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A classificação de sobrepeso e obesidade em adolescentes apresenta algumas polêmicas.

A principal diz respeito à maturação sexual. Vários autores entendem que a


classificação de sobrepeso e obesidade deveria levar em conta o estágio de maturação
sexual, que se associa a muitas modificações antropométricas e ao acúmulo de gordura
no organismo; entretanto, parece que esta conduta seria mais relevante em populações
que tenham sofrido alguma restrição pregressa em seu desenvolvimento, pois a variação
da idade de maturação é maior (SICHIERI & VEIGA, 1998).

A Organização Mundial da Saúde (1995) sugere o Índice de Massa Corporal como


parâmetro antropométrico de avaliação dos adolescentes, considerando-se o ponto de
corte para sobrepeso e obesidade os valores de IMC igual ou superior a P85 e P95
respectivamente. Assim, valores do índice de massa corporal iguais ou superiores ao
85° percentil, porém menores que o 95° percentil, deverão ser considerados de risco
para o desenvolvimento do sobrepeso e os valores do índice de massa corporal iguais ou
superiores ao 95° percentil merecem intervenções imediatas. Os valores de corte para
idade e sexo são apresentados nas tabelas 1 e 2.

Tabela 01 - Percentis de índice de massa corporal por idade em adolescentes do sexo


masculino de 9 a 20 anos.
Idade Percento
5 15 50 85 95
9 14,03 14,71 16,17 18,85 21,47
10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60
11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,73
12 15,24 16,06 17,87 21,12 24,89
13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93
14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,93
15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76
16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53
17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32
18 17,54 18,89 21,45 25,92 30,02
19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66
20 18,66 20,21 23,07 23,07 31,26
Dados obtidos da "National Health and Nutrition
Examination Survey" (NHANES I) - EUA
Fonte: WHO (1995)

Tabela 02 - Percentis de índices de massa corporal por idade em adolescentes do sexo


feminino de 9 a 20 anos.
Idade Percento
5 15 50 85 95
9 14,03 14,71 16,17 18,85 21,47
10 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60
11 14,83 15,59 17,28 20,35 23,73
12 15,24 16,06 17,87 21,12 24,89
13 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93
14 16,18 17,20 19,22 22,77 26,93
15 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76
16 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53
17 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32
18 17,54 18,89 21,45 25,92 30,02
19 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66
20 18,66 20,21 23,07 23,07 31,26
Dados obtidos da "National Health and Nutrition
Examination Survey" (NHANES I) - EUA
Fonte: WHO (1995)

A utilização deste indicador baseado no IMC tem despertado polêmicas, já que é um


indicador definido para países desenvolvidos. Além deste aspecto, sobre a adequação ou
não de um indicador universal baseado na relação peso/altura, é mais importante o local
onde a gordura se deposita do que o excesso de peso em si (SICHIERI, 1998).

Vários são os estudos que apresentam a importância da localização abdominal de


gordura como um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DEPRÉS et
al, 1990). O risco de doença cardiovascular parece estar associado à relação
"circunferência abdominal/circunferência glútea" mais elevada, ou seja, ao maior
acúmulo de adiposidade na região abdominal (BRAY & GRAY, 1988).

O quociente entre circunferência da cintura e circunferência do quadril é rotineiramente


empregado na verificação do padrão de distribuição da gordura corporal. Quocientes
superiores a 0,80, nas mulheres, e 0,90, nos homens, sugerem distribuição centrípeta da
gordura corporal (DEPRÉS et al, 1990).
No Brasil, são raros os estudos que avaliam sobrepeso e obesidade na população jovem,
demonstrando a pouca importância dada a tão grave problema de saúde pública. Alguns
estudos realizados, apesar de apresentarem diferenças metodológicas, ilustram a
situação de sobrepeso/obesidade em adolescentes no Brasil.
São dados como que reforçam a idéia de que a obesidade é um problema de saúde
pública, que atinge diversos segmentos da sociedade, e que está relacionada com
importantes causas de morbidade e mortalidade na população adulta, muito embora ela
possa se iniciar na infância e adolescência. Como já afirmamos, a obesidade na
adolescência é quase sempre de natureza exógena e multicausal, refletindo a interação
da herança genética, hábitos alimentares, atividade física e fatores psicossociais.
As famílias de crianças e adolescentes obesos devem ajudar no planejamento e
execução de dietas. É muito difícil para o adolescente obeso resistir à geladeira e
armários cheios de alimentos "proibidos", que continuam sendo comprados e
consumidos pelos pais e irmãos. O diário alimentar pode ajudar a definir o perfil
alimentar do adolescente. No caso do adolescente obeso, o diário auxilia na avaliação
dos hábitos alimentares e conseqüente planejamento de uma dieta mais racional.

