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1.

Identificação:

1.1 Linha de pesquisa: Educação Matemática

1.2 Título do Projeto: Viabilidade Econômica das Abelhas

1.3 Departamento de Matemática

1.4 Componente: Gislaine Tricheis Nazário Gomes

2. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA/PROBLEMA

A apicultura é uma das atividades produtivas capazes de causar impactos positivos, pois já é comprovados sua
viabilidade nas regiões brasileiras e que há imensas vantagens para o setor dos pontos de vista social,
ambiental e econômico.

A cadeia produtiva da apicultura proporciona a geração de inúmeros postos de trabalho, empregos e efeitos
benéficos na fixação do homem no campo e desponta também como uma das atividades econômicas mais
rentáveis do País.

Grande extensão territorial, flora diversificada, clima favorável e água, são alguns dos fatores que habilitam o
Brasil a ser um dos maiores produtores de mel do mundo. Essas características especiais de flora e clima que
aliado a presença da abelha africanizada, lhe oferecem um potencial fabuloso para a atividade apícola, que
ainda é pouco explorada.

Mesmo produzindo uma quantidade abaixo da demanda interna, a apicultura brasileira passou de importadora
para exportadora.

Com todas essas qualificações, pergunta-se: Que tipo de sistema o apicultor brasileiro poderia utilizar para
atender essa demanda ?

3. OBJETIVOS

3.1 Geral

Conhecer de maneira prática, o desenvolvimento executado na área da produção do mel, aumentando assim, a
competitividade do setor, utilizando a tecnologia e sua gestão.

3.2 Específico

Fazer com que seja implantada a tecnologia na produção de mel e gestão das abelhas, para melhor organizar
produtos e serviços tão como facilitar o gerenciamento de fornecedores e clientes. Criar fácil acesso aos
visitantes para que possam conhecer o desenvolvimento do agro-negócio apícola do Brasil e da região.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A apicultura é um exemplo muito importante devido ao grande aumento na produção de mel, própolis, pólen,
geléia real e até o veneno que é amplamente utilizada na industria farmacêutica. Até pouco tempo atrás o
consumidor não tinha o hábito de consumir mel e própolis, atualmente é comum que estes produtos estejam na
mesa do dia a dia do consumidor. Como prova disto comprovar nos supermercados a quantidade de marcas
diferentes e a variedade de potes e embalagens. A apicultura é uma atividade de baixo investimento e alta
rentabilidade, isto é, um grande motivador para o produtor, além do mercado está cada vez mais seguro no
que diz respeito ao escoamento.

A apicultura é uma atividade de grande importância, pois apresenta uma alternativa de ocupação e renda para
o homem do campo. È uma atividade de fácil manutenção e de baixo custo inicial em relação às demais
atividades agropecuárias.

Esta atividade desperta muito interesse em diversos segmentos da sociedade por se tratar de uma atividade
que corresponde ao tripé da sustentabilidade: o social, o econômico e o ambiental. O social por se tratar de
uma forma de geração de ocupação e emprego no campo. Quanto ao fator econômico, além da geração de
renda, há a possibilidade de obtenção de bons lucros, e na questão ambiental pelo fato de as abelhas atuarem
como polinizadores naturais de espécies nativas e cultivadas, preservando-as e consequentemente contribuindo
para o equilíbrio do ecossistema e manutenção da biodiversidade.

Os principais produtos obtidos e comercializados da atividade apícola são o mel, a cera, a própolis,a geléia real
e o veneno (apitoxina). Há também um segmento da apicultura que vem se desenvolvendo ao longo dos
últimos anos, que é o de serviços de polinização, em que as colméias são alugadas para produtores de outra
cultura agrícola com a finalidade de aumento da produção desta cultura. (FREITAS, 1998, pg. 35).

Além do mel, a apicultura estadual produz, a exemplo da nacional, cera, própolis, geléia real e pólen, dentre
dos produtos. Realiza também serviços de polinização, que contribuem para a melhoria da produtividade dos
produtos agrícolas, especialmente frutas, sementes e grãos.

São mais de 30 mil apicultores, entre profissionais e amadores, que se dedicam à atividade, responsáveis pela
exploração de cerca de 400 mil colméias espalhadas em todo território catarinense. Deste contingente, apenas
cerca de 3 mil são profissionais e têm na apicultura a principal fonte de renda; os demais 90% são amadores e
consideram a atividade secundária ou marginal e apenas fonte complementar de renda.

O Brasil é atualmente o 6º maior produtor de mel (ficando atrás somente da China, Estados Unidos, Argentina,
México e Canadá), entretanto, ainda existe um grande potencial apícola (flora e clima) não explorado e grande
possibilidade de se maximizar a produção, incrementando o agro-negócio. Para tanto, é necessário que o
produtor possua conhecimentos sobre biologia das abelhas, técnicas de manejo e colheita do mel , pragas e
doenças dos enxames, importância econômica e comercialização.

Estudos feitos sobre a produção apícola no Brasil mostram dados contraditórios quanto ao número de
apicultores e colmeias, produção e produtividade. Quanto aos apicultores, as pesquisas apontam os extremos
entre 26.315 e 300.000, esses produtores juntos, possuem entre 1.315.790 e 2.500.000 colméias e um
faturamento anual entre R$ 84.740.000,00 e R$ 506.250.000,00 (Sampaio, 2000; Wiese, 2003)

Os dados conflitantes refletem a dificuldade em se obterem informações precisas quanto à produção e


comercialização no setor agropecuário, entretanto, conseguem passar a idéia da importância dessa atividade no
país.

Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os poucos dados confiáveis
sobre o assunto são conflitantes. Estima-se que a produção mundial de mel durante o ano de 2002 foi de,
aproximadamente, 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (255 mil toneladas). A (tabela/gráfico
4) demonstra a produção de mel nos continentes e em alguns países nos últimos anos.

Segundo os dados do IBGE, a produção de mel em 2003 no Brasil foi de 21.865.144 Kg, gerando um
faturamento de R$ 84.640.399,00.

Os maiores exportadores mundiais são: China, Argentina, México, Estados Unidos e Canadá. Juntos, esses
países comercializaram durante o ano de 2002 cerca de 242 mil toneladas, movimentando, aproximadamente,
US$ 238 milhões (tabela 5).

Entre janeiro e julho de 2002, o Brasil exportou 10.615 toneladas de mel, mas estima-se que o mercado
internacional conseguirá absorver 170 mil toneladas/ano de mel oriundo do Brasil. Os principais compradores
de mel do Páis são: Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México.

4.1 Informação de Mercado

A produção de mel teve uma tendência crescente nos últimos 20 anos, apesar das flutuações em regiões e
países (industrializados e não-industrializados), atribuídas a um aumento no número de colméias e da produção
por colônia. O consumo também aumentou durante os últimos anos, sendo atribuído ao aumento geral nos
padrões de vida e também a um interesse maior em produtos naturais e saudáveis.

4.1.2 Preço

Alguns acontecimentos provocaram uma importante redução da oferta e, consequentemente, um desequilibro


na relação oferta-demanda, elevando significativamente o preço do mel. Até 2001, o quilograma do mel era
vendido, no mercado interno, em um intervalo de preço que variava de R$ 1,50 a R$ 2,00. Após o desequilíbrio
citado, o quilograma do mel chegou a atingir R$ 4,50 no mês de setembro, no Estado do Piauí, preço líquido
pago ao produtor. Mesmo considerando que é uma situação conjuntural, a tendência é de que esse preço se
estabelece em patamares significativamente superiores aos praticados até 2001, pois a crise da apicultura
chinesa, maior produtor e exportador mundial, é difícil solução.

4.1.3 Comercialização
Esses dois fatos estão contribuindo para colocar o Brasil, pela primeira vez, na rota do mercado mundial. Até
2001, a produção brasileira de mel era totalmente consumida no mercado interno.

No Brasil, as importações são maiores que as exportações. Praticamente tudo o que se produz é consumido no
mercado interno. Os altos custos de produção e bom preço do mercado interno, até 2001, desestimulavam a
exportação. O consumo per capita é inferior a 300g/ano. A Argentina exporta cerca de 2,2% de sua produção
para o Brasil (1.300t/ano) e o Uruguai 4% (350t/ano), observando-se que a área do Uruguai é 176.200 Km² e
da Argentina é 2.766.700 Km². A área territorial do Brasil é 8.512.700 Km², três vezes maior que a Argentina e
48 vezes maior que o Uruguai. Segundo dados disseminados pelo Sistema de Análise das Informações de
Comércio Exterior, denominado ALICE_Web, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as importações e exportações brasileiras de mel
natural, de 1998 a 2001 (jan/dez), tiveram comportamentos inversos: enquanto as importações diminuíam, as
exportações aumentaram (tabela/gráfico 3). A produção de mel nesse mesmo período também apresentou
tendência crescente (tabela 4), em função do aumento do número de colmeias e da produtividade.

Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal – 2003 – do IBGE, Rio Grande do Sul foi o Estado que mais
se destacou na produção de mel no Brasil, com 5.815.448 quilos, superando a produção de todas as Regiões,
isoladamente. Consequentemente, a região Sul é que mais se destaca nesta área, com 12.670.098 quilos no
valor de R$ 45.327.796,00.

Confira na (tabela/gráfico 6) a situação das demais regiões brasileiras.

4.1.4 Coeficientes Técnicos, Custos, Rendimentos e Rentabilidade

A tabela abaixo explicita os principais parâmetros para o estabelecimento da relação custo-rentabilidade,


considerando diferentes categorias de apicultores de acordo com o tamanho do empreendimento, que é
definido pela quantidade de colméias com as quais ele trabalha.

DISCRIMINAÇÃO P/ 100 COLMÉIAS

Custo anual Total (R$)............................................... 3.766,77

Preço de Venda (R$/kg de mel).................................. 1,40

Produção (kg de mel).................................................. 3.000,00

Receita Total (R$)....................................................... 4.200,00

Preço de Custo (R$/kg de mel).................................... 1,27

Lucro (R$/kg de mel)................................................... 0,13

(ver anexo gráfico 1)

DISCRIMINAÇÃO P/ 350 COLMÉIAS

Custo anual Total (R$)............................................... 9.786,70

Preço de Venda (R$/kg de mel).................................. 1,40

Produção (kg de mel).................................................. 10.500,00

Receita Total (R$)....................................................... 14.700,00

Preço de Custo (R$/kg de mel).................................... 0,97

Lucro (R$/kg de mel)................................................... 0,47

(ver anexo gráfico 2)

DISCRIMINAÇÃO P/ 1000 COLMÉIAS

Custo anual Total (R$)............................................... 27.281,90


Preço de Venda (R$/kg de mel).................................. 1,40

Produção (kg de mel)................................................. 30.000,00

Receita Total (R$)....................................................... 42.000,00

Preço de Custo (R$/kg de mel).................................... 0,91

Lucro (R$/kg de mel)................................................... 0,49

100 a 350 colméias – individual

(ver anexo gráfico 3)

5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO/ METODOLOGIA

Em primeiro momento a pesquisa baseou-se em materiais bibliográficos e pesquisas à Internet sendo que estes
materiais forma lidos, questionados e selecionados conforme a interação do conteúdo.

Logo após, formulou-se algumas perguntas para a entrevista, baseada na pesquisa tendo como alvo os
Senhores: Agenor Sartori Castagna, Jorge João Novak e Roberto Francisco Longhi (Eng. Agrônomo).

Porque você decidiu a trabalhar com a produção de mel?

Quais são os benefícios econômicos que a criação das abelhas trazem?

Existe algum tipo de sistema em que se possa saber a quantia de mel produzida em uma colméia? E quantas
abelhas trabalham nessa colméia?

Qual a quantia de mel, cera, própolis e geléia real produzida em uma colméia?

Existe alguma tabela mostrando a produtividade, os gastos, os preços e os lucros obtidos na sua empresa?

O clima tropical do Brasil influência na produção de mel? Qual a melhor estação para se atingir,
aproximadamente, 100% da produção?

Que tipo de sistema o apicultor deveria utilizar no aumento da produtividade e na qualidade do mel?

Quantos apicultores existem no município de Içara? Em média, qual a quantidade produzida de mel no
município de Içara?

O mel é apenas comercializado no mercado interno ou também pelo mercado externo? Qual a porcentagem?

6. RESULTADOS OBTIDOS DAS ENTREVISTAS

Agenor Sartori Castagna

Trabalhava como Bombeiro no município de Içara, e nas horas vaga montou uma madeireira, onde construía os
caixilhos para vender aos apicultores do município. E, foi daí então que, surgiu a idéia de trabalhar com a
apicultura na região. Hoje trabalha somente com a comercialização do mel.

Para Agenor, o maior benefício e que as abelhas trazem é a polinização, pois, é através desse serviço que as
produções de maçã, laranja, pêssego.... tem uma boa qualidade, ao contrário, poderá haver uma quebra de
70% da produção.

A primavera é a melhor estação para a produção do mel, gerando em média 30 à 40kg de mel produzida em
uma coméia por ano. Afirma ele que, "o apicultor ganha em média 70% da produção".

As dicas de Agenor para uma boa produção são:


"A troca das abelhas rainhas a cada 2 anos, a troca dos favos a cada 2 safras, e principalmente, preparar as
abelhas operárias, assim, estimulando-as para uma boa produção."

Hoje a empresa de Agenor (Minamel), exporta para vários países toda a sua produção de mel, chegando 80%
para o mercado externo e apenas 20% para o mercado interno.

Jorge João Novak

O senhor Jorge João Novak reside em Içara há 45 anos, e fazem 10 anos que ele se dedica exclusivamente à
apicultura, e neste meio tempo já acumulou um capital significativo.

Ele relata que, o maior benefício em que a abelha proporciona, é a polinização. Hoje em seu apiário tem em
média 400 colméias e chega a colher 30Kg de mel por caixa, nas 2 safras de mel da região.

Para Novak o maior segredo de tanto sucesso, é "muito trabalho, dedicação e amor."

Roberto Francisco Longhi

De acordo com o Engenheiro Agrônomo Roberto Francisco Longhi, os benefícios econômico que as abelhas
trazem é diretamente com a produção de mel, própolis, cera, geléia real e apitoxina e indiretamente através da
polinização de várias espécies vegetais como por exemplo: os polmares de maçã. E, que não se pode ter um
sistema em que se possa saber a quantidade de mel que produziria tal colméia, pois só se saberá após a safra
do mel, e é através do sistema visual e físico.

Em uma colméia de 80.000 abelhas e 1 rainha produz, aproximadamente, 20kg de mel, 20gr de própolis e 60gr
de cera. O lucro estimado é de R$ 90,00 por colméia.

A melhor estação é o verão, outono e início do inverno, (isso aqui no sul), não só para se ter uma quantidade
maior, como também para ter uma boa qualidade. Já na região Nordeste, a produtividade é boa o ano inteiro,
devido o clima quente.

O apicultor deve utilizar a troca das rainhas ou alimentação pré-florada, para o aumento da produtividade e da
qualidade.

Roberto afirma que no município de Içara tem-se 40 apicultores, se produz em média 800 toneladas de mel por
safra. E, nos últimos dois anos, abriu mercado para exportação. A produção de mel em Içara 80% vai para o
exterior e 20% permanece na região.

7. AVALIAÇÃO

Encontramos dificuldade em nosso projeto, devido à escassez de material bibliográfico disposto na biblioteca,
encontramos apenas um grande número de material bibliográfico, disponível na Internet.

Devido a fatores climáticos não é possível estimar a produção de mel de uma safra (melhor época: verão,
outono e início do inverno)

Na pesquisa de campo a percepção de que os apicultores não utilizam a matemática para a produtividade do
mel.

8. CRONOGRAMA DE PESQUISA E ATIVIDADES

ETAPAS DO PROJETO PERÍODO DE REALIZAÇÃO


Constituições das equipes 12/08

Definição do Título
Revisão Bibliográfica 19/08
Leitura e Estudo do Material escolhido 20/08
Pesquisa a Campo 08/09 – 16/09 – 17/09

Análise dos Dados


Redação/ Montagem 20/09
Digitação 22/09
Entrega do Projeto 30/09

9. RESULTADOS ESPERADOS

Esperamos com este projeto, mostrar a produtividade de mel, destacando a produção em nossa região, e que
todos possam conhecer a quantidade de mel, própolis, geléia real produzida em uma colméia.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MUXFELDT, Hugo. Apicultura para todos. 3ª edição. Revista Porto Alegre, ed.Sulina,1997.

WIESE, Helmuth, coord. Nova apicultura. 6ª ed. Porto Alegre, Agropecuária, 1985,493p.

