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FORTALEZA – CEARÁ
2010
FRANCISCO CÉLIO DA SILVA SANTIAGO
FORTALEZA - CEARÁ
2010
S234p Santiago, Francisco Célio da Silva.
87p., il.
CDD: 001.6
FRANCISCO CÉLIO DA SILVA SANTIAGO
Aprovada em 11 / 05 / 2010
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Gilvanise de Oliveira Pontes (UECE/MPCOMP)
Presidente (Orientadora)
__________________________________________________________
Prof. Dr. José Rogério Santana (UFC)
Membro externo
__________________________________________________________
Profa. Dra. Ivoneide Pinheiro de Lima (UECE)
Membro externo
Dedico à Trindade Pai, Filho e Espírito Santo, pela
iluminação e sabedoria concedida.
À Virgem Maria, mãe de Deus.
Aos meus queridos pais, que me acolheram nova-
mente.
À minha amada esposa, pela força e compreensão.
Às minhas filhas, pela admiração.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Profa. Maria Gilvanise de Oliveira Pontes e ao prof. José Rogério San-
tana, que perceberam e compreenderam importância da pesquisa aqui desenvolvi-
da.
Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre Sistemas de Informação, banco de da-
dos para gestão de arquivos eclesiásticos e a metodologia da digitalização e desen-
volvimento de um Sistema de Gestão para Arquivos Eclesiásticos – SIGAE, para o
Arquivo Diocesano de Tianguá - ADT. A atividade de arquivar documentos é antiga
na história da humanidade. As tecnologias da informática contribuem muito para a
sociedade reunir, recuperar, examinar e utilizar dados e informações com os mais
variados objetivos. Um Sistema de Informação é um conjunto composto por vários
componentes que permite produzir, recolher e armazenar os dados que constituem a
informação essencial para a grande maioria das tomadas de decisão, consultas e
pesquisas. Os documentos conservados em arquivos pela Igreja no Brasil são, na
maioria, de registros paroquiais de batizados, casamentos, tombo, óbitos e crismas.
Em muitos casos, são os únicos registros de pessoas até a segunda metade do séc.
XIX. Um Sistema para Gestão de Arquivo Eclesiástico é um conjunto de procedi-
mentos e operações técnicas, característico do sistema de gestão arquivística de
documentos, processado por computador específico para acervos diocesanos, paro-
quiais e congregacionais. A pesquisa bibliográfica e o desenvolvimento deste traba-
lho se fundamentam em Belloto (2007), Ferauche (2006), Camolesi Jr. (2003), CO-
NARQ (2006a, 2006b), dentre outros. A implementação do projeto aconteceu na ci-
dade de Tianguá – Ceará, a 320 Km de Fortaleza. O Arquivo Diocesano de Tianguá
reúne 412 livros de registros; destes, sete são de anotações sobre os óbitos ocorri-
dos nas paróquias de Viçosa do Ceará, São Benedito e Ibiapina. O objetivo primeiro
em se gerar um Sistema de Informação para Gestão de Arquivo Eclesiástico é o de
conservar o valioso patrimônio das igrejas, a fim de permitir seu acesso e consulta.
O processo de digitalização, através de fotos, foi feito nos sete livros de registro de
óbitos do período de 1875 a 1903. O resultado previsto é o de facilitar as pesquisas
no Arquivo Diocesano de Tianguá, através de um protótipo de banco de dados e do
acesso ao conteúdo digitalizado. Pretende-se, com os resultados desta pesquisa e
projeto, contribuir com um método para a criação e a implementação de sistemas de
gestão de arquivos eclesiásticos para o uso da própria Igreja e, sobretudo, como
fonte de informação aberta para pesquisa, consulta e estudos.
ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................13
REFERÊNCIAS.........................................................................................................86
13
1. INTRODUÇÃO
A escolha dos livros de óbitos deu-se porque, nos registros lá anotados, estão
informações interessantes para o desenvolvimento de vários tipos de pesquisas,
desde as da área de linguística até as da sociológica. Ao ler os assentamentos,
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percebe-se que naqueles livros de óbitos a vida pulsa nas anotações e nas páginas,
algo fascinante para quem tem amor à pesquisa e ao conhecimento.
