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TEORIA DA CONTABILIDADE

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA E RECENTE DA TEORIA CONTÁBIL;

2. PRINCIPAIS ORGANISMOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS


VOLTADOS À PESQUISA E NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL;

3. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE;

4. ATIVO E SUA AVALIAÇÃO;

5. PASSIVO E SUA MENSURAÇÃO;

6. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO;

7. RECEITAS, DESPESAS , GANHOS, PERDAS E ITENS


EXTRAORDINÁRIOS POSITIVOS;

8. EVIDENCIAÇÃO

9. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO CONFORME A


LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS (LEI Nº 6.404/76 E LEI Nº 11.638/07)

10. BIBLIOGRAFIA

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1.EVOLUÇÃO HISTÓRICA

ORIGEM DA CONTABILIDADE

 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE NO INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO:

a) AVALIAR A RIQUEZA DO HOMEM;


b) AVALIAR OS ACRÉSCIMOS OU DECRÉSCIMOS DESSA
RIQUEZA.

Como o homem naturalmente é ambicioso, a Contabilidade existe desde o


início da civilização. Alguns teóricos preferem dizer que ela existe, pelo
menos ,desde 4.000 antes de Cristo.

Imagine um homem, na antiguidade, sem conhecer números e , muito menos,


a escrita, exercendo a atividade de pastoreio.

Este homem , assim como qualquer um , era ambicioso, tinha desafios e queria
ver sua riqueza aumentando.

Mas como contar o rebanho e avaliar seu crescimento se não existiam


números, nem escrita e, muito menos, moeda?
O homem tem uma idéia. Havendo um pequeno monte de pedrinhas ao seu
lado, o homem separa uma pedrinha para cada cabeça de ovelha, executando
assim o que o contabilista chamaria hoje de inventário. Após o término dessa
missão o homem separa o conjunto de pedrinhas, guardando-as com muito
cuidado, pois o conjunto representava a sua riqueza num determinado
momento.

O tempo passava. Nada mais natural que fazer nova contagem do rebanho. Um
novo conjunto de pedrinhas era separado, uma pedrinha por cabeça de ovelha.

Ao comparar o atual conjunto de pedrinhas com o anterior, o pastor constata


que houve um excedente de pedrinhas e isso representava que ele tinha sido
bem-sucedido naquele período, ou seja, houve um acréscimo real no seu
rebanho(um resultado positivo).

SEM ESCRITA, SEM NÚMERO E SEM MOEDA

Se nós tivéssemos moeda, o denominador comum não seria ovelhas, mas sim
o valor em dinheiro. Todavia, o que fica bem claro é que mesmo sem moeda,
escrita e número, a Contabilidade, como inventário , já existia, ficando
evidenciado que ela é tão antiga quanto a existência do homem em atividade
econômica.

Esta pode ser chamada de fase empírica da Contabilidade, em que se


utilizavam desenhos, figuras, imagens para identificar o patrimônio existente.

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Com o passar do tempo, o homem começa a fazer marcas em árvores e pedras,


podendo, assim, conferir seu rebanho em termos de crescimento, de
extravio(perdas) de ovelhas, mortes etc.

Assim, concluí-se que desde os povos mais primitivos, a Contabilidade já


existia em função da necessidade de controlar, medir e preservar o patrimônio
familiar e, até mesmo, em função de trocar bens para maior satisfação das
pessoas.

CONTABILIDADE NA BÍBLIA

O livro de Jô, é considerado o mais antigo. Jô era um homem muito rico e


justo, da terra de Uz no Oriente, que, certamente, tinha um bom contador, pois
na descrição de sua riqueza, no versículo três do primeiro capítulo, observa-se:

“E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de
bois e quinhentas jumentas”.

A relação de bens de Jô demonstra um cuidado no controle do seu patrimônio


pessoal.

Por questões espirituais, um dia, Jô perde toda sua fortuna, tornando-se um


homem pobre, sem nenhum bem.

Mas no final do livro de Jô , algo surpreendente acontece. Também por


motivos espirituais, ele recupera sua fortuna e não deixa de reencontrar um
contador que, num certo momento, apresenta um relatório surpreendente: sua
riqueza estava duplicada em relação ao primeiro inventário:

“E assim abençoou o Senhor o último estado de Jô, mais do que o primeiro;


porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois e mil
jumentas”

Esse e diversos exemplos mostram que a Contabilidade já existia com o


primitivismo dos povos, ainda que os conhecimentos da matemática, das
letras, dos negócios e até mesmo de patrimônio fossem limitados.

Mas é interessante que a Contabilidade vai iniciar a sua fase adulta, fase
racional, exatamente no aperfeiçoamento da Imprensa por Gutemberg, na
Alemanha, no século XV d.C.

O que toda história tem mostrado é que a Contabilidade torna-se importante à


medida que há desenvolvimento econômico.

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Na Idade Moderna, em torno dos séculos XIV a XVI, principalmente no
Renascimento, diversos acontecimentos no mundo das artes, na economia, nas
nações proporcionaram um impulso espetacular das Ciências Contábeis,
sobretudo na Itália. Em torno desse período tivemos , sem a preocupação de
ordem cronológica, Copérnico, Galileu e Newton, revolucionando a visão da
humanidade, aperfeiçoamento da Imprensa por Gutemberg, o surgimento da
moeda, Colombo iniciando as grandes descobertas, o mercantilismo, o
surgimento da burguesia,a invenção da máquina a vapor, que deu impulso à
Revolução Industrial, o protestantismo , a descoberta de diversos campos de
conhecimento , são marcos da nossa história que fizeram desencadear o
desenvolvimento da ciência contábil.

EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

O desenvolvimento da contabilidade em toda a sua história esteve intimamente


ligado ao desenvolvimento econômico e às transformações sociopolíticas e
socioculturais experimentadas em cada época. O homem foi sentindo a
necessidade de aperfeiçoar seu instrumento de avaliação da situação
patrimonial ao mesmo tempo em que as atividades econômicas foram se
tornando mais complexas.
Podemos delimitar a evolução histórica da contabilidade em duas grandes
escolas: a Italiana e a Norte-Americana.

ESCOLA ITALIANA

A partir do século XII até o início do XVII , a Europa e, mais particularmente,


a Itália “explodiram” em desenvolvimento econômico e cultural, trazido pela
grande expansão comercial.

