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CAPA?
COMPONENTES?
PARTE-PRÉTEXTUAL?
VER MANUAL URGENTE
1. INTRODUÇÃOCAPÍTULO?
2. Os sistemas sociais atuais estão passando por grandes mudanças no que diz respeito á
inclusão social de pessoas com deficiência. A palavra inclusão é conceituada como um
processo de adaptação da sociedade, para incluir em todos os seus setores, pessoas
com deficiência. O intuito da inclusão é promover a igualdade de chances para
garantir que todos possam desenvolver seus potenciais, proporcionando a satisfação de
suas necessidades básicas, valorização de si mesmas e qualificação profissional.DE
ONDE TIRARAM ESTAS INFORMAÇÕES?
Ainda existe o preconceito com relação aos que são considerados diferentes da nossa
sociedade, este preconceito é uma das principais dificuldades que encontramos para inserir a
pessoa com deficiência no mercado de trabalho, mesmo que a inclusão seja direito de todo ser
humano e um processo assegurado por Lei.
Outro motivo é a globalização dos mercados, que exige das empresas um grau maior de
produtividade a baixos custos. Tais exigências, para serem cumpridas, requerem trabalhadores
cada vez mais capacitados profissionalmente, tanto no que se refere à escolarização quanto à
especialização.
A presente pesquisa busca explicitar como tem sido esse processo nas empresas
privadas, o que as empresas têm feito para cumprir a cota estabelecida e qual a sua visão
frente essa obrigatoriedade.
3. O Brasil por ser um país ainda em desenvolvimento apresenta muitos problemas para
universalizar a oferta de condições de preparo para sua população e isso faz com que
ocorra a exclusão de uma parcela significativa da população ao mercado de trabalho
principalmente dos profissionais com deficiência. DE ONDE TIRARAM ESTAS
INFORMAÇÕES?
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Percebe-se que não tem sido fácil para as empresas, uma vez que o processo de inclusão
é trabalhoso e caro. Vários obstáculos são encontrados num processo como este e para
“driblar” a lei, muitas empresas têm contratado pessoas com deficiência apenas às vésperas de
fiscalizações.
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
1.2. JUSTIFICATIVA
1.3. HIPÓTESES
A Lei de Cotas, por ser obrigatoriedade, tem contribuído para a inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. No entanto, nem sempre inclusão significa integração. Há
diversos casos de contratados que não permanecem por muito tempo nas empresas pelo fato
de sentirem que não estão totalmente integrados ao ambiente, e com isso buscam melhores
condições em outras empresas.
A elaboração de um processo de inclusão detalhado, que envolve várias etapas, bem
como remuneração compatível com o mercado e perspectiva de crescimento profissional
dentro da empresa, podem contribuir para uma eficiente inclusão e retenção do profissional.
Realizar parcerias com entidades e agências especializadas em contratação de pessoas
com deficiência, pode facilitar para o recrutamento desses profissionais.
A aplicação de cursos e treinamentos antes da inserção do profissional a sua função,
pode prepará-lo e capacitá-lo.
A mudança na cultura da empresa, quebrando paradigmas e deixando de ter uma visão
assistencialista, pode deixar o clima favorável e fazer com que o profissional sinta-se inserido
no ambiente de trabalho.
Utilizar a inclusão de pessoas com deficiência promovendo a diversidade pode melhorar
a imagem da empresa perante a sociedade, estabelecendo um diferencial competitivo no
mercado.
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1.5. METODOLOGIA
Foi feito uma análise bibliográfica sobre o tema abordado para definir a linha de
raciocínio seguido. Esse tipo de pesquisa foi amplamente utilizado, através de fontes secundárias,
especialmente publicações, como livros, estudos acadêmicos, artigos, documentos oficiais e leis.
Para confrontar a teoria, foi feita uma pesquisa de campo, onde as informações foram
coletadas na empresa Tracker do Brasil. Os instrumentos utilizados para a coleta dessas
informações foram:
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• Questionário de pesquisa - Aplicado ao gerente de Recursos Humanos da empresa,
responsável pelo programa de inclusão de pessoas com deficiência.
• Questionário de pesquisa - Aplicado aos gestores das pessoas com deficiência
contratadas.
• Análise documental – análise dos documentos e do programa de inclusão elaborado e
desenvolvido pela empresa.
As deficiências podem ser sensoriais ou intelectuais, o individuo pode nascer com ela
ou adquirir no decorrer da vida devido a algum fato, em função de doença ou acidente. Ela
pode ter impacto leve na capacidade de trabalho e interação com o meio físico e social ou
requerer apoio e assistências maiores, de acordo com o grau de deficiência.
