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o 38 — 22 de Fevereiro de 2006
profissionais hospitalares e pelos coordenadores das e) Propor ao CNIM a mudança de área profis-
áreas profissionais de medicina geral e familiar, de saúde sional, nos termos do presente Regulamento;
pública e de medicina legal da respectiva zona, bem f) Apresentar ao CNIM as propostas conducentes
como por um elemento indicado pelas respectivas ARS a uma maior eficiência do internato;
e dois membros com vínculo ao SNS indicados pela g) Emitir parecer sobre os assuntos que lhe sejam
Ordem do Médicos. submetidos pelo CNIM.
2 — A operacionalidade de cada uma das comissões
regionais é garantida por uma comissão executiva, cons-
tituída no máximo por 12 elementos, distribuídos do Artigo 11.o
seguinte modo: Comissões regionais nas Regiões Autónomas
a) Directores de internato médico dos hospitais; As comissões regionais do internato médico das
b) Os coordenadores das áreas profissionais de Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira têm com-
medicina geral e familiar, de saúde pública e petências idênticas às das comissões regionais do inter-
de medicina legal; nato médico do continente e funcionam de acordo com
c) O membro indicado pela ARS, sendo que a zona as determinações específicas dos respectivos Governos
Sul integra os elementos indicados pelas ARS Regionais.
de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do
Algarve;
d) Os membros indicados pela Ordem dos Médi- SECÇÃO IV
cos, sendo um deles médico interno. Direcções e coordenações do internato médico
2 — Aos médicos indicados pela Ordem dos Médicos 5) Comunicar ao CNIM e à Ordem dos Médicos
para a verificação de idoneidades e capacidades for- quaisquer factos relevantes que ocorram no
mativas é facultado o tempo de serviço necessário para decurso do processo formativo, dando conhe-
o desempenho eficiente das suas funções. cimento à direcção do internato, às coordena-
3 — O desempenho das funções nos órgãos do inter- ções e às comissões regionais respectivas.
nato médico releva para efeitos curriculares.
CAPÍTULO IV
Artigo 19.o
Áreas profissionais e programas de formação
Responsabilidade pelas remunerações e encargos
1 — Constituem requisitos gerais de admissão: 1 — A programação das vagas a pôr a concurso tem
em conta as necessidades previsionais de médicos espe-
a) Licenciatura em Medicina por universidade por- cialistas em cada área profissional, obedecendo às ido-
tuguesa, respectiva equivalência ou reconheci- neidades e capacidades formativas disponíveis.
mento ao abrigo de lei especial ou acordo 2 — Em anexo ao aviso de abertura do concurso de
internacional; admissão ao internato médico são fixadas vagas por área
b) Nacionalidade portuguesa, de país que integre profissional de especialização e por estabelecimento e
a União Europeia ou, quando aplicável, auto- serviço de saúde, podendo ser, igualmente, identificadas
rização para o exercício das funções em ter- vagas protocoladas.
ritório português;
c) Inscrição na Ordem dos Médicos;
d) Aprovação na prova de comunicação médica. Artigo 41.o
Estabelecimentos de colocação
2 — Os médicos que não tenham ocupado a vaga que
lhes foi atribuída no âmbito de um concurso não podem A determinação dos estabelecimentos onde se realiza
candidatar-se a novo concurso durante o prazo de um o internato médico obedece ao mapa de idoneidades
ano, salvo se escolherem, após a prova de exame, vagas e capacidades formativas, tendo como limite a capa-
sobrantes. cidade formativa máxima aí prevista.
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SUBSECÇÃO II SUBSECÇÃO IV
Prova de exame Distribuição e colocação por áreas profissionais
1 — A prova de exame é de âmbito nacional e serve 1 — Na data e nos locais de afixação da lista definitiva
para ordenar os candidatos para escolha da área de classificação final dos candidatos são indicados a data
profissional. e o local em que estes devem manifestar as suas opções.
