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PAOLA BENEDETTO
PAOLA BENEDETTO
SUMÁRIO
OBJETIVOS.............................................................................................................................4
RESUMO.................................................................................................................................5
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................6
1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO
1.2 MERCADO........................................................................................................11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EXPORTAÇÃO................................................................................................28
2.3 SISCOMEX.......................................................................................................36
2.6.1 DRAWBACK..................................................................................................63
3.1 EXPORTAÇÃO................................................................................................73
3
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................84
OBJETIVOS
4
RESUMO
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O comercio internacional existe, pois nenhum país é capaz de produzir tudo o que a sua
população necessita. Assim os países abriram seus mercados para produtos estrangeiros.
Mas além dos produtos necessários para abastecer a população, passou a vir do exterior
produtos desnecessários, que aumentaram a concorrência com os produtos nacionais e
enfraqueceram o mercado interno dos países, por isso muitas vezes são usadas barreiras
comercias, para diminuir as importações e fortalecer o mercado interno. Para auxiliar as
empresas com desejo de exportar, o governo criou órgãos responsáveis por buscar e
transmitir tendências e oportunidades, esses órgãos são muito importantes na hora de se
identificar as necessidades e diferenças negociais de cada país, influenciadas por diferentes
culturas, políticas, religiões, etc. Outro mecanismo criado para facilitar as negociações,
foram os INCOTERMS, que são termos internacionais do Comércio que permite que os
contratos sejam firmados de maneira correta e padronizada. Um fator muito importante, é a
escolha correta do tipo de frete, que será influenciado por características da carga como
peso, volume, dimensões, etc. Para efetuar uma exportação, é necessário o registro no REI
(registro de exportadores e importadores), além de uma série de documentos, que são o meio
pela qual as exportações se formalizam, alguns deles são a Fatura Pro Forma, Commercial
Invoice, Nota Fiscal, Packing List, Bill of Landing, Contrato de Câmbio, entre outros. Todo
esse comercio internacional, cria um mercado cambial formado por vendedores e
compradores de moeda estrangeira. Como essas moedas tem valor diferente é necessário a
cotação das mesmas para que se feche e contrate o câmbio da operação, é nessa hora que
acontece a venda para o banco por parte do exportador de moeda estrangeira e se concretiza
a exportação.
Palavras- chave: Exportação; negociações, documentação, leis, cambio
INTRODUÇÃO
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A Gaucho Leather do Brasil Ltda. Está localizada em Estância Velha – RS, é uma
empresa cuja matriz se encontra nos Estados Unidos e tem o nome de Gaucho Sheep e
Leather Products, Inc. A empresa produz produtos como tapetes, almofadas, jogos de
xadrez, conjunto para banheiro, etc., a partir do couro com pelo, e exporta toda a sua
produção para a Gaucho nos Estados Unidos, que revende o produto para os clientes dos
Estados Unidos, México entre outros.
Durante um período de observação dentro da empresa, foram observados as rotinas
do setor de exportação durante um embarque aéreo e outro marítimo, além da vinda do
pedido de exportação dos Estados Unidos, o processo de escolha dos materiais usados em
cada produto, o processo produtivo, o produto pronto, o processo de embalo das
mercadorias, a confecção dos documentos de exportação, e saída da mercadoria da empresa.
Todos os processos observados na prática dentro da Gaucho Leather, foram então
comparados com dados obtidos através de pesquisa em obra de autores como Castro, Maia,
Hartung, etc. e sites como o Aprendendo a exportar, Ministério da Fazenda, Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Internacional, entre outros, que falam sobre a
necessidade de se exportar, porque é essa prática é importante e como ela afeta a economia
dos países.
A pesquisa fala também dos diferentes aspectos que estão ligados ao comércio
internacional; Negociais, documentais, Legais e cambiais. Chamando a atenção para pontos
como as diferentes culturas e hábitos e a influencia que elas têm sobre as negociações. Os
INCOTERMS e sua função para a padronização e maior segurança na hora de negociar. Os
fatores importantes de serem analisados na hora de escolher o meio de transporte a ser
utilizados, e as principais vantagens e desvantagens dos principais tipos de fretes, bem
como as diversas formas de pagamento, como fazer a opção correta e meios de se proteger
de possíveis não pagamentos por meio do importador.
No ponto de vista documental, são apresentados todos os documentos da operação
de exportação e sua finalidade, além de quem deve fazer ou solicitar determinado
documento.
No âmbito, legal, falarei sobre as barreiras comerciais, tarifárias e não tarifárias,
por que elas são adotadas e quando podem ou não ser usadas sem prejudicar o mercado e o
consumidor.
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1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO
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estação de tratamento da água, que é reutilizada nos processos com o couro e tratada
novamente, assim a Gaucho tem 100% da sua água tratada e não poluem o solo ou as águas.
