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Estimativa da Abundância de Onças-pintadas

Através do Uso de Armadilhas Fotográficas

Scott Silver, PhD


Coordenador de Levantamentos de Onça-Pintada
Programa de Conservação da Onça-Pintada
(Jaguar Conservation Program)

Traduzido por
Silvio Marchini
April 2005
Wildlife Conservation Society

CONTEÚDO

INTRODUÇÃO 3

COMO COMEÇAR 4

SELEÇÃO DAS CÂMERAS 7

DESENHO AMOSTRAL
As premissas da captura-recaptura 9

Ajuste fino do desenho amostral 12

INSTALAÇÃO DAS CÂMERAS NO CAMPO


Antes de instalar as câmeras 14

Seleção do local 17

Instalando as câmeras 18

Monitoramento das câmeras 20

PREPARO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 21

Programa CAPTURE 21
Estimativas de densidade 23
REFERÊNCIAS 27

APÊNDICE 1 28

2
INTRODUÇÃO

A metodologia aqui descrita baseia-se no trabalho originalmente aplicado ao estudo de

tigres na Índia em que Ullas Karanth e Jim Nichols usaram técnicas de captura e recaptura

(Karanth 1995; Karanth e Nichols 1998, 2002). Esta metodologia foi posteriormente usada

para estimar a abundância de outras espécies crípticas de felinos tais como onças-pintadas,

jaguatiricas e leopardos. Este documento apresenta uma introdução aos levantamentos de

abundância de onça-pintada através do uso de armadilhas fotográficas. Ele foi baseado nas

análises usuais de captura e recaptura para populações fechadas, considerando, porém, o

uso de câmeras fotográficas no lugar de armadilhas convencionais, e as manchas na

pelagem da onça-pintada para reconhecer “recapturas” nas fotografias. Com as datas

impressas nas fotografias, os pesquisadores podem medir dias ou blocos de dias como

eventos discretos de amostragem. A base teórica para a estimativa de abundância por

captura e recaptura não será discutida aqui. Para mais detalhes sobre esse tema, consulte

Karanth e Nichols (1998, 2002).

O objetivo de um estudo de captura e recaptura (ou, nesse caso, fotografado e

refotografado) é estimar o número de indivíduos dentro de uma área de amostragem. Para

se obter tal estimativa, é necessário primeiro estimar a probabilidade de captura com base

nas histórias de captura dos animais que são capturados pelo menos uma vez. O número de

animais na área amostral é estão estimado através da divisão do número total de animais

capturados pela probabilidade estimada de se capturar um animal pelo menos uma vez. A

técnica não precisa ser baseada em uma amostragem não-aleatória da área, ou seja, as

câmeras são montadas em um padrão determinado para maximizar a probabilidade de

captura para todos os animais dentro da área amostral. Quanto mais onças são fotografadas

3
e quanto maior a freqüência com que elas podem ser fotografas, mais robusta será a

estimativa de abundância.

Este protocolo deve ser considerado como um documento dinâmico. Inovações

tecnológicas e analíticas provavelmente resultarão em mudanças metodológicas e

modificações nas técnicas de análise.

COMO COMEÇAR

Antes de começar qualquer projeto de pesquisa, pesquisadores devem ter uma idéia clara da

informação que precisam obter para abordar suas questões em conservação. Antes de

investir em um levantamento por captura e recaptura fotográfica, os pesquisadores devem

estar certos de que abundância ou densidade é a medida que será, de fato, utilizada na

pesquisa.

Para a obtenção de uma estimativa de abundância através da relação fotografado/re-

fotografado (doravante chamada de “estimativa de armadilha fotográfica”), a equipe de

pesquisa deve dispor de certas informações e equipamento.

Requerimentos básicos:

1) Mapas ou conhecimento geográfico da área de estudo;

2) Acesso à área de estudo e meios de se deslocamento pela área de estudo que sejam

rápidos o suficiente para monitorar as armadilhas fotográficas antes que elas deixem de

funcionar (devido ao fim da bateria ou do filme fotográfico);

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3) Pelo menos uma idéia grosseira das características topográficas das áreas habitadas ou

dos lugares visitados pelo animal de estudo, assim como de suas rotas de locomoção;

4) Pessoal familiarizado com o funcionamento e a manutenção das armadilhas fotográficas

em número suficiente para que a instalação e o monitoramento das armadilhas sejam feitos

em tempo; e

5) Um número suficiente de armadilhas fotográficas para fotografar (isto é, “capturar”)

suficiente indivíduos da espécie-alvo para gerar uma estimativa estatística de abundância.

Itens desejáveis:

1) Alguém bastante familiarizado com a área de estudo;

2) Trilhas e estradas que facilitem o acesso à área de estudo;

3) Armadilhas fotográficas sobressalentes para substituições em casos de falha no

equipamento;

4) Uma idéia grosseira das taxas de captura da espécie-alvo;

5) Estimativas grosseiras da área de vida e alguma informação sobre biologia da espécie-

alvo;

6) Unidades portáteis de GPS

Antes de instalar as câmeras, faça um estudo piloto!