A digitalização, através de foto digital, foi a escolhida pelo fato de ser a mais
acessível e menos onerosa para execução. Em testes realizados, usaram-se um
tripé e uma câmera digital de 10.2 mega pixels. O livro ficou sobre uma mesa e a
estrutura tripé-câmera foi ajustada fixa a uma altura de 50 cm superior à da mesa no
plano paralelo.
Com o emprego da resolução de 10,2 mega pixels nas fotos, ressalta-se que
o resultado final e a qualidade ficaram superiores às orientações do Conselho
Nacional de Arquivos (CONARQ). As fotos foram transferidas para um computador
da chancelaria diocesana e gravadas em CD.
1
Portable Document Format
20
2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
b) Tratamento dos dados: esta fase é composta pelas etapas de correção dos da-
dos e codificação no computador, de forma a padronizar a mesma lógica para toda a
instituição.
22
c) Armazenamento dos dados: a informação gerada pelos dados deve ser guarda-
da pela instituição para ser acessada e utilizada facilmente. Podem ser criadas vá-
rias bases de dados em função das necessidades; é importante não esquecer a có-
pia de segurança, pois a informação que uma instituição insere no seu Sistema de
Informação tem um valor incomensurável.
Em 1897, Rudolph Diesel projetou o motor que ainda hoje leva seu nome,
embora sua aplicação só tenha acontecido em 1935 quando, Charles Katerring, tor-
nou-o um motor capaz de ser utilizado como unidade propulsora em navios, motores
e outros equipamentos. Em 1906, os sistemas eletrônicos surgiram com a invenção
da válvula pelo norte americano Lee de Forrest. Entre 1907 e 1910, o bioquímico,
Paul Erlich, desenvolveu a teoria da quimioterapia, controle dos microorganismos
bacterianos através de compostos químicos. Ele próprio desenvolveu a primeira
droga antibacteriana para o controle da sífilis. Porém as sulfas, que são as aplica-
ções da quimioterapia, só chegaram ao mercado em 1936.
Uma definição bem simples de dado foi formulada por Setzer (1999) quando
identificou dado como uma abstração formal que pode ser representada e transfor-
mada por um computador. Assim, tem-se que um dado é uma entidade matemática
que pode ter ordem e obedecer a regras, ou seja, é sintático.
[...] É uma abstração informal, pois não pode ser formalizada por uma
teoria lógica ou matemática, que está na mente de alguém, com uma
representação de algo significativo para essa pessoa. Por exemplo, a
frase "Paris é uma cidade fascinante" é uma informação, desde que
seja lida ou ouvida por alguém que entenda que "Paris" é a cidade
capital da França, etc e que "fascinante" tenha a qualidade usual e in-
tuitiva associada com essa palavra. (FERAUCHE, 2006, p. 11)
tadores, porém ela é armazenada não como informação, mas na forma de dado que
é uma representação de uma informação. Essa representação é chamada de trans-
formação sintática.
Por outro lado, dados - desde que não criptografados, isto é inteligí-
veis -, são sempre incorporados por alguém como informação, por-
que os seres humanos (adultos) buscam normalmente por significa-
ção e entendimento. Não se pode formalmente definir "significação",
mas entendida como um conceito mental de cada pessoa. Por exem-
plo, quando vê um objeto com certo formato e se diz que ele é "circu-
lar", está se fazendo uma associação mental de sua forma ao concei-
to de círculo. Ou seja, nosso pensamento é um órgão de percepção
de conceitos.
Esse tipo de sistema específico para arquivo eclesiástico deve ter, como ca-
racterísticas, alguns dos seguintes requisitos arquivísticos, fundamentando-se nas
orientações do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ)2:
2
CONARQ. Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos - e-ARQ
Brasil. Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos, 2006.
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Este capítulo aborda a origem dos arquivos eclesiásticos e suas relações com
computadores e com a própria Igreja; apresenta a Diocese de Tianguá e suas carac-
terísticas política, econômica e eclesiástica; detalha o Arquivo Diocesano de Tian-
guá; transcreve fragmentos dos registros dos livros de óbitos; conceitua a gestão ar-
quivística, documento digital; e explana sobre os processos que um sistema de ges-
tão arquivística deve ter.