2 — A prova de exame realiza-se no 4.o trimestre de 2 — A escolha do estabelecimento e da especialidade
cada ano e incide sobre as matérias que constaram da pelos candidatos é feita de acordo com seguintes regras:
prova de ingresso no internato médico realizada em a) No aviso de abertura é indicado o número
2004, sem prejuízo de alteração, a elaborar em cola- máximo de vagas por área profissional de espe-
boração com a Ordem dos Médicos e divulgada com cialização, bem como a sua distribuição por esta-
pelo menos três anos de antecedência. belecimento e serviço de saúde;
3 — Todos os candidatos devem realizar esta prova b) Os candidatos escolhem a área profissional e
na data estabelecida pela Secretaria-Geral do Ministério o estabelecimento ou serviço, seguindo a lista
da Saúde, podendo haver segunda chamada para os can- de ordenação final da prova de exame de âmbito
didatos que justifiquem a falta, nos termos legais, nacional;
ficando estes limitados na escolha de áreas profissionais c) Os candidatos admitidos condicionalmente por
de especialização nos termos do artigo 101.o força do n.o 3 do artigo 44.o só podem escolher
vagas com as características referidas no n.o 2
Artigo 48.o do artigo 36.o
Classificação da prova
Artigo 52.o
A prova de exame do concurso é classificada na escala
de 0 a 100. Colocação dos candidatos
1 — A chave da prova de exame de âmbito nacional O internato médico inicia-se no dia 1 de Janeiro de
bem como o projecto de lista de classificação final e cada ano, podendo este prazo ser alterado por despacho
a lista de classificação final são afixados nas datas e do secretário-geral do Ministério da Saúde.
locais indicados no aviso de abertura.
2 — Os candidatos podem reclamar para um júri de CAPÍTULO VII
recurso no prazo de cinco dias a contar da data da
afixação da chave e do projecto de lista classificação Regime e condições de trabalho
final.
3 — O júri de recurso dispõe do prazo de 10 dias
para decidir as reclamações. SECÇÃO I
4 — Findo este prazo, o júri da prova do exame ela- Regime de trabalho
bora a ordenação definitiva dos candidatos, tendo em
consideração as decisões do júri de recurso. Artigo 54.o
5 — O júri de recurso, distinto do referido no
artigo 46.o deste Regulamento, é composto por um pre- Princípios gerais
sidente e por pelo menos quatro vogais, designados de 1 — Os internos do internato médico são colocados
entre médicos indicados pela Ordem dos Médicos com mediante contrato administrativo de provimento ou
vínculo ao SNS, todos nomeados por despacho do secre- nomeação em regime de comissão de serviço extraor-
tário-geral do Ministério da Saúde. dinária, caso sejam funcionários públicos.
2 — Aos médicos que frequentam o internato médico
Artigo 50.o aplica-se, com as excepções previstas neste Regula-
mento, o regime de férias, faltas e licenças em vigor
Ordenação final dos candidatos
na função pública para o pessoal em regime de contrato
1 — A ordenação final dos candidatos é realizada de administrativo de provimento, sem prejuízo do regime
acordo com a classificação obtida na prova de exame aplicável aos médicos do SNS.
de âmbito nacional. 3 — O regime de trabalho durante o internato médico
2 — Em caso de igualdade na classificação final dos implica a prestação de quarenta e duas horas por
candidatos, prefere o candidato com classificação mais semana.
elevada na licenciatura em Medicina. 4 — Os médicos internos devem dedicar à formação
3 — Se subsistirem empates após a aplicação do teórica e prática toda a sua actividade profissional,
número anterior, procede-se a sorteio presidido pelo estando impedidos de acumular outras funções públicas,
júri da prova de exame, que elabora a respectiva acta. salvo funções docentes, ao abrigo do Decreto-Lei
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entre os serviços que possuam idoneidade for- 5 — É da responsabilidade do presidente do júri, atra-
mativa na respectiva área profissional e que, vés dos serviços administrativos do seu estabelecimento,
nessa época, não apresentem candidatos a ava- o envio dos currículos dos candidatos aos restantes mem-
liação final; bros do júri, bem como de toda a restante informação
d) No caso de não haver serviços nas condições pertinente para a realização das provas.
enunciadas na alínea anterior, o sorteio incidirá 6 — Os programas de formação das diversas áreas
sobre todos os serviços idóneos; profissionais podem conter regras de avaliação diferen-
e) O CNIM remete à Ordem dos Médicos a relação tes das previstas no presente capítulo no que diz respeito
de todos os médicos internos a avaliar, bem a pormenores particulares sobre momentos, métodos
como a identificação dos locais de realização e instrumentos da avaliação final.
das provas, até 30 de Setembro, para a época 7 — As provas de avaliação final são classificadas na
de Janeiro, e até 31 de Março, para a época escala de 0 a 20 valores e resultam da média aritmética
de Junho; da classificação atribuída por cada um dos elementos
f) A Ordem dos Médicos indica os membros do do júri, sendo este valor arredondado para a décima
júri até 31 de Outubro, para a época de Janeiro, mais próxima, considerando-se apto o médico interno
e até 30 de Abril, para a época de Junho, obede- que obtenha uma classificação igual ou superior a
cendo ao disposto no n.o 1 do presente artigo. 10 valores.
