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Parte 5: Fungi
Caracterização................................................................................... 47
A importância dos Fungos................................................................. 47
Questões e respostas de auto-avaliação............................................ 49
Glossário............................................................................................. 57
Comentários, sugestões, atividades............................................... 60
Questões de Avaliação...................................................................... 63
Respostas.......................................................................................... 66
Bibliografia, crédito da fotos e ilustrações..................................... 70
PARTE 1: SERES VIVOS E NÃO VIVOS
A Terra é habitada por muitos milhões de seres: alguns desses seres são
chamados de vivos, outros não.
Todos os seres são formados por matéria. O que distingue um ser vivo de um ser
bruto ou não-vivo, em primeiro lugar, é a composição química.
Na Antigüidade, os pensadores achavam que os seres vivos eram dotados de uma
exclusiva e misteriosa força vital que lhes confiria vida. Hoje não se acredita mais nisso, pois
sabe-se que a matéria que forma os organismos vivos, embora peculiar, é constituída por
partículas semelhantes às que formam a matéria não viva e está sujeita às mesmas leis que
regem o universo não-vivo.
Na matéria viva, porém, certos elementos químicos estão sempre presentes em
grande proporção, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O) e o nitrogênio (N) que,
junto com vários outros elementos, em menores quantidades, formam substâncias muito
complexas (chamadas genericamente de substâncias orgânicas), que constituem os seres
vivos.
Você é um ser vivo, assim como uma planta e uma bactéria. Já uma pedra não é
viva, nem uma cadeira.
Os seres vivos não podem ser definidos por apenas uma característica sendo,
portanto, necessário levarmos em conta um conjunto de aspectos que os diferenciam dos
demais seres.
Vamos analisar essas características.
Para pensar 1: Um animal morto é um ser inanimado como uma pedra? Por quê?
Uma das primeiras generalizações feitas no estudo dos seres vivos diz que: “todos
os seres vivos são constituídos por células”. Este enunciado constitui a chamada Teoria
Celular.
A célula é o elemento fundamental que forma o organismo dos seres vivos. Em
geral a célula é tão pequena que só pode ser vista ao microscópio. Uma das exceções que se
tem, em relação ao tamanho, é um ovo, sua gema constitui uma única célula macroscópica.
A maioria dos seres que conhecemos é formada por grande quantidade de células
e, por isso, são chamados de seres pluricelulares. Entretanto, existem seres vivos formados
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apenas por uma célula: são os chamados unicelulares. As bactérias e os protozoários são
unicelulares.
Apesar de ser uma estrutura muito pequena a célula é composta por várias partes:
• Membrana plasmática: É uma película que envolve a célula. Além de protegê-la, essa
película permite a troca de substâncias entre célula e o exterior. A membrana plasmática
desempenha, assim, uma função importante na nutrição celular.
• Citoplasma: O citoplasma tem o aspecto gelatinoso e é nele que ficam estruturas
(organelas) responsáveis por diversas funções vitais da célula.
• Núcleo: É um corpúsculo geralmente situado no centro da célula. Nele se localizam os
cromossomos (material genético) responsáveis pela hereditariedade. Sua função é
controlar a reprodução e as atividades da célula. Nos seres mais simples, o material
genético está espalhado no citoplasma. Nesse caso dizemos que a célula é procarionte. As
bactérias são organismos procariontes. Nos organismos mais complexos, o material
genético está separado do citoplasma pela membrana nuclear (a carioteca), formando
assim um núcleo
• verdadeiro. Esses organismos são chamados de eucariontes.
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•
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•
• Um modelo de célula
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Os organismos vivos são formados por diferentes tipos de tecidos, que formam a
pele, a raiz, o caule, os músculos etc..
Apesar de todos os animais e vegetais serem formados por células existem
diferenças entre a célula animal e a vegetal. Vejamos as principais:
Célula vegetal
• Na célula vegetal a membrana plasmática é envolvida por uma parede celular. Essa parede
é rica em uma substância chamada celulose. Na célula animal não existe parede celular e,
conseqüentemente, celulose.
• No interior da célula vegetal existe uma organela chamada vacúolo, que ocupa quase todo
o interior da célula, e é preenchida por uma substância aquosa rica em materiais nutritivos.
Nas células animais os vacúolos são extremamente pequenos.
• No interior da célula vegetal encontram-se organelas denominadas cloroplastos, estruturas
que abrigam no seu interior a clorofila, um pigmento que tem cor verde, característica dos
vegetais. A clorofila permite que os vegetais façam a fotossíntese. Além da clorofila, a
célula vegetal pode ter outros tipos de pigmentos de cores variadas. A célula animal não
apresenta cloroplastos.
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vaso de uma planta que fica perto da janela, suas folhas se moverão lentamente até ficarem
voltadas em direção à fonte de luz. Essa movimentação, no entanto, demorará vários dias.
Animais se alimentando
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Os seres vivos reagem a estímulos
Todos os seres vivos respondem a estímulos que podem ser físicos ou químicos,
como pôr exemplo, a mudança de temperatura, de luminosidade, de pressão ou de
composição química do ambiente em que vivem.
Alguns poucos vegetais, porém, como a sensitiva (Mimosa pudica), também
chamada de dormideira, e certas plantas carnívoras, são capazes de retrair suas folhas em
poucos segundos quando tocadas, em uma reação rápida que lembra a de um animal.
Tais plantas produzem reações químicas muito complexas que provocam um
movimento de “retração” e “relaxamento” das células, conferindo estes movimentos.
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Para pensar 2: Baratas que estejam andando a noite, por um cômodo escuro, fogem
rapidamente quando a luz é acesa. Qual propriedade dos seres vivos que melhor explica
Os seres vivos têm ciclo vital
esse comportamento?
Todos os seres vivos passam por diversas fases durante a sua existência: nascem,
crescem, amadurecem, se reproduzem, envelhecem e morrem.
Essas etapas constituem o ciclo vital. Os seres brutos, sem vida, não possuem
ciclo vital. Os seres brutos não crescem, embora às vezes pareça que isso acontece. O
aumento nas ondulações das areias do deserto, chamadas dunas, não se trata de crescimento.
Na realidade, esse aumento ocorre por causa da deposição da areia transportada pelo vento.
Todos os seres vivos têm duração limitada.
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Os seres vivos se reproduzem
Planária se reproduzindo
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óvulos. No entanto, alguns seres vivos possuem a capacidade de, no mesmo organismo,
formarem tanto gametas masculinos quanto femininos. Esses seres são chamados de
hermafroditas. As minhocas, por exemplo.
O encontro de gametas denomina-se fecundação e resulta numa célula-ovo, que
se desenvolve para formar um novo ser. Quando a fecundação ocorre no interior do organismo
feminino dizemos que a fecundação é interna (mamíferos, aves etc.). Quando ocorre no meio
externo, dizemos que a fecundação é externa (a maioria dos peixes, anfíbios etc.). Se os
filhotes nascem direto da mãe dizemos que esta espécie é vivípara; se a fêmea bota ovos,
dizemos que esta espécie é ovípara.
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Leitura complementar: Biogênese versus Abiogênese e o surgimento da vida
Até os meados do século XIX acreditava-se que os seres vivos podiam surgir
espontaneamente da matéria não-viva, crença que ficou conhecida como hipótese da geração
espontânea ou abiogênese. Hoje sabe-se que um ser vivo surge somente através da
reprodução (sexuada ou não).
A teoria da geração espontânea surgiu de um erro de interpretação de fatos que até
hoje se observam. É um fato, por exemplo, que podem sair moscas da carne em
decomposição. A interpretação precipitada levou os cientistas, de um passado não muito
distante, a acreditar que a carne podre se transformava em moscas !