Sites utilizados na pesquisa:

http:// www.epagri.rct-sc.br

htpp:// www.embrapa.com.br

htpp:// www.ibge.gov.br

htpp:// www.zemoleza.com.br

htpp:// www.congressoapicultura.com.br

htpp:// www.minamel.com.br
APICULTURA

MANEJO DE CRIAÇÃO

Palmas – TO

Junho de 2001

1. Introdução

A apicultura é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo, prestando grande contribuição ao
homem através da produção do mel, da geléia real, do própolis , da cera, bem como na agricultura, pelos
serviços de polinização, além de ser um trabalho agradável. O brasil possui reservas florestais que
proporcionam milhares de toneladas de saboroso mel, de primeira qualidade, aceito pelo mercado mais
exigente do mundo.

Para aproveitar esta riqueza natural precisam-se de muitas colméias, que também irá ajudar a garantir a
qualidade dos produtos e a produtividade agrícola do pais, mediante a polinização entomófila. As abelhas, além
de produzirem o mel, são importantes e indispensáveis como apoio a agricultura , pela polinização e pela
preservação da ecologia. Resumindo, elas produzem: mel, geléia real, cera, própolis e fazem a polinização e a
coleta do pólen. O mel, que é o melhor adoçante natural para uso familiar e na indústria, sempre encontra
mercado, mesmo em período de superprodução. A geléia real é secretada pelas abelhas jovens e usada para
alimentar as larvas e a rainha, constituindo-se realmente num extraordinário e nutritivo alimento para o
homem. O pólen, coletado das flores pelas abelhas campeiras, é o elemento masculino da flor, rico em
proteínas, vitaminas, minerais, aminoácidos e substâncias gordurosas, com grande uso na complementação
alimentar do homem. A própolis, elaborada pelas abelhas com resinas vegetais de certas plantas e usada na
colméia para fechar frestas, isolar objetos e imunização contra enfermidades, tem propriedades terapêuticas,
além de servir como impermeabializante e verniz. A cera é secretada pelas glândulas cerígenas das operárias e
utilizada na construção dos favos na colméia, servindo também para usos os diversos na indústria e como
produto terapêutico. Todos os produtos elaborados e coletados pelas abelhas tem grande procura e
proporcionam ao apicultor uma boa renda. Ainda através da visita às flores, as abelhas propiciam a fecundação,
garantindo maior produção de frutas e de sementes, ajudando a preservação da natureza e do ambiente.

O Estado do Tocantins possui grande abundância de vegetação nativa, por esse motivo, a apicultura vem se
destacando com um grande potencial para entrar como fonte de renda para os produtores rurais e também
para gerar divisas para o Tocantins, levando em consideração que o investimento inicial é relativamente baixo
se comparado com outras áreas da agricultura, e os custos de produção são quase que mínimos, levando em
consideração que as abelhas trabalham sozinhas. Outro fator muito importante que viabiliza a criação de Appis
meliffera, não somente no Tocantins, mas também no brasil todo, é o aumenta pela procura dos produtos
derivados das abelhas, devido a produção nacional ser insuficiente para abastecer o mercado interno, tendo
que importar mais de 2/3 do mel que é consumido no brasil.

Além do mel e do pólen, a apicultura pode ser fonte de produtos de alto valor econômico como a apitoxina
(veneno de abelhas), pomadas, xampus e cremes com mel, própolis, geléia real etc.

Como é fascinante o mundo das abelhas porque são estritamente organizadas suas colônias são compostas por
milhares de operárias e zangões e em alguns caso até mais de uma rainha por colméia. Esta tem o papel de
somente fazer a postura para que a família progrida, dela é que depende da harmonia da família, por causa do
cheiro liberado que é um feromônio que os apicultores chamam de espírito da colméia.

É importante saber que as rainhas vivem até alguns anos enquanto que as operárias e os zangões poucos
meses. Isto porque as operárias e os zangões alimentam - se basicamente do mel e as rainhas exclusivamente
da geléia real, que é o alimento mais completo da natureza, esse alimento é fornecido durante toda sua vida é
um alimento completo que na falta da rainha é fornecido a uma larva operária e esta será capaz de desenvolver
uma célula especial denominada realeira, esta parece uma casca de amendoim que após 14 á16 dias nascerá
uma nova rainha, em alguns dias ela fará o vôo nupcial e logo em seguida estará apta a fazer postura de ovos
fecundados.

2. Agradecimentos

Agradeço a minha família pelo apoio em minha escolha profissional, aos meus colegas, amigos e professores
pela paciência e aprendizado que me confiaram todo o tempo em que convivemos juntos.

Gostaria de agradecer especialmente ao colégio agropecuário de almas pelo esforço e empenho que me
concederão, e também por colocar à minha disposição dados e informações técnicas e teóricas, necessários
para uma boa formação profissional.
3. CUIDADOS DE MANEJO

3.1 Precauções

Sendo em torno de 3% da humanidade alérgica a picadas de abelhas, necessário se tornar algumas


precauções, desde que verifique as seguintes reações:

• Sensações de inchaço na cabeça.


• Vermelhidão o rosto.
• Dificuldade de respiração.
• Ânsia de vomito.
• Sensação de calor no corpo.

3.2 Providências ao sentir estes sintomas

• Evitar a todo custo levar mais picadas.


• Procurar lugares frescos e arejados.
• Ter sempre a disposição um anti-histamínico, podendo tomar duas drágeas de fenergan.
• Nos caso de hipersensibilidade , procurar o mais rápido possível um medico, para evitar choque
anáfilatico. Não tendo condições de encontrar um medico rapidamente, aconselha-se aplicar
imediatamente uma ampola de 2ml de fenergan, 1ml de coramina-cafeina e 1ml de adrenalina
aquosa, todos intramuscular e sucessivamente.Todas as pessoas alérgicas não devem trabalhar com
abelhas.

4. as abelhas

4.1 Nativas ou Indígenas

São abelhas originárias do brasil, que já existiam, nas florestas e cerrados desde antes do descobrimento.
Nenhumas tem ferrão, são geralmente de porte pequeno de vários tipos de cores, porem tem grande papel na
polinização, de grande maioria de nossas flores silvestres e também nas cultivadas. Essas abelhas são
geralmente mansas e dóceis, porem algumas delas são agressivas. Pertencem a dois gêneros principais:
melliponas e trigonas.

as principais espécies encontradas no tocantins são tiuba, uruçu – caboclo, bora, tataira, mandaguari, jatai,
mumbuca, mandaçaia, mirim e marmelada.

4.1.1 Apis ou abelha europa

São as abelhas com ferrão, todas vinda da europa, ásia e áfrica. Suas colônias tem grande quantidade de
abelhas (ate 100.000), e em geral são muito produtivas e grandes em relação as nativas. Todas as espécies
adaptaram no brasil e cruzaram entre si. Em condições naturais só encontramos enxames cruzados.

5. classificação e raças

Classe: Insecta

Ordem: Hymenoptera

Família: Apidae

Gênero: Apis

Espécie: Apis mellifera

5.1 Principais raças


5.1.1 Apis mellifera ligustica

Abelha italiana:

Corpo coberto de pelo amarelo, são mansas, bem produtivas e pouco exameadeiras.

5.1.2 Apis mellifera mellifera

Abelha alemã ou preta:

tem pelos escuros, são muito dóceis, pouco exameadeiras e de produtividade mediana.

5.1.3 Apis mellifera carnica

Abelhas carnica:

Tem pelos abdominais cinza claro, é mansa, produtivas e pouco exameadeiras.

5.1.4 Apis mellifera caucasica

Abelhas caucasianas:

Tem pelos cinza, é extremamente mansa e de baixa produtividade.

5.1.5 Apis mellifera adansonii

Abelha africana:

É menor que as demais, possui listras alaranjadas no abdome, é muito enxameadeira, de migração e
disseminação rápida e altamente produtiva.

5.2 Origens

Itália, África, Norte e Oeste da Europa, Austrália, Iugoslávia e União Soviética

5.2.1 A colônia

na colméia existem três tipos de abelhas com funções e atividades distintas formando as castas sociais , que se
desenvolvem em berços opérculos diferentes: opérculos comuns para operárias, opérculos grades para
zangões, ambos hexagonais e realeiras para rainha. Estes opérculos são especiais são grandes, alongados e
voltados para baixo.