Conseqüentemente verificou-se nesse período soberbo desenvolvimento da


contabilidade na Europa.

Juntamente com a grande expansão comercial sentiu-se a necessidade da


criação de um meio de troca mais flexível que o escambo(troca direta de
mercadorias ). Surgiu a moeda e a contabilidade passa a ter avaliações
monetárias onde apenas existia inventários físicos.

Após o surgimento do método das partidas dobradas(século XIV) e sua


divulgação, em 1494, através da obra de Luca Pacioli - Summa de Arithmetica,
Geometria, Proportioni et Proportionalita”- , a chamada “escola italiana”
teve impulso e se espalhou pela Europa. A escrituração contábil ganhou
relevância, fazendo com que os registros patrimoniais e os métodos de
avaliação se desenvolvessem enormemente.

O método das partidas dobradas, ao registrar as operações de uma entidade


evidencia a causa e o efeito dos fatos ocorridos em relação ao controle e a
mensuração das variações ocorridas com a riqueza dessa mesma entidade.

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A partir da Revolução Industrial (século XVIII) na Inglaterra, as técnicas
contábeis tomaram novo impulso. O enorme desenvolvimento econômico
verificado no período gerou as grandes corporações e o surgimento do
mercado de capitais. Aumentou-se a necessidade de confirmação dos registros
contábeis como forma de garantir a segurança dos investimentos-
desenvolvimento dos procedimentos de auditoria.

Portanto, com a Revolução Industrial, a atividade econômica evolui de


artesanal para empresarial, forçando também a ciência contábil a um novo
progresso e a uma readaptação das técnicas contábeis elaboradas a partir da
obra de Luca Pacioli.

A Itália dominou o cenário contábil até os primeiros anos do século , quando,


de 1920 em diante a ascensão econômica e cultural dos Estado Unidos da
América do Norte fez com que a “escola italiana” entrasse em decadência. A
partir daí, começou o domínio da chamada “ escola norte-americana”.

ESCOLA AMERICANA

A Itália exportou para o mundo a sua descoberta de como registrar as


variações ocorridas na riqueza de uma entidade. Porém, o desenvolvimento da
Contabilidade foi notório nos Estados Unidos, em nosso século,
principalmente após a Depressão de 1929, com a acentuação de pesquisas
nesta área para melhor informar o usuário da Contabilidade. Observou-se que
a contabilidade, por agregar todas as informações econômicas de um período,
ou ainda de diversos, poderia ter um papel mais intenso e relevante na gestão
das empresas, e assim foram desenvolvidos diversos estudos sobre: a
contabilidade como base para a tomada de decisões empresariais e as
necessidades dos vários usuários da contabilidade. Diversas organizações
norte-americanas ligadas à pesquisa e ao desenvolvimento de normas e
procedimentos de contabilidade, como a American Accounting
Association(AAA) , o American Institute of Certified Public
Accountants(AICPA) e o Financial Accounting Standards Board(FASB),
muito contribuíram para a busca de princípios de contabilidade e
amadurecimento da ciência contábil naquele país.
A escola norte-americana além de aperfeiçoar as técnicas de registro advindas
da escola italiana, também aprimorou as técnicas de auditoria desenvolvidas
pelos ingleses. A escola italiana curvou-se ao desenvolvimento dessa nova
visão contábil . As técnicas desenvolvidas na esfera contábil por
pesquisadores, órgãos governamentais, entidades de classe e outras
associações não só se preocuparam com essa nova visão do papel da
contabilidade no mundo empresarial (contabilidade para tomada de decisões),
como também na formação do contador no meio universitário.

A metodologia de ensino da contabilidade, no caso norte-americano, parte de


uma visão geral para, então, chegar ao particular, ou seja, parte primeiro do
entendimento dos relatórios contábeis para, a partir daí, estudar a maneira
como se chegou aos mesmos.

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As obras de autores italianos tinham uma preocupação demasiada com o
método das partidas dobradas, um endeusamento do método, já os autores
norte-americanos preferiram tratar o método como uma técnica
convencionada, sem a preocupação de se discutir teorias sobre isso.

A CONTABILIDADE NO BRASIL

No Brasil, por volta de 1754, ainda como Colônia de Portugal, iniciou-se a


formação profissional na área contábil, quando foi autorizada a criação do
curso “Aula de Comércio” ( a palavra aula tem o significado de escola
superior ou faculdade), supervisionado pela Junta de Comércio de Lisboa. Os
diplomados nesse curso eram os guarda-livros, denominação dada na época
para os contadores.
Após o Brasil-Colônia, algumas escolas com cursos na área contábil foram
abertas, porém, com pouca expressão; mas, duas escolas destacam-se das
demais pela relevante contribuição que deram para a evolução da profissão
contábil em nosso país, são elas:

1902-criação da Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo,


observamos a adoção da Escola Européia de contabilidade, basicamente a
italiana e a alemã.

1946- inauguração da Faculdade de Economia e Administração da USP e com


o advento das multinacionais anglo-americanas (e, conseqüentemente, da
Auditoria originária dos países-sede), a Escola Contábil americana começou a
infiltrar-se em nosso país. Esta escola, todavia, começou a exercer uma
influência mais significativa no ensino da Contabilidade no Brasil a partir do
lançamento do livro de Contabilidade Introdutória, no início da década de 70,
por uma equipe de professores da FEA-USP, texto aliás adotado pela maioria
das faculdades brasileiras.

O domínio da Escola Contábil Americana, iniciado com a Circular 179 do


Banco Central, tornou-se evidente com o advento da Lei nº 6404/76, Lei das
Sociedades por Ações, “que passa a adotar uma filosofia nitidamente norte-
americana”.
Em 10/01/2002 e sancionada a Lei 10.406 que institui o novo Código Civil,
que passa a exigir o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

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CENÁRIO ATUAL

a)Internacional

Em outubro de 2002, a FASB-Financial Accounting Standards Board (Junta


de Normas de Contabilidade Financeira e a IASB-International Accounting
Standards Board(Órgão Internacional de Normas de Contabilidade
Financeira), anunciaram a emissão de um memorando de entendimento,
marcando um etapa significativa para formalizar seu compromisso de
convergência das normas americanas e dos padrões internacionais de
contabilidade. É um acordo para harmonização de práticas contábeis.
A partir do ano de 2.005 as IFRS-International Financial Reporting
Standards(Normas Internacionais de Contabilidade) serão obrigatórias para as
empresas listadas em Bolsa de Valores de 70 países.

b)Nacional

O Conselho Federal de Contabilidade, considerando a crescente importância


da internacionalização das normas contábeis criou o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis(CPC) através da Resolução nº 1.055/05 de
24/10/05. O Comitê tem por objetivo o estudo, o preparo e a emissão de
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a
divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas
pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do
seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da
contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que altera,


revoga e introduz novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações.
(Lei nº 6404/76, de 15 de dezembro de 1976).
A Lei nº 11.638/07 produziu alterações específicas, pontuais e de aplicação
imediata no exercício de 2.008, em linha com os padrões contábeis
internacionais.