1 — O júri só pode funcionar quando estiverem pre- 1 — A prova de discussão curricular destina-se a ava-
sentes todos os seus membros, devendo as respectivas liar o percurso profissional do candidato ao longo do
deliberações ser tomadas por maioria e sempre por vota- processo formativo, consistindo na apreciação e discus-
ção nominal. são do curriculum vitae apresentado pelo candidato.
2 — Em qualquer uma das provas, o candidato deve 2 — A classificação atribuída a esta prova por cada
ser interrogado, no mínimo, por três elementos do júri. um dos elementos do júri é fundamentada pela utilização
3 — Os júris elaboram actas de cada uma das provas, de um suporte onde constam os elementos a valorizar
nas quais devem constar as classificações atribuídas, res- e que são, entre outros, os seguintes:
pectiva fundamentação e classificação final.
4 — Às actas são apensados os suportes de avaliação a) Descrição e análise da evolução da formação
utilizados em cada uma das provas autenticadas pelo ao longo do internato, com incidência sobre os
júri. registos de avaliação contínua previstos no n.o 3
do artigo 66.o;
b) Descrição e análise do contributo do trabalho
Artigo 78.o
do candidato para os serviços e funcionamento
Responsabilidade pelos encargos dos mesmos;
1 — O pagamento das ajudas de custo e das deslo- c) Frequência e classificação de cursos cujo pro-
cações dos membros do júri compete ao estabelecimento grama de formação seja de interesse para a área
de origem de cada um dos seus membros, mediante profissional de especialização;
comprovação escrita emitida pela instituição onde se d) Publicação ou apresentação pública de traba-
realiza cada avaliação final. lhos;
2 — Compete ao estabelecimento onde se realizam e) Trabalhos escritos e ou comunicados, feitos no
as provas prestar todo o apoio logístico necessário à âmbito dos serviços e da área profissional de
realização da avaliação final. especialização;
f) Participação, dentro da área de especialização,
na formação de outros profissionais;
SECÇÃO III g) Actividades desenvolvidas de acordo com o pre-
visto no artigo 27.o do presente Regulamento.
Provas de avaliação final
3 — A argumentação da prova de discussão curricular
Artigo 79.o tem a duração máxima de duas horas, cabendo metade
Calendário e organização das provas do tempo ao júri e a outra metade ao candidato, devendo
cada membro do júri fundamentar a avaliação e clas-
1 — Antes do início de cada época de avaliação final, sificação atribuídas em cada um dos elementos da dis-
o CNIM publicita o serviço onde se realizam as provas cussão curricular.
de cada especialidade, bem como a constituição do júri. 4 — A falta de apresentação do curriculum vitae no
2 — É da responsabilidade do presidente do júri a prazo estabelecido no n.o 4 do artigo anterior é equi-
definição do calendário das provas de avaliação final, parada à falta de comparência às provas, nos termos
o qual será publicitado atempadamente. previstos no artigo 85.o do presente Regulamento.
3 — A avaliação final do internato médico é cons- 5 — A falta de aproveitamento dos internos nesta
tituída por provas públicas, nos termos estabelecidos prova pode implicar a revisão da idoneidade formativa
nos artigos 74.o e seguintes, realizadas por essa ordem,
sendo qualquer delas eliminatória. do respectivo estabelecimento ou serviço.
4 — Para a prestação das provas de avaliação final,
o médico interno deve endereçar aos serviços adminis- Artigo 81.o
trativos do estabelecimento a que pertence o presidente Prova prática
do júri, até 10 de Janeiro ou até 20 de Maio, consoante
a época, sete exemplares do curriculum vitae, que pode- 1 — A prova prática destina-se a avaliar a capacidade
rão ser remetidos em formato electrónico. do médico interno para resolver problemas e actuar,
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assim como reagir em situações do âmbito da área pro- 2 — A argumentação da prova teórica tem a duração
fissional de especialidade, dela constando a observação máxima de duas horas e trinta minutos, cabendo metade
de um doente, a elaboração de história clínica e sua do tempo ao júri e a outra metade ao candidato, devendo
discussão ou análise de casos, com elaboração de rela- este ser interrogado por, pelo menos, três elementos
tório e sua discussão, conforme aplicável e de acordo do júri.
com os programas de formação.