5.2.2 A rainha

Normalmente e de cor mais clara (amarelada), tem abdome alongado e afilado, as asas curtas. É a mãe de
todas as abelhas do exame e após fecundada pode botar até 3000 ovo por dia. Faz postura de ovos e óvulos,
dando origem a operárias, novas rainhas e zangões.

inicia a postura após o quarto ou quinto dia da fecundação.

aumenta ou diminui a postura conforme aumenta ou diminui a produção de alimentos, abundância ou escassez
de flores. Existe apenas uma rainha por colmeia.

5.2.3 Zangões

São os machos da colméia, de cor mais escura, abdomes curtos e peludos, tórax desenvolvido sem nenhum
órgão de trabalho.

Tem a exclusiva e única função de fecundar a rainha uma única vez, morrendo em seguida.

Atinge a maturidade sexual aos 12 dias após o nascimento e pode perceber o cheiro do feromônio da rainha até
10 km de distância.
5.2.4 Operárias

São as abelhas desenvolvidas nos opérculos normais da colmeia, são assexuada ( órgãos sexuais atrofiados ), e
fazem todo trabalho dentro e fora da colmeia, normalmente nos primeiros 20 dias de adulta trabalham
internamente como faxineiras, nutrizes, engenheiras ( construtoras ) e guardas. A partir do 21º dia fazem
serviço de campo, buscando néctar, pólen, água e própolis.

5.2.5 Colméia padrão ou caixa langstroth

É a mais usada no brasil e mais adequadas as condições climáticas e tipos de abelhas existente no país. É
composta de ninhos e melgueira,, com as seguintes medidas internas:

Ninho: 37cm de largura

24 cm de altura

46,5 cm de comprimento

Melgueira: 14,2cm de altura

37cm de largura

46,5 de comprimento

As melgueiras são sobrepostas aos ninhos até em numero de três, dependendo do tamanho do enxame e
abundância de flores.

as colmeias são colocadas sobre estacas ou cavaletes com 50 a 60cm de altura, levemente inclinadas para
frente, em cada ninho são colocadas 10 caixilhos para a construção de favos.

6. Captura de enxames

6.1 Localizados ( colméia nativa )

Podem ser encontrados em oco de arvore, cupins ou em cachopas sob galhos ou grutas.

6.1.1 Em troncos

Devem ser cortados com moto-serra para diminuir a irritação e dispersão das abelhas. Neste caso, como um
cupim após descobrir o favo, retira-los com cuidado para não amassa-los. Retirar um por um, e amarrar os
favos com crias nos quadros (caixilhos), na mesma posição em que estava na colmeia. Após retirar todos favos,
as abelhas normalmente formarão um bolo ( aglomerado )em torno da rainha em algum canto do oco.

Coloca-se a caixa próximo das abelhas em um nível um pouco superior, coloca-se parte da abelhas na com a
mão ou conchas em seguida faz fumaça com o fumegador dirigindo as demais abelhas na direção do alvado da
caixa, após a entrada da rainha as demais abelhas entrarão rapidamente. Neste caso há risco de rejeição e
fuga de enxame. Para evitar as fugas coloca-se uma tela no alvado com abertura de 4mm, que não a passagem
da rainha, apenas as operárias saem e entram normalmente. Uma semana após pode-se retirar a tela.

6.1.2 Enxame em trânsito

Nesse caso encontramos as abelhas em galhos, ramos, etc. Pode-se colocar a caixa aberta sobre as abelhas
elevando-a aos poucos, prensando as abelhas de maneira que são obrigadas a entrarem entre os caixilhos.
Finalmente com uma lamina de madeira derruba-as na caixa e coloca-se a tampa, em locais difíceis de derruba-
las deve se colocar a caixa com o alvo um pouco acima das abelhas e fazer fumaça de baixo para cima até que
as abelhas subam na caixa., Também neste caso pode haver rejeição, proceda-se como no caso anterior.

6.1.3 Apicultura com caixa isca

Nos períodos de inicio de floradas as abelhas se multiplicam através de enxameação, podendo sair de uma só
colmeia vários enxame. Neste caso o apicultor prepara os ninhos da seguinte forma: coloca cera alveolada nos
caixilhos, fixando com cera derretida, prepara-se um chá de capim cidreira e da um banho no interior da caixa,
se tiver própolis em cera deve derreta-lo junto ao chá para dar o cheiro normal de colmeia,. Coloca-se os
caixilhos na caixa e tampe e amarre para evitar predadores. Procure regiões que tenha abelhas e coloque a
caixa sobre estaca ou penduradas em galhos na sombra e nunca distante de água.

Sendo período de enxameação, fatalmente as abelhas arrancharão na caixa. Neste caso raramente há rejeição.

6.1.4 Transporte de colméia

Quando capturamos enxame localizados deve-se aguardar de 3 á 5 dias para fazer o transporte da caixa. Esse
prazo é para as abelhas fixarem os favos nos quadros e acomodarem na colmeia. Os demais enxame podem
ser transportados no mesmo dia da captura.

Obs: no caso da caixa isca se houver mudança logo após a captura corre o risco de rejeição.

Apicultura

7. instalação do apiário

O apiário deve ser localizado em região cuja a vegetação seja de floradas mais prolongadas e varadas
em todo o ano e que haja muita flor, pois a produção de mel e diretamente proporcional a quantidade e
qualidade das flores.

O local deve ser arejado e com boa luminosidade, próximo de água limpa, sem fortes correntes de
ventos de fácil acesso e distante no mínimo 1000 metros de qualquer outra instalação ou residência.

Retira todo o material seco, arvores secas sujeitas a cair e fazer aceiro para evitar fogo.

7.1 Quantidade de colméias

Recomenda-se no mínimo 5 colmeias por apiário e o numero máximo vai depender da quantidade de
flor. Se a florada for pequena e a concentração de abelhas for grande há abandono do local, migrando
para a região de maior florada. Não há necessidade de ter apiário com mais de 30 colmeia. É preferível
separa-los mesmo que próximo. Em caso de floradas nativas os apiários devem distanciar 2000 metros
um do outro.

7.2 Distância entre colméia

As colmeias devem distância de 5 á 6 metros, para evitar ataques de abelhas das colmeias vizinhas,
quando se trabalha em um delas.

7.3 Multiplicação de enxames

No período de inicio de florada, quando as abelhas naturalmente se multiplicam-se pode ser aproveitado
para aumentar o numero de colmeia. Neste caso escolhe as colmeias mais desenvolvidas e de boa
produtividade. Para multiplica-la da seguintes formas: coloca-se sobre o cavalete ou estaca a uma
distância de 2 a 3 metros, outra caixa ninho vazia; retira-se metade dos quadros com crias, tendo o
cuidado de levar as abelhas aderente e coloca-se na caixa vazia.

Divide-se também os quadros com mel e pólen. Coloca-se o restante dos quadros com cera alveolada
com ambas as caixas. Deve se dividir também o número de abelhas afim de não ficar um enxame
pequeno.

Na colmeia que não tiver rainha as operárias cuidarão de produzir novas rainhas, que deverão nascer de
14 á 16 dias após. Esta colmeia devido a interrupção da postura terá o desenvolvimento retardado.

8. manejo do apiário

Afim de obter boa produtividade e evitar transtornos no apiário, deve-se fazer manejo periódico de 15
em 15 dias. Esse manejo normalmente é composto das seguintes operações:

8.1 limpeza da área


Com o passar do tempo ocorre o crescimento de plantas, acumulo de folhas secas que devem ser
cortadas e retiradas a fim de facilitar as demais operações e evitar o fogo e praga.

8.2 revisão das colméias

Abre-se colmeia por colmeia e verifique se as condições internas quantidade de mel, pragas, doenças,
postura, quadros deformados, e outros.

8.3 Controle de enxameação

Se houver grade quantidade de zanganeiras e formação de realeiras e sinal de preparação para


enxamear. Quando há enxameação, há enfraquecimento da colmeia e grande consumo de mel como
conseqüência, redução da produção de mel. Nestes caso devem ser eliminados todas as zanganeiras e
realeiras.