Em 27/05/2009, foi sancionada a Lei nº 11.941, que altera e introduz novos


dispositivos à Lei das Sociedades por Ações(Lei nº6404/76, de 15/12/76).

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2.PRINCIPAIS ORGANISMOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
VOLTADOS À PESQUISA E NORMATIZAÇÃO CONTÁBIL

a)NACIONAIS

-CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE-CFC : É uma autarquia de


caráter corporativo, sem vínculo com a Administração pública do Brasil, instituído
pelo Decreto-lei 9.295/46 , com o intuito de orientar, normatizar e fiscalizar o
exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de
Contabilidade-CRC.
Atribui-se desde 1983 a função de organização de uma doutrina oficial contábil
brasileira, cujo conjunto denomina de Normas Brasileiras de Contabilidade,
aprovadas periodicamente por Resoluções.

-COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS-CVM: Autarquia vinculada ao


Ministério da Fazenda do Brasil, instituída pela Lei 6.385 de 07/12/1976, para
desenvolver, disciplinar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários(mercado de
ações).

-COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS-CPC: È um órgão


autônomo , criado pela Resolução CFC nº 1.055/05. Tem como objetivo “ o estudo, o
preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de
Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão
de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e
uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”.

b)INTERNACIONAIS

-FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD(FASB)


(JUNTA DE NORMAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA)
Criado em junho de 1973, caracteriza-se por ser uma entidade independente,
cujos membros componentes devem ser totalmente desvinculados do mercado
de capitais. Todavia, historicamente a maioria dos membros do conselho foi
anteriormente auditores, funcionários de grandes corporações mundiais,
servidores governamentais e membros da academia, porque, para o
desempenho dessa função, é exigido conhecimento. Tem como objetivo
determinar e aperfeiçoar os procedimentos, conceitos e normas contábeis.

-INTERNACIONAL ACCOUNTING STANDARDS COMMITTEE(IASC)


(COMITÊ DE PADRÕES DE CONTABILIDADE INTERNACIONAL)
Foi constituído no ano de 1973 através de um acordo feito entre organismos
profissionais de Contabilidade da Austrália, Canadá, França, Alemanha,
Japão, México, Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos. Os
membros do IASC incluíram todas as entidades de profissionais contábeis que
são membros da Federação Internacional de Contadores-IFAC.

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Em maio de 2000, uma nova constituição, em termos de estrutura
organizacional ,foi aprovada; nela o IASC foi estabelecido como uma entidade
independente, comandada por 19 curadores(trustees).
Os objetivos do IASC são: a) desenvolver, no interesse público, um conjunto
único de normas contábeis globais de alta qualidade, que exigem informações
transparentes e comparáveis nas demonstrações financeiras, para auxiliar os
participantes nos mercados de capitais e outros usuários na tomada de decisões
econômicas; b)promover o uso e aplicação dessas normas;c) promover a
convergência entre as normas contábeis locais e as normas internacionais de
contabilidade.

-SECURITIES AND EXCHANGE COMISSION


(COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO)
É a Comissão de valores mobiliários norte-americana responsável pela
regulamentação do mercado americano de capitais e definição dos métodos
aplicáveis à preparação de demonstrações contábeis e relatórios periódicos
obrigatórios para as companhias abertas. Tem objetivo principal de assegurar
aos investidores, principalmente minoritários, acesso a informações corretas e
completas necessárias à tomada de decisão.A SEC reconhece os
pronunciamentos do FASB como sendo de uso obrigatório.

3.PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

Para o desenvolvimento de qualquer atividade profissional precisamos


conhecer com antecedência quais são as regras adotadas par a sua execução,
caso contrário teremos dificuldades para desempenhá-la.
Isso também ocorre na atividade contábil. Dessa forma, podemos estabelecer
que os Princípios Fundamentais de Contabilidade, representam verdades
primeiras da ciência contábil brasileira e, portanto, fundamentam a execução
dos trabalhos contábeis. A utilização desses princípios pelos contadores visa
garantir que a escrituração e, por conseqüência, as demonstrações contábeis,
de qualquer entidade, reflitam de maneira adequada a sua situação patrimonial,
financeira e econômica em determinado momento. Dessa forma, os vários
usuários da contabilidade podem tomar as suas decisões com segurança.
Em praticamente todos os países existem princípios de contabilidade. Em
bases gerais, alguns deles são universais, o que muda de país para país é o
nome dado ao princípio e/ou à forma de sua aplicação.

1)A Resolução nº 750, de 29 de dezembro de 1993, do CFC determinou a


observância pela profissão contábil brasileira dos seguintes Princípios
Fundamentais da Contabilidade:

-PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Esse princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma


a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade de se diferenciar o patrimônio
da empresa do patrimônio dos sócios, acionistas ou proprietários da empresa.
Em outras palavras, o entendimento é o de que a contabilidade deve ser

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executada e mantida para qualquer tipo de entidade como pessoa
completamente distinta da pessoa física(ou jurídica) dos sócios ou acionistas.
O importante para caracterizar bem o princípio é que, para todos os efeitos, o
patrimônio de uma entidade não se confunde com o de outra, os patrimônios
dos sócios não se confundem com o da empresa.

-PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Continuidade para a Contabilidade, é a premissa de que uma entidade, ao que


tudo indica, irá operar por um período de tempo relativamente longo no futuro,
ou seja, a empresa nasce sem prazo preestabelecido para encerramento das
atividades e esta premissa somente é abandonada quando um histórico de
prejuízos persistentes e a perda de substância econômica e de competitividade
de mercado e mesmo o fim jurídico da sociedade justifiquem o fato de a
Contabilidade sinalizarem para que aquela entidade esteja prestes a um
descontinuidade.
O sentido da continuidade é considerar o empreendimento como em
andamento até forte evidência em contrário.
“Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por
um longo período de tempo(indeterminado) até que surjam fortes evidências,
econômicas ou jurídicas, em contrário”

-PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

O Princípio da Oportunidade enfatiza a necessidade de apreensão, registro e


relato de todas as variações no patrimônio de uma entidade, no momento em
elas ocorrerem.Assim as modificações de elementos patrimoniais devem ser
contempladas mesmo nahipótese de somente existir razoável certeza de sua
ocorrência.
A preocupação básica é que devem estar reconhecidas nos registros contábeis
todas as variações patrimoniais de uma entidade, para que as informações
contábeis espelhem com fidedignidade a situação do patrimônio em
determinado período. Advém daí a necessidade da utilização de documentação
hábil e comprobatória de todas as transações.O Princípio da Oportunidade tem
relação direta com os conceitos de integridade-necessidade de que as variações
patrimoniais sejam reconhecidas em sua totalidade- e tempestividade- registro
das variações no momento em que ocorrerem.

-PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus


valores originais, expressos em moeda corrente do país. Assim, os registros da
contabilidade são efetuados com embasamento no valor de aquisição do bem
ou pelo custo de fabricação, incluindo-se, ainda, todos os gastos necessários
para colocar o bem em condições de gerar benefícios presentes ou futuros
para a empresa: caso ela efetue transações em moeda estrangeira, estas devem
ser transformadas em moeda nacional no momento do seu registro na
contabilidade.

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Podemos inferir que o Princípio do Registro pelo Valor Original está
intimamente ligado ao Princípio da continuidade, haja vista que não interessa,
no caso de uma empresa com andamento normal de suas operações, valores de
realização(valores de saída ou mercado) para seus bens e direitos, mas sim
valores de entrada(valores de compra ou custo).

-PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda


do poder aquisitivo em um ambiente inflacionário. Portanto, a atualização
monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores
originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação
do poder aquisitivo da moeda.
A Aplicação do Princípio da Atualização Monetária ficou prejudicada desde a
publicação da Lei nº 9.249/95, que revogou a correção monetária das
demonstrações financeiras.

-PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Esse princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo


com o fato gerador, no período de competência, independentemente de terem
sido recebidas(receitas) ou pagas (despesas). Assim, é fácil observar que o
Princípio da Competência não está relacionado aos recebimentos ou
pagamentos, mas ao reconhecimento das receitas geradas(realização) e das
despesas incorridas em determinado período.
A Receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada. O fato
gerador, normalmente, é identificado quando os bens e serviços são
transferidos aos compradores em troca de dinheiro(receita a vista), de direitos
a receber(receita a prazo).
Confrontação das Despesas; no momento em que reconhecemos a Receita,
associamo-la com a Despesa sacrificada para obter aquela Receita. Deste
confronto, obteremos o resultado do exercício.

-PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os


componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o Patrimônio Liquido.
O Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas
que envolvem incertezas de grau variável.

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2)Princípios Fundamentais de Contabilidade conforme Estrutura Básica
da Contabilidade, não definidos pela Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade:

-OBJETIVIDADE

Para que não haja distorções nas informações contábeis, o contador deverá
escolher, entre vários procedimentos, o mais adequado para descrever um
evento contábil.
Um dos aspectos quase sempre abordado é que os registros contábeis deverão
ter
Suporte, sempre que possível, em documentação gerada nas transações ou
evidência que possibilite a avaliação.
Numa situação em que não haja documento para suporte de contabilização,
poder--se-iam convocar peritos em avaliação que, através de laudos,
forneceriam um valor objetivo para o contador desenvolver, de maneira
imparcial, a sua contabilidade.
É importante a impessoalidade do contador que, quanto mais objetivo for,
mais imparciais serão aqueles informes.

-CONSISTÊNCIA

Uma vez adotado certo critério contábil, dentro de vários igualmente


relevantes, ele não deverá ser mudado, de ano para ano(ou constantemente),
porque, em assim o fazendo, estaríamos impossibilitando a comparação dos
relatórios contábeis(no decorrer do tempo).
Isso não quer dizer que, se condições supervenientes induzirem a mudar de
critério, não deva ser feito. Através de evidenciação(Notas Explicativas) pelo
menos nos relatórios contábeis, expondo a mudança de critério e suas
implicações no lucro da empresa, a mudança será realizada.

-MATERIALIDADE

Através da materialidade definiremos o que é material (relevante) que o


Contador deve informar em seus relatórios.
Um ângulo bastante interessante para visualizar a materialidade é a análise do
binômio CUSTO versus BENEFÍCIO.
Há determinadas informações contábeis cujo custo, para evidenciá-las , é
maior que o benefício que trará aos usuários daquelas informações.
Portanto, para valores irrisórios em relação ao todo, a “materialidade”
desobriga a um tratamento mais rígido que aqueles itens de cifras relevantes.

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4.ATIVO E SUA AVALIAÇÃO

DEFINIÇÃO DE ATIVO

Ativo é o conjunto de bens e direitos à disposição da administração. São os


itens positivos do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a
empresa.

Qualidade que os bens e os direitos devem ter para serem considerados


um ativo: a empresa deve ter a propriedade do bem ou direito, os bens ou
direitos devem trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa e
também ser mensuráveis em dinheiro.

POTENCIAL DE BENEFÍCIOS

Uma empresa usa seus ativos para manter suas operações, a fim de gerar
receitas que superem o valor dos ativos sacrificados em troca.
Em todas as aplicações existe o objetivo e a esperança imediata ou mediata de
garantir um fluxo de caixa, no futuro.
Dinheiro é o ativo por excelência. Temporariamente, nos contentamos em ter
ativos sob outra forma, a fim de, no futuro, termos mais dinheiro, que é, em
última análise , o que interessa aos acionistas.
Ativo, portanto, pode ser conceituado como algo que possui um potencial de
serviços em seu bojo, para a entidade, capaz, direta ou indiretamente, imediata
ou no futuro, de gerar fluxos de caixa.

