Resumo Karin Strobel - As imagens do outro sobre a cultura
surda Língua Brasileira de Sinais (Universidade Federal de Santa Catarina)
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KARIN STROBEL – AS IMAGENS DO OUTRO SOBRE A CULTURA SURDA
RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2, 3, 6 e 7
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. 4ª Ed. Rev.
Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
Capítulo 1 – Qual o conceito que trazemos sobre a cultura?
Conceito de cultura: existe uma cultura surda? Normalmente cultura se refere somente às manifestações artísticas, porém há muitas variações Conceito de cultura como um processo histórico Schiller: cultura como estrutura de uma “hegemonia” que molda os sujeitos às necessidades de uma sociedade politicamente organizada Teoria moderna: uma cultura única e perfeita, moldando os sujeitos “diferentes” para se encaixarem nela Teoria pós-moderna: proposta de Herder de pluralizar a cultura para as diferentes nações e períodos, sociais ou econômicas, etc. o Pluralidade encontra-se com a auto-identidade ao invés de dissolver-se em identidades distintas “Nas teorias do campo dos Estudos Culturais, a cultura que temos determina uma forma de ver, de interpelar, de ser, de explicar, e de compreender o mundo.” (p. 20) Linguagem e identidade são fundamentais para a cultura Adaptação ao meio e do meio, cultura como transformação da natureza O ser humano cultiva a cultura, sempre em modificação coletiva
Capítulo 2 – Os surdos têm cultura?
O que é a cultura surda? É muito comum as pessoas não conhecerem o mundo dos surdos e imaginarem que eles vivem isolados, excluídos Surdos não são incomunicáveis – não é a mesma coisa que um ouvinte que não consegue ouvir Política ouvintista prevaleceu no modelo clínico e a surdez por muito tempo era um defeito/doença Povo surdo, diferentemente, acolhe cada criança surda como uma dádiva Surdos não são deficientes ou incapazes! Dentro da comunidade surda, não é o grau de surdez que os diferenciam, mas o uso da língua de sinais “Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-o com as
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suas percepções visuais, que contribuem para a definição das
identidades surdas e das ‘almas’ das comunidades surdas.” (p. 27) Comunidade surda é algo em comum compartilhado pela comunidade: conjunto de normas, valores e comportamentos Por que os sujeitos surdos se comportam diferente dos sujeitos ouvintes? A cultura surda se propaga pelas associações, organizações, etc. A diversidade de grupos impossibilita que haja uma só “cultura” entre os surdos A “cultura surda brasileira” não significa que todos os surdos brasileiros tenham a mesma cultura, mas que compartilham uma língua de sinais, experiências, etc.
Capítulo 3 – Povo surdo ou comunidade surda
Importância de diferenciar os dois conceitos Povo surdo = “grupos de sujeitos surdos que usam a mesma língua, que têm costumes, história, tradições comuns e interesses semelhantes” (p. 32) Comunidade surda = constitui-se não só de surdos, mas também ouvintes Povo surdo não diz respeito à localidade dos indivíduos, só sua origem Comparação com comunidade/povo alemão: página 34 Comunidades surdas ajudam na formação das identidades surdas Não significa que os sujeitos se isolam, mas que assim estão mais propensos a valorizar sua condição cultural
Capítulo 6 – História cultural: novas reflexões sobre a história dos surdos
História dos surdos normalmente prestigiava ouvintes por seus trabalhos com os surdos ou tentando “curar” a surdez Guinada recente na história de surdos: da visão crítica à história cultural História cultural dos surdos: não apenas “uma mera história de surdos o pensamento crítico, mas, sim, enxergar a cultura surda como um conjunto de significados e costumes partilhados e construídos pelo povo surdo” (p. 98) Forma de legitimação do modelo cultural do ser surdo Cultura surda passou a ganhar espaço nas teorias da História
Capítulo 7 – In(ex)clusão dos surdos: prática (inter)cultural?
Crescente política para “inclusão”, em que os surdos são percebidos na sociedade Inclusão esta que não só ocorre as escolas, mas em todo lugar Se falamos em incluir, é porque há uma exclusão
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Visão da sociedade ouvinte de que os surdos são “deficientes”,
“anormais”, etc. Importância do sujeito surdo de se relacionar com outros surdos, maior conforto e ajuda no desenvolvimento da criança surda Falta de condições de acessibilidade também no mercado de trabalho Inclusão social na escola: apenas inserir o surdo na escola é incluí-lo? Escolas regulares ainda seguem um padrão oralista Falta de preparo: poucos professores e intérpretes disponíveis Necessidade de professores surdos usuários naturais de LIBRAS para o desenvolvimento da criança surda
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