8.4 Troca de rainha

Quando a postura for pouca e irregular é sinal de rainha fraca ou muito velha. Neste caso é necessário a
troca de rainha. Havendo realeiras fechadas ( fase de pupa ), em outra colméia de boa qualidade, retira-
se a rainha fraca da colméia , retira-se a realeira da outra e introduz num favo da colméia fraca na
mesma posição em que se encontrava. Em breve haverá o nascimento da nova rainha. Não havendo
realeira ou outra rainha para introduzir, simplesmente elimina-se a rainha velha que as operárias se
encarregarão de produzir uma nova rainha.

É aconselhável fazer a troca das rainhas todos os anos, preferencialmente no início das floradas, para
que a colméia não sofra com a perda da rainha e também para que não perca sua capacidade de
produção.

8.5 Alimentação

No caso das colméia terem pouco alimento e a postura reduzida é sinal que as flores estão poucas e a
colméia passando necessidade. Neste caso podemos fornecer alimento a base melaço, em alimentadores
individuais ou coletivos. Os alimentadores individuais são frascos de vidros emborcados em caixas de
madeira devidamente preparados e colocados nos alvados das colmeias. Os alimentadores coletivos são
coxos metálicos ou de madeiras, onde se coloca o melaço coberto por uma lâmina de isopor furadas e
colocadas ao centro ou ao lado do apiário. Devem ser cobertos e suspensos por arame e isolados para
evitar ataques de formigas e outros predadores.

Ao iniciar a florada deve ser retirada a alimentação artificial.

9. colheita

9.1 Colheita do mel

9.1.1 Centrifugação

O local de centrifugação deve ser longe do apiário e afastado das outra instalações, pois o forte cheiro
do mel atrai grande quantidade de abelha podendo causar transtorno.

Este local deve ser arejado, fresco e todo telado para evitar pilhagem.

9.1.2 Desoperculação

Colocadas as melgueiras com os favos de mel no local de centrifugação, procede-se a retiradas das
tampas dos opérculos, e pode ser feitas com garfo desoperculador ou faca, em mesa própria ou e
bandejas grandes afim de aproveitar o mel que sai com a cera ou escorre dos favos. Realizada essa
operação coloca-se os quadros na centrifuga tendo cuidado de encaixa-los bem.

9.1.3 Centrifugação

Consiste em girar a centrifuga para expulsão do mel dos favos. Inicia-se em menos rotação e acelera-se
aos poucos, de acordo com a saída do mel, afim de evitar quebra dos favos. A centrifuga motorizadas
geralmente possui acelerador manuais a aceleração e feita pelo operador. Girar a centrifuga até os favos
ficarem totalmente vazio (em torno de 3 minutos) retira-se os que são colocados nas colméias,
aproveitando a cera.

A época de colheita é sempre no período das grades floradas. Ao fazer a revisão nota-se que os quadros
estão cheios de mel. Se tiver apenas uma melgueira e o exame tiver bastante abelhas pode - se colocar
uma segunda, uma terceira ou até uma quarta melgueira (o que não recomendado devido ao aumento
demasiado do peso e a tendência da rainha botar na primeira melgueira aumentando o ninho).

Caso não dispõe de melgueira ou necessita do mel, faz se a retirada dos quadros cujo o opérculo
estejam 70 a 80% fechados. Nos favos cujos opérculos estão abertos o mel esta verde, isto é, com
unidade elevada ( acima de 18%), não devendo se colhido devido a facilidade da deterioração
(fermentação), pelo excesso de água e sacarose. Não é permitido comercialização de mel com unidade
acima de 17% e acima de 10% de sacarose.

Não é recomendável colher todo o mel da colméia, deve-se deixar uma reserva, pois neste período há
grande quantidade de crias de abelhas, havendo grande consumo de alimento.

Não se colhe mel do ninho, a não ser quando se faz transporte a longas distâncias ou para aumentar
espaço para postura da rainha.

9.2 Operação de colheita

Retira - se os caixilhos tendo o cuidado de derrubar na colméia as abelhas aderentes, com uma escova
de pelo própria. Este caixilhos são colocados e melgueiras vazias.

Para o transporte das melgueiras com o mel, deve-se prender os caixilhos para evitar cair ou balançar,
para não danificar os favos. De preferencia deve se feito pela manhã.

9.3 Decantação e armazenagem de mel

Após a centrifugação de mel vai para o decantador, que é um tambor inox com peneira sob a tampa e
embaixo, a lateral uma torneira de corte rápido, para retirada de mel. A peneira retém as impurezas
maiores, que geralmente são fragmento de cera, as abelhas e algumas larvas ou pupas. O mel fica e
repouso no decantador no mínimo 48 h. As impurezas flutuam, ficando o mel puro na parte inferior do
decantador. A partir daí o mel deve ser armazenado em latas ou frasco de vidro ou plástico. As
embalagem deve ser bem fechadas, evitando entrada de água, pois o mel é bastante higroscópio,
podendo absorver água e fermentar o decorrer do tempo.

10. Coleta do pólen

A coleta do pólen é feita com tela própria, perfuradas com furos de 4,5 a 4,75 mm, adaptadas e uma
caixa de madeiras, com gavetas e colocada o alvado da colméia por onde passam as abelhas.

Não é recomendável fazer a coleta de enxames fracos no período de pouca flor. Devem ser feitas no
período das grandes floradas, e intercalando dias de descanso para as abelhas fazerem deposito para a
sua manutenção.

O pólen após colhido deve passar por secagem a sombra com ventilação e temperaturas elevadas até
40º c, até ficar totalmente seco, logo após são retiradas as impurezas e armazenados em frasco de cor
escura ( ambar ) bem fechado a temperatura em torno de 10ºc e sem incidência de luz direta.

11. Aproveitamento da cera

Para produzir 1kg de mel as abelhas consomem em media de 7 a 10 kg de mel por isso é importante o
aproveitamento da cera proveniente de favos velhos, desorpeculação, eliminação de zanganeiras, etc.
Temos dois processo de aproveitamento ( retirada ) da cera:

11.1 Vapor

neste caso usamos um derretedor de cera que é um recipiente de paredes duplas que se coloca a cera
no interior e água entre as paredes e aquece em fornalha ou trempe de tijolos. Ao aquecer a água o
vapor sai para a parte interna do recipiente, onde esta a cera, através de um pequeno cano, derretendo
assim a cera dos favos ou opérculos, que escorre através de um ralo, saindo na torneira externa para
um recipiente ou coletor. Esse processo é simples e tem maior rendimento.

11.2 Processo do saco

Coloca-se os favos dentro de um saco poroso ( estopa ) com um pedaço de ferro ou pedra para manter
imerso na água. Coloca-se o saco dentro de um de um tacho de água para ferver a água por 30 minuto
e retira-se o saco com as impurezas. Deixe esfriar, a cera formará um bloco sólido sobre a água que
será retirado podendo ser vendido ou trocado por cera alveolada, para uso de novos caixilhos.

12. Predadores e inimigos naturais

Como todo ser vivo, a abelha tem seus inimigos naturais que predam as colméias ou atacam as próprias
abelhas. Entre elas destacam-se:

12.1 Formigas

12.1.1 Correição ( normamyrmex bartigi – ilestwood )

De cor vermelha e aparelho bucal cortador, semelhante as sauvas. Atacam as abelhas cortando suas
asas e patas, matando-as. São melífferas .

12.1.2 Bandeirantes ( narmamirmex umbeck – ilestwood )

Chamadas também de formigas- exerto, são de coloração preta e vermelha, um pouco maiores que a
correição, são carnívoras e melíferas. Atacam em grande quantidade e matam as abelhas.

12.1.3 Doceira ( camponotus rufipes – fabricius )

São castanhas escuras de aproximadamente 1 cm de comprimento, e possuam fortes mandíbulas.


Atacam as colmeia matando as abelhas devorando as crias e mel.

12.2 Pássaros

12.2.1 Bem-te-vi

Pássaro pardo em cima e amarelo no peito. É insetívoro. Quando descobre o plano de vôo das abelhas
ou enxame em transito devora grande quantidade das abelhas preferindo os zangões e rainhas.

Outros pássaros insetívoros, como andorinha, tesourinha e outros, também são predadores de abelhas.

12.3 Tatu

Todos são devoradores de inseto sociais e sua crias. O pior deles é o tatu canastra, que pode destruir
um apiário de uma só vez. Derrubando as colmeias e devorando as crias e o mel.

12.4 Sapo

O sapo cururu, quando a caixa é instalada baixa ou no chão, costuma estabelecer junto ao alvado e
alimentar de abelhas, comendo basicamente as abelhas campeiras.