ATIVO NA CONTINUIDADE

A empresa não mantém os ativos, no estado em que se encontram para serem


vendidos (com exceção dos produtos e mercadorias), na continuidade das
operações, mas para, em conjunto com outros ativos, com o trabalho e a
operosidade da força de trabalho da empresa, tudo fluidificado pela
organização empresarial, gerar fluxos líquidos positivos de caixa.
AVALIAÇÃO DO ATIVO

Em função do Princípio da Continuidade, os ativos são normalmente avaliados


por algum tipo de valor de custo(valor de entrada), considerados mais
adequados do que valores de saída como base geral de avaliação. Nesse
sentido, existem alguns critérios, a saber:

1.CUSTO HISTÓRICO ORIGINAL: Trata-se do valor original da transação,


isto é, o preço pelo qual foi adquirido o ativo. O custo histórico apresenta uma
vantagem que é a sua objetividade.
Há situações em que este ativo perde substância econômica, independentemente
de possíveis variações no poder aquisitivo da moeda, ou nos casos de variação,
sua avaliação acaba ficando defasada.

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2.CUSTO HISTÓRICO CORRIGIDO: Trata-se de corrigir o custo histórico


original por algum índice que reflita a variação do poder aquisitivo médio da
moeda.
Esta forma de valor de entrada, conquanto do ponto de vista puramente
gerencial, interno à empresa, não seja a ideal, é a que melhor consegue,
principalmente para finalidades de informação a usuários externos, atentar, ao
mesmo tempo, para as seguintes condições, mormente em países com altas taxas
inflacionárias: objetividade, relevância da informação, custo relativamente baixo
do processo de correção, favorecendo a comparabilidade de: balanços da mesma
empresa em exercícios diferentes; b)balanços de empresas diversas no mesmo
exercício;c)balanços de empresas diversas em diferentes exercícios.
Assim , por estas vantagens, é a forma geral preferida de avaliação de ativos nos
países com altas taxas inflacionárias e onde existe uma tendência de os preços
individuais de cada ativo não se afastarem muito da variação média da perda do
poder aquisitivo da moeda.

3.CUSTO DE REPOSIÇÃO
Custo de Reposição pode ter várias conceituações, dependendo da data na qual
pensamos em fazer a reposição de um ativo por outro em estado de novo.
O custo de reposição:
 Leva em consideração a flutuação específica dos preços;
 Permite que se tenha uma idéia aproximada de quanto seria preciso
investir para montar uma empresa”fisicamente” equivalente;
 Permite uma separação no lucro bruto, na DRE, da parcela que se refere
puramente a fatores de variação do preço específico do ativo daquela
puramente operacional.

5-PASSIVO E SUA MENSURAÇÃO

EXIGIBILIDADES

Exigibilidades significa uma obrigação da empresa no momento da avaliação. Esta


pode ser legalmente executável em caso de não pagamento. Decorre normalmente de
práticas comerciais usuais.
O reconhecimento de uma exigibilidade depende do reconhecimento do outro lado da
transação – a incorrência de uma despesa, o reconhecimento de uma perda ou do
recebimento por parte da empresa de um ativo específico.
É importante distinguir-se obrigação presente e comprometimento futuro. Assim se
uma empresa decide adquirir ativos no futuro, não há porque surgir uma exigibilidade
agora. Esta somente surge quando o ativo for entregue. As exigibilidades surgem em
decorrência de transações já ocorridas(no passado). Existem, todavia, exigibilidades
que somente podem ser mensuradas utilizando-se certo grau de estimativa. É o caso
das denominadas provisões.

-Exigível Oneroso e não oneroso


É aquele que está custando mensalmente à empresa como juros e encargos bancários
decorrentes de empréstimos, financiamentos, etc.
As obrigações que não exigem pagamento de encargos financeiros são denominadas
de passivo não oneroso. É o caso de salários, fornecedores, contas a pagar, etc.

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-Exigível Fixo e Variável


O exigível fixo se caracteriza por não variar em função do volume de vendas da
empresa: aluguéis, por exemplo. Já o variável guarda certa relação com o volume de
vendas: ICMS a recolher, Fornecedores, etc.

6.PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O montante do Patrimônio Líquido que aparece nas Demonstrações Contábeis


depende da avaliação e mensuração de ativos e passivos(exigibilidades).
As teorias existentes sobre o patrimônio líquido são:

-Teoria do Proprietário
Aplica-se principalmente nas empresas de menor vulto em que há um quotista
absolutamente predominante (teoria do controle predominante). Nesse caso o
Patrimônio Líquido que resulta da diferença entre ativo e passivo, pertence ao
proprietário.

-Teoria da Entidade
Por essa teoria, o patrimônio dos acionistas ou quotistas, tanto pessoas físicas como
jurídicas, não se confunde com o patrimônio líquido da entidade. Por esse motivo, o
lucro líquido apurado no final do exercício não pode ser sumariamente distribuído aos
acionistas, cabendo decisão da assembléia. Mesmo assim, devem ser deduzidas as
reservas legais e estatutárias.

-Teoria dos Fundos


De acordo com esta teoria, o ativo resulta da soma das aplicações que foram
efetuadas graças a utilização de recursos obtidos junto a terceiros e de capitais
próprios. Nesse caso a representação da equação patrimonial é: Aplicações = Fontes.
-Teoria do Comando
De acordo com esta teoria, os administradores podem comandar somente aquela
parcela do patrimônio que pode ser movimentada mediante uma simples orientação
da administração profissional, que não necessite autorização expressa de acionistas ou
conselho de administração.

-Manutenção do Patrimônio Líquido


É desejo de toda administração, manter a integridade do poder aquisitivo do
patrimônio líquido da entidade. Na realidade, o que se espera é que o patrimônio
líquido final seja igual ao inicial multiplicado por (1+p) x (1+i), onde p é a taxa de
inflação e i é a taxa desejada de retorno.

7.RECEITAS, DESPESAS, PERDAS E GANHOS

RECEITAS
Segundo Iudícibus e Marion, define receita como:
“O acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de
entrada de ativos ou decréscimos de exigibilidades e que redunda num acréscimo do
patrimônio líquido, outro que não o relacionado a ajustes de capital..”