Como na maioria dos projetos de pesquisa, um estudo piloto é valioso nos trabalhos com

armadilhas fotográficas. As vantagens incluem:

Familiaridade com o equipamento – Um estudo piloto pode reduzir a perda de dados

valiosos que decorrem de erros na instalação e uso das armadilhas fotográficas. A prática

com o equipamento na área de estudo ajuda a minimizar erros tais como a instalação das

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câmeras apontando para direções que não correspondem aquela da rota de locomoção do

animal, ou a instalação das câmeras próximas demais ou distantes demais da rota, ou ainda

em ângulo inapropriado em relação ao animal, de modo que não seja possível uma clara

identificação das manchas na pelagem.

Avaliação realista da taxa de sucesso de captura – Permite que o pesquisador estime

quantas câmeras e que tamanho de área são necessários para uma amostragem que gere

dados suficientes para a análise de captura e recaptura.

Avaliação realista do esforço de monitoramento – A taxa com que o filme fotográfico e as

baterias devem ser substituídos depende de vários fatores. Ao se determinar quantos

animais (tanto da espécie-alvo quanto de outras espécies) são fotografados e quanto tempo

as baterias funcionam sob as condições de campo em questão, pode-se estimar a freqüência

com que você deverá visitar as câmeras para a manutenção de rotina, que inclui a

substituição de filmes e baterias. Além disso, você vai ser capaz de estimar a frequência de

falha do equipamento.

Treinamento de assistentes de campo – Mesmo que o pesquisador principal esteja

familiarizado com as armadilhas fotográficas, um período de testes permite que outras

pessoas da equipe desenvolvam suficiente nível de familiarização com seu uso. Ele permite

também que a equipe se familiarize com a logística necessária para a instalação e o

monitoramento e assegura que problemas de saúde ou acidentes com o pesquisador

principal não resulte no fracasso do levantamento.

Em suma, um estudo piloto ajuda a economizar tempo, esforço e recursos, ao mesmo tempo

que contribui para a maximização do número de capturas da espécie-alvo pelo

levantamento propriamente dito, o que resulta, por sua vez, em um aumento na acurácia da

estimativa de abundância.

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SELEÇÃO DAS CÂMERAS

Armadilhas fotográficas podem ser agrupadas em duas categorias – ativa e passiva – de

acordo com seu mecanismo de disparo.

Armadilhas fotográficas ativas:

Disparam quando um animal ou objeto cruza o feixe de luz infravermelha. Essas câmeras

raramente falham, mas são mais suscetíveis às capturas falsas, ou seja, aquelas disparadas

por folhas movidas pelo vento ou gotas de água da chuva. Dias particularmente chuvosos

ou com muito vento podem consumir filmes inteiros com fotos desperdiçadas.

Armadilhas fotográficas passivas:

Disparam quando um objeto cuja temperatura difere da temperatura ambiente penetra na

zona de detecção da câmera. Essas câmeras são menos propensas às capturas falsas, mas

são mais suscetíveis à “cegueira por calor” quando a temperatura ambiente sobe para níveis

comparáveis à temperatura corporal dos mamíferos. A incidência direta de luz solar agrava

esse problema.

Tradicionalmente, armadilhas fotográficas têm utilizado câmeras que usam filme

fotográfico. Armadilhas fotográficas com câmeras digitais foram recentemente lançadas

como uma nova opção para os pesquisadores. A possibilidade de eliminar o uso de filmes e

de aumentar o número de fotos armazenadas faz das câmeras digitais uma perspectiva

atraente para a pesquisa. Porém, dois obstáculos limitam seu uso nos levantamentos de

onça-pintada: 1) câmeras digitais em modo “pronto para disparar” consomem muita bateria.

Note que muitos fabricantes anunciam que as baterias duram de 2 a 3 meses. Porém, tal

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duração se refere ao modo “sleep”, que economiza baterias mas requer de dois a três

segundos para despertar ao detectar o animal; e 2) o “shutter lag”, ou seja, o tempo entre a

detecção do animal e o disparo da câmera, pode ser mais longo. Se for maior que 1

segundo, o animal pode já ter se afastado no momento do disparo da câmera.

Visto que diferentes modelos de armadilhas fotográficas apresentam características e

desenhos diferentes, a escolha de um modelo baseia-se geralmente em particularidades do

estudo no qual ele será empregado. A seguir, uma lista parcial de considerações para a

escolha da armadilha fotográfic.

Custo – Atualmente, os preços de armadilhas fotográficas vão de 50 a 500 dólares. Visto

que os levantamentos de populações de onças-pintadas podem requerer de 20 a 50

armadilhas, o custo dos levantamentos com armadilhas fotográficas é bastante variável.

Preparo técnico – Alguns modelos de armadilha fotográfica requerem mais preparo para

serem devidamente operados. De um modo geral, armadilhas com sensores ativos requerem

mais preparo. Leve em consideração, portanto, o nível de preparo e experiência do

responsável pela instalação e monitoramento das câmeras no campo.

Facilidade de monitoramento – Quando o acesso às armadilhas fotográficas é limitado, as

visitas de monitoramento das câmeras podem ser pouco freqüentes e, portanto, o tempo de

vida das baterias, o consumo de filmes e o peso das armadilha fotográfica devem ser

considerados. Nesses casos, é recomendável levar pelo menos uma câmera substituta em

cada excursão de monitoramento. Em excursões que envolvem a visita a muitas estações,

pode ser recomendável levar mais de uma câmera substituta. Se for necessário carregar as

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câmeras por longas distâncias, modelos menores e mais leves podem ser mais

recomendáveis.