Uma vez por mês o produto pronto é exportado para os EUA, e a empresa de lá é
que vende o produto para os clientes fixos dos Estados Unidos, México, Europa e eventuais
clientes de outros locais.
O horário de trabalho da Gaucho Brasil é o seguinte; produção: de segunda a
quinta das 06h55min às 11h45min, pausa para almoço e das 12h45min às 17h45min. Nas
sextas feiras das 06h55min às 11h45min, não há expediente à tarde; Escritório: trabalha de
segunda a sexta das 07h30min às 11h45min, pausa para almoço e das 12h45min às
17h45min. Quando existe algum assunto urgente a ser resolvido com a empresa dos EUA, o
escritório trabalha até mais tarde devido a diferença de fuso horário. Isso ocorre
principalmente a Maria Virginia está nos EUA, pois quando ela está no Brasil, geralmente é
ela quem fica na empresa para resolver esses assuntos.
Por ser uma empresa exportadora, a Gaucho conta com benefícios fiscais dados
pelo governo brasileiro, porém para isso é preciso que ela efetue pelo menos uma
exportação por mês,. A modalidade escolhida geralmente é marítima, assim, com essa
exportação, a Gaucho Leather do Brasil recebe a restituição do ICMS e reembolso do PIS,
PASEP e COFINS. São realizadas mais de uma exportação por mês apenas em situações de
urgência na entrega da mercadoria, nesse caso se usa o embarque aéreo. Em 2008 foram
realizadas 10 exportações marítimas e apenas 2 aéreas. Esse ano os números vão ser
diferentes, pois até o dia 31/ 03 já haviam sido realizados os embarques de Janeiro e
Fevereiro, ambos marítimos e no período em que estive na empresa ocorreram mais dois
embarques, um marítimo de rotina pelo mês de março, e um de urgência na modalidade de
embarque aéreo.
Tirando a reconstituição dos impostos citados a cima, a Gaucho não busca apoio
perante nenhum órgão governamental, e todo capital da empresa é próprio.
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1.2 MERCADO
Embarque marítimo.
Dia 31/03/09
- Conheci a empresa, funcionários, produtos e método de trabalho
- Verificamos o câmbio do dia, pois é com base nele que vai ser feita toda a exportação.
- Fizemos um resumo dos produtos que seriam exportados, de acordo com que havia em
cada fardo.
- É feito um novo resumo, dessa vez separado por tipo de mercadoria, e não mais pelo que
existe em cada fardo.
- Foi feita a Fatura pro forma
- Fizemos a Commercial Invoice em Inglês
- Preenchemos Nota fiscal (a mão) em português
- Verificamos os navios que iriam sair do Porto de Rio Grande para LA, assim como data
para a entrega de documentos e da mercadoria
Dia 01/04/09
- Fizemos o Romaneio
- Conferimos o dólar
- Confirmamos o navio
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- Fomos a uma empresa de Novo Hamburgo para aprovar o fotolito de um produto que vai
no embarque aéreo. (Não foi aprovado)
- Separamos os produtos do embarque marítimo e do embarque aéreo para serem embalados
- Fomos novamente à empresa para aprovar o produto. (Não aprovado)
- Voltamos a empresa para ver o fotolito (Aprovado)
Dia 02/04/09
- Tirei dúvidas sobre os processos vistos, e sobre a empresa com base no trabalho teórico
- Entrevista com candidatos às vagas oferecidas pela empresa.
Dia 06/04/09
- Embalamos os produtos do embarque marítimo e aéreo, de acordo com o tipo de produto.
- Finalizamos a documentação e a passamos para a Euro - América
Dia 07/04/09
- Solicitamos o recolhimento da mercadoria pela Onicron
- Recolhimento da mercadoria
- Término da exportação marítima. Foram embarcados 2,200 Kg de mercadorias.
Obs.: Mesmo o embarque tendo sido realizado no mês de Abril, ele foi considerado como
sendo do mês Março, e usado a cotação do dólar do dia 31/03/2009 em todo o processo.
Embarque Aéreo.
Dia 21/04/09
- Embalamos os produtos para o embarque
- Fizemos o resumo por fardos
- Fizemos o resumo por produto
- Fizemos a quantidade do produto com o preço em dólar e a media do produto para poder
fazer a nota fiscal e reduzir o produto exportado do estoque.
- Fizemos o romaneio
- Fizemos a Packing List
- Fizemos a nota fiscal
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Dia 22/04/09
- Acabamos de fechar os fardos
- A Onicron recolheu a mercadoria
- Término da Exportação Aérea, foi embarcado 500 kg e foi realizada uma exportação
indireta.