Uma receita resulta direta (no caso de operacional como vendas) ou indiretamente (no
caso de receitas não operacionais), da atividade da empresa na geração de produtos

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ou serviços úteis ao mercado. Significa que não haveria receita operacional se a
empresa não tivesse capacidade de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e
incorrendo em despesas), produtos ou serviços aceitos pelo mercado. Com isso pode-
se dizer que Receita é fluxo de produtos ou serviços durante um determinado período
contábil.
O efeito no patrimônio, é de provocar aumento de ativo(ou diminuição de passivo),
resultando em aumento do patrimônio líquido.
Como se sabe que reconhecer uma receita não exige necessariamente que o produto
ou serviço tenha sido completamente transferido, embora seja a situação mais
comum, insiste-se em dizer que a receita é o resultado da aceitação pelo mercado do
esforço de produção da empresa.

GANHOS
São representados por itens denominados de não recorrentes(não repetitivos) que no
entanto têm o mesmo efeito sobre o patrimônio líquido, sendo tanto oriundos da
atividade normal da empresa ou não, diferentemente da receita que decorre da
atividade normal.
É útil reconhecer-se na Demonstração de Resultados os ganhos em forma separada,
pois este conhecimento pode ser interessante para decisões econômicas. Às vezes os
ganhos são apresentados líquidos de suas despesas relacionadas.
Exemplos:
a) Vendas e baixas de bens do ativo imobilizado;
b) Ganhos financeiramente ainda não realizados; ações avaliadas ao preço de
mercado, acréscimos no valor de investimentos avaliados pelo método da
equivalência patrimonial.

DESPESAS
Normalmente conceitua-se despesa como o sacrifício de ativos realizado para
obtenção de Receitas.
Muitas vezes esses sacrifícios ocorrem em função de e diretamente atribuíveis à
obtenção de receita específica. Exemplo: despesas de materiais na execução de
serviços de reparos de televisores em empresa que se dedique a esta atividade. O
mesmo pode-se dizer em relação aos salários do pessoal diretamente relacionado aos
serviços de conserto.
Sempre que não for possível identificar os períodos ou as receitas futuras conectadas
a gastos realizados, estes devem ser lançados como Despesa do período.

PERDAS
A definição de despesa inclui as perdas. Estas, incluem itens que também impactam
ativo e patrimônio líquido da mesma forma como as despesas, podendo surgir no
curso da atividade normal da empresa. Normalmente são imprevisíveis.
As perdas incluem itens como desastres, inundações, fogo, etc., ou desincorporação
de ativos imobilizados. As perdas também podem incluir as não realizadas como, por
exemplo, um acréscimo anormal na taxa de câmbio de uma moeda estrangeira quando
a empresa tem empréstimo naquela moeda.

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8.EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE) E OS OBJETIVOS DA


CONTABILIDADE

INTRODUÇÃO
O termo evidenciação está associado a outros campos de conhecimento
como, por exemplo, teoria da comunicação, teoria geral de sistemas, etc.
Num sentido amplo significa o ato de fornecer informações. Na área
contábil é utilizado num sentido mais restrito, referindo-se a divulgação de
informações a respeito das atividades de uma entidade, através de
relatórios contábeis.
O processo de evidenciação de informações, bem como a determinação de sua natureza
e extensão, estão relacionados com a forma em que são estabelecidos os princípios e
práticas contábeis, que têm como fatores essenciais a estrutura e desenvolvimento
econômico, político e social.
.
Com relação aos objetivos da contabilidade, até pouco tempo atrás dava-se ênfase ao
registro e mensuração, enquanto que mais recentemente se enfatiza o processo de
comunicação de informações aos usuários, visando atingir suas necessidades.

O Conselho Federal de Contabilidade, através das Normas Brasileiras de Contabilidade


recolhe essa visão quando menciona que “as informações geradas pela contabilidade
devem oferecer aos usuários segurança nas suas decisões, pela compreensão do estado
em que se encontra a entidade, seu desempenho, evolução, riscos e oportunidades que
oferece”.

Em pronunciamento emitido em março/88 o Grupo Intergovernamental de Trabalho da


Comissão de Empresas Transnacionais da Organização das Nações Unidas (ONU),
considera que “o objetivo primordial das demonstrações contábeis de uma empresa
transnacional é revelar informações de caráter financeiro e não financeiro, sobre suas
operações, recursos e obrigações, que sejam úteis às pessoas que exercer algum tipo de
controle sobre a empresa ou participem da tomada de decisões econômicas e sociais a
ela relacionadas”.

-Características da informação contábil


Para a Comissão de Empresas Transnacionais da ONU, as características da informação
contábil (útil) são:

a) Pertinência – se a informação é capaz de influir sobre uma decisão, ela deve ser
evidenciada mesmo que não tenha uma utilizada imediata;
b) Oportunidade – a informação contábil deve estar disponível ao usuário no
momento em que este a necessita;
c) Comparabilidade – a informação contábil deve permitir que os usuários possam
efetuar análises temporais e entre empresas distintas;
d) Confiabilidade – a informação contábil deve reunir os atributos de fidelidade de
apresentação, neutralidade/honestidade, prudência e capacidade de verificação;

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e) Inteligibilidade – a informação contábil deve ser compreendida com garantia pelo
usuário o que implica que seja expressa de maneira não ambígua.

- Relacionamento entre evidenciação e Princípios contábeis

A evidenciação tem relação com o Princípio da Materialidade na medida em que esta


delimita as informações quantitativas e qualitativas a serem evidenciadas. Para
Iudícibus, apud Aquino e Santana (1992), qualquer informação é material quando sua
omissão nas demonstrações ou notas de evidenciação, levar o usuário a fazer um
julgamento equivocado sobre a situação da entidade, especialmente no estabelecimento
de tendências.

A evidenciação também está relacionada com o princípio da Objetividade,


uma vez que as informações a serem divulgadas devem ser objetivas. Isso
não impede que outras informações decorrentes de avaliações não tão
objetivas, não possam ser divulgadas (goodwill formado nas empresas,
valor de reposição, projeção de resultado, etc.).

A evidenciação também está ligada ao Princípio da Consistência a qual prevê que sejam
adotados critérios uniformes ao longo do tempo, para que os usuários possam delinear a
tendência da entidade sem grandes dificuldades.

