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resumo

união de corações:

os diferentes graus do amor matrimonial.

luiz gonzaga de carvalho neto

Teresina – PI, 26 de agosto de 2020.

Por Fernanda Pinheiro.

IG: @fernanda.ppinheiro
Sumário

1. Introdução;
2. A sexualidade masculina e feminina;
3. A paixão;
4. O amor, o coração humano e o matrimônio;
5. A união de corações;
6. Pergunta.
1. Introdução

1.1 A alma.

- O amor deve ser plenamente canalizado a um alvo referencial específico escolhido de forma
consciente.

- O amor é difícil de ser entendido pois envolve tudo o que compõe uma alma humana.

- As pessoas associam alma à consciência, mas a consciência e posterior à alma.

- O organismo parte da alma.

1.2 Minerais, vegetais e animais.

- Coisas inanimadas (rochas, rios, astros, etc.) têm seu desenvolvimento cronológico passível
de considerável padronização e suas mudanças não corroboram a um fim. Já os seres vegetais
têm seu desenvolvimento cronológico passível de considerável padronização, mas corroboram
para um fim, um ciclo hierárquico voltado à uma finalidade.

- Coisas inanimadas raramente geram outras coisas e, quando o fazem, geram resultados
muito parecidos constituitivamente consigo, por exemplo: uma pedra só é capaz de gerar
mudanças acidentais, mas não substanciais. Os vegetais pegam elementos incapazes de se
reproduzir (minerais, água, luz, etc) e os transformam em outros seres de sua espécie capazes
de se reproduzir. Ao fazerem isso eles doam seu próprio poder a um outro ente. Logo, o que
diferencia um vegetal de um mineral é seu potencial de gerar vida. Esse potencial é o que
chamamos de alma: o poder de gerar coisas para um fim melhor que o início. Há ainda a
diferenciação entre animal e vegetal, apesar de ambos gerarem vida, somente o animal gera a
imagem do mundo dentro de si. Os vegetais têm certo grau de sensibilidade, mas não de
percepção.

- As pessoas querem entender a realidade lendo teorias e não a encarando, analisando e


contemplando, pois isso requer mais trabalho. É muito mais fácil falar sobre o que você não
sabe a partir de uma base teórica rasa do que explicar o que você sabe.

- A literatura não serve para explicar a realidade, mas sim pra dar nome às coisas.

1.3 A alma animal.

- O animal consegue representar pra si mesmo do que é capaz. Tem percepções do mundo à
sua volta. Essas percepções chegam ao seu ápice em dois momentos: quando alcança o que
deseja e quando se livra de obstáculos, de problemas. No que diz respeito a esses entraves, é
importante lembrar que existem coisas desagradáveis e coisas hostis. São diferentes entre si, o
que é desagradável causa repulsa e o que é hostil causa medo.

- Há quatro estados de percepção: fruição do que é agradável, fuga do que é desagradável,


enfrentamento de obstáculos, fuga de obstáculos. Dentre os quatro, fruição do que é
agradável e enfrentamento de obstáculos representam inclinações diretas, primárias. Por
outro lado, fuga do que é desagradável ou de obstáculos são inclinações indiretas, secundárias.
As diretas geram desejo e satisfação e as indiretas geram alívio. A partir disso, os quatro
movimentos inerentes aos animais são: desejo, repulsa, audácia e medo.

- Ter estados de percepção preferenciais e modificar o ambiente para que os atenda é o que
define o animal. A satisfação plena do ser animal é possuir a máxima capacidade para realizar
essas quatro operações. Preferencialmente, tornar-se tão capaz a ponto de não precisar
realizar as operações secundárias, mas somente as primárias.

2. A sexualidade masculina e feminina.

- O objetivo central do matrimônio é justamente a satisfação dessas capacidades, percepções,


operações... Dessas inclinações no outro.

- O homem e a mulher descobrem sua identidade sexual de formas diferentes.

- No homem, a origem da sexualidade é vegetativa, abrupta, primordialmente instintiva e


sensitiva. Num espaço muito curto de tempo, as diferenças entre menino e menina passam a
ter uma ordem completamente diferente a ele. Já na mulher surge como uma reação a esses
instintos masculinos. Durante a puberdade, ela começa a reparar atenções e olhares
diferentes por parte dos indivíduos do sexo oposto e começa a perceber que, a partir deles, ela
pode exercer uma espécie de poder, encantamento. Posteriormente, repara quatro tipos de
reações aos seus encantos: alguns meninos não os percebem, alguns ficam bobos diante deles
e fazem tudo o que elas querem, outro grupo se torna pervertido e quase agressivo e, por fim,
há os que parecem ter controle sobre os efeitos que lhes causam. Esse último tipo é o que
desperta nela desejo e é aí que se efetiva sua sexualidade. Ao contrário do homem, seu desejo
sexual não parte do princípio sensitivo, mas pela contemplação de um homem que a deseja e
tem a capacidade de dominar seus desejos.