Na Bíblia encontra-se no livro de Esdras (6,1), escrito entre 456 e 444 a.C.,
que "por ordem do rei Dario, fizeram-se pesquisas nos tesouros onde estavam guar-
dados os arquivos, na Babilônia” (BÍBLIA DE JERUSALEM, 2002, p. 256).
Os gregos criaram os seus arquivos por volta do ano 400 a.C. No ano 350
a.C. os documentos oficiais passam a concentrar-se no Templo de Cibele.
3
LAN: Local Area Network
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O próprio Bispo diocesano, conforme o cânon 491 § 3, deve, além disso, pro-
ver esse arquivo de um regulamento que lhe permita o funcionamento correto em
relação à sua finalidade específica.
O primeiro bispo diocesano foi Dom Frei Timóteo Francisco Nemésio Pereira
Cordeiro, OFM Cap., que tomou posse no dia 22 de agosto de 1971. Depois de 19
anos de estruturação e formação da diocese, Dom Timóteo faleceu, em 20 de março
de 1990.
Dom Frei Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR, foi o segundo e atual
bispo diocesano. Nomeado pelo Papa João Paulo II, no dia 06 de março de 1991,
Tomou posse em Tianguá no dia 24 de junho de 1991.
Aos dois de fevereiro de mil oitosentos oitenta e seis nesta fregezi de Nossa Senho-
ra d’Assumpção da Viçoza faliçeo de veruga no rosto encaza de sua rezidencia adul-
ta Raimunda Maria do Espirito Santo com idade (secenta anos) viuva por falicimento
de Antonio Thomais de Araujo e no dia seguinte sipultou-se envolta em branco neste
simiterio publico de São Miguel desta cidade.
???
Aos três de maio de mil oito centos e oitenta e sete nesta freguezia de Nossa Semjo-
ra de Assumpção faliceu de (parto) em sua caza adulta Maria Marcolina cazada que
era com José Alves da Silva livre brazileira serviço domestico com idade (trinta e um
annos) no dia seguinte sepultou se em habito ??? branco neste simiterio publico de
São Miguel desta cidade fiz este lançamento que assigno.
???
João Marques Vianna, pardo, casado com Veneranda Maria da Conceição, natural
da parochia de Granja, faleceu nesta villa, na idade de sessenta annos, aos trinta
dias do mez de Abril de mil , oito centos e oitenta e três, e foi no dia seguinte sepul-
tado no cemitério publico desta mesma villa. Tinha recebido de mim, aos vinte e cin-
co do mesmo mez e anno, o sacramento da Penitencia e ??? dias depois, da Extre-
ma-Unção. E para constar lavrei este assento, que assigno. ??? Parocho Leandro
Teixeira Pequeno.
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Henrique de Salles Souza, casado que foi com Izabel Francisca Rodrigues, com trin-
ta e cinco annos de idade, faleceu n´esta villa aos quatorse de maio de mil oitocen-
tos e oitenta e cinco, e foi sepultado no dia seguinte, tendo sido encommendado.
Para constar fis este termo que assigno
Vigro Francisco Ignácio Costa Mendes
3.10.1 Captura
3.10.2 Registro
• data de produção;
48
3.10.3 Classificação
3.10.4 Indexação
3.10.6 Arquivamento
3.12.2 Auditoria
Uma solução para este problema foi apresentada com o advento da tecnolo-
gia em Bancos de Dados (BD). Uma definição mais precisa de banco de dados não
existe formalmente, contudo pode-se dizer que
A IBM, apesar de ter inventado o conceito original e o padrão SQL, não pro-
duziu o primeiro sistema comercial de banco de dados. O feito foi realizado pela Ho-
neywell Information Systems Inc., cujo sistema foi lançado em junho de 1976, mas
foi de uso restrito.
4
Linguagem de consulta estruturada
56
O padrão SQL passou da IBM para a ANSI (American National Standards Ins-
titute)5 e para a ISO, os quais formaram um grupo de trabalho para continuar o de-
senvolvimento. Esse desenvolvimento ainda acontece com as novas versões dos
padrões definidos.
