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A mídia em geral nos dá conta de uma tremenda crise financeira mundial que ameaça
prolongar-se. Essa é muito maior do que a crise dos mísseis, ocorrida da década de 60 entre
os Estados Unidos e Cuba, ou do que a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a Rússia,
atingindo a todos indiscriminadamente. É uma crise mais profunda porque drena grandes
quantias de dinheiro de um país para outro em um curto espaço de tempo. São bilhões de
dólares voando de um país para outro em segundos. São milhares de pessoas famintas e sem
empregos. São milhões desesperançados. Nosso país vem sofrendo acentuada perda
financeira nos últimos meses. O mais interessante disto tudo é que não é só um problema
financeiro. Trata-se de um problema estrutural. Ela afeta também outras áreas....
O Risco, matéria prima da atividade de seguros, é tão importante que tem que ter possuir
algumas características bastante especiais, sobre as quais se baseiam os estudos estatísticos
e atuariais. Esse deverá ser: futuro, quer dizer que a sua manifestação não está ocorrendo no
presente e nem já ocorreu no momento passado; incerto, ou seja, pode ocorrer ou não;
possível, isto é, trata-se de algo que em um determinado momento ocorrerá; ser independente
da vontade das partes contratantes, ou que tanto o interessado pelo bem quanto a quem foi
oferecido o bem para ser segurado não serão os responsáveis pela ocorrência de danos que
sobre ele venham a incidir; ser capaz de gerar perdas ou danos, isto é que por quando de sua
ocorrência certamente surgirão perdas ou danos; e ser mensurável, isto porque se não
pudermos avaliar as suas conseqüências não poderemos saber o quanto custa para repará-lo.
Se uma dessas características não se verifica não temos o Risco. Por exemplo, se um Risco
ocorre e não pode ser mensurado não há como se estabelecer um cálculo de seu custo. Se o
Risco não é futuro, isto é, se ele é presente, a única alternativa possível é correr-se dele. Nada
mais há a se fazer, inclusive com a prevenção. Na ocorrência de um terremoto ou de um
maremoto as pessoas têm que correr, e não ficar discutindo soluções. Contudo, antes de se
investir na construção de uma casa a pessoa deve investigar se há possibilidade de ocorrerem
O Risco de uma pessoa bater com o carro depende das características e do perfil do
motorista, como também depende do local onde o motorista trafega. As Seguradoras, com o
objetivo de minimizar o Risco causado pela inabilidade do próprio motorista o beneficia
concedendo descontos em suas taxas por sua boa experiência passada. Se uma fábrica possui
equipamentos de proteção contra incêndio tem sua taxa reduzida pelo fato desses
equipamentos amenizarem o Risco de incêndio. O mercado de seguros premia, com reduções
nas taxas aqueles segurados, ou clientes, que adotam ou empregam dispositivos que
amenizam ou reduzem os Riscos. Assim, faz-se com que a participação do Homem na causa
do Risco venha a ser amenizada ou reduzida.
V oltando ao nosso ponto inicial, quando todos estão alinhados com os mesmos processos
de precificação, ou seja, focando os mesmos objetivos, trabalhando em um mesmo segmento,
em uma mesma região e, de repente, um dos concorrentes consegue se destacar mais do que
as outros por apresentar preços muito abaixo dos da média de preços ofertados, o consumidor
tem com o que se preocupar. Ou as tabelas de preço não estão convenientemente ajustadas,
ou os critérios técnicos não estão corretos, ou a empresa está querendo “fazer ranking”, ou
algo mais. O consumidor tem que ficar atento a todos esses fatores, por intermédio de seu
Corretor de Seguros. O consumidor tem que escolher convenientemente o seu Corretor da
mesma forma que tem de escolher a sua Seguradora. Se uma Seguradora estiver praticando
preços muito abaixo de uma realidade técnica, com o objetivo de se firmar em um mercado ou
de obter os clientes de suas concorrentes estará praticando uma política perigosa. Um simples
aumento dos índices de acidente já será suficiente para prejudicar a sua saúde financeira,
impedindo-a de indenizar as perdas nos tempos que se fazem necessários.