação e cobrança dos direitos e outras propor as alterações necessárias;
imposições cuja cobrança lhe seja atribuída por lei, e) Dar pareceres sobre os assuntos referentes à aplicação
e proceder à avaliação dos respectivos níveis de legislação e procedimentos aduaneiros;
de cobrança; f) Propor nova legislação quanto às alterações aos
c)Exercer o controlo e fiscalização aduaneira sobre pessoas, procedimentos aduaneiros existentes ou a introduzir.
bens, valores, mercadorias e meios de transporte nos 3. A Direcção de Ordem e Disciplina Paramilitar tem as
termos da legislação específica; seguintes competências:
d)Promover e realizar acções de prevenção, combate,
repressão da fraude e infracções aduaneiras e fiscais, a) Promover a formação paramilitar dos funcionários;
fraude cambial, comércio externo não autorizado, b) Garantir o aprovisionamento de equipamentos e material
tráfico ilícito de drogas, estupefacientes, substâncias letal;
psicotrópicas, armas, objectos de arte, antiguidades, c) Promover acções que visem a elevação dos padrões de
recursos minerais e outros bens proibidos ou disciplina entre os funcionários com estatuto
protegidos por lei; paramilitar.
e) Proteger os direitos de autor, do património artístico
4. A Direcção de Auditoria, Investigação e Inteligência tem
e cultural, da fauna e flora bravias, da saúde e moral
as seguintes competências:
públicas, do meio ambiente e da indústria nacional,
no cumprimento da lei aplicável aos fluxos do a)Promover e realizar acções de investigação e
comércio externo; inteligência com vista à prevenção e combate à fraude
f)Fazer o controlo e acompanhamento da aplicação e evasão fiscal e aduaneira;
das leis aduaneiras e contribuir para promover b) Promover e realizar acções especiais de prevenção,
a reintegração ou defesa dos interesses violados; combate repressão da fraude e evasão fiscal e
g) Dar parecer sobre acordos internacionais em matéria aduaneira, fraude cambial, branqueamento de capitais
aduaneira e assegurar a sua execução; e transporte ilícito de valores, comércio externo não
h)Colaborar na elaboração das propostas de medidas de autorizado, tráfico ilícito de drogas, estupefacientes,
política e alterações à legislação no âmbito da sua substâncias psicotrópicas, armas, objectos de arte,
actividade. antiguidades e outros bens proibidos ou protegidos
por lei, com recurso a utilização de informações sobre
ARTIGO 15 a ocorrência ou possível ocorrência desses factos;
c) Controlar a aplicação das leis fiscais e aduaneiras e a
(Unidades orgânicas) reintegração ou defesa dos respectivos interesses
A Direcção-Geral das Alfândegas estrutura-se em: violados.
5. A Direcção de Regimes, Pauta e Valor Aduaneiro tem as
a) Direcção de Contencioso Aduaneiro; seguintes competências:
b) Direcção de Normação de Procedimentos Aduaneiros; a) Assegurar a correcta aplicação dos Regimes Aduaneiros
c) Direcção de Ordem e Disciplina Paramilitar; e executar a gestão dos mesmos, nomeadamente sobre
d) Direcção de Auditoria, Investigação e Inteligência; isenções e autorização para o funcionamento de
e) Direcção de Regimes, Pauta e Valor Aduaneiro. armazéns de regimes aduaneiros;
15 DE ABRIL DE 2010 100 — (21)

