I-Allmed 04

INSTRUÇÃO PARA CALIBRAÇÃO DE Revisão: 00

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1 OBJETIVO

Este documento estabelece diretrizes e orientações para a realização de calibração

de medidores analógicos de pressão

2 APLICAÇÃO

Aplica-se aos serviços de calibração de medidores indiretos de pressão no

laboratório da Allmedhosp e nas dependências do cliente.

3 RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES

Gerente técnico e da qualidade.

4 DEFINIÇÕES

Para o propósito desta Norma, são adotadas as definições a seguir,

complementadas pelas contidas na Portaria INMETRO nº 29, Vocabulário
Internacional de Termos Fundamentais e Gerais e Metrologia (VIM) e na NIT-DICLA-
012.

 Amplitude da faixa de escala expandida: diferença entre os limites superior

e inferior da faixa de escala expandida.
 Classe de exatidão: classe do medidor analógico que satisfaz a
determinadas exigências metrológicas destinadas a conservar os seus
índices dentro de limites especificados. As classes dos medidores analógicos
são estabelecidas na NBR 14105.
 Divisão da escala: parte de uma escala compreendida entre duas marcas
sucessivas quaisquer.
 Erro de indicação: diferença entre a indicação do instrumento e o valor
verdadeiro convencional.
ELABORADO POR ANALISADO POR APROVADO POR
Gerente da
Técnico Rubrica Rubrica Gerente Técnico Rubrica
Qualidade
Ednaldo
Fábio Sales Caroline Dantas
Sacramento
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 Erro fiducial (índice da classe de exatidão): o erro fiducial de um medidor

analógico de pressão é determinado a partir da relação entre o maior erro de
indicação do instrumento pela amplitude da faixa de escala expandida,
expressa em percentagem.
 Faixa de indicação (faixa de escala): é o conjunto ordenado de marcas
associado a uma numeração, limitadas pelas indicações extremas. Faz parte
do mostrador.
 Faixa de indicação expandida: faixa de escala que apresenta, em uma ou
em ambas as extremidades, desproporcionalidade em relação a todo seu
restante (Faixa de escala expandida).
 Faixa de indicação sem zero: faixa de indicação a qual não inclui o valor
zero da grandeza a medir.
 Histerese: é a relação entre a diferença máxima das indicações do medidor
em um dos ciclos, carregamento e descarregamento, em um mesmo ponto de
pressão, expressa em percentagem da amplitude da faixa de escala
expandida.
 Identificação da classe de exatidão do medidor: conforme NBR 14105, a
classe de exatidão de um medidor analógico de pressão é identificada de
acordo com as seguintes características físicas do instrumento:
I. Diâmetro nominal da janela;
II. Faixa de escala (faixa de indicação);
III. Valor de uma divisão;
IV. Número de divisões.
 Medidor analógico de pressão: medidor do tipo mostrador que utiliza um
elemento elástico, o qual é sensível mecanicamente à pressão e indica esta
grandeza por intermédio de um ponteiro sobre uma escala.
 Pressão absoluta (Pabs): é a pressão que está acima da pressão "zero
absoluto”.
 Pressão diferencial (diferença de pressão): a diferença entre duas
pressões p1 e p2 é denominada diferença de pressão: p = p1 – p2 ou pressão
diferencial p1, 2 .
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 Pressão relativa: é a diferença entre uma pressão absoluta e a pressão

atmosférica.
A pressão (Pe): é positiva quando a pressão absoluta for maior que a
pressão atmosférica e negativa (vácuo) quando a pressão absoluta for menor
que a pressão atmosférica. pe = pabs – patm.
 Repetitividade: grau de concordância entre os resultados de medições
sucessivas de um mesmo mensurando, efetuadas sob as mesmas condições
de medição. É obtida através da relação entre a diferença máxima das
indicações do medidor num mesmo ponto de pressão, numa mesma
solicitação. Pode ser expressa em percentagem da amplitude da faixa de
indicação expandida.
 Unidades: A unidade de pressão do sistema internacional de unidades é o
Pascal (Pa), a qual é definida pela relação N/m². Para a conversão de
unidades de pressão, o laboratório deve ter uma tabela oficial, mencionando
as informações e as respectivas referências. O desconhecimento destas
informações poderá acarretar erros da ordem 0,4% e 0,2% na conversão de
qualquer unidade de pressão para a altura de coluna de mercúrio e de água
respectivamente. A tabela de conversão de unidade citada no anexo B tem
como referência:
I. Aceleração da gravidade normal (gN = 9,80665 m/s2);
II. Massa específica do mercúrio a 0°C e pressão atmosférica padrão
(101325 Pa): ρHg = 1,359508 x 104 kg/m3;
III. Massa específica da água a 4°C e pressão atmosférica padrão
(101325 Pa): ρH2O = 1,000000 x 103 kg/m3.
 Valor de uma divisão: diferença entre os valores correspondentes a duas
marcas sucessivas da faixa de escala do instrumento.
 Resolução menor: diferença entre indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida.
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5 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

5.1 RECOMENDAÇÕES PARA CALIBRAÇÃO DE MEDIDOR ANALÓGICO DE

PRESSÃO

5.1.1 Condições ambientais

As calibrações devem ser realizadas a uma temperatura de (20 ± 2) °C e umidade

relativa do ar de (50 ± 20) % e “isentas” de vibrações. No caso de calibração em
campo, a variação da temperatura ambiente não deve exceder 4ºC.

