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Indice
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28.6 Cartões MultiMedia ................................................................................................... 34
29 Discos magnéticos .......................................................................................................... 34
29.1 Disquetes .................................................................................................................... 34
29.2 Discos rígidos ............................................................................................................. 34
30 Transferindo arquivos ..................................................................................................... 35
31 Gerenciando fotos ........................................................................................................... 35
32 Verificando o sistema operacional .................................................................................. 36
33 Editando as imagens ....................................................................................................... 36
34 Ajustando a imagem ....................................................................................................... 37
35 Onde e como imprimir .................................................................................................... 38
36 Detalhes sobre a impressão ............................................................................................. 39
37 A imagem no monitor ..................................................................................................... 40
38 Entendendo pixels por polegada ..................................................................................... 40
39 Imprimindo em papel fotográfico ................................................................................... 41
40 Imprimindo fotos ............................................................................................................ 41
41 Como as cores são impressas .......................................................................................... 41
42 Critérios para escolha de impressora .............................................................................. 42
43 Impressoras de jatos de tinta ........................................................................................... 42
44 Capturando imagens por scanners .................................................................................. 43
45 Dynamic Range............................................................................................................... 44
46 Profundidade de cor ........................................................................................................ 44
47 Scanners para filmes ....................................................................................................... 44
48 Scanners de mesa ............................................................................................................ 45
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Fotografia digital
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contrário. Mesmo que a maioria dos fotógrafos (amadores ou profissionais) ainda estranhe a
fotografia digital, e independentemente das limitações que ainda cercam este equipamento, as
câmeras digitais são com certeza o futuro da fotografia, e é apenas questão de tempo sua plena
aceitação pela maioria dos usuários.
De fato, na realidade está cada vez mais difícil distinguir, uma vez impressa, uma
fotografia tirada por uma máquina 35 mm tradicional utilizando filme fotográfico de uma
imagem produzida por uma câmera digital – a única diferença substancial ainda é o custo dos
equipamentos digitais mais sofisticados de última geração. A verdade é que as câmeras
digitais estão incorporando controles sofisticados e até mesmo novidades jamais sonhadas
pelo fotógrafo tradicional, como o benefício de se ver no mesmo instante se a foto ficou boa
ou não, deletá-la se não estiver de acordo, refazê-la quantas vezes forem necessárias até que
seja aprovada...
É claro que existem câmeras digitais mais populares, por questão de marketing (preço
final baixo). Nesses modelos, a qualidade de imagem é limitada e a falta de controles manuais
são um problema (para fotógrafos experientes), mas tudo é questão de custo-benefício, e do
que o usuário pretende de sua máquina fotográfica. Se a idéia for apenas produzir imagens
para serem vistas na tela, ou mesmo em apresentações, ou ainda enviar imagens rapidamente
pela Internet para parentes e amigos (mesmo profissionais precisam de imagens de baixa
resolução para apresentação na WEB), então câmeras de baixo custo, que geram imagens em
baixa resolução, são mesmo as mais indicadas. Nas câmeras digitais mais sofisticadas já
existentes e em novos modelos que estão surgindo, o panorama é bem diverso. Na verdade,
atualmente a qualidade da imagem rivaliza ou até excede, em alguns casos, as obtidas por
câmeras SLR 35 mm tradicionais. Isso porque câmeras digitais com lentes intercambiáveis e
tantos controles quanto qualquer modelo reflex tradicional já são realidade, caso das Fuji
FinePix SL-1 e SL-2, Nikon D100, Olympus E-20 e Cânon EOS D-60, entre outras.
O mais importante nesta discussão é que os preços estão caindo rapidamente agora que
o sensor de imagem (o item mais caro desta tecnologia, através do qual a imagem é capturada
e formada no equipamento) está atingindo um nível tecnológico satisfatório. Assim, boas
câmeras digitais, com recursos exigidos por amadores avançados e profissionais, estão
chegando ao mercado. É preciso entender que se um fotógrafo amador pode tirar boas fotos
com uma câmera digital (dado o grau de automação existente), também pode conseguir
excelentes fotos se dominar esta tecnologia e utilizar recursos e capacidades que mesmo o
mais capaz dos fotógrafos profissionais acostumado apenas com imagens captadas em filmes
tradicionais ainda precisam conhecer e se adaptar. Este é um dos objetivos deste curso, ajudar
tanto ao amador quanto ao profissional ainda não familiarizados com as novas tecnologias e
recursos tornados possíveis com as câmeras fotográficas digitais. A compreensão de alguns
detalhes e recursos ao alcance da fotografia digital pode tornar possível, ao bom fotógrafo,
resultados espetaculares e melhoria da produtividade. E mais, com grande vantagem
econômica, já que na câmera fotográfica digital, se o custo inicial é alto, em pouco tempo o
benefício do custo zero em termos de filmes, revelação, envio de material à laboratórios, etc, a
tornam muito atraente.
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2 Imagens Inusitadas
A fotografia digital está encontrando rápida aceitação em muitas áreas da fotografia.
Um dos campos na qual está ganhando
muitos adeptos, por exemplo, é o da macrofo-
tografia. Quase todas as câmeras digitais
permitem fotos em distâncias de apenas dois
ou três centímetros. Assim, fica fácil
obtermos imagens inusitadas de pequenos
objetos, insetos, etc. Outro lado da fotografia
que ganhou impulso com a chegada das
câmeras digitais é o da fotografia artística.
Fotos digitais podem se tornar em imagens
incríveis a partir de softwares especiais ou
montagens a partir de cópias trabalhadas
posteriormente por meio de técnicas diversas.
Macrofotografia fica versátil com câmeras digitais Um ponto interessante na fotografia
digital é que as fotos podem ser vistas instantaneamente. Desse modo, praticamente fica
afastada a possibilidade de erros. Outra vantagem é a facilidade de se repetir a foto em caso
de necessidade - acabam assim as surpresas desagradáveis, como, por exemplo, quando se vai
buscar um filme no laboratório e se descobre que a tampa da máquina ficou cobrindo a
objetiva, que o filme estava vencido (e as cores ficaram alteradas) e assim por diante...
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uma projeção de slides. E mais, como a maioria das câmeras digitais de melhor qualidade
também podem produzir vídeos, filmar também é muito simples, bem como transferir as
imagens para uma fita de videocassete.
Alguns fotógrafos comerciais de estúdio foram os primeiros a adotar a fotografia
digital, já que graças a backs digitais as fotos são tiradas, corrigidas, editadas, impressas e
enviadas com rapidez ao cliente, sem custos de transporte, provas, filmes, revelação, etc.
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2.1 Resgatando Álbuns de Família
Quantos de nós não possuem
gavetas ou pastas lotadas de fotografias,
familiares ou de viagens, em sua maioria
esquecidas e totalmente desorganizadas?
Certo dia a gente lembra de uma ocasião
especial, recorda ter alguma foto daquele
momento ou lugar, quer ver ou mostrar a
alguém, mas como encontrar a imagem? Pois
é, a maioria das pessoas tira montes de
fotografias para depois abandoná-las.
Com a fotografia digital isso muda
drasticamente, já que as imagens são
Softwares resgatam álbuns de família digitais
facilmente inseridas em arquivos de texto, e-
mails ou mesmo páginas da Web, além de
impressas em impressoras caseiras (papel fotográfico e impressoras jato de tinta oferecem
ótimos resultados) ou mesmo em papel fotográfico tradicional em laboratórios que lidem com
arquivos digitais. Assim, fica muito fácil mostrá-las e compartilhá-las com outras pessoas.
Por outro lado, é possível resgatar
velhos álbuns de família esquecidos em
gavetas, amarelando e estragando com o
tempo. Se as imagens que eles contém forem
escaneadas, podem ser recuperadas (e
também as memórias que evocam), e depois
apresentadas do mesmo modo que as novas
fotos digitais. Sem falar da vantagem de que,
enquanto fotos e negativos perdem cor e
nitidez com o tempo, um arquivo digitalizado
é perene (não esquecendo que devem sempre
ser “becapeados” em CDs ou discos rígidos).
Existem ainda softwares que simulam
álbuns tradicionais de fotos na tela do computador, permitindo assim organizar e apresentar as
imagens com facilidade.
• Nas câmeras digitais não se utilizam filmes, e sim um cartão de memória para
armazenamento das imagens. Esse cartão permite que se grave, copie e apague
(delete) arquivos de imagens (inclusive vídeo).
• A luz do flash funciona quase como numa câmera comum, e dependendo do modelo
da câmera digital, pode vir embutido no corpo e/ou utilizando um flash externo através
de conexão por sapata ou pino (a diferença, tecnicamente, é que na fotografia digital
existe um pré-disparo para avaliar a luz branca, ou whitepoint, o que obriga ao uso de
flashes especiais)
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• As câmeras digitais, além de um visor idêntico às das máquinas fotográficas
tradicionais (não SLR), incorporam talvez a maior novidade que é um visor através de
tela de cristal líquido (LCD) localizado na parte posterior do corpo da câmera. A
principal vantagem é que o fotógrafo vê a imagem exatamente como será fotografada.
A maior desvantagem é que em ambientes de muita luz (sob o sol, por exemplo), é
praticamente impossível usar o visor LCD e, além disso, o uso contínuo do visor acaba
rapidamente com a bateria.
• As objetivas são muito semelhantes, mas na fotografia digital muitas câmeras
incorporam o recurso de zoom digital, além do zoom ótico. Acontece que o zoom
digital é irreal, uma “aproximação”, ou, melhor ainda, uma “ampliação” gerada por
software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores inconsistentes. De qualquer
modo, mais tarde, através de qualquer software editor de imagens pode-se ampliar
qualquer parte da imagem.
• Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de diafragma, nos modelos
mais simples de câmeras digitais, são totalmente automáticos. Contudo, nas câmeras
digitais mais modernas, pode-se regular não apenas cada um desses itens
individualmente, mas também estabelecer “sensibilidade do filme”, ou seja, definir se
a captura da imagem se dará numa sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA
ou até mais, dependendo da sofisticação do modelo.