b) Emitir parecer sobre pedidos de benefícios fiscais de ARTIGO 19


natureza aduaneira;
(Competências das Direcções de Serviços)
c)Assegurar a correcta aplicação das normas internacionais
em matéria de nomenclatura e valor; 1. A Direcção de Auditoria e Fiscalização Tributária tem
d) Criar e manter actualizada uma base de dados com a as seguintes competências:
descrição e valor das mercadorias para o suporte do a)Prevenir e combater a fraude e evasão fiscal;
trabalho de verificação do valor, incluindo o índice b) Promover e realizar auditorias e fiscalizações tributárias
de produtos; aos sujeitos passivos;
e) Preparar a informação de base para a elaboração da c) Proceder a verificação e submissão à confirmação dos
Conta Geral do Estado, no que respeita a aplicação de rendimentos empresariais declarados pelos sujeitos
regimes aduaneiros; passivos, pessoas singulares e colectivas;
f) Promover acções para materializar a legislação d)Instruir e tramitar as autorizações para a inscrição dos
aduaneira que tenham implicações pautais; técnicos de contas, para efeitos fiscais;
g) Manter o ficheiro da Pauta Aduaneira permanentemente e) Elaborar, coordenar e controlar o plano de actividades
actualizado; de auditoria e fiscalização tributária, a nível naciona.
h) Assegurar a reconciliação entre as autorizações 2. A Direcção do Contencioso Tributário tem as seguintes
concedidas e as executadas; competências:
i) Propor alteração ou clarificação da legislação sobre
regimes aduaneiros. a) Desempenhar actividades relacionadas com
o contencioso administrativo e tributário, quer seja
SUBSECÇÃO III suscitado pelos contribuintes, quer consubstancie
Direcção-Geral de Impostos
reacção ao incumprimento das obrigações fiscais, que
não constituam matérias da competência dos
ARTIGO 17 Tribunais Fiscais;
(Competências) b) Prestar apoio jurídico nos procedimentos e processos
A Direcção-Geral de Impostos tem as seguintes competências: de contencioso fiscal;
c) Elaborar pareceres e realizar estudos e trabalhos técnicos
a) Assegurar a arrecadação de impostos e de outras receitas relacionados com a respectiva área de intervenção;
do Estado cuja cobrança lhe seja cometida; d) Orientar, coordenar e apoiar as actividades dos
b) Executar a política tributária e realizar uma avaliação representantes da Fazenda Pública junto dos tribunais
contínua da sua repercussão na ordem financeira, administrativos e fiscais e manter actualizados os
económica e social; ficheiros de legislação, jurisprudência e orientações
c) Controlar a aplicação das leis fiscais e a reintegração ou administrativas com interesse para a respectiva área
defesa dos respectivos interesses violados; de intervenção;
d)Prevenir e combater a fraude e evasão fiscal; e) Prestar ao Ministério Público, junto das diversas
e)Promover o lançamento, a liquidação e a cobrança dos instâncias judiciais, o apoio técnico que este solicitar;
impostos cuja arrecadação esteja a seu cargo, f)Colaborar na prestação do patrocínio judiciário dos
e proceder à avaliação dos níveis de cobrança; funcionários e agentes na situação de réus ou arguidos
f)Exercer a acção de informação pública no domínio em processos judiciais por actos ou omissões
tributário; ocorridas no exercício ou por causa do exercício das
g) Promover e realizar acções de fiscalização tributária; suas funções;
h)Acompanhar e monitorar a execução dos benefícios g) Colaborar com os Tribunais Fiscais, quando solicitada,
fiscais e proceder à determinação e controlo da na tramitação e instrução de processos, sobre actos
respectiva despesa fiscal; de natureza técnica tributária;
h) Garantir a gestão, controlo e registo estatístico
i) Prestar esclarecimentos aos contribuintes acerca da
sistemático da dívida tributária;
interpretação das leis fiscais suas obrigações e o modo
i) Recolher, sistematizar e analisar indicadores para
mais cómodo e seguro de as cumprir; controlar a eficácia da actividade processual
j)Colaborar na elaboração das propostas de medidas de tributária de natureza administrativa ou judicial.
política e alterações à legislação no âmbito da sua
3. A Direcção de Controlo de Cobrança, Cadastro e
actividade; Benefícios Fiscais tem as seguintes competências:
k)Informar sobre os aspectos decorrentes da execução das
a) Propor e assegurar a implementação de estratégias
leis fiscais;
visando o cumprimento das metas da receita;
l) Efectuar o registo e assegurar a gestão do cadastro do
b)Controlar a cobrança da receita e garantir a produção
contribuinte. das respectivas estatísticas;
ARTIGO 18 c) Controlar a execução dos benefícios fiscais e a
determinação da despesa fiscal;
(Unidades orgânicas) d) Preparar a informação de base para a elaboração do
A Direcção-Geral de Impostos estrutura-se em: Orçamento de Receitas e da Conta Geral do Estado;
e) Proceder ao registo e gestão do cadastro dos
a) Direcção de Auditoria e Fiscalização Tributária; contribuintes;
b)Direcção de Contencioso Tributário; f) Verificar, controlar e assegurar a correcção dos processos
c) Direcção de Controlo de Cobrança, Cadastro de contabilidade das Direcções de Áreas Fiscais,
e Benefícios Fiscais; Unidades de Grandes Contribuintes e Juízos
d) Direcção de Normação Tributária; Privativos das Execuções Fiscais;
e) Direcção de Reembolsos; g)Assegurar a harmonização dos procedimentos de
lançamento, liquidação e cobrança dos impostos.
f) Direcção de Coordenação e Apoio Técnico.
100 — (22) I SÉRIE — NÚMERO 15