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As cores dos produtos também são afetadas pela cultura do mercado. No mercado
texano a combinação preta e branca não vende, pois eles têm a cultura de cowboy e cowboy
é ligado à natureza, ou seja, tons de marrom. As corres preto e branco só são bem aceitas em
áreas mais urbanas e de litoral, onde não são bem aceitos os tons de marrom.
Nas negociações de preços de matérias primas com os fornecedores, não existe
muita flexibilidade, pois a empresa é pequena e compra em pequenas quantidades, e como o
aproveitamento total do material é muito incentivado na empresa, a compra de matéria
prima não acontece de maneira tão freqüente quanto em curtumes de maior porte.
Já a negociação do preço dos produtos na hora da venda se da através de listas de
preços. Existem preços distintos para decoradores de interiores e para compradores de
atacados.
O preço dos produtos para decoradores de interiores é em geral 20% mais caro do
que para os compradores de atacado, pois os decoradores pedem pequenas quantidades, e
produtos com cores e tamanhos e ornamentação específicos. Nesse caso se o comprador
encontrar o produto com as características que ele procura, ele já pode levá-lo na hora, caso
contrário, gera a necessidade de produzir por encomenda para atender as necessidades e
especificações do cliente, e isso eleva ainda mais o preço do produto.
Já os preços para os clientes de atacado são mais baratos, pois eles compram
produtos em grande quantidade e por não precisarem de produtos com padronagem
específica, compram o produto que já esta pronto e é fabricação padrão da empresa, não
exigindo a confecção de um modelo diferenciado.
É mais comum a venda para compradores de atacado, eles encaminham o pedido
nas feiras, por telefone ou e-mail, para a Gaucho Leather dos Estados Unidos, que verifica o
que já existe de mercadoria no estoque e que é possível fornecer para o cliente, e solicita
para a Gaucho do Brasil a confecção dos produtos que não tem em estoque.
O meio de transporte mais comumente usado pela Gaucho é o marítimo, pois
mesmo levando mais tempo é muito mais barato e pela diferença de preço é possível enviar
bem mais quantidades de produtos, que ficam em estoque na Gaucho dos EUA, e consegue
tranquilamente abastecer os clientes até a chegada do próximo embarque. A modalidade
aérea é pouco utilizada pela empresa, pois tem um custo bem mais elevado, assim é usada
apenas quando a entrega da mercadoria é urgente.
Porém o embarque marítimo nem sempre foi o mais usado pela Gaucho. Quando a
empresa iniciou suas atividades, a maioria dos embarques era via aéreo, pois a quantidade de
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produtos era muito pequena, a empresa ainda não estava bem estruturada e tinha pouca
experiência na área de comércio exterior.
Com o tempo, o amadurecimento da empresa e o investimento em treinamento dos
funcionários possibilitaram o aumento da produção com o mesmo número de pessoas,
assim, os embarques aéreos passaram a diminuir, pois a Gaucho mesmo continuando a fazer
apenas um embarque por mês, conseguiu produzir e exportar mais quantidade de
mercadoria, assim mesmo levando mais tempo para o produto chegar aos Estados Unidos,
os estoques existentes ainda são suficientes para abastecer os clientes da empresa. Dessa
forma, o número de embarques aéreos foi diminuindo cada vez mais, até ser usado apenas
como recurso em casos de grande urgência em ter uma determinada mercadoria nos Estados
Unidos, pois a mercadoria leva no máximo 15 dias para chegar ao destino, contra 45 dias do
embarque marítimo.
No embarque aéreo realizado durante o período de observação a urgência era
devido ao fato de tanto o cliente como o tipo de serigrafia do produto eram novos, o pedido
foi feito em uma feira, onde o cliente já havia tido o pedido (peles bem pequenas de bezerro
com serigrafia de leopardo nas cores marrom e preto) negado por diversas empresas do
ramo, devido a dificuldade de conseguir esse tipo de pele para confecção de tapetes, assim a
Gaucho aceitou o desafio, na busca de um novo cliente e de mais um diferencial para a
empresa. Porém, conseguir as peles, foi mais dificil e demorado do que a empresa esperava,
e o cliente tinha muita pressa na entrega da mercadoria, assim, logo que o produto ficou
pronto, a mercadoria foi mandada vai aérea para que fosse possível cumprir os prazos
estabelecidos com o cliente. A mercadoria e a documentação foram enviados dentro dos
prazos. Foram embarcados 500 Kg de mercadoria, quantidade com a qual a empresa
consegue descontos no valor do frete, e o prazo para que o produto esteja no depósito da
Gaucho EUA é de no máximo 15 dias.
A documentação feita pela Gaucho nesse embarque foi a de costume: Commercial
Invoice (Anexo E), Packing List (Anexo D) e Nota fiscal, todos os documentos foram
enviados para a Euro América, que efetuou todos os procedimentos legais para o embarque
da mercadoria no aeroporto Salgado Filho, com os tramites legais para liberação da mesma
feitos Canoas. No dia 29 de Abril chegou para a Gaucho a AWB confirmando o embarque
correto da mercadoria ( Anexo F).