Segurança local – Embora seja praticamente impossível evitar o roubo de câmeras, alguns

modelos de armadilhas fotográficas possuem características anti-roubo que permitem que

sejam trancadas. Nos modelos mais seguros as câmeras ficam trancadas dentro de estojos

de metal que, por sua vez, são ancorados à árvore com cabos de metal e cadeado. Se seu

local de estudo não apresenta risco de furto e vandalismo, considere modelos sem

características anti-furto, pois estes podem ser mais leves.

Condições climáticas – Algumas armadilhas fotográficas são protegidas e à prova de água.

Alguns modelos à prova de água podem até mesmo ser submersos, enquanto outros

modelos possuem sensores que são vulneráveis à imersão.

Acesso a suporte técnico – Pergunte a outros usuários sobre suas experiências com o

suporte por parte do fabricante. Conheça sua política de garantia e informe-se sobre o preço

de peças de reposição, se eles são acessíveis por telefone e quanto tempo levam para enviar

peças ou fazer consertos. Todas essas considerações podem fazer uma diferença

significativa no número de câmeras que permanecerão funcionais sob as condições de

campo.

DESENHO AMOSTRAL

As premissas da captura-recaptura

Existem duas premissas críticas que devem ser satisfeitas no desenho de um levantamento.

Essas premissas são discutidas em detalhe por Karanth e Nichols (1998) e estão resumidas

abaixo.

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População fechada

Os modelos de captura-recaptura se baseiam em uma população fechada, ou seja, sem

nascimentos, mortes, imigração ou emigração de indivíduos durante o levantamento. Na

verdade, poucas populações de onça são realmente fechadas, portanto, na prática a premissa

é satisfeita através da limitação na duração do levantamento. Quanto mais longo for o

levantamento, maior a probabilidade de que essa premissa seja violada. Com base nas

características da história de vida de tigres, Karanth e Nichols consideraram que três meses

era um tempo razoável para se ter uma população fechada.

Levantamentos parecidos com leopardos foram realizados em períodos de dois a três meses

(Henschel & Ray 2003). Embora não existam muitos dados disponíveis sobre história de

vida de onças-pintadas, é razoável supor que levantamentos com a mesma duração sejam

satisfatórios. Diversos levantamentos de onça-pintada têm sido feitos em três meses ou

menos (Wallace et al. 2003; Silver et al. 2004; Maffei et al. 2004).

Todos os animais têm probabilidade de captura diferente de zero

A segunda premissa importante é a de que todo animal que habita a área de estudo tem pelo

menos alguma probabilidade de ser fotografado (ou seja, existe pelo menos uma armadilha

fotográfica dentro de sua área de uso durante o levantamento). É importante entender que

nem toda onça na área de estudo precisa ser fotografada, mas toda onça deve ter alguma

chance de ser fotografada.

Esta premissa determina a distância entre as armadilhas fotográficas e o tamanho máximo

permitido de uma área contínua dentro da área de estudo que não contenha pelo menos uma

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armadilha fotográfica. As armadilhas podem estar tão próximas entre si quanto o

pesquisador desejar, mas não deve haver entre as armadilhas áreas iguais ou maiores que a

área de uso de uma onça-pintada. Uma abordagem conservadora para satisfazer essa

premissa é adotar a menor estimativa de área de uso documentada para a espécie no habitat

e/ou região de estudo como a área mínima dentro da qual deve haver pelo menos uma

armadilha fotográfica. Uma vez conhecida esta área mínima, calcule o diâmetro de um

círculo com tal área. Esse diâmetro é a distancia máxima permitida entre as armadilhas

fotográficas. Um exemplo de arranjo de armadilhas fotográficas é mostrado na Figura 1.

Neste caso, uma pesquisa bibliográfica estabeleceu que 10 km2 era a menor área de uso da

onça-pintada no local de estudo. Portanto, 10 km2 é a maior área permitida entre as

armadilhas fotográficas e 3.6 km (o diâmetro de um círculo com uma área de 10 km2) é a

máxima distância em linha reta entre as armadilhas. Note que 10 km2 é a área máxima; as

armadilhas podem ser colocadas mais próximas entre si do que isso. Porém, embora não

exista uma distância mínima permitida entre as armadilhas, um levantamento terá pouco

significado se todas as câmeras estiverem concentradas em uma área muito pequena, onde

somente poucas onças são capturadas. Um desenho amostral que seja pequeno demais

implica no risco de não amostrar o suficiente da população para gerar uma estimativa

confiável de densidade. O desenho deve cobrir uma área grande o suficiente para fotografar

diferentes indivíduos. Antes de selecionar o local para as armadilhas fotográficas, decida

por quanto tempo as câmeras ficarão instaladas e quão densamente as armadilhas podem

ser espaçadas. Em ambos casos, as estimativas podem ser conservadoras sem violarem

qualquer das premissas do modelo de população fechada. Não existem tempo ou densidade

de câmeras mínimos necessários para um estudo de captura e recaptura, desde que sejam

coletados dados suficientes para gerar uma estimativa.