Na década de 1980, tornou-se óbvio que existiam várias áreas em que ban-
cos de dados relacionais não eram aplicáveis, por causa dos tipos de dados envolvi-
dos. Essas áreas incluíam medicina, multimídia e física.
4.2 Os Metadados
Metadados são normalmente definidos como dados sobre os dados. Uma de-
finição mais exata é a que afirma que os metadados são uma abstração dos dados,
ou, ainda, dados de mais alto nível que descrevem dados de um nível inferior. Sem
metadados, os dados não têm significado.
5
Instituto Nacional Americano para Padrões
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a) metadados operacionais (do nível das aplicações): definem a estrutura dos dados
mantidos pelos bancos operacionais;
a) nome do autor;
b) nome do destinatário;
c) assunto;
d) data de produção;
e) data da transmissão;
f) data do recebimento;
g) data da captura ou arquivamento;
h) código de classificação;
i) indicação de anexo;
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Há programas que são obtidos gratuitamente, mas o usuário não poderá mo-
dificá-lo nem redistribuí-lo por causa da lei de copyright, o que implica na impossibi-
lidade de customização. Outra situação é o usuário pagar uma taxa para receber
cópia do software livre ou obtê-la sem custo algum.
6
Edital MCT/CNPq N º 14/2009 – Universal
59
Em 2007, João Tiago Jesus Santos e Lídia Maria Batista Brandão Toutain pu-
blicaram um artigo na revista Informação & Informação, da Universidade Estadual de
Londrina /PR, que apresentava uma investigação de softwares livres para a gestão
arquivística de documentos. Santos e Toutain (2007) analisaram cinco softwares
livres sob a luz da teoria arquivística, considerando as características de tratamento
documental fundamentadas pela Arquivologia.
7
http://www.archivista.ch/de/. Acesso em 05 jan 2010.
8
Portable Document Format
9
http://www.knowledgetree.com. Acesso em 06 jan de 2010.
61
10
http://www.maarch.org/telecharger. Acesso em 07 jan de 2010.
62
11
http://owl.anytimecomm.com/download. Acesso em 07 jan de 2010.
63
12
http://www.openged.com/telechargement.html. Acesso em 07 jan de 2010.
64
Alguns dos softwares analisados por Santos e Toutain já estão em novas ver-
sões e corrigiram as falhas existentes. Por serem softwares livres, eles têm como
característica principal o modelo colaborativo dos membros das comunidades que
contribuem com o desenvolvimento e o aprimoramento.
4.5 DigitArq 13
13
http://digitarq.pt/download/. Acesso em 09 jan de 2010.
14
http://www.keep.pt
65
DigitArq é uma plataforma livre e gratuita composta por seis aplicações distin-
tas, que vão da produção de auxiliares de pesquisa à publicação na Web do catálo-
go de descrição e objetos digitais, passando por digitalização e gestão de produtivi-
dade.
• Livro Nº 245 (1875-1879) - São Benedito: livro com 152 páginas, mas somen-
te 105 estão escritas. Faltam as folhas 101 e 102. As folhas 8 e 9 estão sol-
tas, porém conservadas.
• Livro Nº 246 (1879-1889) - São Benedito: livro com 145 páginas. As folhas
100 e 101 estão bastante estragadas e soltas. As folhas 46, 47 e 146 estão
em branco.
• Livro Nº 247 (1890-1897) - São Benedito: livro com 144 páginas bem conser-
vado. A folha 7 está com número repetido.
67
• Livro Nº 248 (1897-1906) - São Benedito: livro com 100 páginas. Está bem
conservado.
• Livro Nº 249 (1906-1914) - São Benedito: livro com 200 páginas. Está bem
conservado. Os registros estão escritos até a folha 188.
5.1 Digitalização
15
Este livro está identificado, erroneamente, como livro de batismo.
68
paralelo perfeito, foram colocados apoios nos livros para garantir bom posicionamen-
to para a captura digital das folhas.
O flash da máquina digital foi utilizado em todas as fotos. Para que não hou-
vesse a possibilidade da bateria da ES55 descarregar durante a digitalização, a má-
quina ficou com o recarregador da bateria ligado durante todo o processo.