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o trajeto é curto e a mercadoria é em menor quantidade, assim não vale a pena o custo de
pagar uma empresa transportadora.
Quando a mercadoria chega a LA, quando o embarque é marítimo, ela é retirada
pela pessoa ou empresa autorizada, essa mercadoria vai de carreta até o depósito da Gaucho,
com as despesas pagas pelo cliente. No depósito a mercadoria vai ser verificada, e se houver
algum dano na mercadoria ela será arrumada e então encaminhada para o cliente, com o
custo pago pela Gaucho Estados Unidos.
A empresa do Brasil efetua o pagamento das despesas com transporte em torno de
15 a 20 dias após efetuado o serviço.
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A empresa Gaucho Leather realiza exportações diretas, que consiste na venda com
Commercial Invoice detalhando quantidade, descrição do produto, preço em dólar e nota
fiscal em português contendo o preço em reais. E indiretas, que se da através da compra de
mercadoria de outro lugar do Brasil e revenda para os Estados Unidos. Na modalidade de
exportação indireta, não se paga ICMS, porém existe prazo para a exportação, mesmo
podendo exportar a mercadoria por partes, é necessário que ela seja vendida pelo preço de
compra, por exemplo, se o couro foi comprado a R$ 23,00 ele deve ser vendido por esse
valor convertido ao dólar do dia. Outro ponto importante é que o produto deve ser exportado
na mesma categoria que foi comprado, ou seja, não se pode comprar o couro transformá-lo
em almofada e vende-lo em forma de exportação indireta.
A exportação começa pelo pedido feito geralmente feito em feiras (por clientes
novos) ou por e-mail no caso de clientes antigos, para a Gaucho dos EUA. Depois que o
pedido foi feito, Ernani Dorr faz um levantamento dos produtos que já existem em estoque
na empresa americana, então, é mandado um e-mail para a Gaucho do Brasil com o pedido
para repor as peças no estoque da Gaucho EUA, e também se eventualmente a empresa não
tiver o produto estocado na quantidade necessária, o pedido para produção. Após ter todo o
produto pronto, esse é embalado e é feita a documentação e procedimentos para a
exportação.
Os documentos feitos pela Gaucho Leather, são:, Packing List, Nota Fiscal e
Commercial Invoice. Os demais documentos e tramites para exportação são feitos pela
empresa Euro América. E a parte de logística para levar a mercadoria ao porto ou aeroporto,
é feita pela Onicron.
No Packing List, deve constar uma descrição detalhada dos produtos a serem
embarcados, com volumes e conteúdos dos fardos, assim, anota-se a quantidade e o tipo de
produto que está em cada um cada fardo, e após cada fardo é fechado, medido e pesado.
Porém, por questão de aproveitamento de espaço no fardo, muitas vezes ocorre que no
processo de embalagem produtos diferentes ficarem no mesmo fardo, assim primeiramente a
Gaucho faz um packing list por fardo, e após um novo packing list por produto, claro que as
quantidades devem ser as mesmas nos dois packing list mesmo que eles sejam somente um
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rascunho. E no final temos um packing list com a descrição do que está em cada fardo, o
tamanho do fardo e o peso do mesmo, em inglês.
Ex:
1ª Packing List por fardo.
Fardo 1: Tapetes Estrela (10); Porta Copos (70); Almofadas (8); Tapete Natural (15); Jogo
Americano (10); Tapetes Mapa (10); Porta Copos Nonatos (5); Almofada Lisa (4)
Fardo 2: Tapetes Estrela (5); Porta Copos (50); Almofadas (2); Tapete Natural (5)
Jogo Americano (20); Tapetes Mapa (5); Porta Copos Nonatos (8); Almofada Lisa (4)
Fardo 3: Tapetes Estrela (5); Porta Copos (20); Almofadas (2) Tapete Natural (10)
Jogo Americano (6); Tapetes Mapa (4); Porta Copos Nonatos (10); Almofada Lisa (8)
4ª Packing List final com a descrição da mercadoria, tamanho e peso de cada fardo, em
inglês.
Depois do Packing List pronto, é feita a Nota Fiscal, que é indispensável para o
importador liberar a mercadoria no país de destino. Na Nota Fiscal, todos os produtos devem
estar detalhados, e para detalhar o produto é paga uma taxa por item, porém nos Estados
Unidos o detalhamento dos dois primeiros produtos é de graça, depois é cobrado um
adicional a cada item excedente.
