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O Calendário da Alma

Nota :
A tradução do Calendário da Alma, de Rudolf Steiner, que agora publicamos, é da autoria de
Maria Fernanda Wessling e Maria de Fátima Lourenço Godinho.

PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO, DE 1918


O ciclo do ano tem vida própria. A alma Humana pode acompanhar, sentindo, esta vida. Ao
deixar actuar sobre si aquilo que lhe diz, cada semana de um modo diferente, esta vida ao longo do
ano, a alma passa a encontrar-se a si própria graças a esta vivência. Sentirá forças a crescer que a
fortalecem interiormente. Dará conta que tais forças querem ser despertadas dentro dela, pelo
acompanhamento interior do curso do mundo, tal como se reflecte no decurso do tempo. Só assim
tomará consciência dos delicados mas significativos fios que a ligam ao mundo no qual nasceu.
Neste calendário encontramos registada, para cada semana, uma estrofe que permite à alma
vivenciar aquilo que durante esta semana acontece como parte da vida ao longo de todo o ano.
Pretende-se expressar com a estrofe o que essa vida faz ressoar na alma que a ela se une. Pensamos
num são “sentir-se unido” ao andar da Natureza, e do qual nasce um vigoroso “sentir-se a si
próprio”, acreditando que a convivência com o decorrer do mundo no sentido destas estrofes é algo
que a alma deseja, sempre que se compreende a si mesma. Rudolf Steiner (Tradução Fritz Wessling)

DO PREFÁCIO DA EDIÇÃO INGLESA DE 1972 SOBRE AS DATAS


O Calendário da Alma começa com a Páscoa. No ano da primeira publicação, em 1912-13, o
Domingo de Páscoa ocorreu a 7 de Abril, de modo que a primeira semana tem a data de 7 a 13 de
Abril. Esta data fez com que os outros festivais (fixos) do ano, São João, São Miguel e Natal,
viessem a ocorrer nas semanas apropriadas. No entanto, a Páscoa (felizmente) tem ainda data
variável, e se iniciássemos o Calendário da Alma todos os anos com a Páscoa, ficaríamos, por
vezes, com os festivais fixos muito dessincronizados. Por isso provavelmente é melhor começar
todos os anos com a data mais próxima à original, considerando a estrofe numero 1 como
orientadora de todo o mês de Páscoa. O próprio Steiner indicou datas um tanto diferentes para uma
edição posterior, pelo que devemos considerá-las aproximadas.

SOBRE AS CORRESPONDÊNCIAS
Naturalmente, as estrofes destinam-se a serem meditadas, em sequência, ao longo do
decorrer do ano. Mas o Calendário da Alma preocupa-se constante e profundamente com a
interacção entre experiências interiores e exteriores que o ano traz, entre o ‘grande mundo’ e a vida
íntima do ser humano. Nesta interação, os três grandes princípios do homem, Corpo, Alma e
Espírito, estão profundamente envolvidos.
O Calendário é concebido de modo cíclico, de modo que a última estrofe não é a mais
distante, mas a mais próxima da primeira, sendo a sua imagem espelhada. Avançar a partir da
primeira estrofe significa encontrar a sequência, no sentido inverso, a partir da última, de maneira
que a 2ª estrofe se reflecte na 51ª, a 3ª na 50ª, a 4ª na 49ª, etc. Meditar as estrofes correspondentes
em conjunto acrescenta um novo aprofundamento à vivência do Calendário. A maior polaridade
entre estrofes surgirá entre o verão (E, estando eu nas alturas dos sentidos...)e o inverno (E estando
nas profundidades do espírito...), sendo a Primavera e o Outono os pontos de cruzamento.
Para referência conveniente, acrescentamos ao número da própria estrofe, um primeiro
parêntese, com o número da estrofe correspondente. Às primeiras 26 estrofes, deram-se as letras de
A a Z, ao segundo conjunto de 26 as letras de A’ a Z’, sendo o uso mais óbvio o de encontrar as
estrofes correspondentes para o hemisfério Sul. Aqueles que no entanto desejam realizar um estudo
mais aprofundado, poderão encontrar significativos – embora nem sempre muito óbvios – grupos de
4 estrofes, através de um princípio semelhante ao das ‘estrofes espelhadas’, neste caso aplicado às
metades do ano. Sendo assim, A Z A’Z’ forma um grupo, B Y B’Y’ o segundo, e assim por diante.
As letras das edições alemãs omitem a letra J, e em algumas edições, deixam uma estrofe em
cada metade sem letra. (...) Steiner criou também formas coreográficas para apresentação de todas
as estrofes em Euritmia. Vê-las assim apresentadas permite vivenciar a sua qualidade de maneira
incomparável. (...) A.C.Harwood (Tradução Fritz Wessling)
As estrofes estão numerados de 1 a 52. A atribuição de letras segue a edição inglesa de 1972
(Tradução de A.C.Harwood). O primeiro parêntese indica a estrofe correspondente na outra metade
do ano, se dividirmos o ciclo entre Páscoa e início do Outubro. O segundo parêntese indica as
correspondências que surgem da divisão do ano entre a época dos solstícios de verão e inverno.
1ª Semana (7-13 Abril) PÁSCOA PRIMAVERA A 1 (52) (26, 27)
Quando, da vastidão dos mundos,
O sol fala aos sentidos do Homem
E a alegria dos fundos da Alma
Se une à luz na contemplação,
Sobem, do manto do Eu,
Pensamentos para longe no espaço,
Ligando, tenuemente,
O ser humano à realidade do Espírito.