Princípios a serem considerados na atenção à saúde orgânica e nutricional de


adolescentes

• O acompanhamento do desenvolvimento orgânico do adolescente é um


importante indicador de saúde, uma vez que é um processo que gera
necessidades específicas.
• O crescimento estatural é um processo contínuo, entretanto não é linear.
Apresenta fases distintas, com variações em sua velocidade, relacionadas à ação
hormonal predominante em cada fase e, também, à influência da alimentação e
do ambiente.
• As ações em saúde e enfermagem, relacionadas às necessidades nutricionais na
adolescência, devem enfocar os aspectos biológicos, ou seja, a ampla variação
normal do crescimento, a maturação sexual, em sua correlação com os aspectos
psicossociais, ambientais e econômicos.
• A avaliação antropométrica e nutricional fundamenta-se, basicamente, na
evidência de que o crescimento físico e a própria maturação sexual dependem
das condições nutricionais.

Tecnologias em saúde e enfermagem: crescimento orgânico, nutrição e obesidade na


adolescência

Objetivo

Promover ações de enfermagem frente ao processo de desenvolvimento orgânico,


necessidades nutricionais e alterações de peso na adolescência, consideradas as suas
relações com as múltiplas dimensões da vida adolescente.

Apoio Social

• Advogar em prol de sistema de vigilância alimentar e nutricional que envolva:


o programas de educação alimentar junto aos equipamentos sociais da
comunidade;
o suplementação alimentar para grupos de risco, como gestantes
adolescentes;
o programas de acompanhamento do estado nutricional do adolescente;
o fomento/participação da criação de novas estruturas, grupos, serviços e
ações sociais que viabilizem o acesso do atendimento do adolescente
obeso em grupos multiprofissionais;
o promoção e estimulo a ações de educação física, educação nutricional,
orientação psicológica e acompanhamento familiar, a fim de minimizar
as conseqüências individuais e sociais da obesidade;
• abrir/organizar espaços específicos para o desenvolvimento de práticas
esportivas para adolescentes.
• Práticas gerenciais e de participação favoráveis
• Propor programas e ações em saúde, de acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento pubertário, da nutrição de adolescentes, com base na
classificação do estado nutricional e dados antropométricos.
• Sistematizar o atendimento de adolescentes, incluindo medidas de avaliação do
crescimento pondo-estatural, estado nutricional e obesidade.
• Desenvolver medidas e rotinas favoráveis ao sistemas de referência e contra-
referência, divulgando fluxos, serviços e adotando o uso de cartão do
adolescente.
• Avaliar o impacto das ações desenvolvidas pelo grupo multiprofissional,
destacando os aspectos relacionados ao trabalho de enfermagem sobre os índices
relativos à melhora na condição física dos adolescentes, na auto-avaliação e na
avaliação feita pelos pais, sobre a adesão ou não às estratégias de autocuidados.
• Envolver os adolescentes e familiares em todo processo terapêutico relacionado
ao desenvolvimento pubertário, nutrição e obesidade do adolescente.
• Investir na preparação de recursos humanos para o trabalho assistencial e
educativo em relação ao acompanhamento pubertário e nutricional na
adolescência.
• Capacitar os trabalhadores de enfermagem, através de oficinas, sobre o processo
de desenvolvimento biológico, nutricional, psicoemocional e sociocultural da
adolescência.

