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5/01/2004
ÍNDICE
1. RESUMO 1
2. INTRODUÇÃO 1
4. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 3
5. RESULTADOS 9
5.1. Trajecto 1 9
5.1.1. Determinação da velocidade de escoamento 9
5.1.2. Determinação da perda de carga por atrito na conduta 10
5.1.3. Representação gráfica 11
5.2. Trajecto 2a 12
5.2.1. Determinação da velocidade de escoamento 12
5.2.2. Determinação das perdas localizadas na expansão 12
5.2.2.1. Desprezando as perdas por atrito 12
5.2.2.2. Considerando as perdas de carga por atrito 13
5.2.2.2.1. Determinação da perda de carga por atrito na conduta de menor diâmetro 14
5.2.2.2.2. Determinação da perda de carga por atrito na conduta de maior diâmetro 14
5.2.3. Valores teóricos das perdas localizadas na expansão 15
6. CONCLUSÕES 15
7. NOMENCLATURA 16
8. REFERÊNCIAS 16
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1. Resumo
2. Introdução
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Material utilizado:
• Água;
• Bancada hidráulica;
• Reservatório graduado;
• Cronómetro.
Procedimento experimental:
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4. Considerações teóricas
2
L V
hf = f ⋅ ⋅ (1.2)
d 2g
Uma rede para escoamento de um fluido não é apenas constituída pela tubagem, também é
necessariamente constituída por válvulas, joelhos, reduções, derivações, etc. Estes acessórios
produzem perdas de carga por vezes importantes que podem ser calculadas por:
2
V
hl = K . (sendo K o coeficiente de perda) (1.3)
2g
Uma análise de volume de controlo entre a secção de expansão e o final da zona de
separação fornece uma perda teórica. Como a saída é para um tubo de tamanho finito, é chamada
de expansão brusca (EB).
Vem, então, que:
2
d2 h
K EB = 1− 2 = 2 l (1.4)
D V
2g
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Este tipo de regime é caracterizado pelo movimento desordenado das partículas do fluido, ou
seja, não se verifica um padrão bem definido no movimento.
A troca de quantidade de movimento para um escoamento turbulento deve-se às tensões
viscosas e às tensões de Reynolds. Devido a estes factores, neste escoame nto, o perfil de
velocidades é mais homogéneo, como mostra a figura 3, encontrando-se o valor da velocidade
média e da velocidade máxima mais próximos relativamente ao que acontece em regime laminar.
O coeficiente de atrito de Darcy em regime turbulento pode ser obtido por dois processos:
i) Equação de Colebrook –White:
1 ε 2,51
≈ −2,0 log⋅ d + (1.6)
f 3,7 Re d ⋅ f
ii) Diagrama de Moody.
O primeiro processo tem a grande vantagem de apresentar maior veracidade e exactidão nos
resultados obtidos, tendo como único senão o facto de ser um processo mais moroso
relativamente ao outro processo referido.
Pelo diagrama de Moody a obtenção do valor do coeficiente de atrito de Darcy é feito de
modo imediato, na medida em que, precisa-se apenas do valor do número de Reynolds e da
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rugosidade relativa do tubo. Apesar de ser um processo mais directo é, contudo, menos preciso.
Os escoamentos turbulentos são bastante afectados pela rugosidade da parede das condutas,
já que, o efeito do gradie nte se encontra muito próximo da parede. Após determinado ponto
inicial, o atrito turbulento aumenta monotonamente com a rugosidade relativa ε d . Assim, para
qualquer valor de ε d , o factor de atrito torna-se constante (totalmente rugoso) a altos números
de Reynolds.