2ª Semana (14-20 Abril) B 2 (51) (25, 28)


Expandindo-se pelo mundo dos sentidos,
Perde a sua independência, o poder do pensa- mento;
Mundos do Espírito encontram
De novo o rebento humano
Que foi deles que nasceu
Mas, que é dentro de si que tem
Que encontrar o fruto da sua Alma.

3ª Semana (21-27 Abril) C 3. (50) (24, 29)


Fala ao Cosmos, esquecendo-se de si mesmo
E lembrando-se das suas origens,
O Eu em crescimento do Homem:
Em ti, libertando-me das algemas
Das minhas particularidades,
Penetro a essência real do meu ser.
4ª Semana (28 Abril-4 Maio) D 4 (49) (23, 30)
Sinto a essência real do meu ser.
Assim fala o sentimento que,
No mundo iluminado pelo sol,
Se une com as ondas de luz;
Ele quer oferecer o calor
À clareza do pensamento,
Ligando o Homem e o Mundo
Firmemente um com o outro.

5ª Semana (5-11 Maio) E 5 (48) (22, 31)


Na luz que, das profundidades do Espírito,
Tecendo fertilmente no espaço,
Revela a ação criadora dos Deuses,
Nela aparece a essência da Alma
Ampliada aos confins do Mundo
E ressuscitada
Do acanhado poder interno do Eu.

6ª Semana (12-18 Maio) F 6 (47) (21, 32)


Ressuscitou da sua singularidade
O meu Eu, encontrando-se
Como revelação cósmica,
Nas forças do tempo e do espaço;
O Mundo mostra-se por toda a parte,
Como arquétipo divino,
A verdade da minha própria imagem.
7ª Semana (19-25 Maio) G 7 (46) (20, 33)
O meu Eu ameaça fugir,
Poderosamente atraído pela luz do Cosmos,
Entra tu agora, minha capacidade de pressentir,
Vigorosamente no teu direito,
Substitui em mim o poder do pensamento
Que quer agora perder-se
No esplendor dos sentidos.

8ª Semana (26 Maio-1 Junho) H 8 (45) (19, 34)


O poder dos sentidos cresce,
Aliado ao trabalho criador dos deuses,
Reduzindo a força do pensamento
A uma luz nebulosa de sonho.
Quando o Ser Divino
Quer unir-se à minha Alma
Deve resignar-se, modestamente,
Ao estado de sonho, o pensamento humano.

9ª Semana (2-8 Junho) I 9 (44) (18, 35)


Esquecendo a particularidade da minha vontade,
O calor íntimo, mensageiro do Verão,
Invade-me o Espírito e a Alma;
Perder-me na luz,
Assim me ordena a visão do Espírito,
Enquanto um pressentimento poderoso me anuncia:
Perde-te, perde-te, para te encontrares a ti mesmo.
10ª Semana (9-15 Junho) J 10 (43) (17, 36)
Para as alturas longínquas do Verão
Eleva-se o ser fulgurante do Sol;
Leva consigo o meu sentir humano
Pelas vastidões do seu espaço.
Surge, então, no meu íntimo um pressentimento
Que me anuncia nebulosamente:
Virá o dia em que saberás -
Um ser divino agora te sentiu.

11ª Semana (16-23 Junho) K 11 (42) (16, 37)


Cabe-te a ti, nesta hora do Sol,
Reconhecer a sua sábia mensagem:
Entregue à beleza do mundo,
Sente em ti a experiência:
Perder-se pode o Eu humano,
Encontrando-se no Eu do Mundo.