Assim a empresa tenta utilizar no máximo quatro itens para serem detalhados,
juntando na mesma descrição todos os itens da mesma categoria. Então a empresa pega o
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Packing List por produto, e junta os produtos da mesma categoria, como se fossem o
mesmo.
Ex:
Packing List por produto: Nota Fiscal
Tapetes Estrela (20) Tapetes (69)
Jogo Americano (36) Almofadas (28)
Porta Copos (140) Jogo americano (199)
Tapetes Mapa (19)
Almofadas (12)
Tapete Natural (30)
Porta Copos Nonatos (23)
Almofada Lisa (16)
contêiner. Esse método é mais seguro do que mandar como carga geral, onde a mercadoria
vai solta dentro do navio.
Além disso o transporte em contêiner, propicia maior segurança para o produto e
maior rapidez, pois permite fácil carregamento e descarregamento adequado à
movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipamentos.
Um cuidado especial no embalo tomado pela Gaucho se dá com a mercadoria que
possui serigrafia, nesse caso entre cada peça de couro vai uma folha de jornal, e no caso de
necessers e almofadas, o produto é primeiramente enrolado em folhas de jornal antes de ser
porto dentro do fardo. Tudo isso para garantir que a serigrafia não manche os outros
produtos.
Para transportar o produto do depósito da Gaucho EUA, até o cliente final, os
produtos são embalados apenas em sacos plásticos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EXPORTAÇÃO
O comércio exterior tem recebido uma atenção cada vez maior por parte dos
governos e empresas, sendo um mecanismo importante para muitas nações
para gerar recursos com o objetivo de honrar seus compromissos
internacionais. A participação no comércio internacional tem sido a chave para
o sucesso e a prosperidade de empresas e países. Essa atuação não tem sido
importante apenas para as nações ricas, mas também para nações em
desenvolvimento. Naturalmente, o governo brasileiro tem dado cada vez mais
atenção ao comércio de produtos brasileiros com outros países. (HARTUNG,
2004, p. 12).
adaptando parte de sua linha de produção para gerar, de forma sistemática, os bens
destinados ao mercado externo, assim, o mercado internacional passa a estar incorporado ao
dia-a-dia da empresa.
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Ter um bom domínio dos Incoterms significa para o negociador ter a capacidade e
a habilidade de ter todos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior. Porém, as
regras definidas pelos Incoterms valem apenas entre os exportadores e importadores, não
produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas, tais como: despachantes,
seguradoras e transportadores.
E de Ex (Partida- Mercadoria entregue ao
EXW - Ex
Mínima obrigação para o comprador no estabelecimento do
Works
exportador) vendedor.
FCA -
Free Carrier
F de Free (Transporte Mercadoria entregue a um
FAS -
Principal não Pago Pelo transportador internacional
Free Alongside Ship
Exportador) indicado pelo comprador.
FOB -
Free on Board
CFR -
Cost and Freight
CIF - O vendedor contrata o
Cost, Insurance transporte, sem assumir riscos por
C de Cost ou
and Freight perdas ou danos às mercadorias ou
Carriage (Transporte Principal
CPT - custos adicionais decorrentes de
Pago Pelo Exportador)
Carriage Paid To eventos ocorridos após o embarque
PCI - Paid e despacho.
to Carriage and
Insurance
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DAF -
Delivered At
Frontier
DES -
Delivered Ex-Ship O vendedor se
D de Delivery
DEQ - responsabiliza por todos os custos e
(Chegada - Máxima obrigação
Delivered Ex-Quay riscos para colocar a mercadoria no
para o exportador)
DDU - local de destino.
Delivered Duty
Unpaid
DDP -
Delivered Duty Paid
Quadro 1: Categorias de Incoterms
Fonte: (APRENDENDO A EXPORTAR, 2009)
Um conjunto de fatores devem ser analisados com bastante critério pelo exportador
devem ser analisados com bastante critério pelo exportador, pois terão influencia direta na
escolha da condição de pagamento a ser formalizada na proposta de exportação, entre os
quais listam-se os seguintes (CASTRO, 2001): Situação e aspectos econômicos, políticos e
sociais do importador, natureza, características, qualidade, concorrência, nível de oferta,
peculiaridades do produto, conceito, tradição e histórico do importador, posição da balança
comercial, do balanço de pagamento e das reservas cambiais do país importador.
Após a análise desses itens, o exportador estará em condições de calcular o risco e
definir o prazo e a modalidade de pagamentos serem propostas ao importador, objetivando
proporcionar segurança e proteção às suas atividades comerciais internacionais. (CASTRO,
2001, p.80).
Porém, convém salientar que em cada modalidade é preciso avaliar na melhor
opção e escolher aquela que atenda as exigências da empresas e que não apresente riscos na
inserção internacional.