Celestine (2003) define os tipos de deficiência de acordo com a seguinte classificação:
Na Idade Antiga, Idade Média e parte da Idade Moderna, as pessoas que possuíam
algum tipo de deficiência, eram consideradas invalidas e sem utilidade para desempenhar
funções produtivas. A deficiência era condicionada a um estado não passível de mudanças.
Este período, compreendido como Paradigma de exclusão social, ocorreu a partir do momento
em que a sociedade se isentou de qualquer responsabilidade para a pessoa com deficiência.
A Inquisição Católica e a reforma protestante constituíram-se dois momentos
importantes nesse período histórico, nos quais a concepção de deficiência variou, em função
das noções teológicas de pecado e de expiação (Pessotti, 1984, p.12)AUTOR EM CAIXA
ALTA, QUANDO DENTRO DO PARENTESE, VER MANUAL. A igreja Católica tinha
muito poder e suas idéias eram difundidas na sociedade. Ela dizia que todo ser “humano”
possuía uma alma, sendo assim, o deficiente passou a ser considerado também “humano” já
que também possuía uma alma. Em relação a este período Vieira e Pereira (2003, p. 17)
destacam que:
O artigo 23 da DUDH (1948) estabelece que “todo homem tem direito ao trabalho, à
livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e a proteção contra o
desemprego”.
Muitas conquistas foram alcançadas desde quando se começou a pensar em inclusão.
Entretanto é preciso garantir que essas conquistas expressas na lei realmente possam
ser efetivadas na prática, no cotidiano das organizações.
De acordo com a Recomendação 168 de 20 de Junho de 1983, adotada pela OIT, havia
a preocupação com a eliminação de barreiras e obstáculos físicos e arquitetônicos que
afetassem o local de treinamento e de emprego de pessoas com deficiência.
O primeiro instrumento legal para a inclusão desses profissionais no Brasil foi a
Constituição Federal de 1988, com o amparo do decreto 3.298/99 e reforçada pela Lei
10.098/00, no entanto essa legislação não garantia a inserção da pessoa com deficiência no
mercado de trabalho.
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A obrigatoriedade da reserva de vagas começou no setor publico em 1990, com o
regime jurídico dos servidores (Lei 8.112/90). O artigo 5º desta lei define um percentual de
20% das vagas oferecidas em concurso público para pessoas com deficiência.
No setor privado, com a Lei 8.213/91, também conhecida como Lei de Cotas,
assegurou-se um numero mínimo de deficientes que deveriam ser contratados pelas empresas
com mais de 100 empregados.
Percebe-se que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um
assunto que vem sendo discutido a muito tempo, porém somente começou a ser melhor
analisada pelas empresas a partir da aprovação de Lei de Cotas acima citada.
Segundo o último censo realizado no Brasil no ano 2.000, pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e estatística), existem 24,6 milhões de pessoas com deficiência, o que
corresponde a 14,5 % da população brasileira. Ainda segundo o censo o tipo de deficiência
que é mais difícil de ser inserida no mercado de trabalho é a deficiência mental, onde apenas
19,3% das pessoas que possuem tal deficiência, estão inseridas no mercado de trabalho. O
mesmo censo ainda informa que os estados que apresentam a maior taxa de pessoas com
deficiências, são: Paraíba (18,76%), Rio Grande do Norte (17,64%), Piauí (17,63%),
Pernambuco (17,4%) e Ceará (17,34%). Os estados que apresentam as menores taxas são: São
Paulo (11,35%), Roraima (12,5%), Amapá (13,28%), Distrito Federal (13,44%) e Paraná
(13,57%).
Segundo NERI (2002) da população de deficientes no Brasil 537.430 são trabalhadores
formais, em sua maioria homens, eles representam 65,76% contra 34,26% de mulheres.
De acordo com a SMPED (Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e
Mobilidade Reduzida), apenas 60,83% das empresas localizadas na cidade de São Paulo,
cumprem a cota de inclusão.
No ano de 1972 foi criado o atendimento pedagógico e educacional para essas pessoas,
e em 1981 o Brasil promoveu um congresso e trocou experiências com vários países,
declarando 1981 o Ano Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência; que abordou o
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seguinte tema "participação plena e igualdade", a partir daí os movimentos de luta pelos
direitos humanos se intensificaram.