A equação de Bernoulli relaciona pressão, velocidade e cota. Para utilizar correctamente esta
equação, devem considerar-se escoamentos em regime permanente, de atrito desprezável,
incompressíveis, invíscidos e sem trans ferência de calor ou trabalho. É traduzida por:
2 2
p1 V 1 p V2
+ + z1 + hB = 2 + + z2 + hT + ht (1.7)
ρ g 2g ρg 2g
Caso não existam bombas ou turbinas na situação em estudo, a equação surge simplificada:
2 2
p1 V 1 p V2
+ + z1 = 2 + + z2 + ht (1.8)
ρ g 2g ρ g 2g
Estando o escoamento desenvolvido nas condições atrás impostas, o seu perfil de velocidade
O dimensionamento de uma conduta para o transporte de um líquido tem por base as quedas
de pressão provocadas por vários factores: o diâmetro da conduta; natureza do fluido escoado
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(
∆P = F d , ρ , µ, V , ε , ∆l ) (1.10)
A análise dimensional para as perdas de carga vai ser realizada pelo método dos π’s de
∆P V d ∆l ρ µ ε
M L-1 T-2 L T-1 L L M L-3 M L-1 T-1 L
Para a escolha da base é necessário ter em conta que : nela devem constar todas as dimensões
presentes; a variável a explicitar não pode pertencer à base e, para além disso, é conveniente que
uma das variáveis contenha apenas uma dimensão, de forma a garantir que os elementos da base
não formem um grupo adimensional.
( MLT ) 0 = ( L) a ( LT −1 ) b ( ML−3 )c
0 = c c = 0
0 = a + b − 3c ⇔ a = 0 , logo a solução é trivial.
0 = −b b = 0
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0 = c c = 0
0 = 1 + c c = − 1
0 = 1 + a + b − 3c ⇔ a = −1
0 = −1 + a + b − 3c ⇔ a = 0 0 = −1b b = 0
0 = −2 − 1b b = − 2
∆P ∆l
π2 =
π1 = 2 d
ρ ⋅V
b b
π 3 = µ 1d a V ρ c π 4 = ε 1d a V ρ c
0 = 1 + c c = − 1 0 = c c = 0
0 = − 1 + a + b − 3c ⇔ a = − 1 0 = 1 + a + b − 3c ⇔ a = −1
0 = −1 − 1b b = − 1 0 = −1b b = 0
µ ε
π3 = π4 =
ρ ⋅V ⋅ d d
2∆P ∆l d ⋅V ⋅ ρ ε
= F , , (1.11)
µ
2
ρV d d
Sabe-se que o comprimento e o diâmetro são constantes para uma dada região da conduta,
pelo que, ∆l / d é constante, podendo passar-se para fora da função. Sabe-se ainda que,
ρ ⋅V ⋅ D
corresponde ao número de Reynolds:
µ
2∆ P ∆l ε
= F Re, (1.12)
ρ ⋅V
2
d d
ε
Finalmente, é prático designar a função F Re, como factor de atrito, utilizando-se para
d
o efeito a notação f. Deste modo, a fórmula final destas considerações dimensionais equivale à
expressão (1.2).
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5. Resultados
5.1. Trajecto 1
V m3 ∆t [s] h1 [ m] h2 [ m]
1 0,02 35 0,925 0,585
2 0,01 20 0,813 0,624
3 0,004 34 0,692 0,670
V& =
V
(1.13)
∆t
A velocidade calcula-se a partir do caudal e da área de secção da conduta, através da relação
V&
V= (1.14)
A
π 2
onde A = d .
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V& m3 s V [m s]
Outro método para calcular a perda de carga por atrito, é através da equação (1.9), deduzida
a partir da equação de Bernoulli. Considera-se ∆z = 0 , porque a conduta é horizontal, e ht = hf ,
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Efectuam-se os mesmos cálculos para determinar as perdas de carga por atrito para os outros
dois escoamentos. Os resultados são apresentados na tabela 4.
Tabela 4 – Resultados obtidos para as perdas de carga por atrito nos escoamentos.