É importante destacar que a contabilidade não deve estar limitada à produção e


evidenciação de informações apenas de natureza financeira. Modernamente há uma
tendência à evidenciação de outras informações como as destinadas à prestação de
contas para a sociedade.

-Formas de evidenciação

As formas mais utilizados de evidenciação são:

a) Forma e Disposição das Informações das Demonstrações Contábeis

As demonstrações contábeis são as que proporcionam a maior quantidade de


evidenciação. O corpo das demonstrações contábeis formais deve apresentar, na medida
do possível, as informações mais relevantes sobre as atividades da entidade.

b) Informações em Parênteses

No próprio corpo das demonstrações podem ser apresentadas informações


suplementares através de explicações em parênteses.

Exemplo: Estoque (avaliados pelo preço médio ponderado variável) R$ mil


10.000

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c) Notas Explicativas

Provavelmente é a forma mais conhecida de evidenciação. Normalmente deveriam


evidenciar informações quantitativas e qualitativas, cuja inclusão no corpo das
demonstrações contábeis poderia prejudicar sua clareza.

São utilizadas para descrever práticas contábeis adotadas pela entidade, composição,
detalhamento e informações adicionais sobre determinadas contas, restrições em relação
ao uso de ativos, garantias oferecidas a terceiros, obrigações potenciais, etc.

Um exemplo de nota explicativa pode ser a relativa a evidenciação quanto a forma de


avaliação do estoque, determinação de seu custo e seu valor de mercado.

Estoques (nota 1) R$ 3.100.000

Nota 1 – Os estoques foram avaliados pelo preço de custo ou mercado, dos dois o
menor. O custo é determinado pelo método do preço médio ponderado variável e o
valor de mercado é calculado com base no valor líquido de realização. O valor de
mercado dos estoques é de R$ 3.700.000.

Hendriksen (1982), apresenta algumas vantagens e desvantagens das notas explicativas:


a) Vantagens: apresentação de informação não quantitativa como parte
integrante das demonstrações contábeis; evidenciação das qualificações e
restrições para determinados itens nas demonstrações; evidenciação de um
maior número de detalhes do que se poderia apresentar nas demonstrações,
etc.
b) Desvantagens: dificuldade e desestímulo à leitura dos relatórios contábeis;
maior dificuldade na utilização das descrições textuais nas tomadas de
decisões, do que na utilização de dados quantitativos resumidos nas
demonstrações contábeis; perigo de abuso na sua utilização ao invés de
adequado desenvolvimento de princípios que incorporariam novas relações e
eventos nas próprias demonstrações contábeis.

A CVM requer as seguintes informações nas notas explicativas das sociedades de


capital aberto:

a) valor de mercado de alguns ativos (estoques, investimentos temporários,


etc.);
b) natureza, destinação, valor e prazo das subvenções e subsídios
governamentais recebidos;
c) natureza e montante das operações descontinuadas e dos eventos e transações
não-operacionais e extraordinárias;
d) natureza e efeitos das operações de cisão, fusão e incorporação;
e) informações por segmento de negócios;
f) diferenças temporárias e permanentes entre o lucro contábil e o lucro
tributável e montante dos prejuízos a compensar;

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g) natureza, valor e efeitos das alterações de práticas, critérios, métodos e
estimativas contábeis e das retificações de erros de exercícios anteriores.

d) Demonstrações e quadros suplementares

As demonstrações e quadros suplementares visam a apresentação de detalhes sobre


determinados itens das demonstrações contábeis, podendo ser agregadas informações de
natureza qualitativa.

Por exemplo, as contas a receber podem estar constando de forma agrupada no balanço
patrimonial, apresentando-se à parte um quadro detalhando sua composição.

Balanço Patrimonial

Contas a Receber (quadro 1) $ 5.100.000

Quadro Suplementar
Quadro 1
Contas a Receber em $ 1,00

Duplicatas de Clientes 2.800.000


Créditos contra Acionistas 1.600.000
Adiantamentos a Fornecedores 700.000
5.100.000

Uma demonstração que poderia aparecer aqui é a Demonstração do Valor


Adicionado, que se trata de um relatório contábil que evidencia a riqueza
gerada pela entidade e sua respectiva distribuição. Esta demonstração será
examinada quando for estudado o tema “Balanço Social”.

e) Relatório da Diretoria ou dos Administradores

Normalmente o relatório da diretoria fornece informações de caráter não financeiro e


que se referem às atividades desenvolvidas pela entidade, relatando os principais fatos
que afetaram o resultado do período e as expectativas da entidade em relação ao futuro.
Fundamentalmente é de natureza descritiva permitindo a utilização de linguagem menos
técnica, o que facilita o entendimento dos usuários.

Através da Lei 6404/76 das S/A, tornou-se obrigatória a elaboração e publicação desse
relatório juntamente com as demonstrações contábeis.
Para a CVM, o relatório da diretoria ou administradores, é um “elemento poderoso de
comunicação entre a companhia, seus acionistas e a comunidade em que está inserida.....
deve ser redigido com simplicidade de linguagem para ser acessível ao maior número de
leitores”.

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Esta entidade considera importante as seguintes informações:

a) Descrição dos negócios, produtos e serviços: histórico das vendas físicas


dos últimos dois anos e vendas em moeda valores monetários e, quando
relevante, descrição e análise por segmento ou linha de produto.
b) Comentários sobre a conjuntura econômica geral: concorrência no
mercado, atos governamentais e outros fatores exógenos relevantes para o
desempenho da companhia.
c) Recursos humanos: número de empregados no término dos dois últimos
exercícios e “turnover” nos dois últimos anos, segmentação da mão-de-
obra segundo a localização geográfica, nível educacional, investimentos
em treinamento, fundo de seguridade e outros planos sociais.
d) Investimentos: descrição dos principais investimentos realizados, objetivo,
montante e origem dos recursos alocados.
e) Pesquisa e desenvolvimento: descrição sucinta dos projetos, recursos
alocados, montantes aplicados e situação dos projetos.
f) Novos produtos e serviços: descrição dos novos produtos, serviços e
expectativas a eles relacionadas.
g) Proteção ao meio ambiente: descrição e objetivos dos investimentos
efetuados e montante aplicado.
h) Reformulações administrativas: descrição das mudanças administrativas,
reorganizações societárias e programas de racionalização.
i) Investimentos em controladas e coligadas: indicação dos investimentos
efetuados e objetivos pretendidos com as inversões.
j) Direitos dos acionistas e dados do mercado: políticas relativas a
distribuição de direitos, desdobramentos e grupamentos, valor patrimonial
das ações, negociação e cotação das ações em Bolsa de Valores.
k) Perspectivas e planos para o exercício em curso e futuros: poderá ser
divulgada a expectativa da administração quanto ao exercício em curso,
baseada em premissas e fundamentos explicitamente colocados, sendo que
esta informação não se confunde com projeções por não ser quantificada.