Isso tudo, apesar de parecer ridículo hoje em dia, era dito a sério por gente
importante no mundo da Ciência, na época. O que acontece é que eles não dispunham dos
recursos que dispomos hoje para verificar o que de fato ocorre.
Hoje sabemos que moscas podem fazer a postura de seus ovos na carne em
decomposição, de onde nascerão novas moscas, após certo tempo.
Diversos cientistas trabalharam no sentido de mostrar que a hipótese da geração
espontânea era falsa. Dentre eles destacaram-se Redi, Spallanzani e Pasteur.
A hipótese da geração espontânea era inconsciente e foi derrubada por Pasteur
com experimentos simples e bem controlados.
A queda definitiva da hipótese da geração espontânea levantou uma nova questão:
se os seres vivos não surgirem, em nenhum caso, da matéria bruta, como teriam surgido na
Terra pela primeira vez?
Em 1869 o Biólogo inglês Thomas Huxley foi o primeiro a defender a idéia de que
os primeiros seres vivos surgiram como resultado de um lento processo de evolução química
em nosso Planeta. Essa idéia foi retomada e aprofundada por volta de 1920 pelo Biólogo inglês
J. B. S. Haldane e pelo Químico russo A. I. Oparin. Estes cientistas propuseram que a vida
teria surgido a partir de substâncias formadas nas condições existentes na Terra primitiva.
Naturalmente, o impressionante ambiente da Terra primitiva deveria sofrer lentas e
profundas alterações para que pudesse comportar a vida tal como a concebemos. E, por certo,
o primeiro ser vivo a surgir teria que fazê-lo espontaneamente, sem qualquer progenitor. Ora,
você deve estar pensando, então, que a teoria da geração espontânea estava correta! Mas
essa “geração espontânea” defendida por Oparin não é a mesma em que os cientistas
acreditavam até o século XIX. Na interpretação moderna de Oparin, a geração espontânea é
impossível nas condições atuais no nosso mundo. Mas nas condições primitivas que o
ambiente da Terra ofereceu há cerca de um bilhão de anos, talvez não tivesse sido impossível
a ocorrência desse fato.
O surgimento da vida
Provavelmente, há cerca de 4,5 bilhões de anos surgiu a Terra.
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Inicialmente era um imenso globo pastoso que, juntamente com outros milhões de
corpos celestes, vagava pelo espaço do infinito Universo. Com o resfriamento da sua
superfície, surgiu a primeira camada da crosta terrestre. Depois, pelas rachaduras dessa
crosta, começaram a aparecer incontáveis vulcões. A lava desses vulcões recobria a crosta
que ia se tornando cada vez mais grossa. O vapor de água eliminado durante as erupções
vulcânicas foi se acumulando na atmosfera primitiva durante milhões de anos. Por fim, a
atmosfera ficou saturada de vapor d’água e começou a chover. A persistência das chuvas em
terríveis temporais acabou esfriando a crosta terrestre e levando ao aparecimento dos rios e
mares.
Enquanto isso, os gases que compunham a atmosfera combinaram tanto que
acabaram-se por originar substâncias orgânicas (substâncias que, hoje, compõem os seres
vivos). Depois, essas substâncias foram levadas pelas águas das chuvas para o solo quente e
arrastadas para os mares. Nas águas mornas daqueles primeiros oceanos, as moléculas de
substâncias orgânicas combinaram-se entre si e deram origem a outras substâncias chamadas
proteínas. Muitas proteínas foram se juntando e se transformando, dando origem aos
coacervados.
Os coacervados não eram seres vivos, mas sim uma primitiva organização das
substâncias orgânicas. Os coacervados, depois de muitas transformações, adquiriram a
capacidade de duplicação. Foi neste momento que surgiu o primeiro ser vivo, que apesar de
muito simples era capaz de se reproduzir dando origem a outros seres vivos. Eram seres muito
simples, formados por apenas uma célula. Esses seres eram heterotróficos, isto é, se
alimentavam de substâncias existentes nos oceanos onde se multiplicavam. Com o passar do
tempo o número desses seres aumentou muito. Conseqüentemente o alimento tornou-se
escasso. Então, alguns desses seres sofreram modificações de deram origem a seres
unicelulares que podiam sintetizar seu próprio alimento (os autótrofos).
Foi a partir desse dois tipos de seres primitivos que toda a vida se desenvolveu na
Terra. Eles foram se diferenciando cada vez mais, e cada um passou a depender do outro para
sobreviver. Assim foram se originando todos os seres vivos que hoje conhecemos.
Obs.: Naturalmente, os fatos não ocorreram com a simplicidade descrita, mas na descrição
foram consideradas as fases mais importantes até a formação de um esboço da vida.
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Questões para auto-avaliação
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PARTE 2: CLASSIFICAÇÃO DA MONENCLATURA DOS SERES VIVOS
Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor,
temos a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-
os. Está é uma característica inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas
porque isso as torna mais fáceis de serem compreendidas.
É provável que o homem primitivo distribuísse os seres vivos em grupos: os
comestíveis e os não-comestíveis, perigosos e não-perigosos etc..
No nosso dia-a-dia, temos constantemente exemplos de classificação de coisas; ao
se classificar os selos, por exemplo, levamos em conta critérios de semelhanças como país, o
ano do selo, o motivo da estampa etc..
Em qualquer sistema de classificação são usados determinados critérios. Num
supermercado, a disposição dos produtos nos corredores e nas prateleiras obedece a certas
regras estabelecidas pelo proprietário. Por exemplo, os produtos de higiene pessoal ficam
numa determinada prateleira de uma determinada seção, os refrigerantes numa outra e os
chocolates em uma terceira etc.. É claro que o dono de um supermercado pode usar critérios
diferentes de arrumação.
Os cientistas também classificam. Mas no caso da Ciência, não é aconselhável a
existência de muitos sistemas diferentes de classificação. Podemos perceber que isso tornaria
muito difícil a “comunicação” entre cientistas.
A importância da classificação biológica é facilitar a compreensão da enorme
variedade de seres vivos existentes.
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arbitrários, alguns Biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção,
outros conforme o ambiente em que ele vivia etc.
Um exemplo disso pode ser notado ao analisarmos a classificação de um animal
tendo por base apenas o ambiente onde ele vive. Pássaros, morcegos e insetos são
classificados como animais aéreos e, no entanto, são muito diferentes entre si. Certamente um
beija-flor tem mais semelhança com uma ema (terrestre) do que com uma mosca.
Podemos notar que escolher como critério apenas o ambiente não acrescenta
muito sobre o grupo.
Estas primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios
que não refletiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de
acordo com o maior número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de
parentesco evolutivo entre os mesmos.
Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo Naturalista
e Médico sueco Linnaeus (lê-se Linô).
Linnaeus desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas
modificações, é usada hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco
evolutivo entre seres vivos, pois acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido
criadas uma a uma por Deus e que, desde o instante da criação até então, elas teriam
permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da imutabilidade, denominado fixismo,
era crença generalizada entre os naturalistas da época de Linnaeus.
Atualmente o fixismo não é mais aceito, tendo sido contestado a partir dos
trabalhos de Darwin em 1 859. Darwin desenvolveu idéias sobre a evolução dos seres vivos
através da seleção natural.
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As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonômicas,
foram ampliadas. Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias de
espécies semelhantes, que eram agrupadas em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes
são agrupados numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens
semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo
ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são agrupadas em um reino. As categorias podem
ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira:
REINO→FILO→CLASSE→ORDEM→FAMÍLIA→GÊNERO→ESPÉCIE
Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais
como subfilo, infraclasse, superordem, superfamília, subgênero, subespécie.