O motivo para o uso do formato JPEG se justifica, pois este é o padrão nativo
da máquina ES55. Para não modificar as propriedades da matriz digital através de
software de conversão JPEG para TIFF, resolveu-se manter o formato e utilizar a
resolução máxima da máquina, o que não comprometeu a qualidade das fotos digi-
tais.
16
Joint Photographic Experts Group
17
Tagged Image File Format
69
Os livros eram levados para uma sala ao lado ao arquivo diocesano, individu-
almente. As fotos iniciavam-se com a capa e o adesivo de identificação do livro. Em
seguida, no plano paralelo, livro e máquina, as fotos eram realizadas. Essa disposi-
ção permitiu que a foto capturasse o livro aberto, isto é, cada foto mostra duas fo-
lhas, frente e verso de folhas distintas, respectivamente, conforme figura 1019.
18
Disponível em: <http://www.jpeg.org/> . Acesso em janeiro de 2010.
19
Nos livros de registros, cada página, frente e verso, é contada como uma folha.
70
O total do tempo da digitalização e transferência das 839 fotos tiradas dos se-
te livros de óbitos do Arquivo Diocesano de Tianguá foi de 15 horas, distribuídas em
três dias. A utilização da máquina digital e a disposição de livro e máquina em tripé
foram os fatores que permitiram essa excelente performance.
A escolha do formato PDF para o livro digital deu-se porque, em 2005, a ISO
adotou o padrão PDF/Archive - PDF/A - ISO 19005-1:2005, que assegura o acesso
a longo prazo. Em 2008, esse formato digital foi adotado como padrão ISO-3200,
permitindo visualizar o conteúdo nesse formato a partir de quase todo aplicativo ou
sistema operacional21.
Vários softwares livres de conversão de fotos para PDF foram verificados, en-
tre eles GPL ExpertPDF da empresa Visagesoft, FreePDFXP 3.07 e o PDFCreator.
20
Portable Document Format desenvolvido pela empresa Adobe em 1993.
21
Disponível em: http://www.adobe.com/br/products/acrobat/adobepdf.html.
71
O software escolhido foi o PDFCreator 0.9.9, por ter seu código aberto e a li-
cença ser da Fundação de Software Livre. Os autores são Philip Chinery e Frank
Heindörfer. Está disponível em http://www.sourceforge.net/projects/pdfcreator ou em
sites especializados em downloads. O tamanho do arquivo é de 16,8 MB. Sua inter-
face é em português, mas a ajuda está em inglês. Permite criptografar os PDFs ge-
rados e concatenar arquivos, isto é, reunir vários PDFs em um único arquivo. Esta
função foi muito útil, pois permitiu juntar as fotos digitais em um arquivo individual.
Ao se instalar o programa, é criada a impressora virtual PDFCreator. Já vem com o
Ghostscript, versão 8.70, incluso. Ghostscript é um intérprete para a linguagem
PostScript e para o formato PDF.
O código utilizado na identificação dos livros foi a letra L, seguida pelo número
do livro. Ex.: L245 = livro 245.
Um leitor de PDF deve estar instalado para se ter acesso ao arquivo gerado.
O leitor PDF Foxit, versão 3.0, foi o utilizado durante a implementação dos livros di-
gitais. Ele é de licença livre e seu download pode ser feito a partir do site
http://www.foxitsoftware.com.
Na janela que se abre, vai-se até o local onde estão os arquivos PDFs das
partes do livro que se quer reunir. É importante selecionar nesta janela a opção 'To-
dos os arquivos' em 'Arquivo do tipo', pois, por padrão, o PDFCreator procura arqui-
vos PostScript (ps).
1. Livro nº 152: 70 fotos. 66MB. Há fotos com dimensões 1872 x 2700, 1962 x
2770 e 3648 x 2736. O tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digi-
tal foi de 7 minutos. O livro digital ficou com 57,4 MB.
74
2. Livro nº 245: 108 fotos. 532,4 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensão. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 47 minutos. O
livro digital ficou com 76 MB.