0,04
0,035
0,03
0,025
f 0,02
0,015
0,01
0,005
0
0 10000 20000 30000 40000 50000
Re d
0,4
0,35
0,3
0,25
h f [ m] 0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
V [m s ]
5.2. Trajecto 2a
V m3 ∆t [s] h1 [ m] h2 [ m]
1 0,01 19 0,805 0,774
2 0,01 25 0,750 0,738
3 0,003 39 0,717 0,716
V& m3 s Vd [m s] VD [ m s ]
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ρ g ( h1 − h2 ) Vd2 − VD2
ht = +
ρg 2g
logo
Vd2 − VD2
ht = ( h1 − h2 ) + (1.15)
2g
Fazendo-se as devidas substituições, calcula-se a perda localizada na expansão
2,322 − 0,822
ht = ( 0,805 − 0,774 ) + = 0,27 m
2 ⋅ 9,81
Como se desprezam as perdas de carga por atrito, ht = hl . Assim pela equação (1.3), vem o
coeficiente de perda localizada
hl 0,27
K= = = 0,98
V 2 g 2,32 2 ⋅ 9,81
2 2
V& m3 s Vd [m s] VD [ m s ] hl [ m] K
1 5,26 × 10− 4 2,32 0,82 0,27 0,98
2 4,00 × 10−4 1,76 0,62 0,15 0,95
3 7,69 × 10−5 0,34 0,12 0,0061 1,03
Tabela 7 – Resultados obtidos para as perdas de carga localizadas nos três escoamentos.
Nesta situação, a perda de carga total do sistema vai depender, para além das perdas
localizadas na expansão, das perdas de carga por atrito na conduta de menor diâmetro e na
conduta de maior diâmetro. Assim
ht = h fd + h fD + hl (1.16)
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ε 0,001
= = 5,88 × 10−5
d 17
Determina-se o coeficiente de atrito de Darcy pela equação de Colebrook-White:
A perda de carga por atrito de um escoamento calcula-se pela equação (1.2), sendo
L = Ld = 75 mm
75 ×103 2,32 2
h fd = 0,022 ⋅ ⋅ ; 0,027 m
17 × 103 2 ⋅ 9,81
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Tabela 8 – Resultados obtidos para as perdas de carga localizadas nos três escoamentos.
Os valores teóricos para as perdas localizadas numa expansão são calculados pela equação
(1.4).
V& m3 s V [m s ] hl [ m] K
1 5,26 × 10− 4 2,32 0,12 0,42
2 4,00 × 10−4 1,76 0,066 0,42
3 7,69 × 10−5 0,34 0,0025 0,42
6. Conclusões
No trajecto 1 determinaram-se as perdas de carga por atrito numa conduta, para três caudais
diferentes. Verifica-se que as perdas de carga diminuem à medida que o caudal é reduzido.
Comprova-se assim, que as perdas de carga por atrito, para uma conduta com comprimento,
rugosidade e diâmetro constantes, dependem apenas da velocidade, e são tanto maiores quanto
maior a velocidade.
Verifica-se também que o coeficie nte de atrito de Darcy não varia significativamente com o
número de Reynolds, uma vez que se tratam de escoamentos em regime turbulento.
No trajecto 2a determinaram-se as perdas de carga localizadas na expansão. As perdas
localizadas dependem, de igual forma, da velocidade.
As perdas localizadas na expansão são muito superiores às perdas de carga devidas ao atrito.
Por isso, os resultados obtidos, com perdas por atrito e sem perdas por atrito, não são muito
diferentes. Quando se desprezam as perdas devidas ao atrito, o coeficiente de perda localizada é
um pouco mais elevado, uma vez que todas as perdas na expansão são contabilizadas como
sendo localizadas.
Na prática os valores obtidos para as perdas localizadas são maiores que os valores teóricos,
calculados a partir de uma relação entre os diâmetros das condutas.
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7. Nomenclatura
A Área, m 2
d Diâmetro menor, m
D Diâmetro maior, m
f Coeficiente de atrito de Darcy, adimensional
g Aceleração da gravidade, m s 2
h Altura manométrica, m
hB Perda de carga na bomba, m
hf Perda de carga por atrito, m
hl Perda de carga localizada, m
ht Perda de carga total, m
hT Perda de carga na turbina, m
K Coeficiente de perda de carga localizada, adimensional
L Comprimento, m
p Pressão, Pa
Re Número de Reynolds, adimensional
V Volume, m 3
V& Caudal volúmico, m3 s
V Velocidade, m s
z Cota, m
Alfabeto grego
8. Referências
[1] White, Frank M., Mecânica dos Fluidos, 4ª Edição, McGraw-Hill, 2002;
[ 2] Potter, Merle C. & Wiggert, David C., Mechanics of Fluids, Second Edition, Prentice
Hall, 1997;
[ 3] Shames, Irving H., Mechanics of Fluids, Third Edition, McGraw-Hill, 1992.
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