Para exemplificar o atual sistema de classificação, vamos ver a classificação do
cão, desde a categoria mais geral, que é o reino, até a mais restrita, que é a espécie.
Muitos sistemas de classificação de seres vivos foram propostos, mas esse assunto
ainda é muito controvertido.
As Ciências Biológicas estão em plena expansão e tem sido possível conseguir
mais e melhores informações a respeito dos seres vivos, trazendo assim maiores subsídios
para a compreensão de suas histórias evolutivas. Por essa razão, a classificação tem sofrido
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modificações, pois trata-se de um tema dinâmico, não existindo um sistema que contente a
todos.
Num dos primeiros sistemas de classificação, na época de Linnaeus, era comum a
divisão dos seres da natureza em 3 reinos: Vegetalia ou Plantæ, Animalia e Mineralia. Essa
divisão perdurou até cerca de 60 anos atrás. Em conseqüência, ainda há quem insista em
considerar os seres vivos unicamente em dois reinos: Vegetalia e Animalia.
Num outro sistema proposto, os seres vivos eram colocados em 3 reinos: Protista,
Plantæ e Animalia. Este sistema também não é mais utilizado.
Posteriormente surgiu um sistema de classificação onde os seres vivos eram
divididos em 4 reinos: Reino Monera (bactérias e cianobactérias), Reino Protista (algas,
protozoários e fungos), Reino Plantæ (desde musgos até angiospermas) e Reino Animalia
(desde esponjas até os mamíferos).
Esse sistema ainda é utilizado por algumas pessoas, mas está pouco a pouco
sendo substituído por um sistema que agrupa os seres vivos em 5 Reinos:
1) Reino Animalia: todos os animais desde as esponjas até os mamíferos
2) Reino Plantae: desde algas pluricelulares até angiospermas
3) Reino Fungi: todos os fungos
4) Reino Protista: algas unicelulares e protozoários
5) Reino Monera: bactérias e cianobactérias
O sistema dos 5 Reinos foi proposto em 1 969 pelo Biólogo norte-americano R. H.
Wittaker e é o utilizado atualmente.
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• Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto. Se este for manuscrito, deve-
se passar um único traço embaixo do nome. Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar
a letra em itálico.
Observe o exemplo abaixo:
Para pensar 3: O gato pertence a família dos felinos e à ordem dos carnívoros. Em
qual desses dois grupos há maior quantidade de seres?
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Leitura complementar: Vírus, um ser diferente
Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva.
Esses seres são muito especiais, pois não são formados por células. Seu
organismo é formado por proteínas e outras substâncias.
De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente duas: a
capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não
chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos.
Conseqüentemente, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Quando as dúvidas que
se tem hoje sobre as características desses seres forem esclarecidas, é provável que eles
sejam classificados em um reino exclusivo deles.
O vírus só consegue sobreviver e se reproduzir no interior das células.
Para isso, ele tem que injetar o seu material genético no interior de uma célula viva.
Quando isso ocorre podemos dizer que, de certa forma, o vírus inativa (desliga) o
programa da célula e a obriga a fabricar novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas
células e, se o processo não for interrompido, ocorre o que chamamos de infecção.
Um ser que vive às custas de outros causando prejuízos denomina-se parasita.
O vírus é um parasita intracelular, pois para se manifestar necessita penetrar
numa célula.
Ao se reproduzirem no interior dos seres vivos, os vírus desequilibram o organismo
causando o que denominamos doença.
Existem vírus que atacam animais e outros que atacam somente vegetais.
Na espécie humana podemos destacar doenças que são causadas por vírus: a
gripe, a caxumba, o sarampo, a hepatite, a febre amarela, a poliomielite (ou paralisia infantil), a
raiva, a rubéola etc..
Quando substâncias estranhas (chamadas antígenos) penetram no nosso
organismo (o vírus, por exemplo), existem células do nosso sangue (certos glóbulos brancos)
que são capazes de percebê-las, alertando outras células para o perigo de uma infecção. As
células alertadas, outros glóbulos brancos, fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos,
que inativam os antígenos.
Dessa forma o nosso corpo identifica e neutraliza a ação de certos
microorganismos, inclusive os vírus. Essa capacidade de defesa denomina-se imunização.
Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a
parasitar um organismo. Nesse caso o único procedimento possível é esperar que o organismo
reaja e produza anticorpos específicos para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe.
Não existem remédios para essa doença. O que há são medicamentos para livrar os sintomas
desconfortáveis que ela provoca, como dores de cabeça, febre etc..
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No entanto alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam
seqüelas graves, é o caso da AIDS, onde o vírus baixa radicalmente a resistência do
organismo por atacar as células de defesa. O indivíduo, então, contrai infecções com mais
facilidade e que se tornam graves, podendo matar a pessoa. A poliomielite é outro exemplo
que pode deixar uma pessoa paralítica ou com sérios problemas motores.
Contra algumas doenças viróticas existem vacinas, que são medicamentos
preventivos. A vacinas não curam um organismo já infectado por vírus. São produzidas a partir
de vírus “mortos” ou enfraquecidos. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses vírus não têm
condições de provocar a doença, mas são capazes de estimular o organismo a produzir
anticorpos, imunizando-o.
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Questões para auto-avaliação
1) Os seres vivos são classificados para que possam ser estudados com mais facilidade.
2) São vários os critérios que poderiam ser utilizados para separar esses seres; eles poderiam
ser separados, por exemplo, segundo o critério capacidade de voar. Teríamos, assim, dois
grupos:
• Voam: mosca e borboleta
• Não voam: homem, cavalo, macaco e zebra.
3) Dois seres vivos pertencem à mesma espécie quando são capazes de acasalarem entre si
e produzir descendência fértil.
4) Para nomear os seres vivos, usam-se as seguintes regras:
• Escreve-se o nome científico em latim
• O nome científico tem duas partes. A primeira é o nome de gênero e a segunda, o epíteto
específico.
• O gênero deve ser escrito com letra inicial maiúscula e o epíteto específico com letra inicial
minúscula.
• O nome científico deve ser sublinhado ou escrito com letras diferentes das que são usadas
no texto.
5) Reino Animalia: Homem, Reino Plantæ: bananeira, Reino Monera: bactéria, Reino Protista:
ameba e Reino Fungi: cogumelo.
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PARTE 3: REINO ANIMALIA
Caracterização
Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino
Animal, enquanto outras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos,
chamados genericamente de animais, possuem características comuns:
• São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferente; grego trophé =
nutrição). Suas células não possuem parede celular.
• Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos.
• A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem são
aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.
• A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a
estímulos.
• A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas).
Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são
chamados de Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes
desse filo possuem, durante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo
esquelético), fendas branquias (perfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa
da formação do sistema nervoso). O filo dos cordados divide-se em 4 subfilos, dos quais
veremos apenas o subfilo dos Vertebrados (tabela 2).
Tabela 1: Os invertebrados
Filo Classes Representantes Características
1. Poríferos Calcários Esponjas calcárias Aquáticos
Hexactinélidas Esponjas de vidro Apresentam pontos na
Demospôngias Esponjas de banho parede do corpo.
Embora pluricelulares,
não formam tecidos
2. Celenterados Hidrozoários Hidra e obélia Aquáticos, formam
Citozoários Águas-vivas tecidos, mas não formam
Astozoários Corais e anêmonas órgãos.