• Muitos dos mais modernos modelos de câmeras digitais também incorporam o recurso
de áudio e vídeo, ou seja, é possível filmar alguns segundos ou minutos (depende da
capacidade de armazenamento em cartão de memória do equipamento). Também é
possível anexar “anotações” de voz numa imagem.
4 Conceitos e procedimentos
Uma grande fotografia começa
quando se reconhece uma grande cena ou
motivo. Mas reconhecer uma grande
oportunidade não é o suficiente para
fotografá-la; o fotógrafo deve estar
preparado. E isso envolve o conhecimento de
sua câmera de modo a fotografar o que se vê.
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Discussões sobre procedimentos que se usa para câmeras específicas estão integradas
aos conceitos, aparecendo quando se aplicam. Esta visão integrada permite que o fotógrafo
entenda primeiro os conceitos de fotografia e depois veja como procurar no manual de sua
câmera os passos necessários para utilizá-los em qualquer situação.
Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotógrafo precisa entender
como e quando usar um mínimo de recursos de sua câmera, como profundidade de campo e
controle de exposição. Assim, estará pronto para manter tudo numa cena com nitidez absoluta
para exibir melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso para dar um ar impressionista à um
retrato. Ou tomar closes dramáticos, congelar ações rápidas, criar maravilhosos panoramas, e
capturar a beleza de arco-íris, por-de-sol, queimas de fogos e cenas noturnas.
Não existem regras ou “melhores” modos de fazer fotos. Grande fotógrafos
aprenderam o que sabem experimentando e tentando novos modos de fotografar. Câmeras
digitais tornam isso muito fácil porque não existem custos de filmes ou demoras para se ver
os resultados. Cada experiência é livre, e cada fotógrafo poderá registrar os resultados
imediatamente, ou passo a passo.
5.1 Automatismo
Todas as câmeras digitais possuem um modo automático que determina o foco, a
exposição e o balanço de cor (White-balance). Tudo o que o fotógrafo tem a fazer é apontar a
câmera e apertar o botão do disparo.
• Preparando. Ligue sua câmera e deixe no modo automático. Para conservar as baterias,
desligue o monitor LCD e componha a cena pelo visor ótico. Se a câmera tem capa de
lente, lembre-se de removê-la antes de ligar a câmera.
• Enquadrando a imagem. O visor apresenta a cena que está para ser fotografada. Para
enquadrar melhor, experimente o zoom da lente, aproximando ou afastando a cena
para escolher a melhor composição. Atenção, se a imagem aparecer embaçada, existe
um botão de regulagem do foco do visor para ajuste.
• Autofoco. A área que estiver no centro da imagem será utilizada pela câmera como
ponto de nitidez principal. O quanto se pode focar dependerá da câmera que se estiver
usando.
• Autoexposição. A autoexposição programada pela câmera mede a luz refletida pela
cena e usa a leitura para estabelecer a melhor exposição possível.
• Autoflash. Se a luz estiver muito fraca, o sistema de autoexposição irá disparar o flash
da câmera para iluminar a cena. Se o flash será disparado, uma lâmpada de aviso na
câmera, geralmente vermelha, irá piscar quando você pressionar o disparador metade
do caminho.
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Balanço de luz (White balance). O colorido de uma fotografia será afetado pela cor da
iluminação que afeta a cena, assim a câmera automaticamente ajusta o balanço de cor para
fazer os objetos brancos na cena parecerem brancos na foto.
6 O obturador e a exposição
O obturador mantém a luz longe do
sensor exceto durante uma exposição (foto),
quando abre sua cortina para permitir a luz de
atingir o sensor de imagem. O período de
tempo em que a cortina do obturador fica
aberta afeta tanto a exposição da imagem
como o movimento.
Velocidades baixas de exposição do
obturador deixam luz atingir o sensor da
imagem por mais tempo, permitindo uma foto
mais brilhante. Velocidades mais rápidas
Velocidade alta de obturador congela a imagem permitem menos tempo de luz, e assim a foto
resulta mais escura.
Em adição ao diafragma (a quantidade de luz que atingirá o sensor de imagem), a
velocidade do obturador é o mais importante controle que se tem para a captura da imagem na
fotografia. Entender a velocidade do obturador é vital quando se pretende que um objeto
apareça nítido ou tremido na fotografia. Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, mais
tremido ficará o objeto na imagem (tanto em função de movimentos do objeto como por
qualquer tremor do fotógrafo).
Apesar das câmeras digitais poderem selecionar qualquer fração de segundo para uma
exposição, há uma série de ajustes que tem sido tradicionalmente utilizados quando se usa
uma câmera manualmente (que não podem ser feitas em algumas câmeras digitais simples). A
velocidade tradicional de disparo (listada a seguir das velocidades mais rápidas às mais
lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e 1 segundo (em
câmeras mais sofisticadas podem chegar a 1/35.000 num extremo e no outro ficar o obturador
aberto pelo tempo que o fotógrafo quiser).
7 O momento certo
Fotógrafos tornaram-se famosos por
capturar sempre “o momento certo” quando
ações acontecem e apenas um único momento
a torna interessante. Para isso precisavam
estar sempre pronto. Nunca se atrapalhar com
controles e oportunidades perdidas. A grande
maioria das câmeras digitais tem um sistema
de disparo automático que deixa o fotógrafo
livre de preocupações, mas por outro lado
essas câmeras têm problemas que torna os
momentos decisivos mais difíceis de serem
Momento decisivo, quando ações acontecem obtidos.
Nas câmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora entre o momento
de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso porque, no primeiro momento em que se
pressiona o botão, a câmera rapidamente realiza um certo número de tarefas. Primeiro limpa o
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CCD, depois corrige o balanço de cor, mede a distância e estabelece a abertura do diafragma,
e finalmente dispara o flash (se necessário) e tira a foto. Todos esses passos tomam tempo e a
ação pode ter já ocorrido quando finalmente a foto é feita. Assim, fotografia de ação com uma
câmera digital amadora (esportes, por exemplo), é praticamente impossível. Somente as
chamadas câmeras avançadas, ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, têm
capacidade de fazer fotos em sequências rápidas inferiores a um segundo.
Depois ocorre um longo intervalo entre a foto tirada e a disponibilidade da câmera
para uma nova foto porque a imagem capturada primeiro precisa ser armazenada na memória
da câmera. Como a imagem precisa ser processada, uma certa quantidade de procedimentos
são requeridos, e isso pode tomar alguns segundos (que parecerão uma eternidade para um
fotógrafo que precisa fotografar uma ação rápida, já que não poderá ser feita outra foto
enquanto isso tudo não for processado).
Mesmo nas câmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer uma limitação na
quantidade de fotos que se tira em sequência, em função do tempo que a câmera necessita
para gravar a imagem num cartão de memória (o que pode depender da velocidade de
gravação e leitura do próprio cartão). Por exemplo, uma câmera digital pode fazer fotos numa
velocidade de 3 tomadas por segundo, mas até um máximo de 8 imagens.
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para a menor, os número f tradicionalmente tem sido f/1, f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6,
f/8, f/11, f/16, f/22, f/32 e f/45. Nenhuma lente possui toda a gama de ajustes; por exemplo,
uma câmera digital padrão pode vir com uma lente de f/2 a f/16. A chamada “luminosidade”
da lente é definida pela maior abertura, ou seja, no exemplo acima, f/2. Quanto mais luminosa
a lente, melhor a qualidade e mais sofisticado o sistema ótico (e mais caro o preço).
Atenção para o fato de que quanto maior o número, menor a abertura para a luz.
Assim, f/11 é menos luz que f/8, e assim por diante. Um detalhe é que a abertura maior pode
mudar numa lente zoom, de modo a acomodar o sistema ótico, por exemplo, numa lente zoom
de 35 a 200 mm, a abertura máxima (a luminosidade) pode ser f/2-f/4 (variando de f/2 a f/4
conforme se move o zoom de distância focal de 35 mm para 200 mm).
Observação: distância focal é a distância entre a lente e o filme (ou sensor). Conforme
essa distância, a imagem parecerá mais próxima ou mais distante. Uma lente zoom permite
diferentes distâncias focais, mudando assim a proximidade dos objetos na foto.
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10 Usando velocidade de obturador e abertura de
diafragma ao mesmo tempo
Como tanto a velocidade do
obturador como a abertura do diafragma
afetam a exposição (a quantidade total de luz
que atinge o sensor da imagem), assim se
pode controlar se a foto será mais clara ou
escura, mais nítida ou menos nítida, e assim
por diante. A velocidade do obturador
controla o tempo que o sensor da imagem
será exposto à luz e a abertura controla a
quantidade de luz que entrará para compor a
imagem. O fotógrafo, ou o sistema
automático da câmera, pode casar uma
Obturador em 8 segundos e movimento de câmera velocidade de obturador curta (para deixar
entrar luz num período curto) com uma
abertura grande (para deixar entrar mais quantidade de luz); ou uma velocidade de obturador
longa (para deixar entrar luz por um período maior) e uma abertura pequena (para deixar
entrar menos luz). Em termos técnicos, não faz diferença a combinação usada. Contudo, os
resultados não serão os mesmos, daí a magia de se controlar manualmente a câmera, ao invés
de deixar ao sistema automático. É controlando de forma criativa essa combinação que se
pode obter grandes fotografias.
O objeto sempre se move, ou pelo menos a câmera poderá ser mover num curto espaço
de tempo. Também a profundidade de campo será afetada. A conjugação desses fatores, e o
controle sobre eles, é que fazem a diferença entre fotos convencionais e fotos de grande
qualidade.
Como vimos, cada abertura de um número f/ determina metade ou o dobro da abertura
seguinte (para mais ou para menos). Assim, uma abertura de f/8 deixa entrar metade da luz de
uma abertura de f/5.6. Já uma velocidade de obturador de 1/60 s deixa passar metade da luz
que uma abertura de 1/30. Se o fotógrafo mudar a regulagem de uma exposição que mostra
luz correta (balanceada) de f/8 com 1/30 s para f/5.6 com 1/60, obterá o mesmo resultado
técnico correto – só que a profundidade de campo muda, assim como o controle dos
movimentos – portanto, na primeira foto, teremos maior profundidade de campo com menos
velocidade, na segunda, o contrário. Quanto maiores as diferenças nos controles, mais
dramáticos serão os resultados da foto.