- O homem precisa lidar com seus desejos sexuais com muito mais frequência, por isso, se tiver
um bom caráter, tende a dominá-los melhor que a mulher. Já a mulher, na maioria das vezes,
mesmo tendo caráter, é mais suscetível a ser seduzida, pois os desejos que precisa dominar
são muito mais pontuais, ambíguos e subjetivos, guiados pela estimativa e não pela sensação
ou por aspectos físicos; ela não os tem sob controle, mesmo que pense o contrário.

- A famigerada idealização romântica por parte da mulher é projetada na imagem formulada


por ela de um parceiro social e não sexual. De um namorado e não marido. O homem rico
conquista a mulher bonita não por conseguir comprá-la, mas por poder comprar várias outras
e não fazê-lo. Por estar seguro de não precisar dela.

- Cada parte de seu ser deseja o outro por um aspecto diferente: sua alma vegetativa o deseja
para gerar frutos e pelo instinto sexual, sua alma sensitiva deseja a força e o autodomínio, caso
você seja mulher, ou as sensações propriamente ditas, caso você seja homem.
3. A paixão.

- A paixão é a sensação de que o seu mais íntimo e interno encontra outra pessoa, enquanto é
igualmente alcançado por ela. A sensação ilusória de união de corações, importante, mas não
verdadeira. A parte de sua composição que se apaixona irá, um dia, tornar-se alimento dos
vermes. As pessoas se apaixonam para virem a desejar o amor, a paixão é como uma
propaganda que faz com que você tenha a ilusão de que o possui, para desejá-lo e só então
possuí-lo. Quando se apaixona, sente-se que o amor uniu dois corações, mas na verdade ele
nem está lá e os dois corações permanecem tão sozinhos quanto antes. O coração é a parte do
seu ser que está mais distante de tudo que está externo a você. Apaixonar-se é um estado
passivo e não ativo, ele só tem valor indicativo. É efêmero, um retrato do amor, e quando se
evade serve para despertar o questionamento: ”É possível que dois corações sejam realmente
um só? Se é, quais os meios de alcançar isso?”. Quando a paixão passa você desenvolve a
capacidade de desejar essa união, isso sim é o amor, por isso não dá pra compreendê-lo sem
antes se apaixonar. Mas é impossível tornar-se um só coração com a pessoa por quem você
está apaixonado, pois o que você tem a respeito dela é uma ilusão; é necessário que primeiro
cesse a paixão e depois é preciso que haja princípios de compatibilidade. No fim, a união dos
corações é aquilo em que o amor repousa.

4. O amor, o coração humano e o matrimônio.

- Assim como os animais são mais capazes que os vegetais e os seres humanos mais capazes
que os outros animais, o coração é mais capaz que o próprio homem. Ele representa o ápice
das capacidades humanas. Quem habita nele chegou na plenitude da capacidade humana.
Portanto, unir corações é pra gente determinada a pôr tudo em jogo. Seu corpo, suas almas
vegetativa, sensitiva, ativa e intelectiva. O coração humano é tão capaz que a única coisa
capaz de movê-lo é outro coração humano. Ele é capaz de mover todas as coisas, mas
nenhuma é capaz de movê-lo. Quando há um encontro entre dois corações, duas almas se
movem completamente e os indivíduos passam a enxergar o coração do outro e a reconhecer-
se nele. Quando você experimenta do encontro com o coração de outra pessoa, começa a
entender aspectos do homem, do mundo, de Deus e da vida espiritual de formas não
compreensíveis até então.

- Nesse processo, primeiro deve haver uma união de almas sensitivas (divergentes), que
envolve o cuidado pelo outro. Em segundo lugar, devem-se unir as almas ativas (paralelas), a
capacidade de realização, as narrativas, a guarda dos mandamentos. A terceira etapa é a união
das almas intelectivas (convergentes).

- O amor, a união de corações, é difícil, mas não é complicado, pois foi criado por Deus. O
casamento não foi criado pelo homem, foi instituído por Ele desde o princípio, logo, tem a
marca de Deus. Sendo assim, por mais que as instituições sociais que regulamentam o
matrimônio caiam em ruína, sua essência jamais ruirá.
5. A união de corações.