Há alguns insetos predadores, como coleóptero e libélula.

13. Pragas

As pragas são pequenos animais que se alojam nas colmeias atacando a cera, crias e abelhas.

13.1 Varroa ( varroa jacobsoni )


é um ácaro ectoparasita das abelhas e das crias oriundo da união soviética e veio para a américa do sul
recentemente através da importação das abelhas, já existente em quase todo estado do Brasil. É de cor
castanho escuro e forma arredondada. Atacam tanto as crias como as abelhas adultas tendo
preferencias pelas rainhas e zangões. Normalmente no inverno os ataque são mais intenso e chega a
dar prejuízo a colmeia. Podendo matar crias ou enfraquecer as abelhas.

Até o momento não existe controle químico eficiente. Nos enxames fortes com rainhas novas não chega
a causar grandes danos.

13.2 Traças

As traças não atacam abelhas ou crias mais destroem as cera a procura do pólen. Há dois tipos
principais e traças, uma grande, larvas de até 2 cm ( galleria mellomela )é uma pequena larva de até
1cm (achroja grisella ) ambas de cor cinza-prateada.

Quando as colméias estão fracas, com os enxames pequenos o que ocorre nos períodos de pouca flor, o
ataque é maior, devendo neste caso, retirar as melgueiras e reduzir os espaços desocupados pelas
abelhas nos enxames fortes e em grandes atividades não chegam a causar danos significativos.

13.3 Mosca pequena

É uma pequena mosca (díptera) de cor cinza, esperta, que passa de um alvéolo a outra com grande
agilidade. Faz postura em grande quantidade, nas larvas de abelhas. As pequenas larvas das moscas
desenvolvem, matando as larvas das abelhas. Quando o ataque é intenso, chega a produzir mau cheiro
e grande umidade na colmeia, que provoca o abandono das abelhas.

A ocorrência não é o ano todo e nem todo os anos. O controle que foi mais eficiente, foi a redução de
alvado, deixando pequenas entradas para as abelhas.

14. Doenças

14.1 Cria pútrica européia

Esta doença é causada por bactéria streptococcus pluton, atacam as a larvas matando-as. Estas ficam
de cor amarelada, cinzenta e preta e com o cheiro pútricos bem fortes e moles. Sua maior ocorrência
tem sido entre os messes de outubro e fevereiro, podendo causar sérios prejuízos.

O tratamento feito a base de terramicina tm-25 a dosagem de uma colher de sopa de tm-25 e 1,5 de
açúcar refinado. Mistura-se e espalha-se sobre os quadros de crias, 4 colheres de sopa a cada 2 dias,
repetindo por 5 vezes consecutivas. Não deve usar quadros de colmeias doentes sem antes ferve-los por
5 minutos.

14.2 Crias pútricas americanas

Esta doença é a mais rara do brasil , mais é a mais perigosa que a anterior. Os sintomas são parecidos
torna-se difícil identificar entre um e outra. O tratamento é feito a base de sulfatiazol.

14.3 Crias ensacadas

Essa doença é causada por vírus e ocorre na fase prepupel não dando mal cheiro. A cria quando retirada
do opérculo toma forma de saco. Por se tratar de um vírus, não há tratamento. As abelhas
contaminadas devem ser eliminadas.

Apicultura

14.4 Parasitas

É a causa por vírus nas abelhas adultas, estremecidas ( tremor ) nas abelhas, aumentando torna-se se
incapaz de voar, chegando a morte. Não há tratamento.

15. Plantas melíferas


Não há sucesso com apicultura se não houver abundância de flores. É que apicultor tenha conhecimento
do pasto apícola. Bem como das épocas de floração.

Há no brasil uma grande quantidade de plantas nativas produtoras de néctar e pólen. No estado do
tocantins essa fauna é abundante, tanto de plantas perenes, quanto de plantas anuais.

15.1 Plantas nativas

As mais comuns são: pequizeiro, sucupira branca, e preta, lixeira, cajueiro, cachamorra, cana de pito,
assapeixe, aroeira, angico, capitão, cipó uva, malvas, cambarazinho, mato-pasto, bucho de boi,
palmeiras, sangra-d’água, arranha-gato, sega-machado, e varias outras.

15.2 Plantas cultivadas

São econômicas quando plantadas em grande área e neste caso podem superar as nativas. As mais
abundantes são eucalipto, laranjeira, goiabeira, girassol, mangueira, abacateiro entre outras.

Podem ser utilizadas plantas de cultivo anual, como: arroz, soja, milho, girassol entre outras.

16. produtos apícolas

16.1 Mel

O mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar colhido em flores de diversas espécie vegetais e
degregação salivar das abelhas ,transportando no papo e digerido na vesícula melífera das abelhas. É
depositado no alvéolos dos favos que após desidratado até 15 à 16 % é fechado, podendo ficar
depositado por um longo período. Todo o mel puro cristaliza tomando forma pastosa devido ser cristais
finos de hexose. Portanto é errôneo o conceito de que mel cristalizado é falso.

16.2 Pólen

é a célula reprodutiva masculina da plantas superiores. As abelhas o recolhem com a parte traseira e
armazena em alvéolos separados . Elas utilizam para compor o bolo alimentar das crias. Juntamente
com o mel e a geléia real devido ter nível elevado de quase todos os nutrientes participa também da
composição da geléia real.

16.3 Geléia real

A geléia real é o alimento mais complexo existente na natureza. É totalmente absorvida pelo organismo,
não sobrando dejetos, o que lhe dá o nome de elixir da longa vida . É produzida pelas jovens, de 4 á 14
dias que para isso alimentam do polem, mel e água . Deve ser conservada geladeira misturada ao mel.
É o alimento da abelha rainha em toda fase da sua vida .

16.4 Cera

A cera das abelhas é segregada nas glândulas cerígenas existentes no abdome das abelhas operarias de
9 a 18 dias de nascida. Essas abelhas alimentam - se de mel e em temperaturas a cimas de 30º c as
glândulas entram em atividade e produzem a cera que sai em forma de minúscula lâmina que as outras
abelhas coletam. Normalmente há necessidade de consumir de 7 a 10 kg de mel para produzir 1 kg de
cera.

A cera é um produto orgânico de difícil decomposição, sendo digerido pela traça da cera.

É o vasilhame onde as abelhas armazenam mel e o pólen é a cama para o desenvolvimento das crias.

16.5 Própolis

A própolis também chamada de propolina é uma substancia extraída da cera de proteção a colméia. Esta
cera é produzidas a partir da sudação resinosa de varias plantas com acréscimo de secreção glandular.
As abelhas a utilizam para tampar frestas, excesso de abertura da porta de entrada e esterilização de
toda a área da colméia. Tem sido utilizado na medicina, desde a época de ‘’dario o grande’’, rei da
pérsia, na cura de ferimentos e por isso tem sido largamente estudada em quase todo o mundo, com
mais intensidade na rússia.

17. Conclusão

Com as orientações adquiridas, podemos alterar, intensificar e qualificar a produção, sem interferir nas
normas éticas e morais de um bom profissional.

O aperfeiçoamento profissional se adquire quando o aluno sai das limitações do colégio e começa atuar
no campo, pois é quando nos deparamos com a prática dos conhecimentos teóricos, e é no estágio
supervisionado que percebemos que nem tudo que se aprende em sala de aula é suficiente para
desempenhar um bom trabalho a ncampo, de tal forma o aprendizado adquirido dentro do colégio é de
suma importância para ter-mos sucesso na vida profissional.

18. Referências

Guimarães pereira, neif. (1989). Apicultura: a ciência da longa vida. Belo horizonte: itatiaia. 155 p.

Crane, eva. (1987). O livro do mel. São paulo: nobel. 226 p.

Mcknight, anete. (1992). Apicultura. Campinas: icea. 199 p.

www.saudeanimal.com.br (10/006/2001)

www.apacame.org.br (10/06/2001)
Sociedade em Abelhas

Vitória da Conquista,

22/01/2002

Sociedade em Abelhas

As abelhas pertencem à ordem dos Himenópteros, da qual também fazem parte às formigas e as vespas.
Existem abelhas de muitas espécies; nem todas são sociais ou seja, nem todas vivem em colônias.