4. A Direcção de Normação Tributária tem as seguintes c)Assegurar os procedimentos relativos ao aprovisiona-


competências: mento de bens ou serviços nas suas vertentes de
a) Participar na elaboração de propostas de alterações compra, armazenamento, distribuição e gestão de
existências;
legislativas e regulamentares que envolvam matérias
d) Assegurar a normalização de procedimentos em todas
relativas à legislação fiscal; as unidades orgânicas da Autoridade Tributária,
b) Participar na elaboração de estudos sobre matéria designadamente elaborar e propor as instruções
tributária e dar pareceres nos processos que lhe sejam adequadas;
submetidos; e) Coordenar e assegurar a gestão dos recursos humanos
c) Assegurar a execução e aplicação da legislação no da Autoridade Tributária, nomeadamente a gestão
âmbito tributário; provisional do quadro de pessoal;
d) Dar pareceres sobre questões decorrentes da aplicação f) Propor a adopção de políticas e técnicas de gestão
das leis fiscais; racional dos recursos humanos, com vista à sua
e) Assegurar a informação ao contribuinte, garantindo a valorização e adequação às necessidades da
uniformidade na aplicação da lei fiscal; Autoridade Tributária;
f) Assegurar a implementação dos acordos para evitar a g)Monitorar processos disciplinares, de inquérito, de
dupla tributação e prevenir a evasão fiscal. sindicância ou de índole similar, instruídos ao nível
5. A Direcção de Reembolsos tem as seguintes competências: dos órgãos centrais e locais da Autoridade Tributária;
h) Elaborar, implementar e avaliar o plano anual de
a) Garantir a gestão, controlo e registo de informação formação em coordenação com os serviços da
estatística sistemática do reembolso do IVA e dos Autoridade Tributária;
Impostos sobre o Rendimento; i) Elaborar o relatório anual de execução do plano de
b) Assegurar a harmonização, a nível nacional, dos formação;
procedimentos de reembolsos; j) Definir um quadro estratégico de referência que permita
c) Emitir parecer sobre os pedidos de comunicação de formular uma visão plurianual na elaboração dos
créditos; planos de actividades para o desenvolvimento dos
d) Propor medidas de simplificação dos procedimentos sistemas de informação da Autoridade Tributária;
técnicos na sua área de actuação. k) Desenvolver, gerir e supervisionar toda a actividade da
6. Direcção de Coordenação e Apoio Técnico tem as seguintes área de informática, infra-estruturas de comunicação
competências: e sistemas de informação necessárias para o
cumprimento das funções cometidas à Autoridade
a)Monitorar os Grandes Projectos e Instituições
Tributária;
Financeiras;
l) Garantir a segurança e guarda das instalações da
b)Proceder à análise e sistematização dos contratos e Autoridade Tributária, transporte de valores e de
autorizações de investimento dos Grandes Projectos mercadorias.
e Instituições Financeiras;
c) Avaliar as necessidades de formação em áreas ARTIGO 21
específicas, com vista a fortalecer a capacidade
técnica em matérias de Grandes Projectos e (Unidades orgânicas)
Instituições Financeiras; A Direcção-Geral dos Serviços Comuns estrutura-se em:
d)Garantir a elaboração da informação estatística
a) Direcção de Asseguramento Geral;
sistemática sobre a contribuição dos Grandes
b) Direcção de Finanças;
Projectos e Instituições Financeiras, na receita global; c) Direcção de Formação;
e)Propor a revisão da carteira de grandes contribuintes;
d) Direcção de Logística e Infra-estruturas;
f)Propor a introdução de sistemas modernos de gestão da
e) Direcção de Recursos Humanos; e
carteira dos Grandes Projectos e Instituições
f) Direcção de Tecnologia de Informação e Comunicação.
Financeiras;
g)Monitorar a actividade das Unidades de Grandes ARTIGO 22
Contribuintes; (Competências das Direcções de Serviços)
h)Garantir a elaboração dos relatórios periódicos das
actividades da DGI; 1. A Direcção de Asseguramento Geral tem as seguintes
i) Monitorar o cumprimento das decisões da DGI e dos competências:
diferentes órgãos da Autoridade Tributária, no âmbito a)Garantir a segurança e guarda das instalações da
das actividades da DGI. Autoridade Tributária;
b) Garantir a segurança no transporte de valores e de
SUBSECÇÃO IV mercadorias.
Direcção-Geral dos Serviços Comuns 2. A Direcção de Finanças tem as seguintes competências:
ARTIGO 20 a) Executar as actividades relativas a gestão orçamental
(Competências) e contabilidade;
b) Assegurar a elaboração das propostas do Orçamento e
A Direcção-Geral dos Serviços Comuns tem as seguintes
efectuar a respectiva execução e gestão;
competências:
c) Assegurar a legalidade e eficiência da despesa,
a) Assegurar a gestão orçamental da Autoridade garantindo o seu processamento relativamente à
Tributária, elaborando as propostas de orçamento da aquisição de bens ou serviços;
despesa e efectuando a respectiva execução; d) Elaborar o relatório de execução orçamental da
b) Assegurar a legalidade e eficiência da despesa e garantir Autoridade Tributária;
o processamento desta relativamente à aquisição de e) Controlar as contas bancárias da Autoridade Tributária;
bens ou serviços; f) Analisar os processos de contabilidade de receita.
15 DE ABRIL DE 2010 100 — (23)