Práticas gerenciais e de participação favoráveis

• Propor programas e ações em saúde, de acompanhamento do crescimento e


desenvolvimento pubertário, da utrição de adolescentes, com base na
classificação do estado nutricional e dados antropométricos.
• Sistematizar o atendimento de adolescentes, incluindo medidas de avaliação do
crescimento pondo-estatural, estado nutricional e obesidade.
• Desenvolver medidas e rotinas favoráveis ao sistemas de referência e contra-
referência, divulgando fluxos, serviços e adotando o uso de cartão do
adolescente.
• Avaliar o impacto das ações desenvolvidas pelo grupo multiprofissional,
destacando os aspectos relacionados ao trabalho de enfermagem sobre os índices
relativos à melhora na condição física dos adolescentes, na auto-avaliação e na
avaliação feita pelos pais, sobre a adesão ou não às estratégias de autocuidados.
• Envolver os adolescentes e familiares em todo processo terapêutico relacionado
ao desenvolvimento pubertário, nutrição e obesidade do adolescente.
• Investir na preparação de recursos humanos para o trabalho assistencial e
educativo em relação ao acompanhamento pubertário e nutricional na
adolescência.
• Capacitar os trabalhadores de enfermagem, através de oficinas, sobre o processo
de desenvolvimento biológico, nutricional, psicoemocional e sociocultural da
adolescência.

Suporte familiar

• Planejar ações de enfermagem, viabilizando a participação da família no


acompanhamento pubertário do adolescente.
• Investigar, a nível domiciliar ou na unidade de saúde, a história familiar e fatores
de risco de obesidade e a rotina alimentar das famílias de adolescentes obesoo.
• Promover ações de educação nutricional, para adolescentes e familiares.
• Viabilizar e apoiar o acompanhamento de famílias de adolescentes obesos, com
vistas a subsidiar um plano de orientação alimentar e nutricional.

Acolhimento dos adolescentes e de suas necessidades e demandas de atenção

• Promover, aos adolescentes obesos, ações de educação física, com atividades


motoras adaptadas, educação nutricional, orientação psicológica e
acompanhamento familiar, a fim de minimizar as conseqüências da obesidade.
• Criar um ambiente de apoio, escuta e diálogo com o adolescente e seus
familiares.
• Práticas educativas e de comunicação em saúde
• Participar/implementar trabalhos educativos contínuos, acerca do crescimento
pubertário e avaliação nutricional do adolescente.
• Envolver os adolescentes e seus familiares nos processos educativos, enfocando
a importância da nutrição adequada de acordo com a fase que o indivíduo
encontra-se, bem como hábitos alimentares corretos.
• Abrir espaços na comunidade para promoção de ações de educação nutricional,
extensivas à família e grupos de relações dos adolescentes.
• Envolver os adolescentes na realização de trabalhos educativos.
• Utilizar metodologias participativas, dinâmicas de grupo, teatro, dança, música e
outras expressões culturais e artísticas.
• Promover/estimular gincanas, jogos, corridas, dentre outras atividades físicas.

Acompanhamento físico-emocional

• Realizar avaliações antropométicas dos padrões neuro-motores,


cardiovasculares, respiratórios e postural.
• Avaliar condições nutricionais através do ganho e da perda de peso.
• Acompanhar os adolescentes obesos através de índices relativos à melhoria da
condição física, incluindo a auto-avaliação e a avaliação familiar.
• Identificar os aspectos de estima e agressividade em adolescentes obesos, as
formas de lidar com esses sentimentos e intervir de acordo com elas.
• Conhecer e atuar frente à percepção de adolescentes obesos em relação ao seu
corpo e sua influência em sua vida familiar, escolar e social.

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Significado das cores doa alimentos

As cores dos alimentos são determinadas pela presença dos pigmentos. Estas
substâncias, além de colorir, desempenham frequentemente papéis importantes na
prevenção e na proteção do organismo contra doenças infecciosas.
Uma dieta tem mais chances de ser equilibrada e mais saudável de acordo com a
variedade de cores presentes nas refeições.