- Estado intelectivo:

• Em última análise, qual o objetivo único que ela tem com o amor de um homem?
Derreter, sentir-se livre. A mulher sem amor tem as coisas em forma fixa, dura e fria
dentro se si. Quando ela é amada, essas coisas são derretidas, suas tensões são
dizimadas. Quando a mulher alcança isso, ela olha pra si e gosta do que vê.
• Em última análise, qual o objetivo único que ele tem com o amor de uma mulher?
Derreter o coração dela.

A união plena precisa desses objetivos convergentes, complementares. O amor precisa ser
montado nesses três estágios: divergente, paralelo e convergente.

- As dificuldades do terceiro estágio são simples, mas profundas. O homem e a mulher têm
dois defeitos cada no último estágio:

• Mulher:
1. Criar um objetivo de fachada para negar o que ela realmente almeja, por
encontrar-se fragilizada diante da constante frustração. Há a mulher amarga e fria
que nega avidamente seu anseio. Mas, também há aquela que o esconde dos
outros como proteção, mas tem plena consciência de sua existência e sofre por
ela, tem tendência a tornar-se revoltada, mandona, explosiva, nega a sua
necessidade para parecer forte.
O inferno é a consequência do desprezo pelo que você realmente é e o amor pelo
que você não é. Porque você é o que Deus criou e o que você não é, é o que você
achou que deveria ser.
Sendo assim, a primeira virtude para a mulher chegar na contemplação do amor é
alimentar o seu querer, não abandoná-lo, esquecê-lo, traí-lo ou enterrá-lo.
2. Achar que ter seu objetivo alcançado é um direito, quando sequer tem
capacidade de conquistá-lo. Quando ela encara seu objetivo como direito, mesmo
que seu marido queira realizá-lo, estará sendo injusta para com ele. Pois, como se
trata de um favor, exigir é como se colocar na posição de um mendigo tentando
obrigar alguém a dar esmola.

Quando a mulher se coloca na posição de uma princesa numa torre e exige do homem
que a resgate, está fadada ao fracasso na busca pela união de corações.

• Homem:
1. Confunde-se muito facilmente com a subjetividade da mulher na busca por
conquistar seu objetivo único. Ele precisa aprender a entender o sistema, livrar-se
da confusão.
2. Exigir da mulher consistência e objetividade, no sentido de querer que ela seja
sempre a mesma pessoa, isso é errado, pois a pluralidade de pessoas é inerente a
ela. Ele tem de ir desenvolvendo métodos para derreter cada uma das
personalidades que a compõe. Ao se dedicar a isso, acaba descobrindo uma
sequência lógica nas personalidades e, ao conseguir derreter uma série de “falsas”
esposas, depara-se com a sua, nesse ponto derretê-la já é elementar.

- A mulher precisa compreender que deve ser grata ao marido quando ele se dispõe a
fazer isso por ela, ao invés de negar essa necessidade. Esse é um dos princípios da
união.

- Em geral as mulheres são menos propensas a esse processo de convergência, pois ele
é muito mais doloroso para ela, por exigir o confronto com seus conflitos mais
profundos, enraizados, ambíguos e petrificados. É mais difícil a ela se entregar nesse
sentido porque isso requer que abra mão da máscara que criou para reprimir seu
anseio central. Ao longo de toda a vida ela cria projeções de como tudo deve ocorrer
e, consequentemente, de como seu marido deve agir para sustentar a identidade
criada sob seu controle para abafar suas tensões.

- O primeiro estado da criação era composto pelo par do Espírito e das águas, o
Espírito pairando sobre as águas. Seu último ato, pelo par do macho e da fêmea
humanos. A fêmea humana conhece a si mesma quando reconhece a água que estava
lá no começo, e o macho humano reconhece a si mesmo quando vê que é o espírito
que dá vida a essa água. Esse reconhecimento de ambas as partes é concretizado à
medida que seus corações se unem, ao contemplarem o coração um do outro, homem
e mulher contemplam o que Deus os formou essencialmente para ser. Ele fez do
coração deles espelho um para o outro. Quando o amor de um homem transborda do
coração dele para uma mulher, o coração dele torna-se um espelho mágico que
mostra pra ela quem ela é, e vice e versa.