3. A Direcção de Formação tem as seguintes competências: h) Propor políticas e formas específicas de treino, formação
a) Criar as condições para a institucionalização e e capacitação dos funcionários da Autoridade
autonomização institucional do Instituto de Finanças Tributária;
Públicas e Formação Tributária; i) Assegurar a disponibilidade dos manuais de formação
b) Coordenar o processo de elaboração do plano anual de pertinentes;
formação em coordenação com os serviços da j) Analisar e emitir parecer sobre as propostas de formação
Autoridade Tributária;
dos funcionários em instituições fora da Autoridade
c) Garantir a implementação e avaliação do plano anual
de formação da Autoridade Tributária; Tributária;
d) Promover ambientes de análise envolvendo os k) Monitorar processos disciplinares, de inquérito, de
diferentes grupos profissionais, com vista à sindicância ou de índole similar, instruídos ao nível
consolidação e harmonização do conhecimento de dos órgãos da Autoridade Tributária;
matérias de natureza tributária, aduaneira, jurídica, l) Promover a participação dos funcionários da
económica, de gestão e outras, que concorram para a Autoridade Tributária na tomada de decisões sobre
modernização institucional. assuntos profissionais;
4. A Direcção de Logística e Infra-estruturas tem as seguintes m) Constituir Assistente do Ministério Público em matérias
competências: relativas a Autoridade Tributária e seus funcionários,
a) Assegurar a legalidade e eficiência nas aquisições de sempre que para tal seja indicado pelo Presidente da
bens e serviços; Autoridade Tributaria;
b)Assegurar os procedimentos relativos ao n) Colaborar no acompanhamento do estágio dos
aprovisionamento de bens ou serviços nas suas estudantes na Autoridade Tributária.
vertentes de compra, armazenamento, distribuição e 6. A Direcção de Tecnologia de Informação e Comunicação
gestão de existências; tem as seguintes competências:
c) Executar a política e normas de concursos na aquisição
de bens e serviços pela Autoridade Tributária; a) Supervisionar a actividade da área de informática na
d) Providenciar a manutenção e reparação de edifícios e Autoridade Tributária;
património da Autoridade Tributária; b) Desenvolver soluções informáticas, infra-estruturas de
e) Efectuar a aquisição de materiais, no cumprimento das comunicação e sistemas de informação necessárias
normas legalmente estabelecidas; ao cumprimento das funções cometidas à Autoridade
f) Gerir o parque de viaturas da Autoridade Tributária,
Tributária;
providenciar a sua manutenção e abastecimento e
supervisionar os motoristas; c) Garantir a manutenção e gestão dos sistemas
g) Manter actualizado o inventário do património da informáticos;
Autoridade Tributária e a respectiva afectação e d) Garantir o correcto funcionamento de comunicações
responsabilidade de guarda e manutenção; internas e para fora da Autoridade Tributária;
h) Assegurar a distribuição do material de escritório para o e) Desenhar políticas relacionadas com a área de
funcionamento da instituição; tecnologias de informação;
i) Garantir a produção e distribuição nacional dos
f) Desenhar programas de formação na área de tecnologias
formulários em uso na Autoridade Tributária;
de informação;
j) Executar todas as tarefas relativas à recepção e expedição
de correspondências. g) Assegurar a modernização tecnológica da instituição;
h) Preparar políticas com vista ao desenvolvimento
5. A Direcção de Recursos Humanos tem as seguintes tecnológico da Autoridade Tributária de
competências: Moçambique.
a) Coordenar e assegurar a gestão dos recursos humanos
SUBSECÇÃO V
da Autoridade Tributária;
b) Propor a adopção de políticas e técnicas de gestão Gabinete de Controlo Interno
racional dos recursos humanos, com vista à sua ARTIGO 23
valorização e adequação às necessidades da (Competências)
Autoridade Tributária;
O Gabinete de Controlo Interno tem as seguintes
c) Cumprir as determinações legais que regulam a gestão
de recursos humanos do Estado, aplicáveis à competências:
Autoridade Tributária; a) Realizar acções de inspecção tendentes a zelar pelo
d) Assegurar o cumprimento das políticas e procedimentos cumprimento das disposições legais fiscais e
relativos à área de recursos humanos emanados da aduaneiras a nível interno;
Autoridade Tributária; b) Realizar acções de auditoria de gestão e avaliar, em
e) Organizar os processos individuais do pessoal e manter termos de eficácia e eficiência, o funcionamento dos
o respectivo arquivo devidamente actualizado; serviços;
f) Recolher os elementos necessários para a gestão
previsional dos recursos humanos e elaborar o balanço c) Cooperar com outros serviços de auditoria, nacionais
social; ou internacionais, designadamente ao nível das
g) Manter actualizado o registo dos despachantes metodologias e das normas de actuação;
aduaneiros, incluindo a emissão e o controlo das d) Dirigir e assegurar o cumprimento da política anti-
respectivas cédulas; -corrupção e outras acções contra irregularidades;
100 — (24) I SÉRIE — NÚMERO 15