Segundo Hartung (2004) para agregar segurança aos negócios a comunidade
financeira internacional em conjunto com várias organizações entre elas a Câmara de
Comércio Internacional e a Organização Mundial do Comércio, criou uma serie de
mecanismos para trazer mais segurança as partes, além de garantir indenização ou
cumprimento da obrigação. Entre elas estão as cartas de crédito e as garantias bancárias
Internacionais, que são documentos emitidos por bancos, por conta e ordem de seus clientes
em favor de terceiros. Através desses documentos os bancos assumem o compromisso de,
ocorrendo reclamação ou solicitação do beneficiário, promover o pagamento, seja integral
ou parcial conforme estabelecido na carta de garantia.
Nas transações internacionais temos ainda os seguros. Eles visam agregar garantias
não apenas as negociações, mas também ao funcionamento do produto adquirido. A
responsabilidade pela contratação do seguro é previamente acertada entre os envolvidos.
Existem três formas de seguros. Segundo Hartung (2004), são elas:
Seguro de Transporte Internacional: É a principal modalidade presente nas
transações. Cobre desde o embarque da mercadoria até sua entrega ao importador. Seu
objetivo é cobrir eventuais avarias, danos, furto, extravios, etc.
Seguro da Mercadoria: É utilizado principalmente em operações de longo prazo.
Tem como objetivo garantir a integridade do equipamento ou produto contra sinistros,
incêndios, catástrofes, etc. Normalmente o beneficiário é o financiador do equipamento.
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Porém a inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de
punição em decisão administrativa final, pelos seguintes motivos: infração de natureza
fiscal, cambial, de comércio exterior ou abuso de poder econômico.
jurídica até o limite de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares dos Estados
Unidos) ou o equivalente em outra moeda, exceto quando se tratar de: produto
como exportação proibida ou suspensa; produto sujeito a Registro de Venda -
RV; exportação com margem não sacada de câmbio; exportação vinculada a
regimes aduaneiros especiais e atípicos; exportação vinculada ao Programa
Especial de Exportação - BEFIEX; exportação sujeita ao Registro de
Operações de Crédito - RC. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2009).
pode-se aumentar seu lucro total mediante a simples elevação do preço, pois domina a oferta
e não é ameaçado pela concorrência. Portanto, o monopólio é uma condição do mercado que
se caracteriza por um só vendedor e pelo controle dos preços e das quantidades de bens ou
serviços oferecidos aos usuários e consumidores. Porém como lembra Maia (2007) quando
um país ou um grupo econômico tem o monopólio de um produto, fica dono do mercado r
pode impor o preço que quiser, podendo até reduzir a produção para elevar os preços, porém
essa prática em curto prazo é prejudicial ao consumidor, e em longo prazo ao produtor.
A política de dumping consiste em vender no exterior por preço abaixo do custo de
produção. O objetivo é destruir o concorrente e ficar dono do mercado. Desta forma quem
faz o dumping terá futuramente meios de impor preços e condições criando um monopólio.
“Dumping é a introdução de um bem no mercado domestico, inclusive sob as modalidades
de drawback, a preço de exportação inferior ao valor normal. (MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 2009)
Maia (2007) afirma que o oligopólio se da quando o mercado está nas mãos de
alguns poucos concorrentes. Normalmente o oligopólio é formado por empresas de grande
porte, pois como são grupos poderosos, destroem as empresas menores e como
conseqüência eliminam a concorrência. Ficando assim donos do mercado. Maia diz ainda
que ate 1997 no Brasil à indústria automobilística era um oligopólio, pois para um dos
maiores segmentos da nossa economia tínhamos apenas a General Motors, Fiat, Ford e
Volkswagen. O oligopólio pode manter uma política de preços nociva ao consumidor.
Já quando falamos do Trust, Maia diz que se trará da fusão de varias empresas de
forma a atender para o monopólio. Assim o mercado passaria a ser manipulado pelo trust,
impondo preços e condições. Os países combatem o trust por meio de políticas adequadas.
No caso do Cartel, ele é um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para a
fixação de preços ou quotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação. O
Cartel normalmente ocorre em mercados de oligopólio envolvendo produtos homogêneos.
“Assim, suprimem a livre concorrecia. Uma das caracteristica importantes é que cada
empresa conserva sua autonomia interna. ( MAIA, 2007, p. 210)”.
Os modelos citados acima detem o progresso, pois, sem a concorrencia, nao ha
necessidade de buscar melhorias para o produto e tambem de tanter reduzir custos e preços.
Outra forma encontrada pelos países para desencorajar as importações e encorajar
as exportações é o uso do subsídio, que consiste em pagamentos, diretos ou indiretos, feitos
pelo governo que equivalem a um imposto negativo e representa uma redução de custo para
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tanto para a implantação quanto para a retirada de barreiras comerciais, se da nos fóruns
comerciais internacionais, através de acordos e tratados.