Para fotografia “padrão”, precisa-se de uma média de velocidade em torno de 1/60 e
de abertura f/5.6. Velocidades menores resultarão em tremores (embora um tripé possa
ajudar) e aberturas menores limitarão a profundidade de campo. Uma câmera automática
“pensa” pelo padrão, assim dificilmente se obterão fotos espetaculares com um sistema
automático.
• Para objetos em movimento rápido, será necessária uma velocidade maior para
congelar o movimento (embora a distância focal das lentes, a proximidade do objeto e
a direção do movimento também afetem a nitidez final da foto)
Para uma máxima profundidade de campo, com a cena nítida do mais próximo ao mais
longinquo, será necessária uma abertura de diafragma menor (embora a distância focal da
lente e a distância aos objetos do cenário também afetem)
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11 Escolhendo modos de exposição
Muitas câmeras oferecem mais de um modo de exposição. No modo totalmente
automático, a câmera faz um ajuste de velocidade e abertura para produzir a melhor exposição
possível. Geralmente, existem dois outros modos, que são muito usados, o de prioridade de
abertura, ou de prioridade de velocidade. Todos oferecerão bons resultados na maioria das
condições de fotografia. De qualquer modo, alternar entre esses modos pode trazer algumas
vantagens.
Vamos examinar cada um desses modos.
Um dos fatores que fazem da fotografia algo tão fascinante é a chance que temos de
interpretar a cena do nosso ponto de vista. Controles de velocidades de obturador e de
abertura são dois dos modos mais importantes de fazer fotos únicas. Conforme o fotógrafo vai
se tornando mais familiar com os efeitos da foto, encontrará a oportunidade de fazer escolhas
instintivamente.
12 Usando o flash
O flash incorporado em câmeras digitais, apesar de suas limitações, pode ser
aproveitado com criatividade pelo fotógrafo. Existem basicamente os seguintes modos de uso
de flash em câmeras digitais (algumas acrescentam mais ou menos recursos)
• Automático – neste modo, a câmera faz a leitura da luz ambiente, e se for necessário,
dispara o flash para melhor iluminar a cena
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• Nunca disparar – neste modo, a câmera não dispara mesmo que tenha detectado
iluminação insuficiente. Este é um recurso interessante para se conseguir efeitos
especiais em fotos noturnas
• Sempre disparar – obriga a câmera a disparar o flash mesmo que as medições
concluam que há luz suficiente. Este é um recurso bom para melhorar a iluminação de
rostos em contra-luz, por exemplo, ou para melhorar o contraste em cenas de pouco
contraste
13 A qualidade da imagem
Existem câmeras de baixo custo e
recursos equivalentes, que se refletem não
apenas na simplicidade de uso (para
fotógrafos inexperientes), mas também na
simplicidade da fotografia digital gerada.
Assim como existem câmeras extremamente
sofisticadas, cheias de recursos manuais
(regulagens de sensibilidade à luz, abertura
prioritária de diafragma, velocidade de
obturador, etc), mais indicadas para
profissionais e amadores avançados.
Contudo, o ponto fundamental, para
simplificarmos, na tecnologia de uma câmera
digital, é a sua capacidade de resolução da imagem. Para entendermos isso, vamos estudar
como as máquinas fotográficas digitais capturam a imagem.
OS INVENTORES
George Smith e Willard Boyle inventaram os sensores de imagens, os CCDs, nos
laboratórios Bell, em 1969. Em 1970, os pesquisadores dos laboratórios da Bell construíram
o primeiro CCD para vídeocâmera. Em 1975, eles apresentaram a primeira câmera equipada
com CCD com imagem de qualidade suficiente para a televisão.
Hoje a tecnologia do CCD atinge não apenas a televisão comum, mas também
aplicações em vídeo que vão de monitoramento de segurança à televisão de alta definição, e
do endoscópio à videoconferência. Fax, copiadoras, scanners, câmeras digitais e leitores de
barras também empregam CCDs para transformar padrões de luz em informação útil.
Desde 1983, quando telescópios foram equipados com CCDs, foi possível aos
astrônomos estudar objetos milhares de vezes menores que os mais sofisticados filmes
comuns podiam detectar, e gravar imagens em segundos que antes exigiam horas de
exposição. Atualmente todos os telescópios, incluindo o Hubble (no espaço), utilizam
sistemas de informação digital proporcionados por chips CCDs ultrasensíveis.
Pesquisadores em outros campos do conhecimento, como em química, utilizam CCDs para
observar reações químicas.
Fugindo do sistema das câmeras tradicionais que utilizam filmes (processos químicos
baseados em halogenetos de prata) para gravar e armazenar uma imagem, as câmeras digitais
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usam um equipamento chamado sensor de imagem (image sensor). Trata-se de chips de silício
do tamanho de uma unha, também conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), que
contém diodos fotossensíveis, ou fotocélulas. No curto espaço de tempo em que o obturador é
aberto, cada fotocélula grava a intensidade ou brilho da luz que a atinge por meio de uma
carga elétrica; quanto mais luz, maior a carga. O brilho gravado por cada fotocélula é então
armazenado como uma série de números binários que podem ser usados para reconstruir a cor
e o brilho dos pontos da tela ou da tinta que imprimirão a imagem a partir de uma impressora.
Chegamos aqui a um ponto importante - a relação entre pixels e imagem.
As fotografias digitais são feitas de centenas de milhares ou até milhões de pequenos
pontos chamados elementos da imagem, ou simplesmente pixels. Cada um desses pixels é
capturado por uma única fotocélula do sensor de imagem ao se tirar uma foto, assim a
quantidade de fotocélulas do sensor é que determina a quantidade de pixels numa imagem (e
conseqüentemente, sua resolução, ou seja, a relação entre nitidez e tamanho da imagem).
Portanto, numa câmera digital, cada fotocélula captura o brilho de um único pixel. O modo
como essas fotocé-lulas estão dispostas determina a forma física da teia (ou grade, como
queiram), que é por fileiras e colunas simples. Isso pode ser bem observado se ampliarmos
demais as fotos, pois a imagem aparece montada em pequenos quadrados.
O computador e a impressora utilizam cada um desses pequenos pixels capturados
pelas fotocélulas do sensor da câmera para apresentar a imagem na tela ou imprimir as fotos.
Para isso, o computador divide a área do monitor onde será apresentada a imagem (ou a
página de impressão onde será impressa) numa teia de pixels, de modo muito parecido ao
modo como o sensor divide a imagem ao capturá-la. São utilizados os valores armazenados
pelas fotocélulas para especificar o brilho e a cor de cada pixel dessa teia – uma forma de
reprodução da imagem por números. Por isso, endereçar uma teia de pixels individuais desse
modo se chama bit mapping (mapeamento de bits).
Concluindo, a qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a apresentada na
tela, depende principalmente do número de pixels utilizados para criar a imagem (fator
também conhecido como resolução). Esse número, como vimos, é determinado pela
quantidade de fotocélulas existentes no sensor de imagem da câmera.
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Atualmente as câmeras mais simples geram arquivos de 640 x 480 pixels, enquanto
câmeras de capacidade média estão por volta de 1600 x 1200 pixels, e câmeras de ponta
produzem imagens de 2.560 x 1.920 pixels (perto de 5 megapixels). Importante notar que isto
se refere às câmeras amadoras, pois algumas profissionais já produzem mais de seis milhões
de pixels. Quanto maior a capacidade de resolução, geralmente maior também o preço.
Outro detalhe importante é que quanto maior a imagem em pixel, maior o tamanho do
arquivo resultante. Por isso, normalmente as câmeras digitais possuem uma regulagem para o
tamanho do arquivo, dando a opção para o fotógrafo de escolher o modo de resolução. Assim,
se alguém vai capturar imagens para a WEB e possui uma câmera de 3.3 megapixels, pode
regulá-la para gerar imagens de apenas 640 x 480 pixels, bem mais fáceis de armazenar e
lidar. Por exemplo, uma câmera de alta resolução, 2048 x 1560 pixels, gera uma imagem
média em arquivo JPEG (depende das tonalidades e intensidade de luz retratadas) de
aproximadamente 1,2 MB (megabytes). Já na resolução de 640 x 480 pixels, no mesmo
formato JPEG, gerará um arquivo de apenas 220 Kb (kilobytes), ou seja, menos de 1/5 do
tamanho.
Além da preocupação com espaço de armazenamento e rapidez em transmissão pela
Internet, em termos práticos deve-se levar em conta o tamanho com o qual se pretende
imprimir a imagem. Ainda seguindo os exemplos acima, a imagem de 2048 x 1560 pixels (3.3
MB) pode ser impressa, sem qualquer perda, em alta resolução (300 dpi), no tamanho de
17,34 x 13 cms, enquanto a imagem de 640 x 480 pixels permite apenas uma boa imagem
impressa no tamanho 5,42 x 4,06 cms. Como se calcula o tamanho em termos de resolução é
assunto que trataremos mais adiante neste curso, quando abordarmos a impressão.
Tamanho do Tamanho da
Resolução Tamanho em pixels
arquivo impressão
300 dpi 640x480 938.292 bytes 5,42x4,06 cm
300 dpi 800x600 1.456.648 pixels 6,77x5,08 cm
300 dpi 1024x768 2.375.728 bytes 8,67x6,50 cm
300 dpi 1600x1200 5.375.728 bytes 13,55x10,16 cm
300 dpi 2048x1536 9.453.572 bytes 17,34x13,00 cm
Apesar de quanto maior o número de fotocélulas num sensor melhores imagens serem
produzidas, acrescentar simplesmente fotocélulas à um sensor nem sempre é fácil e pode
resultar em problemas. Por exemplo, para se colocar mais fotocélulas num sensor de imagem,
o sensor precisaria ser maior ou as fotocélulas menores. Chips maiores com mais fotocélulas
aumentam as dificuldades de construção e os custos para o fabricante. Fotocélulas menores,
por outro lado, serão menos sensíveis e irão capturar menos luz que as de um chip normal.