Possuem cnidoblastos
3. Platelmintos Turbelários Planária Vermes de corpo
Trematódeos Esquistossomo achatado
Cestóides Cestóideo dorsoventralmente. De
vida livre e parasitas
4. Nematoda Nematódeos Lombriga, ancilóstomo Vermes de corpo
cilíndrico. De vida livre e
parasitas
5. Anelídeos Oligoquetos Minhocas Vermes anelados. Vida
Poliquetos Nereis livre em solos úmidos,
Hirudíneos Sanguessugas água doce ou salgada.
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6. Artrópodos Insetos Moscas, barbeiros, Corpo com cabeça, tórax
borboletas e abdômen. Um par de
antenas e três pares de
patas.
Crustáceos Camarões, siris, Corpo com cefalotórax e
caranguejos abdômen. Dois pares de
antenas e vários pares
de patas. Maioria
marinho
Aracnídeos Aranhas, escorpiões e Corpo com cefalotórax e
carrapatos abdômen. Não possuem
antenas. Quatro pares
de patas
Quilópodos Centopéias e lacraias Anelados, um par de
patas por anel e com um
par de antenas.
Diplópodos Piolho-de-cobra Anelados, com dois
pares de patas por anel
7. Moluscos Gastrópodos Caramujos Animais de corpo mole,
Pelecípodos Ostras e mariscos geralmente com concha
Cefalópodos Lulas e polvos calcária. Marinhos, de
água doce e terrestre.
8. Asteróides Estrelas-do-mar Exclusivamente
Equinodermos Ofiuróides Ofiúro marinhos. Espinhos na
Equinóides Ouriço-do-mar superfície do corpo.
Holoturóides Pepino-do-mar Esqueleto interno
Crinóides Lírio-do-mar formado por placas
calcárias.
Tabela 2: Os vertebrados
Subfilo Classes Representantes Características
Vertebrados Peixes Tubarão, cação, raia, Esqueleto cartilaginoso.
cartilaginosos quimera. Pecilotérmicos. Marinhos e
dulcículas
Peixes ósseos
Esqueleto ósseo. Pecilotérmicos.
Cavalo-marinho, bagre,
dourado, cavalinha. Marinhos e dulcículas.
Anfíbios Sapos, rãs, pererecas.
Na fase larval são aquáticos e,
quando adultos, terrestres.
Pecilotérmicos.
Répteis Cobra, jacaré, tartaruga. Andar rastejante. Pecilotérmicos.
Escamas ou placas córneas,
adaptados ao ambiente terrestre.
Aves Ema, pingüim, tuiuiú, Capazes de voar. Dípedes.
canário. Homeotermos. Possuem bicos e
penas.
Mamíferos Baleia, golfinho, morcego, Tetrápodos. Possuem pêlos e
homem, cachorro, vaca. glândulas mamárias.
Homeotermos.
Tendo em vista a extensão do Reino animal vamos abordar apenas os principais
aspectos de cada filo ou subfilo.
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Invertebrados
1 – Filo Porifera
O Filo Porífera (poríferos) é constituído pelas esponjas, animais sésseis (fixos) que
vivem em ambiente marinho e de água doce.
Esponja
Quanto à forma, as esponjas podem ser tubulares, ramificadas globulares, em
forma de copa etc.. Quanto à cor, em geral são cinzentas ou pardas. Encontram-se, contudo,
esponjas vermelhas, amarelas, violetas, negras e azuis. Vivem reunidas em colônias que pode
variar em tamanho de 1 milímetro a 2 metros.
O corpo das esponjas é recoberto por poros, daí o nome de Porifera (poros = poro,
phorus = portador de) ao filo. As esponjas têm no ápice do corpo uma abertura denominada
ósculo e internamente uma cavidade chamada átrio.
Os poríferos são animais filtradores: a água e os alimentos entram pelos poros,
circulam pelo átrio, e pelo ósculo são eliminados juntamente com água os restos não-
aproveitáveis.
As esponjas podem se reproduzir tanto assexuadamente, por brotamento, quanto
sexuadamente.
Na reprodução por brotamento aparece um “broto” no corpo do animal que, depois
de um determinado tempo pode soltar-se ou não e formar outro indivíduo.
2 – Filo Cnidaria
Os animais que compõem o grupo dos cnidários são aquáticos e quase todos
marinhos.
Os cnidários compreendem as hidras, águas-vivas, caravelas, corais e as
anêmonas-do-mar.
Possuem simetria radial, pois seu corpo pode ser dividido em vários planos de
simetria, dispostos em raios.
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Nesse filo encontramos dois tipos de indivíduos: as medusas, que são natantes, e
os pólipos, que são fixos. A forma pólipo é cilíndrica, com uma das extremidades apoiadas num
substrato qualquer e a outra livre. A medusa é arredondada (forma de guarda-chuva) e de vida
livre. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis), e das caravelas
(colônias flutuantes).
3 – Filo Platyhelminthes
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São os primeiros animais a apresentar simetria bilateral. Isso quer dizer que esses
animais têm o corpo formado por duas metades simétricas. Nós, por exemplo, somos bilaterais
simétricos. Existe apenas um plano que divide imaginariamente nosso corpo em duas metades
simétricas.
Alguns platelmintos, como as planárias, de vida livre, vivem na água ou na terra.
Outros, como a tênia ou solitária e o esquistossomo, são parasitas de vertebrados, inclusive do
homem.
A planária tem grande poder de regeneração: às vezes utiliza esta capacidade e
divide-se assexuadamente ao meio. A metade anterior regenera a parte posterior e a metade
posterior regenera a anterior.
Os platelmintos reproduzem-se, na grande maioria das vezes, sexualmente.
Existem platelmintos hermafroditas (tênia e planetária) e platelmintos de sexos separados
(esquistossomo).
Muitos platelmintos têm grande interesse médico pois causam doenças em vários
animais, inclusive no homem. Para compreender como doenças são adquiridas, faz-se
necessário o estudo do ciclo vital dos platelmintos parasitas.
Vejamos agora algumas doenças causadas por platelmintos:
• Esquistossomose
A esquistossomose, também
conhecida como barriga d'água, é doença
causada pelo verme Schistosoma mansoni
(esquistossomo). Esse verme parasita as veias
do intestino, afetando também o fígado e as
vias urinárias. A pessoa infectada, defecando
em local inadequado, elimina os ovos do verme
junto com as fezes. Se eles atingirem a água
doce, desenvolvem-se em larvas chamadas
miracídios. O miracídio precisa de um
caramujo para continuar seu desenvolvimento.
Não qualquer caramujo, mas só dos gêneros
Biomphalaria e Planorbis. Após infestar o
caramujo, o miracídio sofre inúmeras
transformações e passa a chamar-se cercária.
A cercária sai do caramujo e fica nas águas
paradas dos lagos, açudes ou represas.
Ciclo da esquistossomose
24
Quando uma pessoa entra em contato com a água contaminada, seja lavando
roupa, banhando-se ou brincando, a cercária penetra pela pele e circula através da corrente
sangüínea, chegando ao fígado, onde torna-se adulta e o ciclo reinicia.
Como você pode perceber, o esquistossomo precisa de dois hospedeiros para se
desenvolver completamente: um intermediário (que abriga as fases jovens do parasita) – o
caramujo – e um definitivo (que abriga a fase adulta do verme) – o homem.
Sintomas: Os sinais e sintomas da esquistossomose têm relação com a localização dos
vermes no organismo humano. Os doentes apresentam, geralmente, aumento do tamanho do
fígado e do baço e do volume abdominal.
Profilaxia: A profilaxia da doença faz-se pelo combate ao caramujo, que é hospedeiro
intermediário. São também importantes as medidas relativas à educação sanitária,
desincentivando o uso de água parada como lugar para banhos.