3. Livro nº 246: 155 fotos. 766 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensões. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 1 hora e 5 mi-
nutos. O livro digital ficou com 119 MB.
4. Livro nº 247: 155 fotos. 767 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensões. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 1 hora e 10 mi-
nutos. O livro digital ficou com 124 MB.
5. Livro nº 248: 107 fotos. 529 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensões. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 41 minutos. O
livro digital ficou com 80,7 MB.
6. Livro nº 249: 199 fotos. 983 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensões. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 1 hora e 27
minutos. O livro digital ficou com 153 MB.
7. Livro nº 373: 43 fotos. 212 MB. Todas com 3648 x 2736 de dimensões. O
tempo que o PDFCreator levou para gerar o livro digital foi de 10 minutos. O
livro digital ficou com 32,3 MB.
5.4.1 Tabela
b) Série: campo texto de tamanho 50. Identificação do tipo de registros do livro: ba-
tismos, crismas, casamentos, tombo e óbitos.
77
c) Referência: campo texto de tamanho 50. Esse código é composto de três partes
principais; duas delas são determinadas, na sua configuração, pela Norma Interna-
cional e devem se fazer presentes em todos os níveis de descrição. São elas: código
do país22 e código da entidade custodiadora. No caso do Arquivo Diocesano de Ti-
anguá, sua referência é BR CEADT. Esse campo ficou com o índice de 'Chave pri-
mária'.
d) Livro nº: campo texto de tamanho 10. Identificação do livro como está numerado
no Arquivo Diocesano de Tianguá.
e) Título: campo texto de tamanho 100. Deve-se registrar o título original. Caso isso
não seja possível, deve-se atribuir um título elaborado a partir de elementos de in-
formação presentes na unidade que está sendo descrita.
f) Data inicial: campo texto de tamanho 50. Para a digitação da data de início dos re-
gistros do livro original.
g) Data final: campo texto tamanho 50. Para a digitação da data do último registro do
livro original.
22
O código BR obedece, como prescrito internacionalmente, à ISO 3166 Codes for the representation
of names of countries (BRASIL, 2006).
78
= série; nível 4 = dossiê ou processo; nível 5 = item documental. São admitidos ní-
veis intermediários, representados da seguinte maneira: acervo da subunidade cus-
todiadora = nível 0,5; subseção = nível 2,5; subsérie = nível 3,5. (BRASIL, 2006)
o) Identificação CD/DVD: campo texto de tamanho 50. Informação da mídia que con-
tém o livro digitalizado.
q) Livro Digital: campo texto de tamanho 50. Para a informação do caminho do livro
digital, isto é, do arquivo PDF. Este arquivo fica na pasta ADT gravada na unidade
C: do computador ou servidor que contém o SIGAE.
r) Data do registro: campo data. Para a digitação da data em que o livro foi registra-
do no SIGAE.
5.4.2 Formulário
5.4.3 Consulta
A consulta foi criada para facilitar a busca por livros específicos, embora, pelo
formulário, essa busca também seja possível, utilizando o comando 'Localizar'.
80
5.4.4 Relatório
Outros formatos podem ser utilizados para o relatório. O BrOffice Base 3.1
oferece 19 tipos de layouts para os dados e 10 formatos de layouts para cabeçalhos
e rodapés.
82
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse sentido, quanto aos padrões e formatos abertos, afirma-se que a ado-
ção de softwares livres está condizente com as resoluções e normas recomendadas
pelo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ e outros órgãos, nacionais e inter-
nacionais, competentes em Arquivística.
O atual arranjo segue uma sequência numérica linear. Esse formato faz com
que os novos livros não sejam colocados em conjunto com os demais, aqueles que
já estão classificados pelo local de proveniência, isto é, por paróquia.
A pesquisa não está encerrada. Ainda há muito a ser feito. Necessário se faz
desenvolver o SIGAE em um sistema de gerenciamento de banco de dados mais
robusto e seguro. Sugere-se o MySQL, pois a quantidade de dados é muito grande.
Ao ser finalizada toda a inclusão dos registros, o módulo de busca deve ser ágil, pa-
ra retornar à procura do termo em tempo hábil.
REFERÊNCIAS
BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1977.