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Ajuste Fino do Desenho Amostral

Uma vez estabelecido o desenho básico que satisfaça às premissas, você deve fazer o ajuste

fino do local onde as armadilhas serão instaladas. Lembre-se que a colocação das câmeras

não é necessariamente aleatória. A localização das armadilhas deverá ser escolhida de

modo a maximizar as probabilidades de captura de onças-pintadas na área de estudo

e, ao mesmo tempo, cobrir uma área tão grande quanto possível para maximizar o

número de indivíduos fotografados.

Trata-se de um balanço entre a colocação das câmeras próximas o suficiente para satisfazer

a premissa de que todos os animais têm uma probabilidade de captura diferente de zero

(como descrito acima) e longe o bastante para fotografar o maior número possível de onças

diferentes. É também desejável que os animais na área de estudo tenham, na medida do

possível, probabilidades de captura similares. Embora existam maneiras de lidar com a

variação na probabilidade de captura, as estimativas são mais simples e mais precisas

quando as probabilidades de captura são similares entre os animais. Por isso, tente manter

uma densidade de armadilhas comparável ao longo de toda a área de amostragem. A

colocação de muitas câmeras dentro da área de uso de um animal e de apenas uma câmera

dentro da área de uso de outro animal deve ser evitada.

Para planejar seu desenho amostral, comece com um mapa topográfico da área de estudo.

Marque os locais com alta probabilidade de se fotografar onças, tais como trilhas, estradas

de terra, etc. Selecione os locais tão distantes uns dos outros quanto possível, sem deixar de

incluir os locais de alta probabilidade de captura e sem violar a premissa do fechamento

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geográfico. Lembre-se que as câmeras deverão ser monitoradas, portanto mantenha em

mente as limitações logísticas de seu desenho amostral.

Uma vez que a localização ideal das câmeras tenha sido selecionada no mapa, verifique se

existem espaços entre as câmeras que sejam maiores do que o espaço máximo permitido.

Se houver, adicione armadilhas para completar aqueles espaços ou aproxime as armadilhas

que estejam distantes demais. Algumas armadilhas podem ter que ser colocadas em áreas

com pouco ou nenhum sinal de onça, mas evite locais onde você sabe que onças não vão

(por exemplo, declives muito acentuados). Novas trilhas talvez tenham que ser abertas para

a colocação de algumas armadilhas. Registre as coordenadas exatas dessas localizações

predeterminadas das armadilhas. Para os fins desse documento, estas localizações são

chamadas suas “coordenadas predeterminadas”. Elas servirão como um guia geral para a

colocação das câmeras, mas a posição definitiva pode diferir um pouco quando você for

para o campo (veja a próxima seção)

Se o número de câmeras for limitado, o tamanho da área amostral pode ser ampliado da

seguinte maneira. Defina duas áreas de amostragem, ou seja, grides, adjacentes uma a outra

e instale-as em dois períodos consecutivos de coleta de dados. Usando todas as câmeras,

colete os dados no primeiro gride como uma “sub-amostra” da duração completa do

levantamento (por exemplo, 4 semanas), então desloque as câmeras para o segundo gride,

pelo mesmo período de tempo (neste caso, 4 semanas para uma duração total do

levantamento de 8 semanas). Na análise dos dados, trate os resultados como se ambos

grides tivessem sido amostrados simultaneamente, mesmo que não tenham sido. Todas as

onças fotografadas no primeiro dia em cada gride são tratadas como fotografadas no Dia 1;

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aquelas fotografadas no segundo dia de cada gride são tratadas como fotografadas no Dia 2,

etc. Animais fotografados em dias diferentes são considerados recapturas. Esta técnica pode

ser repetida mais vezes se necessário (ou seja, grides adicionais podem ser incorporados) e

os dados podem ser analisados da mesma maneira, mas certifique-se de que a duração total

do levantamento não seja maior que o tempo máximo necessário para satisfazer a premissa

de uma população fechada.

INSTALAÇÃO DAS CÂMERAS NO CAMPO

Antes de instalar as câmeras

Filme

É extremamente importante que todos os rolos de filme estejam rotulados com a data da

instalação e número da câmera (correspondente à localização da câmera) antes que as

câmeras sejam colocadas no campo. Quando os filmes forem coletados e revelados, você

poderá ter dúzias de rolos de 20-30 localizações diferentes. É vital que você conheça a

localização de todas as fotografias para poder estimar sua área efetiva de amostragem (veja

abaixo)

Ajuste de hora e dia

As fotografias são inúteis se não estiverem associadas às informações precisas de data e

hora. A data na fotografia é essencial para determinar o evento de captura individual. Cada

período de 24 horas é considerado um evento diferente de modo que todas as fotos de um

indivíduo tiradas em um mesmo dia são consideradas como uma única captura. Ainda que

diferentes modelos de câmera possam diferir um pouco no modo como registram hora e

dia, o importante é que o ajuste seja consistente para todas as câmeras usadas no

levantamento.