• Teníase
25
mal passada, os cisticercos poderão desenvolver-se em seu intestino, dando origem a uma
tênia.
Sintomas: Os sintomas da teníase são dores abdominais, alterações no apetite, diarréias e
ocasionais nervosismos. A teníase é muito prejudicial à saúde, pois a tênia consome
praticamente todo o alimento que a pessoa ingere, deixando-a bastante fraca.
Profilaxia: A profilaxia pode ser feita evitando-se comer carnes de porco ou de boi mal cozidas;
através da construção de sanitários em locais adequados; do tratamento da água dos esgotos
e da inspeção rigorosa da carne de porco e de boi nos abatedouros dos açougues.
Há uma forma ainda mais grave dessa doença que recebe o nome de cisticercose.
Grave, e às vezes fatal, essa doença é contraída através da ingestão de ovos do verme em
frutas ou verduras mal-lavadas. Quando isso acontece, repete-se no organismo humano aquilo
que acontece no boi ou no porco: os ovos dão origem a larvas que atravessam a parede
intestinal e atingem órgãos como o globo ocular, os pulmões e o cérebro. Os sintomas dessa
doença dependem da localização dos cisticercos.
4 – Filo Nematoda
Áscaris
Estes vermes podem ser de vida livre ou parasitas. Os de vida livre são geralmente
microscópicos e podem ser aquáticos ou terrestres.
Os parasitas podem causar doenças em plantas e animais.
A seguir veremos os principais nematódeos parasitas do homem.
Vermes Doença Contaminação Sintomas Profilaxia
Ancylostom Ambos a) andar Anemia, diarréia, a) cuidados com o local
a causam descalço: as úlceras de decomposição de
duodenale amarelão larvas intestinais e fezes humanas para
e Necator penetram na geofagia que os ovos do verme
americanus sola do pé (vontade de não cheguem ao solo
b) ingestão de comer terra). b) uso de calçados
ovos do verme c) evitar contaminação
de alimentos
Ascaris Ascaridías Ingestão de ovos Falta de apetite, Tomar água filtrada,
26
lumbricoide e ou do verme dor no abdômen, clorada ou fervida. As
s lombriga diarréia ou prisão verduras devem ser
de ventre e as lavadas cuidadosamente
vezes vômitos antes de consumidas
Wuchereria Elefantíase Transmissão de Hipertrofia Combate ao mosquito
bancrofti ou filariose larvas do verme (aumento) das transmissor em sua fase
através da picada regiões afetadas adulta ou larvária
do mosquito Culex (pernas, mamas
fatigans ou saco escrotal)
Ancylostom Bicho Através da Marcas na pelo Evitar contato com fezes
a geográfico penetração das por onde a larva de animal, principalmente
brasiliensis larvas (presentes passa, coceira e cães e gatos
nas fezes de gato irritação no local
e cachorro) na
pele
Enterobius Oxiuríase Ingestão de ovos Prurido anal Roupa de cama bem
vermicularis ou junto aos (geralmente à lavada; unhas cortadas
oxiurose alimentos; auto- noite) rentes; higiene pessoal;
infecção (levam os tratamento de todas as
ovos da região pessoas infectadas na
perianal à boca) família.
5 – Filo Annelida
Um anelídeo
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• Polychaetas (Poliquetos)
• Oligochaetas (Oligoquetos)
• Hirudinea (Hirudíneos)
São animais que não possuem cerdas, com ventosas ao redor da boca e na região
posterior do corpo que auxiliam na locomoção.
Podem ser aquáticos e terrestres. As sanguessugas representam essa classe.
Algumas sanguessugas são parasitas externos, alimentando-se de sangue. Nesse caso fixam-
se à pele do hospedeiro por meio das ventosas.
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Uma sangria
O Médico entra no quarto com sua maleta, retira dela um frasco de vidro e senta-se
ao lado da cama onde está o paciente deitado de bruços com as costas nuas. Ele abre o
frasco, pega com uma pinça cinco sanguessugas e os coloca sobre as costas do paciente que
se mexe impacientemente.
Após uns 15 minutos, o médico retira os animais que haviam se prendido
fortemente na pele, por ventosas, e os coloca nos vidros. Cada um tem então aspecto
volumoso e rígido.
O médico limpa os pequenos cortes na pele do homem e pergunta como se sente.
Ouve a resposta “parece que estou melhor”.
Essa história é uma descrição de uma sangria, feita com Hirudo medicinalis, ou
seja, a sanguessuga medicinal. Antigamente, essa era uma prática comum para diminuir a
pressão arterial de pessoas que sofriam de hipertensão (pressão alta).
6 – Filo Arthropoda
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• Subfilo Crustacea
• Subfilo Chelicerata
Escorpião
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Durante a estação de acasalamento, o macho perambula até encontrar uma fêmea,
com quem inicia uma prolongada corte
As aranhas desenvolveram especialidades, como glândulas capazes de produzir
seda, com a qual confeccionam a teia. Nestes animais, os pedipalpos possuem funções
reprodutoras.
São conhecidas atualmente 32 mil espécies de aranhas.
Os ácaros e carrapatos possuem uma grande importância para o homem, pois
podem ser parasitas de pessoas, animais e plantas , sendo transmissores de doenças.
• Subfilo Uniramia
• Os insetos têm sexos separados e sua fecundação é interna. São animais ovíparos que
podem apresentar três tipos de desenvolvimento: 1) Direto, sem metamorfose:
desenvolvimento ametábolo (a = sem, metabolos = mudança). Do ovo eclode um jovem
semelhante ao adulto. Ex.: traça de livro. 2) Indireto, com metamorfose gradual ou
incompleta: desenvolvimento hemimetábolo (hemis = meio). Do ovo eclode uma forma
chamada ninfa, que é semelhante ao adulto, mas que não tem asas desenvolvidas. Ex.:
gafanhoto, barata, percevejo. 3) Indireto, com metamorfose completa: desenvolvimento
holometábolo (holos = total). Do ovo eclode uma larva, bastante distinta do adulto. Essa
larva passa por um período em que se alimenta ativamente, depois de um certo tempo
31
secreta um casulo que o envolve esse estágio chama-se pupa, quando ocorre a
metamorfose. Dentro do casulo, a larva transforma-se no adulto, que emerge
completamente formado. Ex.: borboleta, mosca etc.
Alguns insetos holometábolos possuem a fase larval aquática, como é o caso de
importantes mosquitos vetores de doenças, exemplos: Culex, que transmite a elefantíase.
Anopheles, que transmite a malária e Aedes aegypti, que transmite a dengue e a febre amarela
Os quilópodos e os diplópodos são chamados popularmente de Miriápodos (mil
pés), pois tais animais são caracterizados pelo grande número de patas que possuem.
São exclusivamente terrestres, vivem ao abrigo da luz, lugares úmidos sob folhas,
madeiras, pedras etc.
A coloração do corpo desses animais geralmente é escura, podendo ser parda
clara ou com tons alaranjados.
Os quilópodos têm o corpo achatado
dorsoventralmente, dividido em cabeça e tronco
segmentado: apresentam um par de antenas. Há um
par de patas por segmento do corpo, sendo que o
primeiro segmento é dotado de estruturas para injetar
veneno, denominado forcípulas. São animais
carnívoros, de deslocamento rápido, com tamanho
variado de 1 cm a 20 cm, genericamente chamados de
Lacraia
lacraias ou centopéias.