Concluindo, colocar mais fotocélulas num sensor, além de sua complexidade e alto custo,
acaba resultando em arquivos maiores, de difícil armazenamento. Por isso a constante corrida
tecnológica entre os fabricantes na busca de sensores de maior resolução, com qualidade e
preço competitivo.
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informações colhidas por três fotocélulas diferentes (o que gera perdas). Teoricamente, com
isso obtêm-se mais resolução, nitidez na imagem, e melhor amplitude de cores, igualando ou
até superando a qualidade da fotografia convencional.
Contudo, a tecnologia ainda está em seu começo, com o amadurecimento, se for
comprovada a sua eficiência, deve se constituir no futuro da fotografia digital.
15 O Tamanho da Imagem
Vamos começar por uma pequena revisão do visto até aqui. Como já sabemos, a
qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a apresentada na tela, depende
principalmente do número de pixels utilizados para criar a imagem (fator também conhecido
como resolução). Esse número, como vimos, é determinado pela quantidade de fotocélulas
existentes no sensor de imagem da câmera (algumas câmeras usam o artifício de acrescentar
pixels “artificiais”, inflando o tamanho da imagem, mas na prática isso não funciona; apenas
aumenta o tamanho da imagem à custa da qualidade).
Quanto mais fotocélulas e conseqüentemente mais pixels, melhores serão os detalhes
gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e continuar ampliando qualquer
imagem digital, chegará um momento em que os pixels vão aparecer multifacetados (esse
efeito se chama pixelização). Portanto, quanto mais pixels existirem em uma imagem, mais
ela aceitará ampliações com qualidade; quanto menos pixels, menor a ampliação possível.
Como funciona o artifício de acrescentar pixels “fantasmas”, artificiais, na imagem,
para simular maior resolução? Como o leigo pode distinguir entre a realidade e a ficção no
mundo dos pixels e das câmeras digitais?
As questões acima são pertinentes, pois é preciso cuidado com algumas propagandas
de câmeras digitais e também de scanners. Acontece que existem dois tipos de resolução, a
ótica e a interpolada. A resolução ótica é o número absoluto de pixels que o sensor da imagem
consegue capturar fisicamente durante a digitalização. Ou seja, corresponde exatamente à
realidade. Contudo, por meio de software incorporado na câmera (qualquer programa editor
de arquivos de imagem também pode fazer isso), é possível “acrescentar” mais pixels
fictícios, num processo chamado “interpolação”. Para isso o software avalia os pixels ao redor
de cada pixel que o cerca, para “imaginar” como deveria ser um novo pixel vizinho em termos
de cor e brilho. O que na prática nunca dá certo - as imagens assim geradas apresentam
geralmente inúmeras deficiências. O importante é ter em mente que a resolução interpolada
não adiciona nenhuma informação à imagem – só acrescenta pixels que fazem o arquivo ficar
maior. A qualidade final da fotografia fica geralmente comprometida.
Contudo, como toda regra tem sua exceção, em nível de software hoje em dia já existe
um que realmente consegue a façanha. Ele não “imagina” nada. Realmente cria pixels que
funcionam. Só que não está embutido em nenhuma câmera digital, é vendido somente para
instalação em computadores - este incrível software, que recomendamos, é o Genuine
Fractals. Alguns fabricantes de câmeras digitais já estão distribuindo cópias “lights” deste
software especial junto com suas câmeras, como a Nikon.
16 Bits e Bytes
Quando lemos textos sobre sistemas digitais, freqüentemente encontramos os termos
bit e byte. Alguns conceitos abordados nesta apostila exigem algum conhecimento básico a
respeito, portanto, antes de prosseguirmos, façamos um pequeno resumo destes conceitos.
Um bit é a menor unidade digital, e também a unidade básica de informação que um
computador utiliza. O termo tem como origem o termo binary digit, ou seja, dígito binário.
19
Pode ser representado por dois possíveis estados, ligado (indicado pelo número um) e
desligado (indicado pelo zero).
Já os bytes são grupos de 8 bits (agrupados para fim de processamento). Como cada
grupo de 8 bits também tem dois estados (ligado-desligado), e o total de informação contido é
28 , ou seja, 256 combinações possíveis.
É interessante acrescentar ainda que kilobyte é uma medida que representa cem bytes,
enquanto um megabyte corresponde à mil bytes.
17 Resoluções de Monitor
A resolução de um monitor é definida por sua largura e altura em pixels. Por
exemplo, um monitor pode apresentar na tela 640 x 480 pixels, 800 x 600, 1024 x 768 pixels
e assim por diante. O primeiro número é o número de pixels ao longo da tela (largura), e o
segundo o número de linhas.
As imagens apresentadas num monitor são sempre em baixa-resolução. Geralmente as
imagens mostradas na tela são convertidas para uma resolução de 72 pixels por polegada. Na
verdade, não é esse o número exato em cada monitor, mas serve como base. Por exemplo, um
monitor de 14 polegadas terá muito menos espaço físico para distribuir uma imagem com 800
x 600 pixels do que um monitor de 17 polegadas (onde os pixels terão mais espaço para se
espalhar). Por isso, quanto maior o monitor, o ideal é ir aumentando a resolução padrão na
tela para se obter imagem mais nítida. Um monitor de 21 polegadas, por exemplo, pode
perfeitamente apresentar imagens em 1600 x 1200 pixels, enquanto para um monitor de
apenas 14 polegadas isso seria impossível.
Como se sabe, a luz não passa de uma forma de energia eletromagnética, relacionada
com o rádio, o radar, os raio-x, etc. Ela se propaga a partir de uma fonte de luz (de lâmpadas
20
ao nosso Sol) em movimentos retilíneos, descrevendo ciclos em forma de ondas regulares que
vibram perpendicularmente à direção de sua propagação. Embora não seja de nosso interesse
estudar física, é importante compreender algumas de suas propriedades, principalmente em
função das cores.
A luz, vista pelos olhos humanos, constitui uma faixa relativamente estreita de sua
energia magnética irradiada, que se distribui aproximadamente entre 400 e 700 nm2. Esta
faixa constitui o chamado espectro visível, e dentro dele cada comprimento de onda produz
um estímulo diferente na parte posterior de nossos olhos – assim são percebidas as cores. A
mistura de todos os comprimentos de onda do espectro visível é o que chamamos de luz
branca.
A cores são assim distribuídas no espectro visível:
Antes dos 400 nm existe a chamada luz ultravioleta, invisível para a vista humana. A
partir dos 400 nm, a luz passa a ser perceptível, e é de um violeta profundo, tornando-se azul
na medida em que o comprimento da onda se aproxima de 450 nm. Esse azul vai cedendo
lugar à um verde azulado por volta dos 500 nm, e a partir dos 580 nm começa a surgir o
amarelo. Já nos 600 nm o amarelo vai passando para o laranja, e perto dos 650 nm, o
vermelho vai escurecendo paulatinamente, até que a vista humana não consegue mais
enxergar a luz, que passa ao infra-vermelho.
É importante notarmos que tudo o que vemos (e pode ser fotografado), dependo dos
objetos que refletem os raios de luz, e que são tanto mais visíveis quanto mais próximos
estiverem de uma fonte luminosa. Isso tem conseqüências práticas importantes para a
fotografia em geral, principalmente em função da exposição correta (abertura do diafragma e
velocidade do obturador), e no caso da fotografia digital não é diferente, em função da
sensibilidade necessária para um sensor de imagem capturar as cores. Existem diversas
implicações no modo como as fotocélulas que compõem um sensor percebem a luz, e como o
chip do sensor processa essas informações, conforme veremos adiante.
Um dos grandes problemas da fotografia em geral, desde os seus primórdios, sempre
foi o da captura correta das cores tais como as vemos na natureza, pois isso é praticamente
impossível de ser reproduzido por material fotográfico. A amplitude de cor existente na
natureza não pode simplesmente ser embalada por nenhum mecanismo humano, exceto os
nossos próprios olhos.
Nas primeiras emulsões fotográficas, em branco e preto, apenas os objetos azuis eram
percebidos pelo filme, ficando os de outras cores invisíveis. Mais tarde surgiu o filme
orthocromático, que chegava até o verde, ignorando os tons laranja e vermelho. Finalmente,
com o pancromático, as fotos passaram a cobrir quase todas tonalidades, mas com limitações.
Os filmes a cores também sempre sofreram do mesmo problema, principalmente na hora de
copiar a imagem em papel fotográfico. De qualquer modo, até hoje nenhum tipo de filme
conseguiu cobrir com perfeição as cores da natureza.
21
A fotografia digital enfrenta o mesmo problema. A amplitude de cores que um sensor
digital consegue capturar também é ligeiramente inferior, por exemplo, ao de um filme de
slides, embora já esteja ao nível do filme tradicional em negativo (colorido)2. Vejamos como
a câmera digital “enxerga” as cores e as apresenta na tela de um monitor.
18.1 RGB
As cores na imagem fotográfica apresentada no monitor de um computador diferem
em muito das cores naturais. Na verdade, são mais uma simulação de cores de modo a
“enganar” a vista humana, e permitir que nós enxerguemos as cores na tela.
As cores num monitor são baseadas em três cores primárias – vermelho, verde e azul
(em inglês; red, green and blue, ou RGB). Este modo é chamado aditivo, porque quando as
três cores são combinadas em quantidades iguais, formam o branco. O sistema aditivo é
utilizado sempre que a luz é projetada para formar cores, como em monitores. Assim, num
monitor, cada pixel é composto por um grupo de três pontos, cada um de uma cor (vermelha,
verde e azul).
O grande problema com os monitores para a fotografia digital, é que existem centenas
de modelos de monitores, cada um com um modo próprio de apresentar cores na tela. É
importante estudarmos o que fazer a respeito, pois de repente, vemos uma foto linda em nosso
monitor, e quando é impressa (seja numa impressora caseira ou num laboratório fotográfico),
temos uma decepcionante foto descolorida ou com cores fortes demais...