12ª Semana (24-30 Junho) S. JOÃO L 12 (41) (15, 38)


A radiante beleza do Universo
Chama, dos fundos da minha Alma,
As forças divinas da minha vida,
A deixar-me para voo pelo Mundo,
A abandonar-me a mim mesmo,
Procurando-me, confiante,
Na luz do Mundo, no calor do Cosmos.
13ª Semana (31 Junho-6 Julho) M 13 (40) (14, 39)
E, estando eu nas alturas dos sentidos,
Acende-se, nas profundidades da minha Alma,
Vinda dos flamejantes mundos do Espírito,
A verdade proclamada pelos deuses:
Nas profundezas do Espírito procura, pressentindo,
Encontrar o teu parentesco com o Espírito.

14ª Semana (7-13 Julho) N 14 (39) (13, 40)


Entregue à revelação dos sentidos,
Perdi a consciência de mim mesmo.
O sonho do pensamento pareceu
Roubar-me, num torpor, o meu Eu;
Mas já despertando se aproxima,
No esplendor dos sentidos, o pensamento do Cosmos.

15ª Semana (14-20 Julho) O 15 (38) (12, 41)


Sinto o tecer do Espírito
Como que enfeitiçado no esplendor do Mundo;
No torpor dos sentidos
Envolveu ele o meu ser,
Para me dotar daquela força
Que o Eu, nos seus limites,
É incapaz de dar a si mesmo.
16ª Semana (21-27 Julho) P 16 (37) (11, 42)
Recolher, no íntimo, a dádiva do Espírito,
Assim me ordena um firme pressentimento
Para que, fecundos, os dotes divinos
Amadureçam nos fundos da Alma,
Trazendo frutos para o Eu.

17ª Semana (28 Julho-3 Agosto) Q 17 (36) (10, 43)


Assim fala o Verbo Cósmico
Que, através da porta dos sentidos,
Pude levar aos fundos da Alma:
Enche as profundezas do teu Espírito
Com as vastidões do meu Mundo
Para um dia me encontrares em ti.

18ª Semana (4-10 Agosto) R 18 (35) (9-44)


Conseguirei eu expandir a Alma
Para que ela própria se una
Ao gérmen do Verbo Cósmico que recebeu?
Pressinto que devo encontrar a força
De formar a Alma condignamente
A servir de veste ao Espírito.
19ª Semana (11-17 Agosto) S 19 (34) (8-45)
Envolver misteriosamente a dádiva nova
Com as forças da recordação,
Seja o novo sentido do meu esforço
Que, ao fortalecer-se, desperte
Forças próprias no meu íntimo
E, evoluindo, me dê a mim mesmo.

20ª Semana (18-24 Agosto) T 20 (33) (7-46)


Só agora sinto o meu Ser
Que, longe da existência do Mundo,
Só em si apagar-se-ia
E, construindo apenas sobre os seus próprios fundamentos
Em si, a si mesmo matar-se-ia.

21ª Semana (25-31 Agosto) U 21 (32) (6, 47)


Sinto, produzindo fruto, um poder estranho,
Que, aumentando, me dá a mim mesmo;
Sinto o gérmen amadurecendo
E um pressentimento tecendo, luminoso,
No meu interior, conferindo força ao Eu.
22ª Semana (1-7 Setembro) V 22 (31) (5, 48)
A luz das vastidões do Mundo
Continua a viver, poderosa, dentro de mim:
Transforma-se em luz da Alma,
Brilhando nas profundidades do Espírito
Para desprender os frutos
Que, ao longo do tempo, fazem amadurecer
O Eu do Homem pelo Eu do Mundo.

23ª Semana (8-14 Setembro) W 23 (30) (4, 49)


Abranda, outonalmente,
O fulgor dos sentidos;
Na revelação da luz misturam-se
Os densos véus das neblinas.
Eu próprio enxergo, distante no espaço,
O sono hibernal do Outono;
O Verão entregou-se,
Todo ele a mim mesmo.

24ª Semana (15-21 Setembro) X 24 (29) (3, 50)


Criando-se constantemente a si própria
A Alma toma consciência de si;
Revivificado por esse auto-conhecimento,
O Espírito Cósmico prossegue a sua obra
Criando da escuridão da Alma
O fruto de vontade do sentido do Eu.
25ª Semana (22-28 Setembro) Y 25 (28) (2-51)
Posso agora pertencer a mim mesmo,
Irradiando luz do íntimo,
Pela escuridão do espaço e do tempo.
O ser natural procura adormecer,
As profundidades da Alma devem despertar
E, vigilantes, transmitir fogo do Sol
Às torrentes frias do Inverno.