Os diplópodos têm o corpo cilíndrico e não
possuem forcípulas: seu tronco apresenta dois pares de
patas por segmento, com exceção do primeiro. São
animais herbívoros e de deslocamento lento, que se
enrolam quando são atacados e possuem glândulas
que liberam líquidos repugnantes. São denominados
embuás ou piolho de cobra.
Piolho-de-cobra
7 – Filo Mollusca
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O termo molusco deriva-se do grego mollis, que
significa mole. O grupo dos moluscos apresenta geralmente
três partes especializadas: a cabeça, com a boca e os órgãos
sensoriais: o pé, geralmente adaptado para locomoção; e a
massa visceral, que aloja os órgão internos. Essa região é
revestida por uma dobra da pele, chamada manto, responsável
pela produção da concha.
Os moluscos são na maioria aquáticos. Caramujos
Esses animais geralmente possuem uma concha que pode ser externa, formada
por uma só peça, como no caso dos caramujos; ou formadas por duas peças, como no caso
das ostras. Entretanto, nem todos os moluscos a possuem. A lula, por exemplo, apresenta uma
concha interna reduzida, enquanto a lesma e o caracol não possuem nenhuma.
O grupo dos moluscos é muito numeroso e variado. Há moluscos de grande
importância econômica, como as ostras utilizadas na alimentação e as produtoras de pérolas.
8 – Filo Echinodermata
33
Subfilo Vertebrata
1 – Superclasse Pisces
34
Superclasse Tetrapoda
1 – Classe Amphibia
Os únicos anfíbios que possuem veneno são algumas espécies de sapos, onde tal
veneno é produzido em glândulas denominadas paratóides. Mas o sapo não possui nenhuma
estrutura para injetar o veneno, sendo este eliminado pela compressão das glândulas, o que
ocorre quando são abocanhados por um predador. Se atingir os olhos, o veneno pode provocar
irritação muito forte.
Salamandra
Perereca
Os anfíbios dependem da água, onde ocorre a fecundação. O ovo origina uma larva
com respiração branquial, que posteriormente sofre metamorfose, transformando-se em um
adulto com respiração pulmonar. É daí que provém o nome da classe, uma vez que os anfíbios
têm uma vida aquática quando jovens e outra terrestre quando adulto.
Usando como critérios sistemáticos a presença ou ausência de patas e cauda nos
adultos, a classe dos anfíbios é dividida em três ordens:
• Anura – sem cauda e com patas. Ex.: sapos, pererecas, rãs.
• Urodela – com cauda e com patas. Ex.: salamandras e tritões.
• Ápoda – com cauda e sem patas. Ex.: cobra-cega.
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2 – Classe Reptila
Os répteis mais temidos são, sem dúvida, as serpentes. Na natureza não há vilões.
Não mate serpentes simplesmente pelo fato de estarem vivas. Elas mantêm o equilíbrio
natural, comendo roedores, que transmitem doenças e dão prejuízos nas plantações e paióis.
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Venenosos ou peçonhentos?
Todo ser vivo capaz de produzir substância tóxica (veneno) para outro ser é dito
venenoso.
Os seres vivos que, além de produzirem essas substâncias também possuem
estruturas especiais para a inoculação (introdução) do veneno, são chamados peçonhentos.
Portanto um sapo pode ser venenoso, enquanto que algumas cobras são ditas
peçonhentas assim como também são considerados peçonhentos uma vespa e um escorpião.
No Brasil as cobras peçonhentas são: as jararacas, urutus, cascavéis, surucucus e
a coral verdadeira.
4 – Classe Aves
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O vôo das Aves
Muito importantes para o vôo das aves são as formas do corpo e das asas, que
oferecem mínima resistência à passagem do ar.
Os movimentos das asas dependem de músculos situados no peito. Nas aves
voadoras, o osso do peito, chamado esterno, possui uma quilha, onde se prendem músculos
bem desenvolvidos que movimentam as asas.
As aves apresentam outras adaptações para o vôo. Uma delas são os sacos
aéreos. Trata-se de cinco pares de sacos cheios de ar que se ramificam a partir dos pulmões.
Esses sacos penetram entre os órgãos e chegam ao interior dos ossos pneumáticos, outra
adaptação importante nas aves.
Os ossos pneumáticos são ossos muito leves, com cavidades que se enchem de ar
diminuindo assim o peso da ave. Finalmente, também concorre para a redução de peso a não-
retenção de urina e fezes, que são eliminados logo após a sua formação.
5 – Classe Mammalia
Os mamíferos compreendem o
homem, o macaco, o boi, o cachorro, o gato, a
baleia, o morcego etc..
A principal característica dos
mamíferos é a presença de glândulas
mamárias nas fêmeas, daí o nome que
receberam (do latim: mamma = mama, teta:
Mamífero: morcego
feros = portador).
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O coração é dividido em quatro câmaras (duas aurículas e dois ventrículos), não
ocorrendo mistura entre o sangue venoso e o sangue arterial.
O sucesso dos mamíferos
1) Qual o critério para classificar os dois grandes grupos de animais? Dê exemplos de animais
desses grupos.
2) Cite algumas características que os animais pertencentes ao filo Porifera possuem.
3) A que grupo de animais pertence a água-viva?
4) Qual a diferença entre pólipo e medusa?
5) Qual a função dos cnidoblastos?
6) Quais são as caracterísiticas gerais dos platelmintos?
7) Quais as principais doenças causadas por platelmintos?
8) Quais as principais doenças causadas por nematelmintos?
9) Quais são os principais tipos de anelídeos e qual o critério de divisão utilizado?
10) Cite três exemplos de moluscos.
11) Quais as características gerais dos artrópodes?
12) Dê um exemplo de cada classe de artrópode
13) Qual a principal característica dos equidermos e quais animais fazem parte desse grupo?
14) Apresente 3 diferenças entre peixe ósseo e peixes cartilaginosos.
15) Quais os tipos de respiração que os anfíbios possuem?
16) Dê um exemplo de cada tipo de réptil.
17) Qual a diferença entre um animal peçonhento e um venoso?
18) Quais as principais características das aves?
19) Quais as estruturas que favorecem o vôo nas aves?
20) Quais as principais características dos mamíferos?
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Respostas das questões de auto-avaliação
40
PARTE 4 – REINO PLANTAE
Caracterização
A raiz tem por função fixar a planta ao solo e retirar dele água e sais minerais,
essenciais à vida vegetal. O caule mantém a planta ereta. Em seu interior encontram-se vasos
condutores de seiva. Por seiva entende-se o líquido absorvido pelas raízes (seiva bruta) e as
substâncias produzidas pela fotossíntese (seiva elaborada).
Há vegetais que não possuem vasos condutores (algas e musgos). Nesse caso, a
distribuição da seiva se faz de célula a célula. A maioria, porém, é dotada de vasos condutores.
Do caule partem ramos onde se prendem as folhas, levando a seiva bruta e
trazendo a seiva elaborada. As folhas são, portanto, a parte dos vegetais onde ocorre a
fotossíntese. A seiva elaborada por ela produzida é distribuída todas as partes do vegetal,
garantindo a sua sobrevivência.
Nas folhas também acontecem os processos de respiração e transpiração vegetal.
Flores e sementes são órgãos que se relacionam com a reprodução vegetal.
41
Criptógamas
1 – Talófitas
As talófitas são plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz,
caule e folha. São as algas pluricelulares.
2 – Briófitas
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As briófitas apresentam estruturas chamadas rizóides, caulóides e filóides que
desempenham um papel semelhante ao da raiz, caule e folhas. No entanto, não têm vasos
condutores de seiva; tanto a seiva elaborada quanto a bruta passam diretamente de uma célula
para outra, através de suas paredes.