2 — Todas as provas que envolvam doentes devem
SECÇÃO IV
cumprir os princípios éticos necessários, nomeadamente
no que diz respeito ao seu consentimento. Classificação e aproveitamento
3 — Aplicam-se ainda as seguintes regras:
a) O doente referido no n.o 1 é sorteado, no pró- Artigo 83.o
prio dia em que se realiza a prova, de entre Classificação da avaliação final
um número mínimo de três doentes, escolhidos
pelo júri; A classificação da avaliação final resulta da média
b) A observação do doente, efectuada na presença aritmética das classificações obtidas nas provas curri-
de, pelo menos, um dos membros do júri alheio cular, prática e teórica, sendo este valor arredondado
à instituição, não se poderá prolongar para além para a décima mais próxima, cumprindo-se o disposto
de uma hora e trinta minutos, podendo o can- no n.o 3 do artigo 79.o
didato, no decurso da observação, tomar as
notas que entenda necessárias; Artigo 84.o
c) Terminado o período de tempo destinado à
observação do doente, o candidato redige a his- Classificação final do internato
tória clínica, dispondo de noventa minutos para 1 — A classificação final atribuída pelo júri ao médico
a sua conclusão; interno assim como a classificação em cada uma das
d) A história clínica a que se refere o número ante- provas são afixadas em local público do serviço onde
rior deve conter a anamnese, o resultado da se realizam, dispondo o médico interno de 10 dias úteis
observação, as hipóteses diagnósticas mais pro- para exercer o seu direito de reclamação para o júri.
váveis, bem como a sua discussão; 2 — Decorrida a tramitação referida no número ante-
e) O candidato deve ainda elaborar uma listagem rior, a classificação final atribuída ao médico interno
justificada de exames complementares ou espe- deve constar da lista homologada pelo CNIM.
cializados que considere necessários a um 3 — A lista classificativa final do internato médico,
melhor esclarecimento da situação clínica em depois de homologada pelo CNIM, é afixada em local
causa; público no serviço de colocação dos médicos internos,
f) O relatório e a lista de exames complementares que dispõem de 10 dias úteis, após a afixação, para
ou especializados são entregues ao júri, que os exercer o seu direito de recurso para o secretário-geral
encerra em envelope nominal, rubricado pelos do Ministério da Saúde.
intervenientes na prova; 4 — A obtenção pelo candidato de média inferior a
g) O júri fornece ao candidato os resultados dos 10 valores será comunicada, pela direcção ou coorde-
estudos requisitados, sempre que estes constem nação do internato, à respectiva comissão regional,
no processo clínico do doente; sendo desencadeados os mecanismos previstos no
h) O candidato dispõe de sessenta minutos para, artigo 86.o
face aos elementos fornecidos pelo júri, elaborar
um breve relatório, do qual devem constar o Artigo 85.o
diagnóstico mais provável, o respectivo plano
Falta de comparência
terapêutico e o prognóstico e plano de segui-
mento. 1 — A falta de comparência às provas de avaliação
final por parte do candidato em qualquer dos dias de
4 — Os relatórios elaborados pelos candidatos são prova em que seja exigida a sua presença determina
entregues ao júri, que os encerrará em envelope nomi- a falta de aproveitamento no internato e a cessação
nal, rubricado pelos intervenientes nas provas, sendo do contrato administrativo de provimento ou da comis-
posteriormente abertos na presença do candidato no são extraordinária de serviço, salvo se aceite como jus-
início da discussão. tificada por motivo de doença, maternidade, paterni-
5 — A discussão do relatório é feita, no mínimo, por dade ou por motivo de força maior.
três elementos do júri e tem a duração máxima de 2 — A falta justificada de comparência às provas de
noventa minutos, cabendo metade deste tempo ao júri avaliação final determina a realização das provas na
e a outra metade ao candidato. época seguinte e deve ser comunicada pela direcção
ou coordenação do internato médico à respectiva comis-
são regional, aplicando-se o disposto no n.o 5 do
Artigo 82.o artigo 75.o
Prova teórica
Artigo 86.o
1 — A prova teórica destina-se a avaliar a integração
Falta de aproveitamento
e o nível de conhecimentos do candidato e reveste a
forma oral, podendo parcial ou totalmente ser substi- 1 — O serviço que tenha aprovado um candidato que
tuída por uma prova escrita ou por teste de escolha não tenha obtido aproveitamento na prova de avaliação
múltipla, conforme o estabelecido no programa de final poderá ser sujeito a um processo especial de revisão
formação. de idoneidade formativa.