e) Investigar as irregularidades do pessoal e supervisionar SUBSECÇÃO VI


os processos disciplinares instruídos pelos órgãos Gabinete de Planeamento, Estudos e Cooperação
respectivos da Autoridade Tributária; Internacional
f) Receber queixas dos utilizadores dos serviços da ARTIGO 26
Autoridade Tributária, investigar a sua veracidade e (Competências)
propor as medidas a serem tomadas;
g) Propor as normas e procedimentos para a condução de O Gabinete do Planeamento, Estudos e Cooperação
investigações de irregularidades; Internacional tem as seguintes competências:
h) Emitir informações para o Conselho Superior a) Propor medidas de políticas e alterações à legislação
Tributário sobre as irregularidades mais comuns no âmbito da actividade da Autoridade Tributária;
detectadas pelas direcções da Autoridade Tributária; b) Garantir a realização de trabalhos de investigação e
i) Promover e assegurar o cumprimento da ética pesquisa, no âmbito fiscal e aduaneiro;
profissional. c) Elaborar a proposta de planos e relatório das actividades
da Autoridade Tributária;
ARTIGO 24 d) Preparar e apoiar no esclarecimento de dúvidas e
(Unidades orgânicas) questões decorrentes da aplicação das leis fiscais e
O Gabinete de Controlo Interno tem a seguinte estrutura: aduaneiras;
e) Realizar a análise do desempenho da Autoridade
a) Direcção de Controlo, Inspecção e Auditoria; Tributária, nas suas diferentes áreas;
b) Direcção de Irregularidades de Pessoal e Anti- f) Efectuar a previsão de cobrança de receitas fiscais e
-corrupção. aduaneiras;
g) Elaborar informação estatística relativa a cobrança de
ARTIGO 25
receitas fiscais e aduaneiras;
(Competências das Direcções de Serviços) h) Assegurar a actividade de elaboração e aquisição de
documentação científica e técnica na área fiscal e
1. A Direcção de Controlo, Inspecção e Auditoria tem as
seguintes competências: aduaneira;
i) Preparar e participar na negociação dos acordos ou de
a)Realizar acções de controlo das actividades convenções para evitar a dupla tributação e para
desenvolvidas pelas unidades orgânicas da
prevenir a evasão e fraude fiscais e as demais
Autoridade Tributária;
b)Avaliar a eficiência e eficácia do funcionamento das convenções de natureza fiscal e aduaneira;
unidades orgânicas da Autoridade Tributária; j) Assegurar a implementação dos acordos bilaterais e
c) Realizar acções de inspecção e auditoria tendentes a multilaterais em que o país seja signatário em matéria
zelar pelo cumprimento das disposições legais em fiscal e aduaneira;
todas as unidades orgânicas da Autoridade Tributária; k) Propor políticas relevantes, na área fiscal e aduaneira,
d)Realizar inspecções sobre a qualidade técnica e níveis relativas à integração regional e aos acordos bilaterais
de execução do programa de actividades de auditoria
e multilaterais;
e de fiscalização tributária.
l) Preparar informação e participar nas negociações com
2. A Direcção de Irregularidades de Pessoal e Anti-corrupção
instituições multilaterais sobre matérias fiscais e
tem as seguintes competências:
aduaneiras;
a) Propor a Estratégia de Promoção da Integridade, elaborar m) Emitir pareceres sobre as matérias de cooperação
e implementar um plano de promoção da integridade
e combate à corrupção na Autoridade Tributária; internacional.
b)Fazer e apoiar as investigações sobre irregularidades ARTIGO 27
praticadas pelos funcionários da Autoridade
Tributária; (Unidades orgânicas)

