ARANTES, Roosevelt.

Aprofundando Raízes: dinâmica e elementos do Relacionamento

Discipulador. Rio de Janeiro: JMN, 2016.

CAPÍTULO 1 – O PERFIL DO DISCIPULADOR

 Muitos acham que o discipulado é uma forma de controle, mas na verdade o discipulado
é o investimento de vida n vida com o objetivo de conduzir o discípulo a uma dependência
cada vez maior do Senhor Jesus Cristo (p. 17).
 Jesus não nos chamou para sermos dependentes nem independentes. Ele nos chamou
para sermos interdependentes. Isso é ser igreja (p. 17).
 Segundo Fabricio Freitas, “o princípio da interdependência é caracterizado pela
mutualidade encontrada no Novo Testamento” (p. 18).
 Jesus espera que essa mutualidade seja pratica por todos os seus discípulos (p. 19).

CONDIÇÃO PARA SER DISCIPULO

1º Ser discípulo exige centralidade em Jesus – Lucas 14:26

 Ou Jesus está em primeiro lugar na vida do discípulo e o Seu reino é a prioridade, ou
Cristo não é prioridade e assim o indivíduo está desabilitado para ser discípulo (p. 19).

2º Ser discípulo exige morte de si – Lucas 14:27

 Quando Jesus fala de cruz está falando de morte de si. A morte de si mesmo é a entrega
absoluta de nossa vida a Cristo (p. 20).
 A morte de si mesmo é a morte para as nossas vontades para que a vontade de Deus
prevaleça em nossas vidas, e assim nos tornemos seus discípulos (p. 20).

3º Ser discípulo exige renúncia – Lucas 14: 33

 Para nos tornarmos discípulos de Cristo precisamos abrir mão de toda bagagem
acumulada e de coisas que não condizem com os valores do seu Reino (p. 20).
 O discípulo é aquele que reconhece que Jesus é o que ele possui de mais valioso para sua
vida e, por isso, renuncia o valor de todas as outras coisas para si (p. 20).
 A pessoa que não abre mão do que possui para considerar Cristo como seu maior tesouro
não é digna de ser discípula de Cristo. O discípulo é aquele que renuncia tudo o que tem
para seguir Jesus incondicionalmente (p. 21).

4º Ser discípulo exige permanência na Palavra de Deus – João 8:31

 É a prática da palavra de Jesus que nos faz semelhantes a Ele e habilitados para sermos
contados entre os seus discípulos. Não é o fato de ser membro de uma igreja que dá a
alguém o direito de ser chamado de discípulo (p. 21).

5º Ser discípulo exige amor incondicional – João 13:35

 Não é para amarmos ao nosso gosto. É para amarmos com ele nos amou. Isso nos leva a
outra dimensão de amor: um sacrificial como o de Cristo, um amor experimentado por
aqueles que são discípulos (p. 21).

6º Ser discípulo exige união frutífera com Cristo – João 15: 8

 Somente quem busca a Deus em oração, em leitura e aplicação da Palavra terá nutrientes
suficientes para produzir frutos (p. 22).

CARACTERISTICAS DE UM DISCIPULADOR
 O discipulador é o instrumento de Deus para preparar o coração dos discípulos para
receber Jesus como Senhor, conduzi-los a Cristo, prepará-los para o exercício e
aperfeiçoa-lo para a eternidade (p. 22).

1º O DISCIPULADOR APRESENTA JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS

 O primeiro bloco de testemunho de João Batista (Jo. 1: 15 – 18) nos mostra que a missão
do discipulador é apresentar Jesus aos seus discípulos (p. 23).
 Em seu primeiro testemunho, João Batista afirmou:
1) Jesus tem a primazia – Jo. 1:15
2) Jesus nos concede a sua plenitude e graça – Jo. 1:16
3) Jesus nos trouxe a graça e a verdade – Jo. 1:17
4) Jesus é a revelação de Deus – Jo. 1:18
 As declarações de João Batista revelam que sua intencionalidade era tornar Cristo
conhecido de seus discípulos.

2º O DISCIPULADOR TEM CONSCIÊNCIA DA SUA MISSÃO

 O discipulador é apenas o instrumento nas mãos de Jesus e é simplesmente aquele que
motiva o discípulo a depender de Cristo (p. 24).
 O segundo bloco de testemunho de João Batista nos ensina sobre a missão do
discipulador:
1) João Batista tinha consciência de que ele não era o Cristo – Jo. 1:20
2) João Batista não precisava de título para cuidar de pessoas – Jo. 1:21
 3) João Batista estava satisfeito em conduzir pessoas a Cristo – Jo. 1:23 cf. Gl. 4:19
4) João |batista tinha consciência de que servia a alguém muito maior do que ele – Jo. 1:
26 – 27
João Batista sabia que seu ministério se restringia á esfera humana e natural, pois eles
destaca que seu batismo era nas águas (p. 25).
O discipulador precisa ter consciência de sua limitação humana e da necessidade do
agir de Jesus, pois, só Ele pode selar com o Espírito Santo (p. 25).

3º O DISCIPULADOR APONTA PARA JESUS

 O terceiro bloco de testemunho de João Batista nos ensina o objetivo do trabalho do
discipulador: apontar Jesus Cristo para o discípulo a ponto de este desejar segui-lo. O
exemplo de vida do discipulador é fundamental na transmissão dos ensinos bíblicos, mas
nunca será o argumento final do ensino discipular (p. 25, 26).
1) É em Jesus que o discípulo precisa colocar sua esperança de salvação – Jo. 1:29b
2) João Batista assume a postura de direcionar seus discípulos para Jesus, mostrando que
a razão do discipulado é Jesus – Jo. 1:30
3) João Batista esforçasse para que Cristo se manifeste ao coração do discípulo – Jo. 1:31

4º O DISCIPULADOR É ALGUÉM QUE TEM EXPERIÊNCIA COM DEUS

 No quarto bloco de testemunho de João Batista, percebemos que ele teve uma
experiência real com Deus (p. 27).
1) João Batista testemunho aquilo que viu – Jo. 1:32b
Nenhum discipulador conseguirá conduzir um discípulo a uma intimidade com deus
além daquela que ele, discipulador, já experimentou (p. 27).
2) João Batista foi sensível a voz de Deus e obediente – Jo. 1:33
3) João Batista visão de Deus, visão espiritual, pois ele tinha o Espírito Santo em sua vida
– Jo. 1:34
Ele não olha as coisas pela ótica carnal, mas sim pela espiritual (p. 27).