Em um mundo com tal grau de interdependência como o atual, nenhum país pode
pretender exportar seus produtos livremente e, ao mesmo tempo, construir barreiras para o
restante das nações. (MAIA, apud, GOITIA, 1998).
Outro aspecto legal ao qual se deve prestar atenção é no controle da qualidade das
embalagens utilizadas, seja a embalagem para transporte ou aquela que será apresentada ao
consumidor final.
Para isso devem-se observar itens como as exigências do mercado externo, tanto
sob o aspecto de cumprimento da legislação dos países importadores, quanto da adaptação
da aparência externa de seu produto ao gosto do consumidor, e a imagem do país no
exterior, pois a mercadoria exportada será vista como uma espécie de "cartão de visitas" do
país exportador. Portanto as mercadorias devem ser embaladas tendo em vista a proteção
durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização e consumo.
A embalagem de prateleira integra o preço e tem como finalidade a estética do
produto, possuindo baixo poder de proteção. Já a embalagem de transporte ou
acondicionamento proporciona maior proteção e facilita o manuseio e deslocamento.
(APRENDENDO A EXPORTAR, 2009)
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (2007), a
unitizaçao é a alocação de um conjunto de mercadorias em uma única unidade com
dimensões padronizadas, isso facilita as operações de armazenamento e movimentação da
carga de forma mecanizada. A unitizaçao não é propriamente uma embalagem, é apenas um
acessório para o deslocamento ou transporte de carga, e não faz parte do produto
armazenado.
As formas mais comuns de unitizaçao são a pré-lingagem (amarração ou
acintamento), que consiste no envolvimento da carga por redes especiais ou cintas com alças
adequadas ao transporte por içamento.
Figura 1 Amarração
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Figura 2 Palatização
Fonte: (APRENDENDO A EXPORTAR, 2009)
Figura 3 Conteinerização
Fonte: (APRENDENDO A EXPORTAR, 2009)
Figura 4 Frágil
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (2009)
2.6.1 Drawback
agregados ao custo do produto, refletindo num efetivo incentivo fiscal a exportação. Todos
esses incentivos significam real incentivo creditício a exportação, pois a empresa
importadora poderá alocar esses recursos em outras atividades, evitando desembolso
antecipado que se constituirá em custo financeiro adicional. Assim, o drawback apresenta-se
como um dos mais importantes incentivos às exportações brasileiras de produtos
manufaturados. (CASTRO, 2001).
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3.1 EXPORTAÇÃO
A empresa Gaucho Leather faz jus a citação de Minervini (1991) que diz que o que
determina o sucesso na atividade exportadora, é muito mais o talento, a qualidade da gestão
e a capacidade exportadora, do que a situação econômica, conjuntural ou tamanho da
empresa. Pois é uma empresa de pequeno porte, com poucos funcionários e tecnologia, e
mesmo assim conseguiu se instalar de maneira sólida no mercado externo e se diferenciar da
concorrência. Com a crise financeira, a Gaucho contou com a criatividade dos donos e dos
funcionários, para criar uma linha com sobras de couro de grandes tapetes e colchas que
antes iam para o lixo, o resultado foi um produto ainda mais individualizado, com custo
mais baixo e que é sucesso entre os clientes. E é assim, que a empresa busca superar as
adversidades e se manter no mercado.
A Gaucho se diferencia de todas outras empresas, pois não é uma empresa que
surgiu no Brasil, começou a exportar e depois abriu filhais em outras partes do mundo, o
processo foi ao contrário, a empresa começou no EUA abriu uma filial no Brasil por não
encontrar outras empresas que fornecessem a mercadoria solicitada pelo mercado norte –
americano, assim de certa forma a empresa atendeu aos pensamentos de Minervini (1991):
ele orienta que para a empresa que deseja exportar o primeiro passo é definir o que irá
vender no mercado externo, isso a Gaucho já sabia, pois conhecia bem o seu mercado. Após
a empresa deve identificar dentro de sua linha de produtos, aqueles que atendam às
necessidades e preferências dos consumidores, a Gaucho apenas revendia produtos de
empresas brasileiras, e sabia que nenhum deles era o que o consumidor realmente queria,
diante dos fatos e possuindo conhecimento do produto e do mercado, os donos da empresa
decidiram abrir uma filial aqui no Brasil para atender as reais necessidades do cliente.
Pelos motivos citados acima, a Gaucho não fez e não faz uso de nenhum órgão de
apoio as exportações como DPR, MRE, ou qualquer outra entidade oficiai ou empresas de
promoção a exportações, empresas de consultoria e acessória de comercio exterior, etc.
