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Diz-se que um produto é livre quando não é necessário esforço humano uma vez que há
uma quantidade ilimitada disponível na Natureza.
Como estamos estudando Economia, focaremos nos produtos do tipo econômico. Estes
produtos podem ser essencialmente de dois tipos: Bens e Serviços.
Uma diferença importante entre Bens e Serviços está relacionada ao momento de produção
e consumo. Os bens são produzidos e consumidos em momentos bens distintos, enquanto
os serviços são consumidos no exato momento em que são produzidos. A pergunta que se
deve fazer, a grosso modo, é: É possível armazenar ou estocar essa produção ? Se a
resposta for positiva este produto é um bem, caso contrário trata-se de um serviço.
Foi dado um destaque às palavras Produção, circulação e Consumo uma vez que se tratam
de processos da cadeia de produção onde muitas decisões são tomadas: “Como combinar os
fatores de produção ?” (Produtores), “Quanto de cada bem ou serviço irão comprar ?”
(Consumidores) e por aí vai.
É importante ter em mente que devido à escassez dos fatores de produção e de restrições
orçamentárias a decisão por usar mais de um fator implica conseqüentemente em usar
menos de outro fator. A doutrina por vezes chega a definir a Economia como sendo a
“Ciência das escolhas”.
Cada vez que se faz uma escolha, aquilo que se deixa de produzir ou consumir é chamado
pela doutrina de Custo de Oportunidade. Visando minimizar o impacto dos custos de
oportunidades as organizações sociais costumam se fazer 3 questionamentos básicos:
- O que produzir? Ou seja, quais bens e serviços serão priorizados, dado que a escassez de
recursos impossibilita produzir tudo o que a sociedade deseja;
- Como produzir? Isto é, quais técnicas serão utilizadas, que proporção de cada fator de
produção será adotada na produção de cada bem e serviço;
- Para quem produzir? Quer dizer, ao final de tudo, quem irá adquirir e consumir os bens
e serviços produzidos – esta questão relaciona-se com a distribuição de renda na sociedade.
Cada resposta (ou melhor, cada conjunto de respostas) implica num determinado Sistema
Econômico: um conjunto de leis, instituições, regras e atitudes sociais que envolvem toda a
atividade produtiva (produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços).
Pode-se dizer que há uma certa bipolaridade quanto aos sistemas econômicos existentes:
Sistema Capitalista (Economia de Mercado) X Sistema Socialista
A Economia de Mercado é o sistema econômico predominante hoje em dia, até por conta
do enfraquecimento dos regimes socialistas. Neste tipo de economia as decisões são
descentralizadas, empresas (unidade produtiva) e famílias (unidade consumidora) tomam
decisões de forma individual de acordo com as suas necessidades e interesses.
As decisões das empresas, neste sistema econômico, costumam ser pautadas em indicações
do mercado: Preço X Fatores de produção. Preços em alta indicam interesse de
consumidores e quando conciliado com os baixos salários pagos aos trabalhadores (fator de
produção: Trabalho) tende a potencializar o Lucro.
As Famílias (Consumidores) costumam pautar suas decisões de acordo com suas rendas*
(remuneração recebida pelas famílias em troca do fornecimento dos fatores de produção
para as empresas) e com os preços praticados no mercado.
Neste tipo de sistema o governo tende a ser o mais liberal possível, limitando-se a manter
as regras gerais e evitando abusos, interferindo pouco nas decisões das empresas e das
famílias.
Assim como em outras ciências, a Economia utiliza-se de modelos (abstratos, pois são
formulados a partir de hipóteses) para melhor compreensão do funcionamento do mundo.
Há na Economia dois modelos básicos bastante importantes: o fluxo circular da renda e a curva
das possibilidades de produção.
Este modelo parte-se do pressuposto, para fins de simplificação, que apenas dois bens são
produzidos, e que em decorrência dos recursos (fatores de produção) serem escassos, faz-se
necessário definir quanto de cada bem (“O que”) deve ser produzido. Como os recursos são
escassos deve-se ter em mente que a utilização de recursos para a produção de um dos bens
implica necessariamente na não disponibilidade destes recursos para a produção do outro bem
(é o chamado custo de oportunidade já visto anteriormente).
Um ponto fora da curva de produção só pode ser obtido se ocorrer um fato econômico
conhecido como Acumulação, que é quando ocorre um processo de expansão provocado pela
melhoria qualitativa dos fatores de produção preexistentes ou quando ocorre uma inovação
tecnológica que permite uma produção maior de bens a partir do mesmo quantitativo de fatores
de produção.
Um ponto dentro da curva, por seu turno, indica que os fatores de produção não estão sendo
utilizados em sua capacidade plena.
Obviamente, os dois métodos se completam: pode-se iniciar por um ou outro. Não são
excludentes, mas complementares.