26ª Semana (29 Setembro-4 Outubro) S. MIGUEL Z 26 (27) (1, 52)


Natureza, o teu ser maternal
Trago-o na essência da minha vontade;
E a força ígnea dessa vontade
Tempera-me os impulsos do Espírito
Para que deles possa nascer o sentido do Eu,
Trazendo-me a mim mesmo.

27ª Semana (6-12 Outubro) OUTONO A’ 27 (26) (1, 52)


Mergulhar nas profundidades do meu ser,
Suscita-me uma ânsia carregada de pressentimento
De, ao contemplar-me a mim mesmo,
Me ver como dádiva estival do sol
Que, como gérmen caloroso na atmosfera de Outono,
Vive como força impulsora da minha Alma.
28ª Semana (13-19 Outubro) B’ 28 (25) (2, 51)
Revivificado no íntimo,
Posso sentir as vastidões do meu ser
E, do poder solar da Alma,
Lançar forças irradiantes de pensamento,
Resolvendo enigmas da vida
E satisfazendo desejos
Que, só na esperança, se desvaneciam.

29ª Semana (20-26 Outubro) C’ 29 (24) (3, 50)


Acender em si mesmo, energicamente,
A luz do pensamento,
Encontrar o sentido do que se viveu
Na fonte de energia do Espírito Cósmico,
É agora a minha herança do Verão,
É a calma do Outono e a esperança do Inverno.

30ª Semana (27 Outubro-2 Novembro) D’ 30 (23) (4, 49)


Da luz solar da minha Alma
Brotam os frutos maduros do pensamento;
Todo o sentir se transforma
Em segura consciência de mim mesmo.
Posso sentir, com grande alegria,
O despertar espiritual do Outono;
O Inverno acordará em mim
O Verão da Alma.
31ª Semana (3-9 Novembro) E’ 31 (22) (5, 48)
A luz das profundidades do Espírito
Procura irradiar como um sol;
Torna-se força de vontade da vida
E brilha na escuridão dos sentidos
Para libertar as forças
Que, dos impulsos da Alma,
Fazem amadurecer
As forças criadoras em obras humanas.

32ª Semana (10-16 Novembro) F’ 32 (21) (6, 47)


Sinto a minha própria força, aumentando, frutificar
E dar-me ao Mundo.
Sinto o meu próprio ser fortalecer-se
E voltar-se para a clareza
No tecer do destino da vida.

33ª Semana (17-23 Novembro) G’ 33 (20) (7, 46)


Só agora sinto que o Mundo
Sem a vivência da minha Alma,
Teria, em si só, vida fria e vazia,
Manifestando-se sem vigor,
Em almas se recriando,
Em si só poderia encontrar a morte.
34ª Semana (24-30 Novembro) H’ 34 (19) (8, 45)
Com o ressurgimento da individualidade,
Sentir ativar-se, misteriosamente, no íntimo
O que há muito estava guardado:
Isso deve, despertando forças cósmicas,
Derramá-las na obra exterior da minha vida
E, evoluindo, gravar-me na existência.

35ª Semana (1-7 Dezembro) I’ 35 (18) (9, 44)


Conseguirei eu reconhecer o ser verdadeiro
De forma a que ele se reencontre
No impulso criador da Alma?
Sinto ter-me sido conferido o poder
De integrar modestamente o próprio Eu,
Como um elo, no Eu do Mundo.

36ª Semana (8-14 Dezembro) J’ 36 (17) (10, 43)


Nas profundidades do meu Ser
Procurando revelar-se,
Fala, misteriosamente, o Verbo Cósmico:
Realiza os fins do teu trabalho
Com a minha luz espiritual
Para que te sacrifiques através de mim.
37ª Semana (15-21 Dezembro) INVERNO K’ 37 (16) (11, 42)
Trazer a luz do Espírito
À noite invernal do Mundo,
Eis a felicidade a que aspira o meu coração;
Para que germens luminosos da Alma
Se enraízem nos fundos do Mundo
E o Verbo Divino ressoe na escuridão dos sentidos,
Transfigurando tudo o que existe.

38ª Semana (22 -28 Dezembro) NATAL L’ 38 (15) (12, 41)


Sinto, como despertando de um feitiço,
O filho do Espírito no seio da Alma;
Na luz do coração,
Engendrou o sagrado Verbo Cósmico
O fruto celeste da esperança
Que cresce, jubiloso, até aos confins do Mundo
A partir dos fundos divinos do meu ser.