- No Éden, Adão e Eva viviam isso integralmente. Ela era a contemplação, ao observar
o mundo criado por Deus, cada imagem dele ganhava vida dentro de seu íntimo, sem
as amarras da petrificação, mas como água fluente. Quando desejava contemplar a si
mesma ao invés do mundo, olhava para Adão e nele era plenamente satisfeita. Em
contrapartida, Adão não vivia em contemplação, mas em nomear com perfeição cada
item da criação, fazendo-os plenos. E, igualmente, quando, cansado de seu ofício,
desejava contemplar a si mesmo, olhava para Eva e nela era plenamente satisfeito.

- Antes do pecado, o homem não tinha consciência de sua nudez, pois estava revestido
de atributos divinos, assim como tudo na natureza. Quando ele peca, seus olhos
perdem a capacidade de vislumbrar o revestimento divino e passam a ver meramente
o mundo material. Seu coração que antes era livre passa a ser soterrado e quase
inacessível. As dores de parto aumentadas não são só as do parto físico, mas das coisas
que passam a ser petrificadas dentro da mulher. O homem, mesmo a amando, vê nela
a sua maldição e agora precisa pedir a Deus força e sabedoria para lidar com ela,
porque ela permanecerá dessa forma; culpá-la não funcionou pra Adão e não
funcionará para homem nenhum, é preciso buscar aprender a lidar com sua nova
natureza.

- Se não há a determinação de atravessar todas as barreiras de pecado durante toda a


vida para alcançar o coração do outro, não há casamento.
“... e da costela que o Senhor Deus havia tirado do homem, ele fez uma mulher, e a
levou ao homem. E Adão disse: Esta agora é osso dos meus ossos, e carne da minha
carne; ela será chamada Mulher, porque ela foi tomada de dentro do homem. Por isso,
o homem deixará seu pai e sua mãe e se apegará a sua mulher, e eles serão uma só
carne. E estavam os dois nus, o homem e sua mulher, e não estavam envergonhados.”

6. Pergunta.

- Como conquistar uma boa mulher?

Se você achar que a mulher está dando mole, mostre que a deseja, mas não precisa dela.
Se, ao contrário, ela aparece como beleza triste, isolada e não sedutora. Se ela é bela, mas
com algo de desamparo, não é indiferença que você tem que mostrar e sim galanteio, ela
é uma princesa trancada numa torre, não precisa de um Don Juan e sim de um príncipe. A
diferença sensível entre esses dois tipos de mulheres é que uma você deseja agarrar e a
outra contemplar. A que desperta o senso contemplativo é a que exige de você uma ação,
uma ação galante. É só identificando o tipo com que você está lidando que poderá saber
como agir. Se ela quer lhe seduzir, você precisa seduzi-la primeiro; se deseja ser
conquistada, você deve conquistá-la. Uma que deseja seduzir, por mais bela que seja, não
vale a pena. Mas uma que, em toda a sua beleza, está só e desamparada, deve ser
conquistada, pois é isso que ela quer e ela sabe disso. Se voçê só quer uma mulher caso
lhe desperte algo entre as pernas, busque uma sedutora, sabendo que isso lhe revela
desprovido de autoconfiança e autodomínio e que, se nem ela sabe o que quer, você
nunca saberá. E, além dessas duas, há o tipo que finge ser princesa, dessas mesmo é que
você deve fugir. Princesas de verdade não são princesas para si e sim para os outros, não
querem ser princesas, mas casarem-se com um príncipe para tornarem-se rainhas; você vê
nelas o potencial de rainhas e é seu dever, ao conquistá-las, conduzi-las a isso. A mulher
que se torna rainha é a mais fascinante de todas, pois é a que está mais próxima de se
reconhecer.

Se você está atrás de uma mulher para curtir a vida, está ferrado, pois o amor é labor. É
aprender a proferir a palavra certa para derreter cada uma das personalidades dela até
chegar ao seu coração. O homem precisa entender que, ao encontrar uma mulher, seus
problemas não surgem ou são sanados, é o seu trabalho que começa. A aflição da mulher
é, diante de cada problema, assumir involuntariamente uma personalidade fora de seu
domínio. Você deve se tornar o homem que ela precisa em cada uma dessas
personalidades, para que consiga derretê-las e aproximar-se da original. Para fazer isso, é
necessário considerar três coisas: Quem está se apresentando a mim? Quem eu devo ser
para interagir com ela? O que devo fazer a respeito do problema que ela trás?

O homem não pode se tornar o que a mulher quer, se não ela involuntariamente se
tornará indiferente a ele. Deve ser o que ela precisa, mesmo que ela não tenha plena
consciência disso.

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