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2 — O médico interno classificado com média inferior nacionais ou estrangeiros, desde que correspondam a
a 10 valores deverá frequentar um programa intensivo habilitações de idêntica natureza, nos termos estabe-
de formação, com conteúdo formativo a definir pelo lecidos nos artigos seguintes.
júri, durante um período máximo de seis meses, após
o qual se submete a nova avaliação final.
3 — Cessa de imediato o vínculo contratual do médico Artigo 91.o
interno que, na sequência do processo referido no Equivalência parcial
número anterior, obtenha classificação final inferior a
10 valores. 1 — As equivalências parciais ao internato médico
4 — Ao médico interno que se encontre na situação apenas podem ser requeridas por médicos que nele
referida no número anterior é facultada a possibilidade tenham sido admitidos nos termos deste Regulamento.
de requerer, ao secretário-geral do Ministério da Saúde, 2 — A concessão de equivalência de estágios é homo-
a realização de prova de avaliação final definitiva. logada pelo secretário-geral do Ministério da Saúde,
5 — O prazo para formalização do requerimento refe- mediante parecer técnico da Ordem dos Médicos.
rido no número anterior é de um ano a partir da data 3 — Em caso de parecer negativo, são indicadas as
da prova a que se refere o n.o 2. insuficiências formativas encontradas e o modo de as
colmatar, nomeadamente em termos de tempo de
formação.
CAPÍTULO X
Obtenção do grau de assistente Artigo 92.o
Instrução do pedido de equivalência
Artigo 87.o
1 — A equivalência a estágios do internato médico
Obtenção do grau de assistente
é solicitada mediante requerimento entregue na Secre-
A aprovação na prova de avaliação final do internato taria-Geral do Ministério da Saúde e cópia entregue
médico confere o grau de assistente na respectiva área na Ordem dos Médicos do qual devem constar:
profissional. a) Os estágios a que é requerida equivalência;
b) O programa ou curso em que se integraram;
Artigo 88.o c) O estabelecimento onde foram realizados;
Diploma d) A área profissional a que dizem respeito.
1 — A aprovação final no internato médico é com- 2 — O requerimento é instruído com os elementos
provada por diploma, conforme modelo constante do curriculares e documentos comprovativos da frequência
anexo II deste Regulamento, emitido pelo secretário- e da classificação, se atribuída, podendo ser solicitados
-geral do Ministério da Saúde, mediante requerimento ao candidato elementos adicionais considerados neces-
do interessado. sários para apreciação do pedido, nomeadamente docu-
2 — De cada diploma é exarado registo na Secre- mentos comprovativos das condições de admissão, regu-
taria-Geral do Ministério da Saúde. lamentos e programas de estudos ou de formação.
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
Equivalências de formação
Disposições finais e transitórias
SECÇÃO I
SECÇÃO I
Equiparação ao grau de assistente
Ano comum
Artigo 89.o
Reconhecimento de diplomas, certificados Artigo 93.o
ou outros títulos
Noção
Pode ser concedida equiparação ao grau de assistente, 1 — O internato médico tem um período de formação
designadamente através do reconhecimento de diplo- inicial, designado por ano comum, com a duração de
mas, certificados ou outros títulos obtidos no estran- 12 meses.
geiro, ao abrigo de directivas comunitárias ou outros 2 — O ano comum realiza-se em estabelecimentos e
acordos ou tratados internacionais. serviços que possuam idoneidade formativa para realizar
a formação inicial.
SECÇÃO II
Equivalências Artigo 94.o
Admissão
Artigo 90.o
Princípios gerais
Enquanto vigorar o ano comum, o ingresso no inter-
nato médico obedece ao previsto no capítulo VI do pre-
Podem ser concedidas equivalências pela Ordem dos sente Regulamento, com as alterações constantes dos
Médicos a estágios frequentados em estabelecimentos artigos seguintes.