Os filmes em transparência, ou slides, conseguem maior amplitude de cor que os de
negativo impressos em papel fotográfico
22
Os monitores não precisam usar meio-tons para criar cores porque podem variar a
intensidade da cor em cada pixel (a única impressora que consegue isso é a que utiliza um
sistema chamado dye sub, ou sublimação).
Para conseguir imagens impressas mais próximas do resultado da tela, é preciso fazer
testes, imprimindo uma foto e depois ajustando as cores na tela para se assemelharem à foto
impressa (pelos ajustes de brilho e contraste). Mesmo assim isso pode ser muito complicado,
principalmente se as tonalidades não conferirem (cada monitor funciona com sua própria
temperatura de cor, o que gera tons mais azulados (frios) ou mais avermelhados (quentes).
Para superar esses problemas, só utilizando-se um sistema de gerenciamento de cor, ou CMS.
Eu, particularmente, acerto a luminosidade e contraste de meu monitor aproveitando
que o laboratório digital, para o qual envio minhas fotos, trabalha num determinado perfil de
cor que é idêntico ao de minha câmera digital. Assim, tenho assegurado que tanto a câmera
digital como o laboratório trabalham com as mesmas cores. A partir daí, pedi para o
laboratório enviar uma imagem fotográfica de amostra (conhecida como target). Observando
então a fotografia na tela e confrontando com a mesma imagem nas mãos, pude ir acertando
brilho, contraste e tonalidades.
De qualquer modo, existem cores que nunca aparecem corretamente, do mesmo modo
como dificilmente um laboratório de fotografia tradicional envia cópias idênticas de um
mesmo negativo em datas diferentes... O jeito é o fotógrafo se conformar com as pequenas
diferenças - afinal, desde que fotografia existe, esse problema nunca foi completamente
solucionado.
Sistemas de gerenciamento de cor são projetados para manter as cores das imagens o
mais consistentes possíveis entre os processos de escaneamento ou digitalização da imagem,
apresentação na tela e impressão. Isto pode ser uma dor de cabeça para muita gente, e sem
dúvida é o maior entrave ao uso da imagem digital por parte dos leigos. Nada pior que você
olhar na tela uma linda foto colorida, e imprimi-la apenas para ver no papel uma foto que
parece ter sido feita com um filtro cinza em frente à objetiva.
Um sistema de gerenciamento de cor adota um padrão independente em termos de
cores como RGB ou CMYK. Existem muitos sistemas, mas os mais conhecidos são o
Microsoft Image Color Management (ICM), para computadores PC, e o ColorSync para
computadores Mac.Ambiente de trabalho
As cores mudam conforme a fonte de
luz. Até mesmo a luz do dia muda conforme
o sol vai percorrendo seu caminho no céu. Se
as cores mudam tão facilmente, como lidar
com elas? Para isso é preciso estabelecer
condições bem controladas e atribuir números
a essas condições.
O ideal ao se trabalhar num
determinado monitor, seria utilizar sempre da
mesma luz ambiente. Se você costuma editar
suas fotos digitais com a lâmpada comum do
teto, de 100 watts, se abrir a janela ou trocar a
lâmpada por uma de 60 watts, estará
comprometendo seu gerenciamento de cor.
Pequenas mudanças de luz ambiente geram
grandes diferenças nas cores que você percebe em seu micro.
Uma vez que o modelo de cor tenha sido estabelecido (monitor e luz ambiente), uma
parte do trabalho está feita, mas e quando a foto muda de um ambiente de cor para outro? Por
23
exemplo, quando passa do monitor (modelo RGB) para a impressora (modelo CMYK)? Um
perfil de cor é usado justamente para relacionar diferentes modelos de cores como esses.
Então, para tudo funcionar corretamente, o software usado no computador para visualizar e
otimizar as fotos deve ser capaz de incorporar a transferência de perfis de cores das imagens.
Por exemplo, quando uma luz vermelha na tela é enviada para a impressora como uma
série de números 255,0,0 (valores que identificam a cor para o monitor, sendo cada cor
representada numa escala de 0 a 255), a impressora usa o perfil de modo que a cor será
impressa corretamente. Esse valor deve ser convertido para CMYK (isso é feito por uma
tabela), e seguindo o exemplo acima do vermelho, para 0,100,100,0 (valores de cor para
impressoras variam de 0 a 100 para cada cor, mais preto).
Então, para tudo funcionar corretamente seu software deve ser capaz de incorporar a
transferência de perfis de cores das imagens.
O melhor modo de se administrar as cores é através de um software editor de imagens,
como o Adobe Photoshop. As câmeras digitais, em geral, quando salvam uma imagem em
formato JPEG ou qualquer outro, incorporam um perfil de cor, normalmente o sRGB-
ICE61966-2.1 (super RGB).
Se o seu monitor já vem com um driver adequado, o Windows utiliza o espaço de cor
desse monitor. Caso contrário, procure um driver no site do fabricante, na Internet. Se não for
possível, o jeito é estabelecer um padrão do modo mais difícil, manualmente, através de testes
com impressora.
Com o espaço de cor do monitor definido, o software editor de imagens, por sua vez,
deve reconhecer esse ambiente do monitor, e ao abrir um arquivo digital transferido de uma
máquina fotográfica, imediatamente o converter para o espaço de cor adequado do
computador, ou fazer as conversões necessárias para apresentar as cores corretamente.
Para imprimir, a mesma coisa. Será necessário configurar o software editor de imagens
para usar perfil de cor de sua impressora, assim, na hora de imprimir, o programa converte
novamente as informações de cores para que sejam impressas.
Portanto, também no caso da impressora, mais uma vez é fundamental o usuário
dispor de equipamentos que venham com os drivers para o funcionamento correto. Muita
gente, quando compra equipamentos, por desconhecimento não exige os arquivos que
configuram o espaço de cor, ou não dá atenção aos CDs e/ou disquetes com essas
informações. No momento de trabalhar com imagens ou imprimir, contudo, é fundamental
que tudo esteja corretamente instalado e configurado.
Por outro lado, um software editor de imagens é indispensável para quem quer
trabalhar seriamente com fotografia digital. Mais adiante daremos algumas dicas do Adobe
Photoshop, sem dúvida um dos melhores programas do gênero, para otimizar as fotografias
tiradas por câmeras digitais. Além desse software, podemos citar outros interessantes, como o
Paint Shop Pro, o PhotoBrush, o Corel Photo-Paint, e a própria versão light do Photoshop,
voltado para amadores, o Adobe Elements.
Em termos de gerenciamento de cores, o Photoshop dispõe de um excelente sistema
para lidar com ambientes de cor. Para acessar esse gerenciamento, basta ir ao menu Edit,
Color Settings, e estabelecer então o espaço de cor desejado. Desse modo, é possível
gerenciar diversos espaços de cores, para diferentes finalidades.
21 Cores Subtrativas
Voltando às cores no monitor e impressoras. Apesar da maioria das câmeras utilizar o
sistema de cores aditivas RGB, algumas câmeras mais sofisticadas e todas as impressoras
usam o sistema CMYK (de quatro cores). Este sistema, chamado de cores subtrativas, usa três
cores primárias, Ciano, Magenta e Amarelo. Estas três cores são combinadas em quantidades
24
iguais, e o resultado é um preto porque todas as cores são subtraídas. O sistema CMYK é
largamente usado pela indústria de impressão, mas suas cores não podem ser perfeitamente
transmitidas numa tela de monitor, pois precisam ser convertidas para RGB e acontece
alguma perda na conversão.
Na saída da impressora, cada pixel é formado por pequenos pontos de ciano, magenta,
amarelo e tinta preta. Quando esses pontos se sobrepõem, várias cores são formadas.
• Três partes separadas do sensor de imagem podem ser usadas, cada uma com seu
próprio filtro. Deste modo cada parte do sensor captura a imagem numa única cor.
• Três exposições separadas podem ser feitas, mudando o filtro a cada vez. Deste modo,
as cores são “pintadas” no sensor.
• Filtros podem ser colocados em fotocélulas individuais para que cada uma capture
uma das cores. Neste modo, 1/3 da foto é capturada em luz vermelha, outro 1/3 em
azul e o 1/3 restante em verde.
25
Quando três exposições separadas
são feitas através de diferentes filtros, cada
pixel no sensor grava uma cor específica na
imagem e três diferentes arquivos são
mesclados para gerar uma imagem colorida.
De qualquer modo, quando três sensores
separados são utilizados, ou quando
diferentes filtros são colocados diretamente
sobre as fotocélulas num sensor, a resolução
ótica desse sensor é reduzida para 1/3. Isto
porque cada uma das fotocélulas disponíveis
grava apenas parte da imagem (no caso, uma
Canal Vermelho (acima) única cor). Por exemplo, em alguns sensores
com 1.2 milhões de fotocélulas, 400 mil
utilizam filtros vermelhos, 400 mil filtros azuis e 400 mil filtros verdes.
Cada fotocélula armazena a cor capturada (pelo filtro) em valores de 8, 10 ou 12 bits.
Para criar imagens completas coloridas de 24, 30 ou 36 bits, usa-se interpolação. Esta forma
de interpolação utiliza as cores nos pixels vizinhos para calcular as duas cores que a fotocélula
não gravou. Combinando essas cores interpoladas com a cor medida diretamente pela célula, a
cor original do pixel é reconstituída (se o pixel é de um vermelho brilhante, e se os pixels
azuis e verdes ao lado também são brilhantes, contabiliza-se um branco brilhante). Isto requer
muito cálculo, pois exige comparações com os 8 pixels vizinhos de forma a esse
processamento ter sucesso. Também resulta em mais informação na imagem, assim os
arquivos ficam maiores.
22 Armazenamento da imagem
Imagens digitais são armazenadas em arquivos de bitmaps – uma série de pixels
individuais. Ao longo dos anos, grande número de diferentes formatos de arquivos de bitmap
foi desenvolvido. Cada um tem suas características únicas que o tornam interessante para
determinado uso. Entretanto, vários desses formatos também caíram em desuso ou são
encontrados somente em circunstâncias especiais. Conforme novas necessidades surgem,
como imagens para serem vistas na WEB, novos formatos de arquivos aparecem. De qualquer
modo, todas as imagens (não-animadas) que se encontram na WEB ou em programas
26
multimídia, bem como a maior parte das imagens que se vê impressas, foram criadas ou
editadas no computador como digitais.
