Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
CISTOS ODONTOGÊNICOS
INTRODUÇÃO
São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos
dentes. O epitélio presente em cada um dos cistos odontogênicos é derivado de uma das seguintes fontes:
lâmina dentária, órgão do esmalte e de bainha de Hertwig. Os remanescentes epiteliais presentes na
maxila e mandíbula são originais do ectoderma que reveste os processos embrionários que irão formar
a face e boca ou de tecido epitelial que participa na odontogenese. A presença pura e simples de restos
epiteliais seria insuficiente para explicar a formação de um cisto. É necessária a ação de um agente,
inflamatório por exemplo, capaz de estimular e determinar a proliferação desses remanescentes. Tal
condição é freqüente nos maxilares, onde infecções e traumas são capazes de desencadear a resposta
inflamatória.
Classificação:
Cisto da Lâmina Dentária
Cisto Primordial (Queratocisto)
Cisto Dentígero
Cisto de Erupção
Cisto Periodontal Apical
Cisto Periodontal Lateral
Cisto Gengival do adulto
Cisto Odontogênico Calcificante
b) Aspectos histológicos. Os cistos podem apresentar formas redondas ou ovais, e nos cortes
histológicos encontramos um delgado revestimento de epitélio estratificado pavimentoso com superfície
paraqueratótica. A cavidade cística usualmente é preenchida por queratina descamada e, freqüentemente,
contém células inflamatórias.
c) Tratamento. Não há indicação de nenhuma terapêutica específica para o tratamento dos cistos
gengivais.
Certamente, cada cisto e cada paciente deve ser considerado individualmente, e um planejamento
cuidadoso do caso deve ser feito. Independente da forma cirúrgica escolhida, o paciente deve ter o
acompanhamento pós-cirúrgico realizado regularmente.
CISTO DE ERUPÇÃO
a) Características clínicas e patogenia
O cisto de erupção é uma variedade de cisto dentígero associado a um dente decíduo ou
permanente em processo de erupção. É uma lesão extra-óssea localizada entre o epitélio reduzido do
órgão de esmalte e a coroa do dente, causada pelo acúmulo de exsudato, com freqüência hemorrágica,
o que confere à gengiva a cor azulada (esta é a razão pela qual este cisto recebe o nome de "hematoma
de erupção").
b) Aspectos histológicos
PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE III, FOP/UNICAMP 16
ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA
c) Tratamento
Normalmente o cisto se rompe, devido ao traumatismo mastigatório; o dente erupciona e a
lesão desaparece. Quando isto não acontece, o aumento do volume gengival pode provocar dor, sendo
necessária a ulotomia.
apresentarem o núcleo pequeno e picnótico. A cápsula do cisto pode exibir uma zona de hialinização,
focos de calcificação e restos de lâmina dentária.
d) Tratamento:
Na forma extra-óssea a remoção é realizada através de excisão cirúrgica. Quando está
localizada no interior ósseo é tratado por enucleação cirúrgica, procurando evitar, sempre que possível,
danos ao dente próximo a lesão.
A lesão mostra um revestimento epitelial com a camada basal constituída de células cúbicas ou
colunares, e camada de células semelhantes às do retículo estrelado, do órgão do esmalte. O aspecto
mais notável deste cisto é a presença de células fantasmas. Estas células são queratinizadas, com
aspecto eosinófilo, apresentando perda de detalhes e da manifestação de contornos nucleares e
citoplasmáticos. No interior das células fantasmas inicia-se a deposição de sais de cálcio, sob a forma
de poeira, a qual vai se agregando e formando massas maiores.
É comum encontrarmos na cápsula cística, a presença de calcificação distrófica, dentinóide,
ilhotas de epitélio, cristais de colesterol e por vezes de pigmento melânico.
d) Tratamento
Os Cistos Odontogênicos Calcificantes são tratados por enucleação cirúrgica, sendo raras as
recidivas.
INTRODUÇÃO:
São verdadeiros cistos que desenvolvem na linha de fusão dos ossos da face decorrente do
aprisionamento de remanescentes epiteliais provenientes do ectoderma durante os processes
embrionários da boca e face.
CISTO LINFOEPITELIAL
(Cisto branquial, cisto cervical benigno lateral, cisto da fenda bronquial).
Este cisto tem sido descrito como originário da proliferação de restos de tecidos provenientes
dos arcos bronquiais ou das bolsas faringeanas. Há contudo, considerável evidência da histogênese,
que este tipo de cisto tem como origem a proliferação de resto epiteliais de glândulas salivares inclusos
nos nódulos cervicais. O cisto localiza-se na porção lateral do pescoço, próximo ao ângulo da
mandíbula. O seu desenvolvimento é lento e assintomático, constituindo-se em uma massa móvel e de
pouca consistência à palpação, que pode ter duração de semanas a muitos anos. O tratamento
preconizado é a enucleação cirúrgica cuidadosa, a fim de, evitar-se recidiva.
PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE III, FOP/UNICAMP 21
ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA
PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE III, FOP/UNICAMP 22
ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA
CISTO DERMÓIDE
Embora receba o nome de cisto dermóide ou epidermóide, na realidade é uma forma de
teratoma cístico originário do epitélio germinativo embrionário. Pode desenvolver em diversas áreas
do corpo, porém, é na boca a localização mais freqüente. O assoalho de boca, a região submandibular e
sublingual, são os locais comuns de ocorrência. O desenvolvimento se dá geralmente em jovens, mas
nas regiões bucais pode acarretar um deslocamento de estruturas teciduais subjacentes causando
dificuldade na deglutição e na fonação. O tratamento do cisto dermóide e a sua remoção cirúrgica com
prognóstico muito bom, raramente tendo recidiva.
doença óssea primária, como iniciadores deste "cisto". Embora haja relatos de cura espontânea, o
tratamento indicado e o cirúrgico, através de curetagem.
REFERÊNCIAS
Altini M., Shear M. The lateral periodontal cyst: an update. J. Oral Pathol. Med.: 1992; 21:245-50.
Buchner, A. The Central (intraosseous) Calcifying Odontogenic cyst : an analysis of 215 cases. J. Oral
and Maxillofac Surg. 1991; 49:330-9.
Buchner A.; Merrell, P.W.; Hansen, L.S., Leider; A.S. Peripheral (extra osseous) Calcifying
Odontogenic Cyst. A revieus of forty-five-cases. Oral Surg Oral. Med Oral. Pathol 1991;
72:65-70.
Buchner A, Hansen L. S. The histomorphologic spectrum of the gingival cyst in the adult. Oral. Surg.
Oral Med Oral Pathol 1979; 48:532-9.
Nxumalo TN, Shear M. The gingival cyst of adults. J. Oral Pathol. Med. 1992; 21:309-13.
Praetorius, F.; Hjorting-Hausen, R.; Gorlin, R.J.; Vickers, R.A. Calcifying odontogenic cyst. Range,
variations and neoplastic potential. Acta Odont Scond 1981; 39:227-40.
Wysocki, G.P.; Brannon R.B.; Gardner D.G.; Sapp P. - Histogenesis of the lateral periodontal cyst and
the gingival cyst of adult. Oral. Surg. Oral. Med. Pathol 1980; 50:327-34.
PATOLOGIA GERAL - DB-301, UNIDADE III, FOP/UNICAMP 24
ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA
OBJETIVOS
1. Cite uma classificação de cistos odontogênicos.
2. Conceituar cisto primordial (C.P.)
3. Descrever a síndrome de Gorlin-Goltz.
4. Citar as teorias que tentam explicar o desenvolvimento do C.P.
5. Descrever as principais características clínicas e radiográficas do C.P.
6. descrever as principais aspectos histológico do C.P.
7. Citar as formas de tratamento do C.P.
8. Conceituar cisto dentígero (C.D.)
9. Citar a teoria que explica o desenvolvimento do C.D.
10.Descrever as principais características clínicas e radiográficas do C.D.
11.Descrever as principais aspectos histológico do C.D.
12.descrever o tratamento do C.D.
13.Conceituar cisto de erupção (C.E.).
14.Citar a teoria que explica o desenvolvimento do C.E.
15.Descrever as características clínicas do C.E.
16.Descrever os aspectos histológicos do C.E.
17.Citar a forma de tratamento do C.E.
18.Conceituar cisto odontogênico calcificante (C.O.C.)
19.Descrever os aspectos clínicos e radiográficos do C.O.C.
20.Descrever as principais características clínicas e radiográficas do C.O.C.
21.Citar o tratamento recomendado para o C.O.C.
22.Conceituar cisto fissurais (C.F.)
23.Citar uma classificação de C.F.
24.Descrever as principais características clínicas e radiográficas do cisto do canal incisivo (C.C.I.)
25.Descrever os aspectos histológicos do C.C.I.
26.Definir o tratamento do C.C.I.
27.Descreva as principais características clínicas e radiográficas do cisto mediano (C.C.M.)
28.Discutir as diferenças entre C.C.I. e C.C.M.
29.Descreva as principais características do C.C.M.
30.Descreva os aspectos histológicos do C.C.M.
31.Definir o tratamento do C.C.M.