O grupo das briófitas tem os musgos como principal representante.
3 – Pteridófitas
Fanerógamas
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As fanerógamas são divididas em dois grandes grupos:
1 – Gimnospermas
Araucária
2 – Angiospermas
44
Economicamente, as angiospermas representam
uma fonte de inestimável importância para o homem. Seus
órgãos, como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos,
podem servir de alimento para a população humana. Além
disso, servem, também como fontes de matéria-prima para
as mais diversas atividades humanas e industriais.
Bananeira: um exemplo de
angiosperma
A formação da semente
45
Questões para auto-avaliação
46
PARTE 5 – REINO FUNGI
Caracterização
47
Por que cresce a massa do pão?
48
Questões para auto-avaliação
49
PARTE 6 – REINO PROTISTA
Caracterização
1 – Algas
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2 – Protozoários
Os cílios são filamentos curtos que ocorrem em grande número por célula,
enquanto os flagelos são longos e cada célula apresenta apenas um ou alguns poucos. Nos
dois casos eles batem coordenadamente e possibilitam a natação do organismo numa
determinada direção.
Muitos protozoários são parasitas do homem causando diversas doenças. Veja no
quadro a seguir as principais:
51
Espécie Classe Doença Sintomas Transmissão
Entamœba histolytica Rizópodo Amebíase Ulcerações intestinais, Ingestão de cistos
diarréia, eliminados com as
enfraquecimento fezes humanas.
Trypanosoma Cruzi Flagelado Doença Problemas no Fezes do inseto
de coração, inchaço do barbeiro (Triatoma
Chagas baço e fígado, mal sp.)
estar
Leishmania Flagelado Úlcera de Ulcerações (feridas Picada do mosquito
brasiliensis Bauru que não cicatrizam) palha (Phlebotomus
no rosto, braços e sp.)
pernas
Trichomonas vaginalis Flagelo Tricomoní Vaginite, uretrite, Relação sexual ou
ase corrimento toalhas e objetos
úmidos
contaminados
Giardia lamblia Flagelado Giardíase Dores abdominais, Ingestão de cistos
diarréia eliminados com
fezes humanas
Plasmodium vivax Esporozoá Malária Febres, anemia, Picada de mosquito-
rio lesões no baço e no prego (Anopheles
fígado sp.).
52
Respostas das questões de auto-avaliação
1) Os seres classificados no reino Protista são unicelulares, microscópicos e suas células são
eucarióticas, portanto com núcleo verdadeiro. Eles podem ser autótrofos ou heterótrofos
2) São os mais importantes produtores desses ecossistemas, isto é, pela fotossíntese,
produzem os alimentos que direta ou indiretamente garantem a vida de todos os demais
seres.
3) As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo”, pois são capazes de
executar todas as funções que os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos
especializados.
4) São protozoários: o paramécio, a ameba e o tripanossomo.
5) Amebíase, Doença de Chagas e Malária.
53
PARTE 7 – REINO MONERA
Caracterização
1 – Bactérias
Com cerca de 3000 espécies, as bactérias estão entre os menores e mais simples
organismos e são, provavelmente, os organismos mais abundantes do planeta, sendo
encontradas em praticamente todos os meios: na terra, na água e no ar, na superfície ou no
interior de organismos, em objetos e nos materiais em decomposição.
A maioria das bactérias não ultrapassa 1µm (micrômetro), mas algumas podem
atingir 10µm ou mais ( o micrômetro é a milésima parte do milímetro).
De acordo com a forma que apresenta, elas recebem um denominação específica:
cocos (esféricas), bacilos (alongadas, em forma de bastonete), espirilos (em forma de espiral)
e vibriões (lembram uma vírgula).
Os cocos podem se associar, formando diversos tipos de colônias:
• Diplococos: colônia de dois indivíduos;
• Tétrade: colônia de quatro indivíduos;
• Estreptococos: colônia em forma de colar ou fila;
• Estafilococos: colônia em forma de cacho;
• Sarcina: colônia em forma de cubo;
• Pneumococos: colônia de dois indivíduos, em forma de
chama de vela;
• Gonococos: colônia de dois indivíduos, em forma de rim.
Bactéria da leptospirose
54
As bactérias em geral são heterótrofas, mas existem espécies autótrofas e
parasitas de animais, inclusive do homem.
Dentre as doenças de maior gravidade causadas por bactérias, devem ser
lembradas a meningite, a tuberculose, a difteria, a lepra, a febre tifóide, a disenteria
bacilar, o tétano, e o cólera.
Muitas dessas doenças podem ser evitadas pela vacinação como, por exemplo, a
tuberculose, a difteria, o tétano e a meningite.
2 – Cianobactérias
55
Questões para auto-avaliação
56
GLOSSÁRIO
Abiogênese: o mesmo que geração espontânea. Explicação para a origem dos seres vivos,
que supõe a formação desses seres a partir da matéria não viva.
Adaptação: Conjunto de características de um organismo que lhe permite a sobrevivência e
reprodução num determinado ambiente.
Anemia: tipo de doença que provoca fraqueza e debilita a pessoa. É causada pela redução de
células vermelhas do sangue.
Anticorpo: substância produzida pelo organismo para destruir substâncias estranhas que nele
penetrem.
Assexuada: que ocorre sem a participação de elementos sexuais.
Autótrofo: organismo vivo capaz de sintetizar seu próprio alimento.
Bexiga natatória: Estrutura presente nos peixes ósseos; constitui um saco armazenador de
gases, com a função de ajustar o peso específico do animal ao da água, facilitando a flutuação.
Biogênese: Teoria segundo a qual todos os seres vivos originam-se de outros seres já
existentes.
Brânquia: Conjunto de filamentos delicados em cujo interior existem capilares sangüíneos s;
promovem a respiração para certos animais, como os peixes.
Decompositores: organismos, como a maioria das bactérias e dos fungos, que transformam a
matéria orgânica morta em material simples, possível de ser reutilizado pelos demais seres
vivos.
Diafragma: músculo que separa o tórax do abdômen; sua atividade é fundamental para a
ocorrência da respiração nos mamíferos.
57
Esporo: célula reprodutora que apresenta capacidade de germinação, resultando na formação
de um novo indivíduo idêntico àquele que o originou.
Hermafrodita: ser vivo que possui órgãos reprodutores dos dois sexos.
Heterótrofo: organismo vivo que não é capaz de sintetizar seu próprio alimento.
Hospedeiro: organismo vivo que abriga no interior do seu corpo outro ser vivo, geralmente um
parasita.
Saprófitas: grupo de seres vivos que se nutrem de matéria orgânica morta, fazendo sua
decomposição. O mesmo que decompositores.
Seiva bruta: líquido formado por água e sais minerais que circula na planta, nutrindo-a.
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Seiva elaborada: líquido formado por água e outras substâncias produzidas pelo vegetal, que
nele circula, completando sua nutrição.
Seleção natural: teoria que afirma que todos os seres vivos são selecionados pelo ambiente,
de modo a que os mais aptos sobrevivam.
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COMENTÁRIOS, SUGESTÕES, ATIVIDADES.
Obs.: Chamar a atenção dos alunos para as diferenças entre esses tipos de células,
principalmente quanto a forma e o tamanho.
60
Parte 2: Classificação e nomenclatura dos seres vivos
É importante deixar claro que os seres vivos são classificados segundos alguns
critérios para que possam ser melhor estudados.
Para que os alunos tenham mais claro o que são critérios de classificação você
poderia, por exemplo, colocar uma lista de nomes (ou um cartaz com gravuras) de animais na
lousa e pedir para que eles agrupem esses animais da maneira que eles acharem melhor.