A ONU, muito embora não tenha determinado um modelo de relatório, divide as


informações a serem prestadas em três tipos:

a) Análise corporativa: estratégia corporativa, eventos externos incomuns,


compra e/ou venda de ativos significativos, recursos humanos (inclusive
demonstração do valor adicionado), responsabilidade social e proteção ao
meio ambiente, atividades de pesquisa e desenvolvimento, programas de
investimentos e projeções futuras.
b) Análise setorial: informações por segmento de negócios, abrangendo
também operações internacionais ou por áreas geográficas.
c) Análise financeira: comentários sobre os resultados operacionais, inclusive
sobre efeitos significativos ocasionados por fatores internos ou externos.

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f) Comentários dos Auditores

Constituem uma fonte adicional de evidenciação, na medida em que informam a


respeito de: efeitos relevantes de mudanças nos métodos contábeis da companhia;
utilização de prática contábil diferente das geralmente aceitas; diferenças de opinião
entre a empresa e a auditoria quanto à adequação de determinado método contábil.

Os princípios contábeis norte-americanos (United States Generally Accepted


Accounting Principles (US-GAAP), no tocante à evidenciação, mencionam que devem
ser explicitadas, no grupos de normas gerais:
- informações básicas sobre a companhia;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- correção de erros;
- partes relacionadas;
- contingências;
- riscos e incertezas;
- transações não monetárias
- eventos subseqüentes

O Comitê Internacional de Normas Contábeis (International Accounting


Standards Commitee (IASC), requer as seguintes evidenciações no grupo
de normas gerais:
- informações básicas sobre a companhia;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- correção de erros;
- partes relacionadas;
- provisões, passivos contingentes e ativos contingentes;
- eventos subseqüentes

No tocante aos procedimentos de evidenciação no Brasil, estes são


definidos pela Lei nº 6404/76, pela CVM, pelo CFC e pelo IBRACON.

O grupo de normas gerais prevê a estruturação sob os seguintes títulos:


- orientações gerais;
- políticas contábeis;
- mudanças contábeis;
- partes relacionadas;
- contingências e compromissos;
- eventos subseqüentes

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9.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO CONFORME A LEI


DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS

-Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis


Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no
balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção de
uma base específica de mensuração.
Diversas bases de mensuração são empregadas em diferentes graus e em variadas
combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte:

a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para
adquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na
capacidade geral de compra da moeda. Os passivos são registrados pelos valores dos
recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por
exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendo também,
em certas circunstâncias, ser atualizados monetariamente.

b)Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de


caixa que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos
na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa,não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação
na data do balanço.

c)Valor realizável(valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos


valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é ,
pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam
pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da
entidade.

d)Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal
das operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado,
do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o
passivo no curso normal das operações da entidade.

A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas


demonstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras
bases de avaliação. Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor
entre o custo e o valor líquido de realização, os títulos e ações negociáveis podem em
determinadas circunstâncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes
de pensões são mantidos pelo valor presente de tais benefícios no futuro.Além disso, em
algumas circunstâncias entidades usam a base de custo corrente como uma resposta à
incapacidade do modelo contábil de custo histórico enfrentar os efeitos das mudanças de
preços dos ativos não-monetários.

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-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO


Art. 183:
Este dispositivo tem como função legal a determinação dos critérios de avaliação das
contas do Ativo.
1) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e
títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a)pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou
disponíveis para venda;
b)pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior,
no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
2)Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo
ao valor de mercado, quando este for inferior;
3)os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o
disposto nos artigos 248 a 250 , pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para
perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada
como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para
a companhia, de ações ou quotas bonificadas;
4)Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender
às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição
ao valor de mercado, quando este for inferior;
5)Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo
da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;
6)Os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do
saldo da respectiva conta de amortização;
7)Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Considera-se valor justo:


a)das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado;
b)dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização, mediante
venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e
a margem de lucro;
c)dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros;
d)dos instrumentos financeiros, o valor pelo que se pode obter em um mercado ativo,
decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e , na
ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2)o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de
natureza, prazo e risco similares; ou
3)o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de
instrumentos financeiros.

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-A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será


registrada periodicamente nas contas de:

a)depreciação, quando corresponder à perda de valor dos direitos que têm por objeto
bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;
b)amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição
de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal
ou contratualmente limitado;
c)exaustão, quando corresponder à perda do valor , decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa
exploração.

-A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos


valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

I- registradas as perdas de valor do capital aplicado quando hover decisão de


interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse
valor; ou

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil


econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO


Art. 184:
Este dispositivo tem como função legal a determinação dos critérios de avaliação das contas do
passivo.
I- as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis , inclusive Imposto de Renda a
pagar com base no resultado do exercício , serão computados pelo valor atualizado até a data do
balanço;
II- as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial serão convertidas em
moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
III- as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

-O-

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10.BIBLIOGRAFIA

AQUINO, Wagner de & SANTANA, Antonio Carlos de. Evidenciação. Caderno de


Estudos. FIPECAFI/ FEA-USP, nº 5, jun92, pp. 15-73

FIPECAFI/ARTHUR ANDERSEN. Normas e práticas contábeis. 2 ed. São Paulo:


Atlas, 1994.

HENDRIKSEN, Eldon S. Accounting Theory, Richard D. Irwin Inc, 1982.

IBRACON. Princípios contábeis. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1994.

Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Lei nº 11.638 , de 28 de dezembro de 2007

Lei nº 11.941 , de 27 de maio de 2009

ONU – Relatórios da Comissão das Empresas Transnacionais (1988-1989).

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.

IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da


Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.

NAGATSUKA, Divane Alves da Silva e TELES, Egberto Lucena. Manual de


Contabilidade Introdutória. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

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