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Intervalo de tempo entre fotos sucessivas

Todas as armadilhas fotográficas podem ser programadas com um determinado intervalo de

tempo entre fotos sucessivas. Isto é importante quando grupos de turistas, bandos de

queixadas ou de outros animais que não sejam o alvo do estudo possam resultar em fotos

desperdiçadas e, o que é mais importante, acabar com o filme antes do final do

levantamento. Uma câmera que fica sem filme cria uma lacuna de dados no desenho do

levantamento que pode resultar na perda de todos os dados daquele período. O ajuste do

intervalo de tempo entre fotos sucessivas deve ser baseado na probabilidade de captura de

grupos grandes de animais que não sejam de interesse para o levantamento. A experiência

adquirida durante o estudo piloto deve auxiliar na determinação do intervalo entre fotos

sucessivas para seu local de estudo. O intervalo deve ter a mínima duração possível, apenas

o necessário para evitar o desperdício com fotos indesejadas, visto que intervalos maiores

aumentam as chances de se perder uma captura de onça-pintada ou de outras espécies-alvo

do levantamento. Cada armadilha fotográfica deve ser composta por duas câmeras, uma de

cada lado da trilha, riacho ou estrada, e apontadas em ângulo perpendicular à suposta rota

de deslocamento da onça-pintada. É recomendável o uso de duas câmeras por armadilha

para que se possa fotografar os dois lados do corpo do animal (e assim aumentar as chances

de identificação do animal através de um único evento de captura) e garantir a captura no

caso de falha de uma das câmeras.

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Figura 1. Posição de armadilhas fotográficas no Santuário de Vida Silvestre da Bacia de Cockscomb, Belize. Como a suposta área de uso mínima

de uma onça era de 10 km2, nenhuma câmera está mais distante que o diâmetro de um círculo de 10 km2 (ou seja, 3.6 km) de sua vizinha mais

próxima. Note que a maioria das armadilhas está localizada ao longo de estradas, trilhas e rios.
Seleção do local de instalação

É altamente recomendável que seu local de estudo seja cortado trilhas ou estradas. Sem

trilhas ou estradas não estará claro onde as câmeras deverão ser instaladas. Trilhas de

animais são geralmente numerosas demais para gerarem probabilidades de capturas

suficientemente altas, praias e barrancos podem ser inundados, mas trilhas e estradas são

utilizadas por onças o ano inteiro. Voce talvez deva tornar as trilhas mais atraentes para as

onças de modo que elas caminhem mais pelas trilhas e do que fora delas. Isso pode implicar

na remoção de espinhos e outros objetos pontiagudos das trilhas.

No campo, o pesquisador deve encontrar o melhor local próximo das coordenadas

predeterminadas. O local exato é escolhido de modo a proporcionar a maior probabilidade

de se obter uma boa foto da onça-pintada. O objetivo é fotografar os dois flancos do animal,

pois é nessa área que as marcas individuais são mais fácil de se distinguir.

Escolha um local “bom para onças” – Uma vez nas proximidades das coordenadas

predeterminadas, procure pelo local mais próximo que tenha uma boa chance de ser

visitado por onças. Locais como trilhas, estradas de terra, barrancos de rio, praias e

caminhos que certos animais usam para chegar até a água são regularmente freqüentados

por onças-pintadas. Procure por sinais de onças (rastros, arranhões e fezes) ou informe-se

sobre registros de presença. Geralmente, se existe qualquer sinal de onça na trilha, mesmo

que a quilômetros de distância, é provável que toda a trilha seja usada por onças.

Tente determinar o caminho percorrido pela onça – Escolha um local onde o caminho

percorrido pela onça seja restrito à área que pode ser fotografada pelas câmeras. Por

exemplo, um local com vários sinais de onça, mas com muitas trilhas diferentes passando

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por perto não é um bom local para se colocar armadilhas fotográficas. Se existem mais de

uma trilha por perto, é menos provável que você possa prever em qual trilha a onça irá

passar e será, portanto, mais difícil apontar as câmeras para o lugar certo. Do mesmo modo,

um local aberto não é uma boa escolha por que as onças podem atravessar por qualquer

ponto e em qualquer direção. Uma trilha estreita e isolada que seja evidentemente utilizada

por onças é o local perfeito para a colocação das câmeras.

Considere o campo da câmera – Em um trilha larga a onça pode cruzar o sensor em

diferentes pontos, e uma área maior deverá ser coberta pelo campo da câmera. Lembre-se

que o objetivo é obter boas fotos dos dois lados do corpo do animal. A distância máxima de

separação das câmeras não pode ser maior que a distância coberta pelo flash.

Considere o terreno – O chão debaixo do feixe sensor deve ser relativamente plano. Em

trilhas muito cavadas ou cercadas por montes de terra, o chão pode obstruir o sensor e

permitir que uma onça passe sem ser fotografada. Trilhas com declive lateral também

devem ser evitadas, pois uma das câmeras pode não capturar o animal, dependendo se este

caminha pelo lado de baixo ou de cima da trilha. Leve em consideração todas as

possibilidade de deslocamento do animal em frente às câmeras.