Porém acredito que poderia ser feito algum trabalho junto a essas entidades, pois mesmo
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morando nos EUA e que é o país para o qual eles exportam, e estarem constantemente
participando de feiras nessa área, com certeza eles poderiam ter acesso a informações e até
dicas que poderiam gerar novas idéias na confecção, divulgação, venda etc., ou até receber
informações sobre novos mercados em potencial e não depender somente dos EUA e
México.
Na exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado externo em
condições de competir em preço (APRENDENDO A EXPORTAR, 2009). Como a Gaucho
é uma empresa exportadora, ela conta com alguns benefícios fiscais concedidos pelo
governo Brasileiro, assim se a empresa realizar pelo menos uma exportação por mês recebe
a restituição do ICMS e reembolso do PIS, PASEP e COFINS. A reconstituição desses
impostos é prevista pelo governo de acordo com dados do site do Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (2009), onde consta que as empresas que
exportam podem se utilizar de mecanismos que contribuem para uma diminuição dos
tributos que são cobrados nas operações no mercado interno, e que a elas chamamos de
Incentivos Fiscais. Como a empresa é obrigada a realizar uma exportação mensal e no
período em que estive com eles foram realizados dois embarques, final de março e inicio de
abril, poderia ter sido mandado mais mercadorias no embarque de março e ter contado o
embarque aéreo extra como a exportação de abril, e assim ter economizado o custo de um
embarque desnecessário.
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aliadas a pouca quantidade exportada que torne o frete aéreo inviável para a empresa, pois
são custos muito altos para pouca quantidade de mercadoria, assim no marítimo a carga da
Gaucho pode ir em contêineres junto com a carga de outras empresas, com as quais são
divididos esses custos de armazenagem, e quanto danos, o produto não é frágil e vai bem
embalado nos fardos, então o item segurança não é fundamental para se optar pelo
transporte aéreo, assim analisando a relação custo/beneficio de cada meio de transporte
também julgo o marítimo mais viável.
Quanto às modalidades de pagamento, a maior preocupação dos empresários
sempre é a possibilidade de enviar uma mercadoria e não receber o valor correspondente.
Essa preocupação não é compartilhada pela Gaucho, pois a empresa para a qual ela exporta
é a empresa matriz, assim o risco de não receber o pagamento é nulo.
Desse modo o pagamento geralmente é efetuado após o embarque da mercadoria
através da cobrança, o embarque da mercadoria e seu recebimento pelo importador ocorrem
antes do pagamento, na modalidade de remessa sem saque, o exportador remete a
mercadoria para o exterior e, posteriormente recebe o valor correspondente.
Castro (2001) defende essa modalidade quando as empresas exportadora e
importadora pertencem ao mesmo grupo ou a exportadora tem total e irrestrita confiança no
importador e no seu país. Exatamente o caso da Gaucho.
Porém algumas vezes dependendo da cotação do dólar e da previsão do
comportamento da moeda americana, o pagamento pode se dar de maneira antecipada, em
que o recebimento por parte do exportador acontece antes do embarque da mercadoria. Essa
prática não é muito usada, sendo empregada geralmente em empresas coligadas Castro
(2001)
De qualquer modo, são dispensadas medidas de segurança, como as cartas de
crédito, as garantias bancárias internacionais e seguros sugeridos por Hartung (2004).
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Gaucho passou a adotar esse processo vem conseguindo detalhar no máximo 4 itens
diferentes, e como os dois primeiros são de graça paga taxas por somente dois itens, o que
diminuí muito os gastos da empresa nesse aspecto.
Já na Commercial Invoice encontram-se as condições gerais do negócio, com as
características definitivas da transação. Tudo conforme o previsto por Hartung (2004).
Quanto aos Certificados de Origem, O SEBRAE (2009) diz que eles podem ser
exigido pelo país importador, de acordo com o tipo de produto, ou por normas do próprio
país, para cumprir algum tipo de acordo ou para redução ou isenção de impostos. Os
modelos de certificado de origem são variados, em função do destino da mercadoria. No
caso da empresa observada, eles só são pedidos quando a exportação é para o México, nesse
caso o pedido é feito pela Euro América, que manda o certificado para a Gaucho, que por
sua vez manda o certificado para o México juntamente com a mercadoria. A razão do pedido
é atestar que o produto é realmente produzido no RS para que fiquem atestadas as condições
em que foi feito o produto, e se foram respeitadas as normas mexicanas, exatamente como
descrito no pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (2009), que
prevê a exigência desse tipo de certificados para se certificar de que o produto corresponde a
determinada descrição, satisfazem as regras do país importador e que se enquadram nas
condições de transporte até o seu destino.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CASTRO, José Augusto de. Exportação: Aspectos práticos e Operacionais. 4. Ed. São
Paulo: Aduaneiras, 2001.
MAIA, Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. 11. Ed. São Paulo:
Atlas 2007.