Depois pedir para que alguns alunos coloquem os grupos que formaram na lousa e dizem qual
foi o critério escolhido para aquela separação.
Sem dúvida trabalhar com plantas é muito mais fácil do que com animais. A
germinação de sementes de feijão, alpiste, milho, etc., é uma boa prática para se realizar com
alunos. Se você resolver executá-la peça para que os alunos façam observações diárias e
promova uma discussão em sala sobre cada etapa do desenvolvimento do vegetal.
Quando você estiver tratando dos órgãos e de suas funções na planta seria
interessante que você realizasse alguns experimentos. Aqui vão algumas sugestões:
Raiz: para constar a função de absorção das raízes você pode colocar uma planta
com raiz em um recipiente transparente com água. Para que não ocorra evaporação dessa
água você deve colocar um pouco de óleo (pode ser o de cozinha) neste recipiente; deste
modo o óleo ficará em cima e não permitirá que a água evapore. Feito isto você deve fazer
61
uma marca no nível da água e depois colocar a planta em um local iluminado. Esperar uns dois
dias e verificar o nível da água. Você notará que o nível da água abaixou, como a possibilidade
de evaporação está descartada você comprovará que a raiz absorveu a água.
Caule: Para constatar a função de condução no caule você deve ter em mãos uma
flor branca (rosa, palma, cravo, crisântemo), água, anilina e prosseguir da seguinte maneira:
• Misturar água e anilina em um recipiente (a solução deve ser concentrada).
• Em seguida fazer um corte transversal no talo da planta (o talo da planta deve ficar uns 15
cm) e colocá-la rapidamente nessa solução.
• Depois de 30 min. observar.
Você notará que as pétalas da flor vão ficar coloridas, resultado da condução do
caule.
• Folha: para constatar que nas folhas ocorre o processo de transpiração da planta, você
deverá prosseguir da seguinte maneira:
• Pegar um saco plástico e um barbante e amarrá-lo em um galho de uma planta que deverá
ficar exposta ao sol (pode ser uma planta da escola ou vaso).
• Depois de uns 20 minutos observar.
Você notará que existe água no interior do saco plástico. Explicar para os alunos
que a transpiração ocorre em forma de vapor mas em contato com o saco plástico o vapor se
condensa.
É muito fácil conseguir uma laranja “mofada”, você poderia utilizar esse tipo de
material para observação dos fungos no microscópio.
Você poderia também dissolver um pouco o fermento biológico (fermento de pão)
em um pouco de água e levar ao microscópio para observação.
O ideal seria a observação desses seres no microscópio. Se isso não for possível
consiga ilustrações para que os alunos tomem contato com os mesmos.
Uma estratégia que têm motivado os alunos é a pesquisa. Você poderia pedir para
que os alunos fizessem uma pesquisa a respeito das doenças causadas por protozoários e
bactérias. Os alunos poderão fazer painéis com as medidas preventivas contra essas doenças
e também falando da importância da vacinação no caso de algumas doenças.
62
Questões de avaliação
1) Quais são as características básicas que um organismo deve apresentar para ser
considerado um ser vivo?
2) Relacione as colunas:
(a) autótrofo ( ) possui membrana nuclear
(b) fotossíntese ( ) possui mais de uma célula
(c) heterótrofo ( ) processo de produção de alimentos
(d) procarionte ( ) se alimentam de outros seres
(e) unicelular ( ) o material genético não está em um núcleo
(f) eucarionte ( ) etapas de desenvolvimento de um ser vivo
(g) pluricelular ( ) seres que produzem seu alimento
( ) possui apenas uma célula
3) O que significa classificar e qual o principal critério que devemos adotar para fazer uma
classificação?
( a ) roseira ( ) Animalia
( b ) protozoário ( ) Monera
( c ) bactéria ( ) Plantæ
( d ) cogumelo ( ) Fungi
( e ) gato ( ) Protista
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6) Assinale C (certo) ou E (errado)
64
18) Coloque A para angiospermas, B para briófitas, G para gimnospermas, P para pteridófitas
e T para as talófitas.
( ) não possuem vasos condutores de seiva ( ) são divididas em mono e dicotiledôneas
( ) produzem flores mas não produzem frutos ( ) abacateiros; roseiras; mangueiras
( ) são as samambaias e avencas ( ) são as algas pluricelulares
( ) seu corpo é constituído por um talo ( ) as flores são chamadas de estróbilos
( ) são os pinheiros
19) Qual a principal característica dos moneras e quais organismos fazem parte desse reino?
20) Cite algumas doenças causadas por bactérias.
21) Qual a principal característica dos protistas e quais organismos fazem parte desse Reino?
22) Cite algumas doenças causadas por protistas.
23) Em que tipos de ambientes podemos encontrar os fungos? Dê exemplos de fungos.
65
Respostas das questões de avaliação
1) Quais são as características básicas que um organismo deve apresentar para ser
considerado um ser vivo?
R: Para ser considerado um ser vivo o organismo precisa: ser formado por células,
ter nutrição, ter capacidade de movimentação, reagir a estímulos, ter um ciclo vital,
ter capacidade de reprodução e poder adaptar-se.
2) Relacione as colunas
(a) autótrofo ( f ) possui membrana nuclear
(b) fotossíntese ( g ) possui mais de uma célula
(c) heterótrofo ( b ) processo de produção de alimentos
(d) procarionte ( c ) se alimentam de outros seres
(e) unicelular ( d ) o material genético não está em um núcleo
(f) eucarionte ( a ) seres que produzem seu alimento
(g) pluricelular ( e ) possui apenas uma célula
3) O que significa classificar e qual o principal critério que devemos adotar para fazer uma
classificação?
R: Classificar é agrupar, formar grupos, obedecendo a determinados critérios.
Devemos observar as semelhanças e as diferenças existente em cada membro do
grupo.
( a ) Poríferos ( d ) Nematelmintos
( b ) Celenterados ( e ) Anelídeos
( c ) Platelmintos
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( b ) células urticantes ( c ) planária, esquistossomo
( d ) vermes em forma de fio ( e ) minhoca, sanguessuga
( b ) água viva, hidra ( d ) áscaris, ancilóstomo
( a ) poros por toda superfície ( c ) primeiros que apresentaram simetria bilateral
( b ) pólipos e medusas ( d ) elefantíase, amarelão
( e ) corpo segmentado em anéis ( c ) teníase, barriga-d’água
( c ) vermes em forma de fita
( e ) presença de cerdas
10) Por possuir glândulas que produzem veneno, o sapo pode ser considerado um animal
perigoso?
R: Não, pois ele não dispõe de meios para inocular o veneno.
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b) Os répteis têm apenas respiração pulmonar, os anfíbios têm respiração branquial na fase
larval e, na fase adulta, respiração pulmonar e cutânea.
c) Para a reprodução os répteis não dependem da água e os anfíbios dependem.
( a ) raiz ( d ) reprodução
( b ) caule ( b ) condução
( c ) folha ( a ) absorção
( d ) flores e sementes ( c ) fotossíntese, transpiração, respiração
18) Coloque A para angiospermas, B para briófitas, G para gimnospermas, P para pteridófitas e
T para as talófitas.
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19) Qual a principal característica dos moneras e quais organismos fazem parte desse reino?
R: São unicelulares e procariontes. As bactérias e cianobactérias.
21) Qual a principal característica dos protistas e quais organismos fazem parte desse reino?
R: São seres unicelulares e eucariontes. Os protozoários e algas unicelulares.
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Bibliografia; crédito das fotos e ilustrações
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