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JOAQ>e#RLOS GARCIA
RELATOR
VOTO
humilhação sofrida, o autor intentou esta demanda para requerer o pagamento de in-
denização pecuniária; sua pretensão foi rejeitada em primeira instância, mas a senten-
ça deve ser reformada para que a ação seja julgada procedente; o magistrado reconhe-
ceu que o réu proferiu expressões injuriosas, mas ficou em dúvida sobre a potenciali-
dade lesiva das palavras empregadas contra o autor; o juiz deveria ter se pronunciado
claramente acerca da culpa pelo evento danoso; não há dúvida de que o réu agiu com
a intenção de manchar a honra do requerente; ao prestar depoimento pessoal, o réu
reconheceu que houve discussão com os funcionários da Prefeitura (fl. 143); os fun-
cionários ouvidos como testemunhas confirmaram que foi o réu quem deu início à
discussão; não há prova nos autos de que as testemunhas arroladas pelo réu - que
alegaram não terem ouvido ofensas - estivessem presentes no local dos fatos; tais
testemunhas eram subordinadas ao réu por vínculo empregatício; ainda que tais tes-
temunhas estivessem nas redondezas, decerto não ouviram a discussão tão bem quan-
to os funcionários da Prefeitura, que participaram do bate-boca; as três testemunhas
arroladas pelo autor confirmaram que o réu estava sozinho quando atravessou a rua; o
dano suportado pelo autor foi agravado pelo fato de as ofensas terem sido proferidas
na presença de terceiros; caracterizaram-se nos autos os pressupostos da responsabili-
dade civil; ainda que a sentença de improcedência seja mantida, o autor deve ser isen-
tado do ônus da sucumbência, pois é beneficiário da assistência beneficiária (fls.
205/214).
É o relatório.