c) Verificar o cumprimento dos procedimentos na O Gabinete do Planeamento, Estudos e Cooperação


instauração dos processos sobre infracções de Internacional estrutura-se em:
natureza disciplinar ou criminal;
a) Direcção de Cooperação Internacional;
d)Pronunciar-se sobre as queixas e reclamações dos b) Direcção de Planeamento e Estudos;
utilizadores dos serviços, bem como de órgãos e c) Direcção de Política Tributária;
serviços da Autoridade Tributária sobre práticas d) Direcção de Previsão e Análise da Receita.
incorrectas dos funcionários desta e promover as
acções legais pertinentes; ARTIGO 28
e) Fazer a recolha, análise, tratamento e arquivo de (Competências das Direcções de Serviços)
informação relacionadas com a evasão e fraude fiscal
e aduaneira; 1. A Direcção de Cooperação Internacional tem as seguintes
competências:
f) Manter actualizado o sistema de informação sobre os
actos praticados em matéria de fraude e evasão fiscal a) Assegurar a implementação dos acordos bilaterais e
e aduaneira; multilaterais em que o país seja signatário em matéria
g) Fazer a análise e gestão de risco associado às actividades fiscal e aduaneira e proceder a sua monitoria;
dos sectores da instituição. b) Preparar e participar em negociações sobre matéria de
15 DE ABRIL DE 2010 100 — (25)