Ao contrário do que se pensa, a maioria delas se compõe de abelhas solitárias, que constroem seu ninho em
ocos de árvores ou embaixo da terra. Já as abelhas sociais vivem juntas em grandes colônias de indivíduos e
seus ninhos são chamados colméias. O corpo de um desses indivíduos que raramente ultrapassa 3,75 cm de
comprimento é constituído de três partes: cabeça, tórax e abdômen. No tórax encontram-se dois pares de asas
e três pares de pernas. As fêmeas possuem um ovopositor na extremidade do abdômen, que é utilizado para
depositar os ovos e contém um ferrão para picar os inimigos.

Só as abelhas sociais são domesticáveis e destas a Apis mellifera é a espécie mais utilizada na produção
comercial de mel, juntamente com as subespécies carnica (abelha cárnica) remipes (abelha caucásica),
ligustica e aurea (duas variedades de abelhas italianas) e adansonii (abelha africana).

Castas:

Abelha Rainha - A rainha é personagem central e mais importante da colméia. Afinal, é dela que depende a
harmonia dos trabalhos da colméia, bem como a reprodução da espécie. É quase duas vezes maior do que as
operárias e sua única função do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já ela é a única abelha feminina
com capacidade de reprodução. A rainha consegue manter este estado de harmonia segregando uma
substancia especial, denominada feromônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas
as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na
colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias, impossibilitando-as, assim de
se reproduzirem. É por esta razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha
na colméia ambas lutarão até que uma delas morra. A rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa
célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos.

Ela é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real,
produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geléia real é o único e exclusivo alimento da
abelha rainha, durante toda sua vida. A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é
acompanhada por um verdadeiro séqüito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-
estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colméia. E a
partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando, então, será fecundada pelos
zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar vôo nupcial. Para atrair
os zangões de todas as colméias próximas, a rainha libera em pleno vôo, um ferormônio sexual que é captado
pelos machos a quilômetros de distância, e como voa em alta velocidade e grandes altitudes, a maioria dos
zangões não consegue acompanha-la. Assim, ela faz uma seleção natural, pois somente os machos mais fortes
e rápidos conseguem segui-la.

Quando finalmente os zangões conseguem alcança-la, há o momento da cópula nupcial, onde a rainha prende o
testículo do zangão, que morre gloriosamente após fecunda-la... E aí esta o grande segredo da rainha, pois ela
recebe milhões de espermatozóides do zangão que ficarão em um reservatório de sêmen de seu organismo,
chamado espermateca. Nesta fase a rainha fica na condição de hermafrodita (fêmea e macho ao mesmo
tempo) fecundada para o resto de sua vida. Ela poderá, excepcionalmente, nesta época de fecundação, realizar
outros vôos nupciais, caso a sua espermateca não esteja completamente lotada. O Vôo nupcial que a rainha faz
é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar uma enxameação,
isto é, parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova colônia. Ao retornar à colméia,
a rainha passa a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com geléia real,
limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela sua única preocupação e a postura de ovos, para
nascerem mais abelhas. Em condições favoráveis de clima e alimento (Florada), uma rainha pode botar cerca
de três mil ovos por dia. Caso a rainha morra ou seja removida da colméia, toda a colônia imediatamente
perceberá sua ausência, justamente pela interrupção da produção do ferormônio que induz as abelhas ao
trabalho e que informa da presença da rainha na colméia.

ABELHA ZANGÃO - Se a rainha tem como única obrigação à postura de ovos, a única função dos zangões é a
fecundação das rainhas virgens. O zangão é o único macho da colméia, não possui ferrão e, nasce dos ovos
fecundados depositados pela rainha num alvéolo maior que os das abelhas operárias. Por não possuir órgãos de
trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar à procura de uma rainha virgem para fecunda-la. Os
zangões nascem 24 dias após a postura do ovo e atinge a maturidade sexual azo 12 dias de vida. Vivem de 80
a 90 dias e dependem única e exclusivamente das abelhas operárias para sobreviver: são alimentados por elas,
e por elas são expulsos da colméia nos períodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno –
morrendo de fome ou frio. Quase duas vezes maiores do que as operárias, a presença de zangões numa
colméia é sinal de que há alimento em abundância, ou se muito MEL. Apesar de não possuir órgãos de ataque,
defesa ou de trabalho, o zangão é dotado de aparelhos sensitivos excepcionais: podem identificar, pelo olfato
ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distância.

Os zangões costumam agrupar-se em determinados locais próximos às colméias, onde ficam à espera de rainha
virgens. Quando descobrem a "princesa", partem todos em perseguição à rainha, para copular em pleno vôo, o
que acontece sempre acima dos 11 metros de altura. No vôo nupcial, uma média de oito a dez zangões
conseguem realizar a cópula, ou seja os mais fortes e Vigorosos. Eles pagam um preço muito alto pela proeza:
após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso à câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão
morre.

ABELHA OPERÁRIA - A abelha operária é uma verdadeira "carregadora de piano". Afinal ela é responsável por
todo trabalho realizado no interior da colméia, exceção feita à postura de ovos, atividade exclusiva da rainha.
As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colméia, garantem o alimento e a água de que a colônia
necessita, coletando pólen e néctar, produzem a cera com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os
zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família. Além destas atividades, as operárias ainda
mantêm uma temperatura estável, entre 33º e 36ºC, no interior da colméia, produzem e estocam o MEL que
assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a
PRÓPOLIS, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizadas para desinfetar favos, paredes , vedar
frestas e fixar peças, na colméia.

As abelhas operárias nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações
excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias. Mas apesar de curta, a
vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela
executa o trabalho de faxina, limpando, alvéolos, assoalho e paredes da colméia. Daí a denominação de
faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na "cozinha" da colméia com o
desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colméia e sua RAINHA.
Chamadas neste período de sua vida, que vai do 4º ao 14º dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e
água, misturando estes ingredientes em seu estômago.

Em seguida, esta mistura que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em
que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento às abelhas por nascer.E, com o desenvolvimento das
glândulas hipofaríngeas, produtoras de geléia real, as operárias passam a alimentar também a RAINHA, que se
alimenta exclusivamente desta substância. De nutrizes, as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do
desenvolvimento de suas glândulas cerígenas, o que acontece por volta do seu nono dia de vida. Com a cera
produzida por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colméia e operculam,
isto é, fecham as células que contêm MEL maduro ou larvas. Além deste trabalho, estas abelhas passam a
produzir Mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até esta fase, as
operárias não voam, e ficam somente na colméia. A partir do 21º dia de vida, as operárias passam por nova
transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colméia e se dedicam à coleta de água, néctar, pólen
e própolis, e à defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas
como campeiras.

O mel

O mel é uma mistura não muito complexa. Porém, para chegar até o ponto certo para o consumo (da colméia)
as abelhas dão "duro".Um dia na vida dessas eternas operárias não é fácil. As flores têm o papel de atraí-las
com o néctar, pois assim, fazem com que as abelhas e muitos outros animais e insetos espalhem o pólen e as
fecundem. A comunicação das abelhas é com movimentos entre elas. Ou seja , quando encontram o néctar nas
flores, elas voltam à colméia e dançam na entrada da mesma para guiar as outras abelhas, informando a
direção e a quantidade de flores a serem trabalhadas. Nada egoísta, as abelhinhas sugam, sugam e sugam
quantidades grandes de néctar (3 partes do seu peso) e saem voando de volta à colméia. Elas carregam o
néctar numa bolsinha e chegando na porta de casa, abelhas mais novas as esperam para recolher o material
colhido. Depois, levam para os quartos da casa, colocam nas paredes internas, os favos, que já estão
prontinhos para guardar a substância. Nesse troca-troca, muitas outras substâncias da própria abelha são
adicionadas ao néctar, e, lentamente, a água vai sendo liberada. Quando o mel está dentro dos favos, ele
continua perdendo água, pois as operárias batem as asas, criando um sistema de ventilação especial. Assim
que chega no ponto, o favo é fechado e o suprimento guardando para as épocas de falta de alimento ou para
uma refeição limitada. Estas sobras de Mel guardadas é que o apicultor retira das colméias para nosso uso.

