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Um partido é, como todos sabem, uma agremiação social.

Há os
fundadores, aquelas pessoas que deram o sangue e o suor para o
formarem, muitas vezes deram um pouco mais, sacrificando o tempo com a
família e alguma economia, na intenção de construir uma plataforma de
ideias. Criaram um programa e definiram um curso de ação para chegar ao
poder. E há os que se achegam à carruagem, apenas quando ela já está em
movimento. Não se enganem, todos os partidos sonham com se não poder,
ao menos hegemonia política e de ideário. Se o dinheiro aparecer no meio
da história... melhor ainda! Se o partido não crescer, nem ascender
politicamente, impondo sua supremacia ideal sobre os demais, não enfrenta
muitos problemas e poucos se tornam simpáticos ao programa.

Uma tendência de um partido é o caciquismo, que se caracteriza pela


ascendência de uns sobre outros. No início esse processo ocorre
naturalmente, mas passados os anos se torna absolutamente heterodoxo.

Com a tendência/necessidade de um partido crescer, ele sente ser preciso


absorver práticas que não constavam em seu programa original.
Geralmente, se faz isto por cima de deserções. Os insatisfeitos se mudam e
se multiplicam quando um partido é "invadido" por pessoas cujas
tendências políticas não estavam previstas. Tomando o Partido dos
Trabalhadores como a legenda mais efervescente no momento, vemos, na
prática, como esse mecanismo funciona. Os "radicais" históricos foram
obrigados a se mudar para o PSOL e vocês conhecem o restante da história.
Não poucos se mudam, entretanto, em busca de maior espaço político.

Esse é um dos motivos pelos quais determinados representantes parecem


não concordar com as diretrizes, enquanto participam, por exemplo, de uma
inserção publicitária obrigatória ou quando não defende adequadamente as
premissas. É que a moldura não lhes cabe. Já pensou um empresário filiado
ao PT? Existem exemplares aos montes no Brasil. Ainda que alguém
filosofando possa raciocinar que empresário também trabalha. Ocorre que o
ideário petista era categórico ao dividir a sociedade entre proletariado (a
classe trabalhadora) e empresariado, leia-se classe opressora, reservando
ao primeiro grupo a possibilidade de ser um filiado e ao segundo desprezo.
Alguns descontentes partem para o confronto aberto. De forma que tais
mudanças nos paradigmas trazem sempre cisões.

Ás vezes não é preciso adesão, basta uma aliança para vencer um


determinado pleito pontual. Podemos pensar, por exemplo, em que
malabarismos Lula se obriga a fazer para elogiar Roseana Sarney ou Jader
Barbalho, pessoas cuja história destoa da de seu partido e foram
amplamente criticadas outrora. Aliás, o presidente já se auto-definiu como
uma metamorfose ambulante, o resto, então, se justifica.

Voltando ao cerne do post, resta clara a intenção de criar uma analogia com
as igrejas. Porque tudo que foi dito até aqui sobre os partidos, aplica-se
adequadamente às mesmas. Muitas foram fundadas com sangue, suor,
sonhos e lágrimas, sob cláusulas que se julgavam pétreas. O crescimento,
sempre ele, agregou pessoas e valores impensáveis, desfigurando a
organização. Assim é que, tomando como exemplo nossa querida
Assembléia de Deus, a vemos fragmentada em centenas de tendências.

O crescimento atraiu aproveitadores de vários naipes, especialmente os


operadores político-partidários. Por que é que vocês imaginam que Dilma
iria ao aniversário do Pr. José Weelington, senão pelo fato de nosso peso
institucional, para tirar um naco da popularidade e porque foi convidada e
“instruída” por algum figurão? Há quem defenda tal movimentação, pois
dela se aproveita. São deputados evangélicos, que crescem à sombra de
pastores e presidentes de campo, nutrindo ali uma verdadeira simbiose.

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