De acordo com o artigo 93 da lei de cotas (Lei nº8213/1991), fica estabelecida a reserva
de vagas para pessoas com deficiência e pessoas que sofreram acidentes de trabalho
(beneficiário reabilitado). As empresas com mais de cem funcionários, tem a obrigatoriedade
de preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos, relacionado ao
número total de empregados, na seguinte proporção:
Nº DE EMPREGADOS PORCENTAGEM %
Até 200 empregados 2%
de 201 a 500 3%
de 501 a 1000 4%
Tabela 1: Porcentagem obrigatória de funcionários com deficiência em relação ao numero total de
funcionários da empresa possui.
As empresas devem levar em consideração que não são todas as deficiências que valem
para cumprir a lei de cotas, como por exemplo, pessoas com visão monocular, deficiência
leve, surdez em um ouvido, ou deficiência física que possibilita a execução normal do
movimento do corpo. Existem critérios que determinam quais são esses tipos de deficiência.
Para efeitos de cumprir a lei são consideradas as deficiências auditivas, física, intelectual
(mental), visual e múltipla. Segue abaixo uma breve síntese de cada tipo de deficiência.
Deficiência auditiva: é considerada a perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis ou
mais, que compromete a capacidade de compreender a fala através do ouvido. São
consideradas a deficiência auditiva parcial, total ou surdez.
Deficiência física: é todo o comprometimento da mobilidade, se apresenta sob a forma
de amputação ou ausência de membro, tetraplegia, tetraparesia, triparesia, triplegia,
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hemiplegia, hemiparesia, ostomia, membros com deformidade congênita ou adquirida,
nanismo, paralisia cerebral.
Deficiência Intelectual: uma lentidão ou atraso no desenvolvimento cognitivo adquirido
até os 18 anos, com limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança
f) habilidades acadêmicas;
g) laser; e
h) trabalho.
A tabela 02 mostra que empresas que possuem de 100 a 200 funcionários têm cumprido
a lei de cotas, o que não acontece com empresas com maior número, que têm uma
empregabilidade média de PCD menor do que a exigida pela lei.
Neri vai mais fundo em suas afirmações e aponta que a maneira com que os dados são
mostrados causa uma grande distorção quanto à eficiência da Lei de Cotas, no qual empresas
com menos funcionários e que incluem mais PCD's elevam a média de empregabilidade, ao
passo que as empresas maiores não cumprem a lei.
A lei obriga qualquer empresa com mais de 100 funcionários a admitir um percentual de
PCD's, mesmo que elas tenham custos e vantagens diferentes, ignorando as especificidades
das empresas. As políticas existentes para inclusão da pessoa com deficiência combatem as
consequências e não as causas da exclusão social.
2. A EMPRESACAPÍTULO?
A Tracker do Brasil é uma empresa brasileira pertencente ao grupo VSR Group, uma
organização internacional que idealiza, desenvolve, fabrica e comercializa produtos, serviços
e soluções integradas em segurança, rastreamento, monitoramento, localização e telemetria.
Esse grupo está presente em mais de 18 países pelo mundo.
2.2. HISTÓRICO
A Tracker do Brasil foi criada pelo CEO do VSR Group, Sr. Santiago Leyva e teve
início de suas atividades no ano 2.000, com sede em São Paulo na região central.
(nós já retiramos este texto e a tabela)O projeto teve um prazo estabelecido de 8 meses
para seu desenvolvimento e aplicação. Abaixo segue um cronograma que retrata as etapas
percorridas e os prazos de conclusão.
Este é o ponto inicial do projeto, na qual é feita uma análise de todos cargos da empresa
e atividades desenvolvidas para identificar quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes
necessárias para a execução das atividades. Após esse levantamento conseguimos saber se
determinada limitação interfere no desenvolvimento das atividades ou não. Nesta etapa
percebemos que a maior parte de nossas vagas administrativas poderiam ser preenchidas com
pessoas com deficiência, diferente de nossa área operacional que encontramos diversas
limitações.
QUAIS CARGOS E FUNÇÕES DA EMPRESA?
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3.3. SENSIBILIZAÇÃO
3.5. TREINAMENTO
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/20122002censo.shtm -
acessado em 23/01/10
http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/deficiencia_mobilidade_reduzi
da- acessado em 23/01/10
DILL, I.L. Os desafios atuais no mundo do trabalho. In: BENTO, M.A.; CASTELAR,
M. (Orgs.). A inclusão no trabalho: desafios e perspectivas. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2001, p. 105-114.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 5.ed.
Rio de Janeiro: WVA, 2003.