Instalando as câmeras

Uma vez que todos esses fatores tenham sido considerados, as câmeras devem ser

instaladas. Encontre um lugar onde existam duas árvores ou postes adequados

diametralmente opostos à trilha. Árvores adequadas são aquelas que possuem troncos

relativamente retos e finos o suficiente para amarrar uma corrente ou fio ao seu redor, mas

não tão fino que o vento, pessoas ou animais possam agitá-lo excessivamente. No caso de

armadilhas passivas, tente minimizar a incidência direta de sol sobre as câmeras, pois o

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calor excessivo pode reduzir a sensibilidade dos sensores a animais de sangue quente. As

câmeras devem ser instaladas a pelo menos dois metros do ponto mais próximo onde a onça

deve cruzar o sensor. Isso permite que as fotos saiam claras e focadas e que o zona de

detecção do sensor seja razoavelmente grande. Quanto mais tempo a onça permanecer na

zona de detecção, menor a chance de se perder uma foto.

O feixe do sensor deve estar na altura aproximada do ombro da onça, portanto, as câmeras

devem ser instaladas a 50-70 centímetros de altura em relação ao solo e paralelas a ele. As

câmeras devem apontar levemente para baixo para evitar interferência mútua, embora

devam apontar aproximadamente para o mesmo ponto. Use fios de cobre flexíveis para

fixar as câmeras aos troncos das árvores. Use alicates para apertar o fio quando a posição

da câmera na árvore estiver satisfatória. Se cadeados e correntes (ou cadeado de bicicleta)

são necessários para evitar roubo, coloque-os depois que as câmeras tenham sido

devidamente fixadas com fios. Não use cadeados e corrente para fixar a câmera à árvore,

pois assim você não terá flexibilidade suficiente.

Use gravetos e ramos para ajudar a fixar a câmera ao tronco. Um toco de madeira bem

colocado entre o estojo da câmera e o tronco pode ajudar a ajustar o ângulo no qual o

sensor deve ser apontado.

Uma vez que a câmera esteja instalada, remova qualquer vegetação existente entre a câmera

e a trilha por onde a onça deverá passar. Qualquer coisa que obstrua o feixe do sensor

reduzirá a capacidade de detecção da câmera ou poderá resultar em fotos ruins. Folhas

grandes podem disparar a câmera quando aquecidas pelo sol e agitadas pelo vento. Evite

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também apontar os sensores para objetos expostos ao sol que possam absorver calor e

disparar as câmeras, tais como pedras grandes ou mesmo riachos.

Verifique o enquadramento das duas câmeras passando em frente delas. Faça isso pelas

duas laterais e pelo centro da trilha. A maioria dos modelos de armadilha fotográfica vem

equipada com uma luz de indicação que se acende quando o sensor detecta o alvo. Imite a

aproximação de uma onça engatinhando em frente às câmeras. Certifique-se de que todos

os ângulos nos quais uma onça possa passar em frente às câmeras seja testado e de que em

todos os casos a câmera seja disparada.

Eventualmente, limitações no terreno ou na disponibilidade de árvores adequadas impedem

que a trilha seja completamente coberta pelo sensor. Nesse caso, coloque galhos ou outros

obstáculos para influenciar o caminho percorrido pela onça. Essa técnica pode ser usada

também para impedir que a onça passe perto demais da câmera gerando fotos mal

focalizadas.

Monitoramento das câmeras

A intensidade de tráfego (tanto de espécies-alvo quando de outras espécies) e a

sensibilidade da armadilha definem a freqüência com que os filmes devem ser trocados. É

muito importante que as câmeras não fiquem sem filme durante o levantamento. O mesmo

se aplica às baterias. Um estudo piloto apropriado determinará o intervalo seguro para a

substituição das baterias e dos filmes.

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Todas as armadilhas devem estar funcionando continuamente para que todas as premissas

da amostragem sejam satisfeitas. A capacidade de monitorar as câmeras pode ser um fator

limitante do número de armadilhas a ser usado. Lembre-se de ser conservador quando

estimar a freqüência com que filmes e baterias devem ser substituídos.

PREPARO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

À medida que os filmes são removidos das câmeras, certifique-se de que eles estão

devidamente rotulados com o número da câmera correspondente e a data em que foi

instalado. Ao revelar os filmes, certifique-se de que as informações sobre localização e data

sejam transferidas para as fotos reveladas.

Uma vez que todas as fotos estejam prontas, identifique onças individuais através da

comparação do padrão de manchas nos flancos do animal. Compare seus resultados com os

de alguma outra pessoa olhando para as mesmas fotos. Anote a data em que cada indivíduo

foi fotografado. Rotule cada foto de onça-pintada com o número da câmera, localização e o

código de identificação do indivíduo. Boas anotações são muito importantes nesse estágio.

Programa CAPTURE

Existem vários programas de computador que podem analisar dados populacionais obtidos

através de captura e recaptura assim como de outros desenhos amostrais. Um arquivo de

tais programas é mantido pelo website da Patuxent Wildlife Research Center

(http://www.mbr-pwrc.usgs.gov/software.html). Ali você encontra uma lista de programas

de análise de populações animais e uma breve descrição de cada um.

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O programa mais comumente usado para analisar estimativas de abundância de onça-

pintada através de câmeras fotográficas é o CAPTURE (Otis et al. 1978; White et al. 1982;

Rexstad & Burnham, 1991). Este programa usa diferentes modelos para gerar estimativas

de abundância baseados no número de animais capturados e na proporção de recapturas.