5.1.2 Identificação da classe de exatidão do instrumento de medição

Tabela 1

ERRO MÁXIMO ADMISSÍVEL (%) EM RELAÇÃO A

CLASSE DE EXATIDÃO AMPLITUDE DA ESCALA EXPANDIDA
P < 25% 25% < P < 75% P > 75%
A4 ← 0,1 →
A3 ← 0,25 →
A2 ← 0,5 →
A1 ← 1 →
A 2 1 2
B 3 2 3
C 4 3 4
D 5

Quando a classe de exatidão do instrumento não estiver identificada no mostrador,

de acordo com NBR 14105 poderá ser determinada utilizando as seguintes
características do instrumento:

 Diâmetro nominal da caixa do instrumento de medição;

 Amplitude nominal;
 Resolução de um dispositivo mostrador;
 Quantidade de marcas da escala.
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5.1.3 Determinação da quantidade de pontos

Tabela 2

CONDIÇÕES
PADRÃO
INSTRUMENTO NÚMERO MÍNIMO DE PONTOS DA
RECOMENDADO
CALIBRAÇÃO
Classes A4, A3 e A2

10 pontos - Balança de
pressão;
De 10% em 10% do limite superior
Manômetro da faixa nominal - Padrão cuja classe
2 ciclos
Vacuômetro Classes A1, A, B, C e D de exatidão seja
(no mínimo)
Manovacuômetro 4 vezes
5 pontos melhor que a do
instrumento a ser
Preferencialmente de calibrado.
20% em 20% do limite superior da
faixa nominal

Nota: Caso o instrumento tenha unidade de medição diferente do padrão

selecionado, utilizar tabela de conversão de unidade do DOQ-CGCRE-017.

5.2 PREPARAÇÃO

5.2.1 Limpeza

Antes da calibração é importante que o instrumento esteja totalmente limpo e isento

de impurezas que possam causar algum dano ao padrão. Para isto, inserir no
Bourdon do instrumento, por intermédio de uma seringa, álcool isopropílico, por
exemplo, até que esse fluido saia livre de qualquer impureza. Observar se o
instrumento é utilizado para a medição de pressão de oxigênio. Neste caso, calibrar
o instrumento num sistema cujo fluido é água, ar ou nitrogênio.
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5.2.2 Posicionamento do instrumento

Quando informado pelo cliente, posicionar o manômetro, vacuômetro ou

manovacuômetro na sua posição de trabalho (vertical ou horizontal), no gerador de
pressão definido para a calibração.

5.2.3 Medição do desnível entre o padrão e o instrumento sob calibração

Medir o desnível entre o padrão e o instrumento (de acordo com a Figura 1)

indicando se o padrão está acima ou abaixo do medidor.

5.2.4 Verificar se o ponteiro do manômetro encontra-se no zero ou dentro da faixa

de tolerância (indicação do zero).

5.3 MÉTODO DE CALIBRAÇÃO

 Aplicar pressão (manômetro) ou vácuo (vacuômetro) máximos no instrumento

e permanecer nessa condição até que se perceba a estanqueidade do
sistema;

OBS: No caso de manovacuômetros, a solicitação será nos dois limites da

faixa de indicação do instrumento.

 Aliviar totalmente a pressão (manômetro) ou vácuo (vacuômetro) e aguardar

por aproximadamente cinco minutos;
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 Antes do registro de cada indicação é importante bater, levemente, com o

dedo, na janela do instrumento para minimizar o efeito do atrito do ponteiro;

 Iniciar a calibração com aplicação crescente (carregamento) de pressão ou

vácuo, nos pontos determinados no item 5.1.3, até que o instrumento sob
calibração indique esses valores. Registrar os valores correspondentes, do
padrão;

OBS: Quando existente o ponto zero, registrar e apresentar no certificado de

calibração.

 Aliviar continuamente (descarregamento) a pressão ou vácuo, registrando os

valores de indicação nos mesmos pontos definidos no carregamento. Caso
dois pontos pré-determinados sejam ultrapassados, iniciar novamente essa
parte do ciclo;

 Repetir os itens 5.3.4 e 5.3.5, no mínimo uma vez;

OBS: A utilização de acessórios (exemplos: glicerina, selo mecânico, ponteiro

de arraste, contato elétrico, etc.) podem prejudicar a exatidão do instrumento,
eventualmente alterando sua classe.

 Registrar a temperatura, umidade e pressão atmosférica ao terminar a

calibração;

 Emitir certificado e fixar etiqueta de calibração no instrumento.

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6 CONTROLE DE REGISTROS

O controle de registros deve seguir a orientação que está ilustrada na tabela abaixo:

TEMPO FORMA DE
IDENTIFICAÇÃO ARMAZENAMENTO PROTEÇÃO RECUPERAÇÃO
RETENÇÃO DESCARTE

Etiqueta de
Sequência
controle de entrada Recepção Pasta 6 meses Destruir
numérica
de equipamento

Ordem de serviços Número / data de

Setor administrativo Pasta “AZ” 3 anos Deletar
(OS) emissão

Formulário de
coleta de dados de Sequência
Laboratório Pasta “AZ” 6 meses Destruir
calibração de numérica
manômetros

Etiqueta certificado Sequência

Laboratório Pasta 6 meses Destruir
de calibração numérica

Certificado de Sequência
Laboratório Sistema MK 6 meses Deletar
calibração numérica

7 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

 DOQ-CGCRE-017 – revisão 02 – fev/2010 – Orientação para realização de

calibração de medidores analógicos de pressão

 NBR 14105:1998 Manômetros com sensor de elemento elástico –

recomendações de fabricação e uso.

 VIM: vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia

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8 ANEXOS

Anexo 1

9 HISTÓRICO DAS REVISÕES

DATA DATA
ITEM REVISADO
EMISSÃO REVALIDAÇÃO
22/02/2018 Emissão inicial. 02/2020