índole fiscal e aduaneira, no âmbito do processo de fiscal e aduaneira e de promoção da imagem da Autoridade
integração regional e de acordos bilaterais e Tributária, estabelecer a comunicação interna da instituição e
multilaterais; servir de elo de ligação entre esta instituição e os órgãos de
c) Coordenar as acções de cooperação bilateral, regional comunicação social, bem como divulgar a legislação fiscal e
e multilateral em matéria fiscal e aduaneira; aduaneira.
d) Emitir pareceres sobre matérias de natureza fiscal e ARTIGO 30
aduaneira, no âmbito dos acordos de cooperação
(Competências)
bilateral, regional e multilateral.
2. A Direcção do Planeamento e Estudos tem as seguintes O Gabinete de Comunicação e Imagem tem as seguintes
competências: competências:
a) Promover acções com vista a avaliação periódica do a) Servir de elo de ligação entre a Autoridade Tributária e
os órgãos de comunicação social;
Sistema Tributário;
b) Propor e organizar reuniões, sempre que se mostre
b) Garantir a realização de trabalhos de investigação e
necessário, com os utilizadores dos serviços da
pesquisa em matérias de natureza fiscal e aduaneira;
Autoridade Tributária;
c) Realizar estudos que sustentem medidas de política e c) Promover a imagem pública da Autoridade Tributária;
alterações à legislação fiscal e aduaneira; d) Produzir material informativo da Autoridade Tributária
d) Elaborar a proposta de planos e relatórios das e proceder à sua divulgação;
actividades da Autoridade Tributária; e) Organizar e manter actualizado o ficheiro de notícias
e) Preparar e monitorar os indicadores estratégicos para publicadas pela imprensa nacional e estrangeira com
as diferentes áreas da Autoridade Tributária. interesse para a Autoridade Tributária;
3. A Direcção de Política Tributária tem as seguintes f) Desenvolver acções de educação fiscal e aduaneira e
competências: de popularização do imposto;
g) Divulgar a legislação fiscal e aduaneira e prestar
a) Propor medidas de política tributária e aduaneira; assistência aos contribuintes;
b) Propor alterações à legislação no âmbito da actividade h) Propor e implementar a política de comunicação e
da Autoridade Tributária; imagem da Autoridade Tributária.
c) Emitir pareceres sobre matérias relativas à legislação
fiscal e aduaneira; SUBSECÇÃO VIII
d) Apoiar no esclarecimento de dúvidas e questões Gabinete do Presidente
decorrentes da aplicação das leis fiscais e aduaneiras;
ARTIGO 31
e) Preparar os acordos ou convenções para evitar dupla
(Função)
tributação e prevenir a evasão e fraude fiscais e demais
convenções de natureza fiscal e aduaneira; O Gabinete do Presidente é um serviço da Autoridade
f) Rever a legislação fiscal e aduaneira alinhando-a aos Tributária que tem por função apoiar o Presidente, o Conselho
padrões e recomendações regionais e internacionais. Superior Tributário, o Conselho Directivo e o Conselho da
Fiscalidade no exercício das suas actividades, designadamente
4. A Direcção de Previsão e Análise da Receita tem as nas áreas de secretariado e protocolo.
seguintes competências:
SECÇÃO II
a) Garantir a existência de informação credível e segura
De Nível Local
sobre as estatísticas da receita como base de suporte
para a gestão; ARTIGO 32
b) Analisar as cobranças efectuadas e prever a receita por (Estrutura a nível local)
arrecadar; 1. A Autoridade Tributária estrutura-se, ao nível local, em
c) Estabelecer metas de cobrança da receita para as áreas Direcções Regionais Norte, Centro e Sul, que superintendem as
operativas dos impostos internos e das Alfândegas; Delegações Provinciais e suas unidades orgânicas.
d) Controlar os volumes de receita; 2. A Direcção Regional Norte integra as unidades orgânicas
e) Apoiar na avaliação do impacto das políticas das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.
económicas e outros fenómenos que afectem a 3. A Direcção Regional Centro integra as unidades orgânicas
cobrança de receita; das províncias da Zambézia, Tete, Manica e Sofala.
f) Produzir estatísticas sobre a receita colectada e 4. A Direcção Regional Sul integra as unidades orgânicas
das Províncias de Inhambane, Gaza, Maputo e Maputo Cidade.
actividades de comércio externo e proceder à sua
análise; 5. Os Directores Regionais subordinam-se hierarquicamente
ao Presidente da Autoridade Tributária e funcionalmente aos
g) Coordenar o processo de preparação de informação para Directores-Gerais.
a elaboração da Conta Geral do Estado no que respeita 6. As Direcções Regionais estruturam-se em delegações
às actividades executadas pela Autoridade Tributária. provinciais, divisões e repartições.
SUBSECÇÃO VII 7. As Delegações Provinciais estruturam-se em áreas
operativas e Juízos Privativos das Execuções Fiscais.
Gabinete de Comunicação e Imagem
8. As Direcções Regionais, Delegações Provinciais e as áreas
ARTIGO 29 operativas são dirigidas, respectivamente, por um Director
(Função) Regional, Delegado Provincial, Director de Unidade de Grandes
Contribuintes e de Áreas Fiscais, Juízes e Chefes de Delegações
O Gabinete de Comunicação e Imagem é o Serviço da Aduaneiras, Postos Fiscais ou de Cobranças, nomeados pelo
Autoridade Tributária, subordinado directamente ao Presidente, Presidente da Autoridade Tributária, sob proposta dos Directores
que tem por função realizar acções de comunicação, educação Gerais das respectivas áreas.
100 — (26) I SÉRIE — NÚMERO 15