Os diferentes modelos pressupõem diferentes fontes de variação na probabilidade de

captura, incluindo variação entre indivíduos (por exemplo, baseadas em gênero, idade,

padrões de distribuição, dominância, atividade), variação no tempo, respostas

comportamentais à captura, e várias combinações desses fatores. O CAPTURE tem uma

função de seleção de modelo que analisa os dados para determinar qual modelo e qual

estimador melhor se aplica aos dados em questão.

Para preparar os dados para a análise em CAPTURE, crie uma matriz com a história de

captura de cada animal fotografado (veja Apêndice 1). Cada linha na planilha corresponde à

história de captura de cada indivíduo durante o levantamento. Cada dia (ou grupo de dias)

do período de amostragem é considerado como uma ocasião de amostragem e é

representado como uma coluna separada na matriz. Para cada onça, “0” representa uma

ocasião em que o animal não foi capturado e “1” representa que o animal foi fotografado. O

número de linhas é igual ao número de indivíduos fotografados e o número de colunas

reflete o número de ocasiões de amostragem.

Uma vez que a matriz esteja preparada, salve-a como “texto sem formatação”. Com o

formato correto, a matriz pode ser colada diretamente no programa CAPTURE para

análises no seguinte website: http://www.mbr-pwrc.usgs.gov/software/capture.html. Os

22
dados podem ser analisados diretamente no website ou o programa CAPTURE pode ser

baixado para um computador. Tanto no website quanto no Apêndice 1 você encontrará

exemplos do formato adequado para a análise por CAPTURE, assim como informação

sobre as tarefas particulares que o programa pode realizar.

Estimativas de densidade

O programa CAPTURE gera uma estimativa de abundância, não de densidade. Uma

estimativa de densidade é calculada dividindo-se a estimativa de abundância gerada pelo

CAPTURE pela área amostral efetiva. A área amostral efetiva envolve as armadilhas

fotográficas e mais uma área tampão que inclui aqueles indivíduos cujas áreas estão apenas

parcialmente contidas no gride de amostragem.

Existem vários métodos para estimar essa área tampão (veja Karanth e Nichols 2002).

Karanth e Nichols usaram uma área tampão cuja largura correspondia à metade da média da

distância máxima percorrida (half the mean maximum distance moved ou HMMDM) entre

captura e recapturas de diferentes indivíduos durante o levantamento. Em Belize, nós

determinamos o HMMDM e usamos SIG para criar uma área-tampão circular ao redor de

cada armadilha fotográfica cujo raio era igual a HMMDM. A fusão de todos as áreas-

tampão circulares representa a área amostral (Figura 2). Outros estudos consideraram o

polígono convexo mínimo definido pelas armadilhas externas e adicionaram ao polígono

uma faixa-tampão cuja largura era a HMMDM (Karanth e Nichols 1998). Grandes lacunas

que certamente não abrigam onças (como corpos d’água, vilarejos, etc) podem ser

subtraídos da estimativa de área amostral efetiva.

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O uso da fusão de áreas-tampão circulares ao redor de cada armadilha fotográfica para

medir a área amostral representa um modo de testar seu desenho amostral inicial. A média

da distância máxima percorrida (MMDM) é considerada como uma medida do diâmetro da

área de uso. A MMDM também pode ser usada para testar a área de uso mínima suposta em

seu levantamento e, conseqüentemente, testar a adequação da localização das armadilhas

fotográficas. Se a adição das áreas-tampão ao redor das câmeras mostrar lacunas no

desenho amostral, isto indicará que havia espaços entres as câmeras que eram maiores que

uma única área de uso e que, portanto, a premissa de que cada onça tinha alguma

probabilidade de ser capturada não foi satisfeita (Nichols com pessoal) A média da

distância máxima percorrida (MMDM) pode variar bastante entre levantamentos (até

mesmo entre levantamentos no mesmo local), portanto, onde existem dados disponíveis de

diferentes levantamentos para o mesmo local, nós optamos, quando possível, pelo uso da

metade do MMDM cumulativo. O MMDM cumulativo é a media da distância máxima

percorrida por todos os indivíduos de diferentes levantamentos realizados em diferentes

anos naquele mesmo local. Com isso aumentamos o tamanho amostral e reduzimos a

variação associada ao MMDM, obtendo uma estimativa mais precisa da área amostral

efetiva.

24
Figura 2. Área amostral efetiva (em vermelho) para o Levantamento de Onças de Cockscomb, representada pela combinação de áreas-
tampão ao redor de cada câmera.
Além de fornecer um número estimado de abundância, o programa CAPTURE gera

também uma probabilidade de captura, um desvio padrão da estimativa de abundância e um

intervalo de confiança de 95%. Este método não foi elaborado para gerar um número

absoluto, mas para fornecer uma estimativa estatisticamente robusta do espectro de

abundância. O desvio padrão e o intervalo de confiança fornecem medidas da incerteza

associada à estimativa de abundância e são, portanto, importantes na interpretação da

estimativa.