23 Formatos de imagens
Existem dois tipos
de formato para imagens: os
formatos próprios de
softwares (padrões), e os
formatos de aplicação geral
para transferência entre
diferentes mídias e até
sistemas operacionais.
Conforme novos programas
surgem, os desenvolvedores
tem apresentado a tendência de criar formatos próprios para suas aplicações, que só podem ser
“lidos” pelos seus próprios softwares. Parte disso é em função de levar vantagem sobre a
competição, e parte a necessidade de se projetar novos procedimentos e possibilidades. De
qualquer modo, formatos próprios podem causar problemas quando se quer transferir as
imagens para outros programas.
Como formatos próprios são limitados, os formatos para transferência são projetados
para possibilitar que as imagens possam ser abertas por praticamente qualquer programa.
Alguns se tornaram assim padrões – qualquer aplicativo pode abri-los e salvar imagens com
sua extensão.
27
24 Compressão
Quando se digitaliza uma foto, o tamanho do arquivo é grande se comparado a outros
arquivos de um computador. Uma imagem de baixa resolução em 640 x 480 pixels, por
exemplo, pode ter até 307.200 pixels, o que resulta num tamanho de arquivo, sem
compressão, de quase um megabyte. Portanto, a compressão de imagens é uma necessidade,
ou o disco rígido do computador ficará lotado somente com as fotos.
Durante a compressão, a informação é duplicada e tudo o que não tiver valor é
eliminado ou salvo de modo resumido, reduzindo o tamanho do arquivo. Quando a imagem é
editada ou apresentada, o processo de compressão é revertido.
Existem dois modos de compressão – com ou sem perda – e a fotografia digital utiliza
os dois modos.
A chamada lossless compression (menos perda) comprime uma imagem de tal modo
que a qualidade é mantida. Embora pareça a ideal, não proporciona redução significativa do
arquivo, que geralmente fica reduzido a um terço do tamanho original. O padrão mais
utilizado é o LZW (Lempel-Ziv-Welch), que tanto em arquivos GIF como TIFF produz
compressão de 50 a 90%.
A maioria das câmeras digitais utiliza o sistema de compressão com perda, já que o
espaço para armazenagem de imagens é extremamente complicado e caro (falaremos dos
cartões adiante) e, em geral, a qualidade é mantida por meio do JPEG em qualidade máxima
de compressão. O formato descarta informações não importantes da imagem. Por exemplo, se
grandes áreas do céu são azuis, só o valor de um pixel precisa ser salvo – quando a imagem é
aberta, aquele valor é aplicado para todo o conjunto (por isso os tamanhos de arquivos
comprimidos variam muito, pois dependem de quanta informação de cor existe na imagem).
Contudo, como a qualidade é afetada pelo grau de compressão, para o usuário mais
exigente e para profissionais, as câmeras mais avançadas permitem que se opte pela imagem
em TIFF (o que obriga a um cartão de memória de grande capacidade).
28
25 Formatos para câmera digital
Praticamente todas as câmeras
digitais salvam as fotos no formato JPEG,
embora algumas poucas (as mais sofisticadas)
também o façam em TIFF. Algumas ainda
salvam no modo original em que capturam a
imagem, também conhecido como formato
RAW (palavra que significa cru, natural,
matéria-prima). Vejamos as principais
características de cada um desses formatos.
25.1 JPEG
O formato JPEG (Joint Photographic
Experts Group), que os americanos
pronunciam “jay-peg”, e no Brasil “jota-peg”, é um dos mais populares, principalmente para
fotos na Web. Ele tem duas características importantes:
A primeira é que o JPEG utiliza um esquema de compressão que sofre perdas, mas o
grau de compressão (e conseqüente perda de qualidade) pode ser ajustado. Em resumo, muita
compressão, muita perda, pouca compressão, pouca perda.
A segunda é que este formato suporta 24 bits de cores. Já o formato GIF, o outro tipo
de arquivo muito utilizado na Internet suporta apenas 8 bits.
Um detalhe importante é que se uma foto em JPEG for aberta e depois salva
novamente, cada vez que é salva torna a ser comprimida, o que gera mais perda. Portanto, a
perda de qualidade é acumulativa. Para evitar que uma imagem vá se deteriorando, deve-se
abri-la e tornar a salvá-la o menos possível. Uma recomendação quando se trabalha com
imagens em JPEG é salvar um original em TIFF (formato sem compressão como veremos
adiante), e sempre que for necessário trabalhar nesse formato, para somente no momento de
enviar a foto ou disponibilizá-la por outros meios (como a WEB) gravar a imagem em JPEG.
Em termos práticos, quando se utiliza o formato JPEG, que é praticamente o padrão
utilizado pelas câmeras digitais por causa do problema de falta de espaço para armazenamento
de arquivos, na primeira vez em que o arquivo é aberto a perda é quase imperceptível em
relação a uma mesma foto salva sem compressão. Contudo, se a mesma imagem for sendo
editada, aberta e novamente salva, consecutivamente, vai chegar um momento em que a perda
será notável.
O formato de imagem JPEG pouco tem mudado desde que surgiu. Contudo,
recentemente se trabalhou num novo projeto de formato JPEG pelo Digital Imaging Group
(DIG).O novo formato JPEG tem 20% a mais de compressão com menos perda de qualidade,
ou seja, ficou ainda melhor. Contudo, ainda não está sendo utilizado pelos softwares mais
importantes. Sua extensão pode ser J2K ou JP2.
25.2 TIFF
O formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmente desenvolvido para salvar
imagens capturadas por scanners e para uso em programas editores de imagens. Este formato,
sem compressão e sem perda de qualidade, é largamente aceito e praticamente reconhecido
por qualquer software e sistema operacional, impressoras, etc. Além disso, é o formato
preferido para aplicações em editoração eletrônica. O TIFF também é um modo de cores de
24 bits.
29
25.3 CCD RAW
Quando um sensor de imagem captura informação que gera uma imagem, algumas
câmeras digitais permitem que se salve um arquivo não processado, ainda “cru” (por isso é
chamado RAW). Este formato contém tudo o que a câmera digitalizou. O motivo para seu uso
é livrar o processador da câmera digital da tarefa de realizar os cálculos necessários para
otimização da imagem digital, possibilitando que isso seja feito no computador. Uma imagem
em RAW terá, depois de aberta no computador e otimizada, de ser salva num formato
qualquer para ser utilizada.
Uma vantagem desse formato é gerar um arquivo menor do que no formato TIFF
(pelo menos 60%). Como um computador terá muito mais capacidade de processamento que a
câmera, a imagem final também terá melhor qualidade do que se for diretamente salva pela
própria câmera em formatos JPEG ou TIFF. Contudo, vale notar que o usuário deverá ter
domínio de técnicas de otimização de imagem para poder aproveitar este formato.
Aqui uma observação importante: de qualquer modo, utilize a câmera que for, o
fotógrafo mais exigente terá que aprender a conviver com softwares editores de imagens de
modo a corrigir pequenos problemas de processamento incorreto gerado no arquivo da
imagem pela câmera digital - os processadores desta sempre serão mais limitados do que os
dos computadores, e assim, a imagem sempre terá algum trabalho a ser feito. O básico sobre o
que fazer e como fazer veremos adiante.
26 Cartões de memória
Muito bem, agora que já se tem uma idéia de como uma máquina fotográfica digital
captura e salva a imagem, vamos tocar num ponto muito importante: o armazenamento das
fotos.
Gravar as fotografias (como arquivos de imagem) é uma das tarefas mais difíceis e
(ainda) limitantes para um equipamento digital. O problema é que fotografias em alta
resolução, com qualidade para ser impressa em tamanhos razoáveis, formam arquivos muito
grandes.
30
Este é, de fato, ainda um dos fatores não resolvidos da fotografia digital. Para se ter
melhor idéia, vamos relacionar formatos de arquivos, resoluções de fotos e tamanhos
estimados de arquivos:
Como se observa pela tabela acima, para se tirar 36 fotografias no formato TIFF em
alta resolução (o que corresponderia a quantidade de fotos de um filme tradicional) seriam
necessários nada mais nada menos que 324 MB de espaço num cartão de memória. Sim, já
existem cartões dessas dimensões, mas ainda custam muito caro. Para baratear custos, os
fabricantes costumam entregar, junto com a câmera, cartões digitais de 8 ou 16 MB de
capacidade. Muito pouco, como se percebe, quando se fala em altas resoluções. Contudo,
quando a idéia são fotos para a Internet, tipo 640 x 480 pixels (que representam arquivos por
volta de 10 kbs), pode-se tirar centenas de fotos num cartão de memória de 8 MB.
O número de imagens a ser armazenada é importante porque uma vez que se atinja
esse limite não há outra escolha senão parar de tirar fotos ou apagar algumas já feitas de modo
a criar espaço. O quanto de espaço o usuário precisa depende parcialmente do uso que
pretende da câmera.
31
27.1 Mídias para armazenagem de imagens
Desde que cartões de memória flash e discos magnéticos (rígidos e disquetes) são
amplamente usados em câmeras digitais, vamos examinar e comparar os diferentes formatos
disponíveis.
Em comum:
Diferenças:
• Discos magnéticos tem partes móveis, enquanto cartões de memória flash não
• Discos magnéticos são geralmente mais baratos (por foto armazenada) e mais rápidos
• Cartões de memória são menores, mais leves e menos sujeitos a danos
32
modo, com o crescimento do mercado digital e outros, surgiram novos formatos ainda
menores. Como resultado, existe uma confusa variedade de cartões de memória incompatíveis
uns com os outros, e que são:
• PC Cards
• CompactFlash
• SmartMedia
• xD Cards
• MemorySticks
• Multimedia Cards
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de 2002, e tem ganho espaço no mercado por estarem equipando as novas câmeras digitais da
Olympus e da Fuji. Atualmente atigem capacidade de até 512 MB, e podem chegar, com o
desenvolvimento natural por parte de seus fabricantes, até 8 GB. Os cartões xD-Picture
podem representar o fim dos cartões SmartMedia, vindo a substituí-los.