9. Os Directores Regionais e os Directores de Unidade de b) As apuradas na venda de estudos, obras ou outras


Grandes Contribuintes e de Áreas Fiscais são coadjuvados por edições promovidas pela Autoridade Tributária;
Directores Adjuntos, nomeados pelo Presidente da Autoridade c) Dotação do Orçamento do Estado no valor
Tributária, sob proposta dos Directores-Gerais das respectivas
áreas. correspondente a 1% do valor da receita fiscal
cobrada, para além da dotação orçamental atribuída
ARTIGO 33 para o funcionamento normal da instituição;
(Função) d) Quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas nos
As Direcções Regionais têm por função interagir com os termos da lei.
órgãos centrais e locais da Autoridade Tributária sobre as diversas 2. A receita prevista na alínea c)do número anterior destina-
matérias da sua competência, quer na área de cobrança, se a melhoria da eficiência do funcionamento do órgão e ao
fiscalização, auditoria, controlo interno, administração, finanças, pagamento de estímulos de produtividade.
recursos humanos e formação, bem como no planeamento e
monitoria do cumprimento dos Planos. ARTIGO 38
ARTIGO 34 (Despesas)
(Competências)
Constituem despesas da Autoridade Tributária:
As Direcções Regionais têm as seguintes competências:
a) Os encargos com o respectivo funcionamento e com o
a) Exercer as competências da Autoridade Tributária ao
nível das regiões, em coordenação com os órgãos cumprimento das suas atribuições e competências;
centrais; b) Os custos de aquisição, manutenção e conservação dos
b) Executar o plano de trabalho das actividades cuja bens, equipamentos ou serviços que tenha de utilizar;
responsabilidade lhes está cometida; c) Os encargos com o funcionamento do Conselho da
c) Cumprir e controlar a aplicação das leis aduaneiras e Fiscalidade, e das suas comissões especializadas;
fiscais e o restabelecimento ou defesa dos respectivos
d) Outros encargos.
interesses violados;
d) Propor o plano anual de trabalho da Direcção; ARTIGO 39
e) Assegurar a arrecadação da receita cuja cobrança lhes
seja cometida; (Instrumentos de gestão)
f) Garantir a prevenção e combate à fraude e evasão fiscal;
g) Gerir o orçamento da região e controlar a sua execução; São instrumentos de gestão da Autoridade Tributária:
h) Coordenar e assegurar a gestão dos recursos humanos
a) O plano estratégico;
da região;
b) O plano anual de actividades;
i) Gerir o património e infra-estruturas de comunicação da
região. c) O orçamento e o seu balanço de execução;
d) O relatório anual de actividades;
ARTIGO 35 e) O plano de formação profissional;
(Unidades orgânicas das direcções regionais) f) O plano e perfis de gestão.
1. As Direcções Regionais têm a seguinte estrutura: CAPÍTULO VI
a) Delegações Provinciais;
b) Unidades de Grandes Contribuintes; Identificação da Autoridade Tributária
c) Juízos Privativos das Execuções Fiscais; ARTIGO 40
d) Direcções de Áreas Fiscais; (Logotipo)
e) Delegações Aduaneiras;
f) Postos Fiscais; 1. O logotipo da Autoridade Tributária de Moçambique,
g) Postos de Cobrança. incluído como Anexo I deste decreto, é o símbolo representativo
2. As Direcções de Áreas Fiscais e Delegações Aduaneiras da instituição, sendo de forma circular com um fundo azul e
classificam-se em nível A, B, C e D. cinco elementos gráficos em amarelo, verde, vermelho, branco
3. Compete ao Presidente da Autoridade Tributária, por
e preto. Na parte superior do círculo consta a inscrição
despacho, proceder a criação dos postos fiscais e postos de
cobranças. “Autoridade Tributária” e dentro do círculo, sobre fundo cinza
claro, na base, uma tarja com abas com a inscrição “de
CAPÍTULO V Moçambique”.
Regime patrimonial, financeiro e instrumentos de gestão 2. O emblema das Alfândegas de Moçambique, incluído como
ARTIGO 36 Anexo II deste decreto, é o símbolo representativo da instituição
(Património) e contém sobre fundo circular azul-marinho escuro os seguintes
O património da Autoridade Tributária é constituído pelos elementos: uma estrela de oito pontas em amarelo; duas serpentes
bens do Estado que lhe sejam afectos. em azul enroladas num mastro; uma âncora em azul; uma roda
dentada em vermelho; espigas de milho em amarelo. Na parte
ARTIGO 37
superior do conjunto de elementos consta a inscrição
(Receitas)
“Alfândega” sobre fundo verde e na parte inferior a inscrição
1. Constituem receitas da Autoridade Tributária: «Moçambique», igualmente sobre fundo verde.
a) As que resultem da remuneração de serviços prestados a 3. O emblema descrito no número anterior aplica-se ao
outras entidades; uniforme das Alfândegas.
15 DE ABRIL DE 2010 100 — (27)

CAPÍTULO VII
Tributária de Moçambique, Estatuto Paramilitar do Pessoal das
Regime jurídico aplicável aos funcionários
ARTIGO 41 Alfândegas e do Regulamento Interno da Autoridade Tributária
(Regime do pessoal)
de Moçambique, sem prejuízo da aplicação das normas previstas
O regime jurídico aplicável aos funcionários da Autoridade
Tributária é o constante do Estatuto do Pessoal da Autoridade no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.

Anexo I Anexo II

(Artigo 40, n.º 1) (Artigo 40, n.º 2)

Das könnte Ihnen auch gefallen