Alimentos Brancos

O leite, queijo, couve-flor, batata, arroz, cogumelo e banana são as melhores fontes de
cálcio e de potássio. Estes minerais são importantes porque:

• Contribuem na formação e manutenção dos ossos;


• Ajudam na regulação dos batimentos cardíacos;
• São fundamentais para funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.

Alimentos Vermelhos

O licopeno é uma substância que age como antioxidante e é responsável pela cor
vermelha do morango, tomate, melancia, caqui, goiaba vermelha, framboesa, cereja, etc.
Mais recentemente foi apontado como um protetor eficaz contra o aparecimento de
câncer de próstata.

Os alimentos vermelhos contêm, ainda, antocianina que estimula a circulação


sanguínea.

Alimentos amarelos

O mamão, a cenoura, a manga, a laranja, a abóbora, o pêssego e o damasco são


alimentos de cores amarela ou alaranjada que são ricos em vitamina B-3 e ácido
clorogênico. Consumir estes alimentos é importante porque:

• Contêm substâncias que mantêm o sistema nervoso saudável e ajudam a


prevenir o câncer de mama;
• Possuem Beta-caroteno, um antioxidante que ajuda a proteger o coração e
retarda o envelhecimento;
• Nos adultos, a B-3 tem relação com o controle de ansiedade.

No próximo post falaremos sobre os alimentos arroxeados, verdes e marrons! Não


percam!

Dando continuidade à série de posts sobre o significado das cores dos alimentos, vamos
falar hoje dos alimentos arroxeados, verdes e marrons.

Alimentos arroxeados
Os alimentos azulados e arroxeados, como a uva, a ameixa, o figo, a beterraba, a
berinjela e o repolho roxo são importantes porque:

• Retardam o envelhecimento;
• Neutralizam as substâncias cancerígenas, prevenindo diversos tipos de câncer.

Alimentos verdes

Os alimentos de cor verde, como os vegetais folhosos, o pimentão, o salsão e as ervas


contêm cálcio, clorofila, vitamina C, vitamina A, substâncias que produzem os
seguintes efeitos:

• Desintoxicam as células;
• Inibem os radicais livres (que danificam as células e causam doenças);
• Têm efeito anticancerígeno e ajudam a proteger o coração;
• Protegem o cabelo e a pele;
• Melhoram o sistema imunológico;
• São importantes para os ossos e para a contração muscular.

Alimentos marrons
As fibras e vitaminas do complexo B e E são, principalmente, encontradas nas nozes,
aveia, castanhas e cereais integrais como o arroz, trigo e centeio.

Consumir alimentos integrais, que têm cor marrom (pães, biscoitos, macarrão), ajuda,
juntamente com os alimentos citados acima, a:

• Melhorar o funcionamento do intestino;


• Combater a ansiedade e depressão;
• Previnir o câncer e as doenças cardiovasculares.

Obs: Para acne, consumir centeio.

Se há um ponto que sempre é tocado durante processos de emagrecimento é a questão


da saciedade. A compulsão alimentar é um dos fatores envolvidos na obesidade e, para
quem está iniciando um processo de reeducação alimentar, ter algumas dicas em mãos
ajuda a driblar a compulsão.

- Iniciar a refeição pela salada.


Uma das dicas que podemos utilizar em refeições como o almoço, por exemplo, é
iniciar pela salada. Uma salada simples, fácil de fazer, com baixo teor calórico, como
alface+tomate+cebola+gergelim é rica em fibras, o que vai causar ao indivíduo uma
sensação de plenitude, o que o fará moderar no consumo dos outros itens durante a
refeição.

- Fracionar as refeições.

Quanto menor o intervalo entre as refeições, menos fome você terá. É fato… Quanto
maior o intervalo entre uma refeição e outra, maior a fome e maior a probabilidade de
você exagerar na montagem de seu prato.

- Substitua os alimentos refinados por alimentos integrais.

Não é à toa que há sempre um incentivo em fazer trocas inteligentes como a de


substituir pães brancos por pães integrais, arroz branco por arroz integral. Quanto mais
refinado o alimento, mais rápido é seu processo de metabolização no organismo.
Alimentos integrais são ricos em fibras, o que, mais uma vez ajuda na sensação de
saciedade

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