29 Discos magnéticos
29.1 Disquetes
Um dos mais antigos e baratos meios de armazenagem de informação continua sendo
o velho disquete. Difícil encontrar um computador sem um drive para ele. A grande vantagem
é a simplicidade e o uso universal, sem a necessidade de instalação de softwares, drivers ou
qualquer outro recurso para se acessar a imagem. Contudo, a grande desvantagem é o espaço
extremamente limitado de armazenagem.
34
30 Transferindo arquivos
Vamos agora ao que mais interessa
na prática ao fotógrafo, ou seja, uma vez feita
a foto, como transferi-la para o computador,
otimizá-la através de software e depois
armazená-la adequadamente.
Existem diversos modos de transferir
as imagens para um computador. O menos
recomendado é através de porta serial, por ser
um processo de comunicação muito lento.
Portanto, o mais prático é usar uma câmera
com saída USB diretamente no computador.
31 Gerenciando fotos
Quando se fala de imagens digitais num computador, existem dois passos a serem
tomados para quem quer lidar com fotografia: organizar as imagens de modo a encontrá-las
facilmente, ou seja, criar uma espécie de álbum de fotografia virtual, e saber como retocar as
imagens para que estas fiquem otimizadas tanto para visualização como para impressão.
Comecemos para organização das fotos.
Logo que você começa a trabalhar com imagens digitais, vai se deparar com o
problema de como encontrar rapidamente aquela fotografia do aniversário de seu filho. Ou
das últimas férias. E assim por diante. Isso porque, se num álbum real a gente reconhece as
fotos enquanto vai folheando as páginas, no computador a coisa é um pouco diferente.
Quem está acostumado a organizar seus arquivos de texto ou outro tipo qualquer já
tem noção de alguns princípios de organização. Normalmente a gente adota pastas com nomes
adequados para cada assunto, e vai colocando os arquivos pertinentes dentro de cada pasta.
Recomendamos o mesmo sistema para fotografias. Independente do software de
catalogamento que você adotar, por princípio sempre é bom ter um sistema pessoal de
organização em seu computador independente de softwares.
35
Existem inúmeros softwares para gerenciar imagens num micro. Alguns interessam
apenas a amadores, que pretendem visualizar pequena quantidade de imagens na tela, outros
são projetados para profissionais, permitindo gerenciar extensos bancos de imagens por
palavras-chave, inclusive por meio de servidores na Internet.
E se você for levar mesmo fotografia digital a sério, outra recomendação fundamental
é adquirir um gravador de CD-ROM. Assim, é possível armazenar uma quantidade ilimitada
de imagens, mesmo em alta resolução, gravando-se em CDs.
33 Editando as imagens
A maioria das fotografias digitais, quando são abertas no computador, estão
teoricamente prontas para impressão. Contudo, nem sempre se encontram otimizadas, ou seja,
é como se alguém tirasse uma foto comum e percebesse que a imagem está sem contraste, ou
muito escura, etc. No caso da foto tradicional nada há a fazer (a não ser que a pessoa possua
um quarto escuro e inúmeros recursos e equipamentos para preparar cópias corrigidas dentro
de certos limites). Só que enquanto a fotografia convencional permitiria que se corrigisse num
processo demorado apenas uma cópia em papel por vez, no computador o fotógrafo pode
editar a imagem, melhorando sua qualidade em um minuto ou menos de tempo dispendido, e
nunca mais mexer nela – depois, sempre que tirar uma cópia, seja para distribuição on-line ou
imprimir, o original estará perfeito...
Para isso, utilizam-se programas específicos para correção de detalhes, que vão de
problemas simples (como olhos vermelhos, brilho, contraste) a mais sofisticados (como
correção de cores por canais individuais, etc).
Se o usuário é amador, ou seja, não tenha necessidade de enviar a foto para impressão
em revistas ou uso publicitário, softwares simples resolvem os pequenos problemas. Contudo,
se você é um fotógrafo mais exigente, ou profissional, então o jeito é adotar o Adobe
Photoshop.
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34 Ajustando a imagem
Muito bem, uma vez garantido que as
cores que você vê na tela estarão muito
próximas da realidade, o próximo passo
importante na otimização da imagem é
verificarmos os levels (níveis de cor) da
imagem. Ocorre que muitas vezes a foto vai
gerar uma amplitude de cores que na verdade
não existe, e com isso as cores na imagem
aparecerão incorretas, pois a imagem é
gravada com a amplitude completa. Existem
vários softwares que podem corrigir isso, mas
vamos nos limitar ao Adobe Photoshop.
Nesse programa, é possível corrigir os níveis
O controle Levels do Photoshop
de cor tanto automaticamente como
manualmente pelo menu para correção do histograma, em Image, Adjust, Levels...
Um histograma é um gráfico que mostra todos os níveis de brilho possíveis dentro de
uma imagem, a partir de um ideal que vai de puro preto (valor 0), a puro branco (valor 255).
Muitas vezes uma foto possui falhas dentro desse gráfico, que podem ser corrigidos
arrastando-se pequenos triângulos corretivos no Photoshop. Na maioria dos casos, escolher a
opção de correção automática resolve o problema.
Contudo, corrigir automaticamente nem sempre gera um bom resultado. O ideal é
experimentarmos a correção manualmente, pela ferramenta “conta-gotas” visível no menu, ou
arrastando-se com o mouse os indicadores de canal (pequenos triângulos ao longo da linha
que acompanha o histograma). Só com a prática se aprenderá melhor a utilizar este recurso.
Outra correção fundamental é em termos de brilho e contraste. Geralmente as imagens
digitais são pouco contrastadas ou com pouco brilho, dependendo do modelo e marca da
câmera. Um ajuste quase sempre funciona bem, e isso é melhor resolvido pelo menu Image,
Adjust, Curves...
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Os controles desse filtro são três:
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Normalmente, as fotos tiradas por câmeras digitais gravam imagens com resolução de
72 dpi (seja em JPEG ou TIFF). Ocorre que essa é uma opção para uso no vídeo (WEB),
então o primeiro passo, quando se abre um arquivo recém-chegado da câmera, é converter a
imagem para 300 dpi.
Vejamos um exemplo prático. Quando abro uma foto vinda diretamente da minha
câmera digital no Photoshop, ela aparece configurada para 72 dpi. Ora, como essa imagem
tem 2048 x 1536 pixels, se eu imprimir diretamente isso surgirá uma imagem de 72,25 x
54,19 cms em baixa resolução! Então, basta mudar para 300 dpi, que a impressão surgirá
correta, em alta resolução e no tamanho de 17,34 x 13 cms.
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pixels se agrupam corretamente para o olho humano, e a imagem a ser gerada diminui para os
pouco mais de 17 centímetros.
37 A imagem no monitor
Como já vimos, quando uma imagem digital é apresentada na tela do computador, o
tamanho é determinado por três fatores – a resolução do monitor, o tamanho da tela, e o
número de pixels na imagem. Vamos rever isso tudo para uma melhor compreensão do
momento da impressão.
O tamanho de cada pixel na tela é determinado pela resolução do monitor. Esta
resolução é quase sempre dada a partir de um par de números que indicam a capacidade da
tela em largura e altura. Por exemplo, a resolução básica de um monitor de 14 polegadas é de
640x480 pixels – uma resolução pequena. Um tamanho médio de resolução seria 800x600
pixels, enquanto uma resolução alta para o mesmo monitor seria de 1024x768 pixels. O
primeiro número significa a largura, ou seja, quantos pixels ocupam a largura da tela,
enquanto o segundo número corresponde a quantas linhas (altura) de pixels cabe na tela.
Lembrando que a apresentação dos pixels é sempre em 72 dpi num monitor.
Assim, a quantidade de pixels por polegadas (ppi) que aparece num monitor de
computador depende da resolução utilizada, já que serão necessários muito mais pixels num
monitor de 14 polegadas numa resolução de 1024x768 do que numa de 640x480.
Do mesmo modo que a resolução da tela afeta o tamanho da imagem, assim acontece
com o tamanho do monitor. Se você tiver um monitor de 14 polegadas e outro de 21
polegadas, e usar a mesma resolução nos dois, digamos, 800x600 pixels, as imagens
aparecerão de tamanhos bem diferentes, pois os pixels (como não tem dimensão), irão se
acomodar para preencher todo o espaço da tela. Assim, uma mesma imagem em 800x600
pixels, no monitor de 14’ aparecerá nítida, enquanto no de 21’ poderá se apresentar sem
nitidez nenhuma.
Finalmente, o que determina a resolução do monitor, além da capacidade do próprio
equipamento em apresentar determinados modos de resolução, é a placa de vídeo do
computador. Para um fotógrafo, uma boa placa de vídeo é tão importante quanto dispor de um
bom monitor. Existem diferenças significativas de qualidade tanto entre monitores como
placas de vídeo (como todo garoto que joga games no computador bem sabe).
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Então, um exercício; qual o maior tamanho que se pode imprimir, sem perda, uma
imagem com 2048 x 1536 pixels e 300 dpi?
A resposta será dividirmos o número de pixels na largura (2048/300=6,826), e depois
multiplicarmos por 2,54, ou seja, (6,826x2,54=17,33). A resposta é 17,33 cms!
Uma vez ajustada a largura, qualquer programa ajusta automaticamente também a
altura (1536 pixels). Mas se quiserem fazer a conta, (1536/300=5,12) depois
(5,12x2,54=13,00). Resposta, 13 cms. A fotografia será impressa em alta resolução, sem
perdas, no tamanho de 17,33 x 13,00 centímetros.
Uma observação importante: alguns equipamentos, como plotters e impressoras
especiais, utilizam outros números ideais de resolução, e no caso deve-se consultar as
empresas que fornecem o serviço a respeito da resolução com a qual o arquivo deve ser
enviado. Isso pode variar de 125 a 400 dpi, portanto, é bom sempre perguntar a respeito antes
de gravar um CD para envio de material.