39ª Semana (29 Dezembro-1 Janeiro) M’ 39 (14) (13, 40)


Entregue à revelação do Espírito,
Obtenho a luz do Ser Cósmico.
A força do pensamento cresce,
Clarificando-se, dá-me a mim mesmo
E, despertando, liberta-se em mim
O sentimento do Eu pelo poder do pensamento.
40ª Semana (5-11 Janeiro) N’ 40 (13) (14, 39)
E, estando nas profundidades do Espírito,
A partir dos mundos de amor do coração,
Nos fundos da minha Alma enche-se
A ilusão das minhas vãs particularidades
Com a força ígnea do Verbo Cósmico.

41ª Semana (12-18 Janeiro) O’ 41 (12) (15, 38)


O poder criativo da Alma
Procura no fundo do coração
Inflamar, na vida humana, as forças divinas
Que levam às boas acções
E a moldar-se a si mesmo
No amor e nas obras humanos.

42ª Semana (19-25 Janeiro) P’ 42 (11) (16, 37)


Nesta escuridão do Inverno
É a revelação da própria força
O impulso forte da Alma
Que, voltando-se para as trevas
Com a quentura do coração,
Pressente a revelação dos sentidos.
43ª Semana (26 Janeiro-1 Fevereiro) Q’ 43 (10) (17, 36)
Nas profundidades do Inverno
Aquece o verdadeiro ser do Espírito,
Confere, através das forças do coração,
O poder da existência à aparência do Mundo;
Desafiando o frio cósmico,
O fogo da Alma fortalece-se
No interior do ser Humano.

44ª Semana (2-8 Fevereiro) R’ 44 (9) (18,35)


Captando novas impressões dos sentidos,
A clareza da Alma, tendo presente
O nascimento do Espírito, agora consumado,
Preenche o confuso germinar do devir cósmico
Com a vontade criadora do meu pensamento.

45ª Semana (9-15 Fevereiro) S’ 45 (8) (19,34)


Consolida-se o poder do pensamento,
Aliando-se ao nascimento do Espírito;
Ilumina as ténues impressões dos sentidos
Até à completa clareza.
Quando a plenitude da Alma
Quer unir-se ao devir cósmico
Deve, a revelação dos sentidos,
Receber a luz do pensamento.
46ª Semana (16-22 Fevereiro) T’ 46 (7) (20,33)
O Mundo ameaça atordoar
A força inata da Alma;
Sobe agora em mim, Memória,
Brilhando nos fundos do Espírito
E fortalecendo em mim a Visão
Que, só pelo esforço da vontade,
Consegue manter-se a si própria.

47ª Semana (23 Fevereiro-1 Março) U’ 47 (6) (21,32)


Aspira a ressurgir do seio do Mundo,
Vivificando o brilho dos sentidos,
O prazer do crescimento.
Possa ele encontrar a força do meu pensamento,
Armado, através das forças divinas,
Que, poderosas, vivem dentro de mim.

48ª Semana (2-8 Março) V’ 48 (5) (22-31)


Na luz que, das alturas do Mundo,
Poderosamente quer afluir à Alma,
Aparece, segurança do pensar cósmico,
Resolvendo enigmas da Alma
E concentrando a força do teu brilho
No coração humano, despertando amor.
49ª Semana (9-15 Março) W’ 49 (4) (23,30)
Sinto a força do Ser Cósmico,
Assim fala a clareza do pensamento,
Lembrando o crescer do próprio Espírito
Nas noites escuras do Mundo
E voltando, para o dia cósmico que se aproxima,
Os raios de esperança do ser íntimo.

50ª Semana (16-22 Março) X’ 50 (3) (24, 29)


Fala ao Eu do Homem,
Em demonstração poderosa
E desprendendo as forças do seu ser,
A alegria de crescimento da existência cósmica:
Ao levar a ti a minha vida,
Soltando-a do encantamento,
Alcanço o meu verdadeiro fim.

51ª Semana (23, 29 Março) NA EXPECTATIVA DA PRIMAVERA Y’ 51 (2) (25, 28)


Para dentro do ser humano
Jorra a riqueza dos sentidos;
O Espírito Cósmico encontra-se a si mesmo
Na imagem reflectida do olhar humano,
O qual, desse mesmo Espírito,
Deve a sua força renovar.
52ª Semana (30 Março-6 Abril) Z’ 52 (1) (26, 27)
Quando, dos fundos da Alma,
O Espírito se dirige para a existência cósmica,
E a beleza desabrocha da imensidão do espaço,
Descem, dos longínquos céus,
Forças da vida, aos corpos humanos,
Unindo, poderosamente,
A essência do Espírito à existência do Homem.

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