Do mesmo modo, os resultados da estimativa de densidade podem não servir

necessariamente para estimar densidades além da área de estudo. A menos que uma região

seja particularmente homogênea em termos de habitat, levantamentos de abundância

fornecem estimativas apenas para a área do levantamento. Não é realista supor que

estimativas obtidas de um levantamento possam ser amplamente aplicadas à área maiores,

que podem ter gradientes topográficos e meteorológicos bem diferentes daqueles da área do

levantamento.

Agradecimentos

Eu agradeço a assistência de Linde Ostro e Luke Hunter na elaboração desse protocolo. Ambos

deram sugestões e fizeram comentários que elevaram a qualidade do manuscrito. James

Nichols, Kathleen Conforti e Alan Rabinowitz também leram o manuscrito e ofereceram

sugestões e comentários importantes. Por fim, gostaria de agradecer a Rob Wallace, Andy

Noss, Marcella Kelly, Bart Harmsen e muitos outros pelas horas de conversa sobre o assunto,

que contribuíram para meu melhor entendimento da metodologia dos levantamentos com

armadilhas fotográficas.

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REFERÊNCIAS

Henschel, P. e Ray, J. 2003. Leopards in African Rainforests: Survey and Monitoring


Techniques. WCS Global Carnivore Program website.

Karanth, K.U. e Nichols, J.D. (1998) Estimation of tiger densities in India using
photographic captures and recaptures. Ecology 79(8), 2852–2862.

Karanth, K.U. e Nichols, J.D. (2000) Ecological status and conservation of tigers in India.
Final Technical Report to the Division of International Conservation, U.S. Fish and
Wildlife Service, Washington D.C. and Wildlife Conservation Society, New York.
Centre for Wildlife Studies, Bangalore, India.

Karanth, K.U. e Nichols, J.D. (2002) Monitoring tigers and their prey: A manual for
researchers, managers and conservationists in Tropical Asia. Centre for Wildlife
Studies BANGALORE India.

Karanth, K.U. (1995) Estimating tiger (Panthera tigris) populations from camera-trap data
using capturerecapture models. Biological Conservation 71, 333–338.

Maffei, L, Cuellar, E, e Noss, A (2004) One thousand jaguars (Panthera onca) in Bolivia's
Chaco? Camera trapping in the Kaa-Iya National Park. Journal of Zoology 262 (3):
295-304

Otis, D.L., Burnham, K.P., White, G.C., e Anderson, D.R. (1978) Statistical inference from
capture data on closed populations. Wildlife Monographs 62, 1–135.

Rexstad, E. e Burnham, K.P. (1991) User’s guide for interactive program CAPTURE.
Abundance estimation of closed populations. Colorado State University, Fort
Collins, Colorado, USA.

Silver, S.C., Ostro, L.E., Marsh, L.K., Maffei, L., Noss, A.J., Kelly, M.J., Wallace, R.B.,
Gomez, H., e Ayala, G. 2004. The use of camera traps for estimating jaguar
(Panthera onca) abundance and density using capture/recapture analysis. Oryx 38
(2): 148-154

Wallace, R.B., Gomez, H., Ayala, G., e Espinoza, F. (2003). Camera trapping capture
frequencies for jaguar (Panthera onca) in the Tuichi Valley, Bolivia. Mastozoologia
Neotropical 10(1): 133-139

White, G.C., Anderson, D.R., Burnham, K.P., e Otis, D.L. (1982) Capture-recapture and
removal methods for sampling closed populations. Los Alamos National
Laboratory, Los Alamos, New Mexico, USA.

27
APÊNDICE 1

Exemplo de planilha de dados pronta para ser analisada pelo CAPTURE. Estes dados
representam as histórias de captura de 8 onças (rotuladas de A a H), em 35 dias de
amostragem. Neste exemplo, a onça A foi fotografada em duas ocasiões separadas (dia 4 e
dia 11). Quatro animais (B, D, F e H) foram fotografados apenas uma vez. O arquivo de
entrada de capturas deve ser algo como o seguinte:

title='Exemplo de Levantamento de Onças'


task read captures occasions=35 x matrix
format='(2x,a1,5x,35f1.0)'
read input data
A 00010000001000000000000000000000000
B 00000000000000000000000000000001000
C 10000000000000000100000001000000000
D 01000000000000000000000000000000000
E 00000000000000100000000000100000000
F 00000000010000000000000000000000000
G 00000001000000000000100000000000100
H 00000000000000000000010000000000000
task closure test
task model selection
task population estimate ALL
task population estimate APPROPRIATE

Em detalhes:

title='Exemplo de Levantamento de Onças' – Este é o título que você dá ao levantamento

task read captures occasions=35 x matrix – Matriz x se refere ao formato dos dados.
# de dias do
format='(2x, a1, 5x, 35 f1.0)' - 1.0 refere-se ao formato dos dados levantamento

# de espaços # de caracteres na # de espaços entre # de dias do


antes da ID do ID ID e dados levantamento
animal

SEUS DADOS

task closure test


task model selection

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task population estimate ALL
task population estimate APPROPRIATE

Estas são as tarefas que você está pedindo que o CAPTURE realize.

Para mais detalhes, visite o website:


http://www.mbr-pwrc.usgs.gov/software/capture.html

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