40 Imprimindo fotos
Impressoras jato de tinta já evoluíram a ponto de imprimir fotografias com grande
qualidade, coisa que não acontecia até recentemente. A qualidade é ótima na maioria das
impressoras, mas sobressai nas impressoras jato de tinta desenhadas especialmente para
imprimir fotos. Contudo, essa qualidade ainda não atinge os resultados que se pode obter com
impressão em papel fotográfico tradicional em laboratório.
É preciso citar, contudo, um tipo de impressora, que pelo custo e dificuldade de ser
encontrada no mercado nacional, ainda não é conhecida pela maioria das pessoas, que é a por
sublimação (dye sub). Essa impressora, específica para imprimir apenas fotos, consegue
qualidade superior de impressão, comparável com a obtida por laboratórios.Como as
cores são impressas
Impressoras coloridas geram imagens dividindo a página em milhares ou até milhões
de pequenos pontos, cada um deles endereçado pelo computador. Conforme a impressora
move a página pela cabeça de impressão, imprime um ponto de cor, usando duas ou três cores
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sobre cada um desses pontos ou deixando-os em branco. Para entender como as cores são
impressas, devemos estudar o sistema CMYK, utilizado pelas impressoras.
Na maioria das impressoras (dye sub são exceção), cada ponto impresso tem a mesma
densidade de cor. Se uma impressora combinar somente essas cores sólidas, pode ficar
limitada às cores primárias. Para capturar os milhões de cores de uma fotografia, a impressora
tem que usar um recurso para enganar a vista humana, gerando um padrão aceitável de pontos
para visualização. Este processo é chamado de halftoning ou dithering (meio tom).
O processo de halftoning é feito arranjando os pontos imprimíveis em pequenos
grupos chamados células, e utilizando-se esses grandes pontos formados por células em
unidades para a impressão dos pixels. Cada célula mede 5 por 5 ou 8 por 8 pontos. As três ou
quatro cores primárias são combinadas num determinado padrão, que a vista humana percebe
como cores intermediárias. Para cores menos saturadas, a impressora deixa alguns pontos sem
imprimir e simula assim brancos de cor.
Este processo é utilizado faz muito tempo em impressão industrial, e pode ser
percebido se você olhar uma fotografia de revista com uma lupa.
Até recentemente, não existiam impressoras de baixo custo capazes de impressões de
qualidade, mas grandes progressos aconteceram nos últimos anos.
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como “sublimação”, é convertida em estado gasoso e aplicada no papel sem passar pela fase
líquida.
Quando se imprimem fotografias coloridas, não existe nada parecido com o resultado
obtido por este tipo de impressora. Produzem imagens fotorealísticas com tons contínuos
como os que são produzidos pelo laboratório de fotos. As impressoras desse tipo são
recomendadas para profissionais de desktop publishing, agências e bureaus para provas, lay-
outs e apresentações.
Impressoras dye-sublimation funcionam transferindo a tinta a partir de um cilindro de
transferência ou de uma fita. O cilindro contém quadros consecutivos de tintas nas cores
ciano, magenta, amarelo e preto. Também existem cilindros sem o preto, mas que não
produzem resultados tão bons. O custo de cada folha de papel também é caro. Existem outros
tipos de impressoras, mas os mais indicados a nível pessoal para fotografia são os citados
acima.
Finalmente, papéis e tintas têm vida útil limitada. Com o tempo, as imagens vão
perdendo a cor. Este é um problema que existe desde os primórdios da fotografia. Quando a
imagem vai sumindo, a memória se vai com ela. Contudo, uma das grandes vantagens da
imagem digital hoje é que um arquivo, desde que não seja apagado de um computador (ou na
mídia onde estiver armazenada), não tem como desaparecer nem perder qualquer qualidade.
Portanto, se a imagem impressa e/ou filme tendem a ter vida curta, a imagem digital não.
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existem os que são basicamente para documentos mas possuem adaptadores para
transparências, contudo, a qualidade nesse caso geralmente costuma ser inferior.
Quanto ao tamanho, a maioria dos scanners de reflexão pode escanear imagens no
tamanho A4 ou até maiores. Os scanners para transparências podem escanear imagens de
fotos 35 mm ou maiores. Conforme aumenta o tamanho, também o custo.
45 Dynamic Range
Como estudamos anteriormente, cenas do mundo real são cheias de luzes brilhantes e
sombras fortes. Estes extremos são chamados de dynamic range, ou amplitude de cores. Os
filmes não tem de modo algum a amplitude de cores que se observa na natureza, assim
sempre é uma tarefa difícil capturar uma cena real num filme. E quando o filme (a foto) é
impressa, perde ainda mais qualidade. Por isso é melhor escanear originais (negativos e
slides) do que imagens já impressas.
O quanto de amplitude de cores se pode capturar depende da habilidade do scanner em
registrar os tons que vão do puro branco ao puro preto. Se o scanner não tiver um dynamic
range suficiente, os detalhes serão perdidos nas áreas sombreadas ou de luz forte, ou em
ambas.
O dynamic range de um scanner pode ser medido e determinado num número entre 0.0
(branco) e 4.0 (preto) que indica a capacidade de capturar todos os valores intermediários.
Scanners comuns (flatbed) normalmente registram valores entre 0.0 e 2.4. Os novos
equipamentos de 30 ou 36 bits podem alcançar por volta de 3.0, apresentando melhores
detalhes nas áreas sombreadas.
Embora a densidade da imagem varie do puro branco ao puro preto, nenhum detalhe
pode ser visto nessas áreas. Conforme você progride do puro branco para áreas levemente
escuras, os detalhes aparecem. O mesmo ocorre do outro lado do espectro. O ponto no qual o
scanner captura o detalhe é chamado Dmax (densidade máxima). O dynamic range é
calculado subtraindo-se a densidade mínima (Dmin) da máxima. Por exemplo, se um scanner
tem um Dmin de 0.2 e um Dmax de 3.2, o dynamic range é de 3.0.
46 Profundidade de cor
Como vimos anteriormente, a profundidade de cor refere-se a quantos bits são
determinados por cada pixel na imagem. Os melhores scanners utilizam 36 bits (12 para cada
canal vermelho, verde e azul) para produzir 6.8 trilhões de cores. Quando esses arquivos são
processados e convertidos em arquivos de 24 bits, passam a ter mais graduações e cores mais
vívidas.
A qualidade das cores numa imagem escaneada não depende apenas da profundidade
mas também de seu “registro”. Desde que as cores são capturadas por diferentes sensores em
intervalos de tempo diversos, podem não combinar perfeitamente na hora da mesclagem. Isso
aparece na forma de manchas ao redor de detalhes da imagem.
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utilizam um software chamado Digital ICE que elimina poeira e sujeira da superfície do
fotograma escaneado.
48 Scanners de mesa
Os chamados scanners de mesa (flatbed scanners) são úteis tanto para imagens branco
e preto como coloridas. São excelentes para restauração de fotografias antigas. E uma das
vantagens do scanner de mesa é que são pau para toda obra, podendo copiar documentos de
todos os tipos e ainda utilizar o OCR (reconhecimento de texto).
Muitos desses scanners possibilitam ainda digitalização de slides e negativos através
de adaptadores, geralmente embutidos na tampa superior do scanner. Contudo, as resoluções
neste caso são geralmente bem inferiores a resolução que um verdadeiro scanner de
transparências permite, e as cores nem sempre saem muito boas.
É interessante notar que se pode fazer experiências interessantes com um scanner,
usando-o para gravar imagens, quase como se fosse uma máquina fotográfica. Um bom
truque é colocar algum material sobre o objeto que se quer gravar, de modo a fazer fundos
interessantes (como tecidos de diversas texturas e cores).
E quando o preço e qualidade não são problemas, o ideal é usar scanner cilíndrico.
Nestes modelos, a transparência (slide ou negativo) ou ainda a foto já impressa são fixados
num cilindro de vidro. Conforme o cilindro gira, a imagem é lida uma linha por vez num tubo
fotosensível ao invés de um CCD. Estes equipamentos permitem a mais alta qualidade de
RGB e CMYK com grandes detalhes tanto nas partes claras como em áreas sombreadas. O
dynamic range é tão alto que você pode capturar detalhes ínfimos em tonalidades, e a
resolução chega a valores altíssimos, impossíveis de serem obtidos em outros equipamentos.
Contudo, somente bureaus e empresas podem ter scanners cilíndricos, pois o custo chega a
valores de milhares de dólares. Assim, quando se necessitar de escaneamento de alta
qualidade, o melhor é procurar uma empresa especializada para o serviço.
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Cartões de Memória: Tabela de Características
Lança- Capacidade
Dimensões (mm) Peso Comentários Marcas Compatíveis
mento Máxima
Compact Flash 36x43x3.3 (tipo I) 15g Os mais utilizados, possuem Alta Capacidade de Canon, Kodak, Nikon, Pentax,
1994 1 GB
(tipos I e II) 36x43x5 (tipo II) 20 g Armazenamento Minolta, Casio, Samsung
Tendem a desaparecer, dando lugar aos XD
Smart Media 1995 128 MB 37x45x0.75 2g Fuji e Olympus
Picture
Memory Stick 1998 256 MB 21.5x50x2.8 4g Pouca Compatibilidade (propriedade da SONY) Sony e Konica
Utilizado pelos aparelhos dotados de entrada Casio, HP, Kodak, Kyocera, Konica,
Multimedia Card 1997 256 MB 24x32x2.1 2g
para Cartões SD Leica, Minolta, Panasonic,Toshiba
Segurança de alto nível que permite proteger os Casio, HP, Kodak, Kyocera, Konica,
Secure Digital 1999 1 GB 24x32x2.1 2g
direitos do autor e editor Leica, Minolta, Panasonic,Toshiba
XD Picture 2002 512 MB 20x25x1.7 2g Possuem Alta Capacidade de Armazenamento Fuji e Olympus
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