VALOR NUTRITIVO DO MEL

1 Kg de MEL é igual a :

• 50 ovos
• 1,7 Kg de carne Bovina
• 90 bananas
• 5,4 Kg de maçãs
• 40 laranjas
• 2,6 Kg de peixe
• 750 g de queijo
• 5,6 litros de leite
• 900 g de cenoura

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO MEL

• Levulose 40,5 % Proteínas 1,5 %


• Dextrose 34,0 % Sacarose 1,9 %
• Água 17,7 % Cinzas 1,5 %
• Enzimas e Vitaminas:B,B1,B2,B5,B6,BC,C,G,H, PP 2,9 %

As abelhas são inteiramente dependentes das flores como fonte para seu alimento, que consiste de néctar
depois modificado e estocado sob a forma de MEL e de Pólen. Voando de flor para flor, em busca do alimento,
realizam involuntariamente a polinização de muitas plantas. A polinização, que determina o aparecimento de
sementes e de frutos, consiste no transporte do grão de pólen, contendo o gameta masculino, de uma flor até o
ovário de outra flor, que contenha o gameta feminino. As abelhas sempre trazem consigo pequenas
quantidades de pólen, do qual perdem porções mínimas em suas sucessivas visitas. Visitando flores de várias
espécies, as abelhas provocam a polinização cruzada das plantas. Diante disso, parece fora de dúvida que as
abelhas e as flores que elas polinizam evoluíram simultaneamente durante a história da Terra. E também que
seu valor prático como polinizadoras é bem maior do que seu papel na fabricação de MEL e de Cera.

PRODUTOS DAS ABELHAS

Mel, Própolis, Geléia Real, Pólen, Cera e Veneno.

CARACTERÍSTICAS DO MEL: é uma substância doce obtida a partir do néctar das flores ou das secreções
provenientes de partes vivas das plantas ou que sobre elas se encontram e que as abelhas melificas libam,
transformam e combinam com matérias específicas, armazenando-a depois em favos da colméia. O mel é um
produto biológico muito complexo a sua composição varia notavelmente como conseqüência da florada que lhe
deu origem, e das condições climáticas de cada região. A diferença entre um mel e outro resulta
fundamentalmente da quantidade e qualidade de plantas que florescem e produzem néctar. Em muitos casos
há uma flora que predomina nitidamente em alguns méis, conferindo-lhes características muitos peculiares,
com sabor e coloração .

PRÓPOLIS: Utilizada desde a Antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos filósofos gregos, a própolis é uma
substância resinosa que as abelhas coletam em botões e córtex vegetais, transportam para a colméia, na
corbícula, e adicionam a ela pólen, cera e secreções da glândula salivar.Hoje, conhecem-se inúmeras
substâncias dessas secreções, e elas têm propriedades antibióticas, aplicáveis a diversas cepas bacterianas,
além de propriedades cicatrizantes, antiinflamatórias e desinfetantes. Sua composição química é a seguinte: 55
% de resinas e bálsamo, 30 % de cera, 10 % de óleos voláteis e 5 % de pólen. As abelhas precisam ter a
colméia toda vedada, para proteger o Mel, e a Geléia Real, as larvas, a Rainha e as Operárias. Assim é a
própolis feita pela própria abelha para vedar a colméia. Tem cor preta, é sólida e só se transforma em produto
para consumo após ser dissolvida em álcool de cereais. A própolis pode ser retirada sem destruir a colméia,
com espátulas especiais. Uma colméia pode fornecer uma quantidade boa de material. O homem passou a
utilizar a própolis como remédio caseiro, como antiinflamatório, para dores de garganta, gripes e combate a
infecções, embora a medicina oficial não reconheça provas de curas por meio dela. Própolis é um produto
antialérgico e antiinfeccioso, um medicamento extraordinário no combate às doenças das vias respiratórias. É
um antibiótico natural colhido pelas abelhas, não produz efeitos colaterais, não destrói a flora intestinal, não
afeta os rins ou o fígado, porque é eliminado naturalmente pelo organismo. A própolis consegue-se os mesmos
feitos da penicilina, estreptomicina, terramicina, cloranfenicol e outros poderosos antibióticos, sem causar
nenhum mal ao homem.

GELÉIA REAL: Não é só pelo poder afrodisíaco que a Geléia Real é uma concorrente nos balcões de farmácia.
Como produto terapêutico, a geléia real faz o papel de estimulante das defesas naturais contra doenças,
especialmente aquelas causadas pelo envelhecimento das células. Ajuda a combater o stress e a fadiga
profunda, anemia, e até a baixar o nível de colesterol. Pode auxiliar também no tratamento da hepatite, como
regeneradora de células. É bom frisar que a geléia real não é remédio que dá o golpe final em doenças. É meio
alimento, meio medicamento, que trabalha mais para deixar as energias em dia, enquanto a pessoa toma os
remédios receitados pelo médico. Pesquisas feitas com a geléia real indicam que seu uso resulta na mesma
ação de uma enzima (substância que acelera os processos e funções do corpo). Portanto, é capaz de ativar
rapidamente diversas glândulas que estão com o funcionamento debilitado, ou mesmo atrofiadas.

PÓLEN: É o elemento masculino das flores. Por intermédio do trabalho das abelhas ele serve ao homem. As
abelhas colhem o pólen para alimentar-se e dar alimentos às suas crias. Nos quadros de colméia, há sempre
inúmeros alvéolos cheios de pólen: alguns trazidos pelas abelhas em suas patas e outros, minúsculos,
misturados nos néctares colhidos para a produção do mel. No pólen estão presentes proteínas, aminoácidos,
açucares, minerais, vitaminas, substâncias hormonais, gorduras e água. Em 100g de pólen encontra-se a
concentração de notáveis vitaminas, assim expressas em microgramas: tiamina; riboflavina, 167; piridoxina,
800; ácido pantotênico, 2700; ácido nicotínico, 10.000, além de inositol, ácido fólico e outros. Há também,
inúmeras substâncias minerais: potássio, de 20 a 40 %; magnésio, de 1 a 20%; cálcio de 1 a 15 %; ferro de 1
a 12 %; silício de 2 a 10%; fósforo, de 1 a 20% e ainda quantidades expressivas de cloro, cobre, enxofre e
outros minerais. É particularmente rico em vitaminas e hormonios de crescimento. É indispensável às abelhas
para a manutenção da colônia e para a elaboração da cera, por outras palavras, sem pólen a própria existência
das abelhas seria impossível. Alguns autores consideram até que alimentar as abelhas com pólen prolongaria a
sua vida.

CERA: A cera é produzida por seis pares de glândulas cerígenas, que se localizam somente no abdômen das
abelhas operárias.Essas glândulas têm maior função na faixa entre dez e dezoito dias de idade das operárias.
Secretam a cera em forma líquida, que, em contato com o ar, se solidifica imediatamente em pequenas
escamas transparentes. As abelhas trabalham esta cera com as mandíbulas, sob a forma de alvéolos
hexagonais na construção dos favos.

A matéria-prima da cera é o próprio Mel que as abelhas transformam em gordura. A ciência já demonstrou que
as abelhas necessitam ingerir de 6 a 7 quilos de mel para produzir 1 quilo de cera. A cera de abelha é rica em
vitamina A: 100g contêm 4096 U.I., enquanto que 100g de carne bovina contêm apenas 60 U.I.

VENENO DE ABELHAS : A medicina empírica, sempre viva e maravilhosa, é um, tesouro inesgotável de
remédios muito preciosos. Entre estes,o veneno de abelhas ou apitoxina (do latim apis = abelha e do grego
toxikon = veneno) tem sempre desempenhado um papel importante. São numerosos os remédios que
atualmente consideram o veneno de abelha sobretudo como veneno medicinal, visto que tem resistido com
sucesso à prova do tempo e da prática experimental, e adquire agora pleno direito de cidade na farmacopéia
moderna. Este direito foi aliás confirmado em 1957 por uma portaria do Ministério da Saúde Pública da U.R.S.S.
que emitiu uma instrução provisória relativa à aplicação do veneno sob a forma de picadas de abelhas num
certo número de doenças. De acordo com numerosas observações e os dados da nossa investigação pessoal
sobre o estado de saúde dos apicultores, verifica-se que o veneno de abelhas é não somente um remédio eficaz
contra um certo número de doenças, como constitui também um meio profilático excelente. O seu emprego
inconsiderado pode, porém, ocasionar perturbações graves e irremediáveis. A apiterapia não deve ser praticada
senão sob a direção dum médico competente, bastante conhecedor das conseqüências diversas que o veneno
de abelha pode provocar por vezes. Na maior parte dos casos o tratamento por apisação deve ser
acompanhado de medidas médico-profiláticas sob a forma fisioterápica, dietética, terapêutica geral, etc.

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