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Para além dos documentos constantes do n.o 2 do A lista de colocação dos candidatos na formação espe-
artigo 43.o do presente Regulamento, os requerimentos cífica, organizada por estabelecimentos ou serviço de
de admissão ao concurso devem ser acompanhados de saúde, é homologada por despacho do secretário-geral
indicação, por ordem de preferência, das opções de colo- do Ministério da Saúde e comunicada aos estabeleci-
cação no ano comum. mentos e serviços.
Os candidatos à frequência do ano comum são dis- 1 — O ano comum e a formação específica iniciam-se
tribuídos pelos estabelecimentos e serviços de saúde por no dia 1 de Janeiro de cada ano, podendo tal prazo
ordem decrescente da nota de classificação final da licen- ser alterado por despacho do secretário-geral do Minis-
ciatura em Medicina, de acordo com as suas opções tério da Saúde.
de colocação, procedendo-se, em caso de igualdade da 2 — A formação específica pode iniciar-se em data
nota obtida, a sorteio, presidido pelo secretário-geral posterior à prevista no número anterior nas situações
do Ministério da Saúde, sendo lavrada acta para o efeito. constantes dos artigos 56.o e 86.o, com as devidas
adaptações.
Artigo 99.o
Colocação dos candidatos
Artigo 104.o
Lista de distribuição
A lista de colocação dos candidatos para a frequência
do ano comum é homologada por despacho do secre- A distribuição dos candidatos consta de lista, que é
tário-geral e comunicada aos estabelecimentos e serviços afixada nos locais de recepção das candidaturas, dis-
pela Secretaria-Geral do Ministério da Saúde. pondo aqueles de um prazo de cinco dias para reclamar
da mesma.
Artigo 100.o
Realização dos estágios
SECÇÃO II
Artigo 107.o
Programas do internato
ANEXO I
Anatomia patológica.
Anestesiologia.
Angiologia/cirurgia vascular. REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
Cardiologia.
Cardiologia pediátrica.
Assembleia Legislativa
Cirurgia cardiotorácica.
Cirurgia geral.
Cirurgia maxilofacial. Resolução da Assembleia Legislativa
Cirurgia pediátrica. da Região Autónoma dos Açores n.o 1/2006/A
Cirurgia plástica, estética e reconstrutiva. Conta da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2003
Dermatovenereologia.
Doenças infecciosas. A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos
Endocrinologia/nutrição. Açores resolve, nos termos dos artigos 227.o, n.o 1, alí-
Estomatologia. nea p), e 232.o, n.o 1, da Constituição da República
Gastrenterologia. Portuguesa e da alínea b) do artigo 32.o do Estatuto
Genética médica. Político-Administrativo, aprovar a Conta da Região
Ginecologia/obstetrícia. Autónoma dos Açores referente ao ano de 2003.
Hematologia clínica.
Imunoalergologia. Aprovada pela Assembleia Legislativa da Região
Imuno-hemoterapia. Autónoma dos Açores, na Horta, em 25 de
Medicina física e de reabilitação. Janeiro de 2006.
Medicina geral e familiar.
O Presidente da Assembleia Legislativa, Fernando
Medicina interna.
Manuel Machado Menezes.
Medicina legal.
Medicina nuclear.
Nefrologia. Presidência do Governo
Neurocirurgia.
Neurologia. Decreto Regulamentar Regional n.o 11/2006/A
Neurorradiologia.
Oftalmologia. A Assembleia Municipal da Praia da Vitória aprovou,
Oncologia Médica. em 28 de Janeiro de 2005, o respectivo Plano Director
Ortopedia. Municipal.
Otorrinolaringologia. Agindo em conformidade, a Câmara Municipal da
Patologia clínica. Praia da Vitória desencadeou o processo de ratificação
Pediatria. daquele instrumento de planeamento.
Pneumologia. O Plano Director Municipal da Praia da Vitória,
Psiquiatria. adiante designado por Plano, viu iniciada a sua elabo-
Psiquiatria da infância e da adolescência. ração e respectivo acompanhamento por uma comissão
Radiodiagnóstico. técnica, nos termos do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de
Radioterapia. Março, que emitiu parecer final favorável ao Plano.