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O que posso afirmar por minha conta e visão, sem entrar nos méritos das teses
dos muitos e gabaritados estudiosos das raízes da magia africana, é que a Umbanda
simboliza a mudança cíclica das práticas milenares fetichistas e anímicas, cuja
concepção e acurada preparação começaria muito antes do continente africano
ter existido como reduto das raças negras. As formas da magia começariam a ser
descobertas há mais ou menos 16 a 18 milhões de anos pelos lemurianos,
concomitantemente ao recente surgimento no mundo terreno daquela primeira raça
física.
A definição de magia não é tão simples como se pensa e diz. Se a magia está
implícita nas leis da natureza, e as leis da natureza não atuam somente no plano
físico, suas bases fundamentais se encontram, justamente, nas relações das causas
invisíveis. O homem, por conta de longuíssimas tradições dos povos, foi descobrindo
como manobrar com as forças duais ocultas, magnetizando-as e polarizando-as às
formas materiais para efeitos mais duradouros e eficientes. E como as relações de
almas e formas humanas não cessassem definitivamente, permanecendo envolvidas
nos grupamentos étnicos após os desenlaces físicos, e os encarnados também
convivessem com os entes da natureza, aprenderam a atraí-los e a mantê-los pelas
cercanias, através de rituais, trabalhos e fórmulas de invocação. Com isso, submetiam
tanto almas, formas espirituais humanas, inumanas, animais ou entes da natureza aos
serviços dos seus objetivos segundo suas necessidades, bem como, em muitos casos,
dissolviam-lhes as atrações com a Terra, libertando-os da servidão ou de obrigações
cármicas.
Para tal realizar-se, a cultura negra foi fundamental ao seu auxílio. Todos os
passos que os escravos deram no sentido de estabelecer seus cultos de magia e
fetichismos nas Américas foram acompanhados pelos missionários espirituais
responsáveis pelos implementos dessa idéia. Foi necessário não somente o
conhecimento dos fundamentos das forças e tradições dos orixás africanos, os
cuidados, oferendas e ritos como também que se estabelecesse a mescla com o
catolicismo, concebida pela inteligência dos próprios negros nas senzalas. Desse
modo, nesse sincretismo entre raízes africanas e européias, originou-se a inicial forma
popular de Umbanda no Brasil.
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Com relação à Banda, diz H.P.B.: “Bandha, do sânscrito: laço, vínculo, ligadura,
escravidão, a vida na Terra. Dita palavra, deriva da mesma raiz que Baddha”.
“Baddha: ligado, condicionado, como está todo mortal que não se acha livre por meio
do Nirvana (a liberação final)”.
Esse mesmo autor nos traz o fantástico subsídio com o seguinte trecho: “A
Umbanda nasceu com os séculos para maior aproximação do homem com seu
Criador. A Umbanda nasceu com o homem, e o acompanha através de sua existência
material e espiritual desde que o mundo é mundo. Pelas próprias palavras do Pai
Onipotente: TURIM-EVEI, TUMIM-UMBANDA, DARMOS, ditas pela boca de Seus
ministros, temos a certeza absoluta de que uma nova ordem baixará na Terra, ou seja:
“BAIXOU SOBRE A FACE DA TERRA, A LUZ DE UMBANDA”.
Banda = Divisão = Lado Oposto = Força do Mal = Pólo Negativo = Reino de Exu.
Sanat Kumara, ao longo de seu trabalho em nosso planeta veio a ter algumas
encarnações junto às raças para melhor apurá-las e determinar-lhes os rumos certos
da evolução. Uma de suas encarnações de que se têm notícias foi de ter sido
Melquisedek, o rei da Salém, com quem o grande iniciado Abraão se entrevistou e
dele obteve ordens e instruções, e possivelmente recebeu de suas mãos um dos livros
mais antigos do mundo, o Sepher Yetzirah, a fim de que realizasse um grande
trabalho, o que efetivamente realizou.
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Temos agora uma idéia do que seja orixá. E embora me tenha fixado na
cultura nigeriana, berço do idioma yorubá, o mais conhecido nos meios dos
candomblés e de Umbanda, outros povos africanos também cultuam orixás segundo
suas culturas e idiomas, atribuindo a eles a incorporação das forças da natureza.
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