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Curso de Direito

CIDADANIA

RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO: estudo de caso no centro de


remanejamento do sistema prisional

Acadêmicos:
Afrânio Geraldo de Melo
Ana Cláudia Matos Lage dos Santos
André Luiz Porto Mourão
Edilamar da Silva Caetano
Thalys Rafael Dias Brum
RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO: estudo de caso no centro de
remanejamento do sistema prisional

Trabalho Interdisciplinar apresentado a Faculdade


Novos Horizontes como requisito parcial para
aprovação no 1º período do curso de Direito.

Orientador: Profº Ricardo Moyses Resende


“O decisivo, acredita-se, não é castigar
implacavelmente o culpado (castigar por castigar é, em
ultima instância, um dogmatismo ou uma crueldade) se
não orientar o cumprimento e a execução do castigo de
maneira tal que possa conferir-lhe alguma utilidade”.
(MOLINA Apud Ribamar)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 04
1.1 Cidadania..................................................................................................... 04

1.2 Objetivos ..................................................................................................... 05

1.2.1 Objetivo geral............................................................................................ 05

1.2.3 Objetivos específicos................................................................................ 06


2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................... 06

2.1 Cidadania..................................................................................................... 05

2.2 Finalidade do atendimento ao Preso e Ressocialização............................. 06


2.2.1Fundamentos legais do Programa............................................................. 06
2.2.2Definições relativas às Repartições responsáveis pelo Programa............ 07
2.2.3Unidades Prisionais.................................................................................... 07
2.2.4Penitenciária............................................................................................... 07
2.2.5Comissão Técnica de Classificação – CTC............................................... 07
2.2.6Programa Individual de Ressocialização – PIR......................................... 07
2.3 Competências e atribuições dentro do sistema prisional............................. 07
2.3.1Subsecretaria de Administração Penitenciária.......................................... 07
2.3.2Superintendências de Atendimento ao Sentenciado................................. 07
2.3.3Direções da Unidades prisionais................................................................ 07
2.4 Descrição do programa de ressocialização................................................. 08
3 METODOLOGIA........................................................................ 09
4 ANÁLISE DE DADOS........................................................................... 10
5 CONCLUSÃO............................................................................ 13
6 REFERÊNCIAS.......................................................................... 14
APÊNDICE A: Entrevista com a diretora CERSP.................... 15
APÊNDICE B: Entrevista com agente penitenciário.......................... 17
19
APÊNDICE C: Entrevista com os apenados..............................

REFERÊNCIAS1 INTRODUÇÃO
A idéia de cidadania surgiu na Idade Antiga, após a Roma conquistar a Grécia
(séc. V d.C.), se expandindo para o resto da Europa. Apenas homens (maiores de
idade) e proprietários de terras (desde que não fossem estrangeiros), eram cidadãos
diminuindo assim, a idéia de cidadania, já que mulheres, crianças, estrangeiros e
escravos não eram considerados cidadãos.
Na Idade Média (2ª era - séc. V até XV d.C.), surgiram na Europa, os feudos (ou
fortalezas particulares). A idéia de cidadania acaba, pois os proprietários dos feudos
passaram a mandar em tudo, e os servos que habitavam os feudos não podiam
participar de nada.
Após a Idade Média, terminaram-se as invasões Bárbaras, terminando-se
também os feudos, entrando assim, em uma grande crise. Os feudos se decompõem,
formando cidades e depois países (Os Estados Nacionais).
Entra a 3ª era (Idade Moderna - séc. XV ao XVIII d.C). Os países formados após
o desaparecimento dos feudos foram em conseqüência da união de dois grupos: o Rei
e a Burguesia.
Com as revoluções houve o fim do Absolutismo, entra a Idade Contemporânea
(séc. XVIII até os dias de hoje), surgindo um novo tipo de Estado, o Estado de Direito,
que é uma grande característica do modelo atual. (1)
Segundo Dallari (1998), A Cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de
decisões ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.
A história da cidadania no Brasil está diretamente ligada ao estudo da evo-
lução constitucional do País. A Constituição Imperial de 1824 e a primeira Constituição
Republicana de 1891 consagravam a expressão cidadania.

1. Retirado do site: http://www.webciencia.com/18_cidadania.htm


Mas, a partir de 1930, ocorre uma nítida distinção nos conceitos de cidadania,
nacionalidade e naturalidade. Desde então, nacionalidade refere-se à qualidade de
quem é membro do Estado Brasileiro, e o termo cidadania tem sido empregado para
definir a condição daqueles que, como nacionais, exercem direitos políticos chegando
assim, à definição de que hoje a cidadania é o exercício de participar da vida política,
permitindo dessa forma intervir na direção dos negócios públicos do Estado.
Seguindo estes princípios, este estudo tem como problema de pesquisa: O
Programa de Ressocialização dentro do Sistema Prisional (CERESP) é atuante na
vida do apenado?

Para tanto os objetivos serão tratados na próxima seção.

1.2 OBJETIVO
1.2 .1 Objetivo Geral
O Objetivo geral do estudo é verificar se o CERESP (Centro de
Remanejamento do Sistema Prisional) local onde é feito uma espécie de triagem com o
apenado, para posterior distribuição dos sentenciados, possui capacidades de aplicar
o Projeto de Ressocialização .

1.2.2 Objetivos Específicos


− verificar a aplicabilidade e funcionalidade do Programa de Ressocialização;
− identificar os problemas enfrentados;
− avaliar mediante entrevista semi-estruturada se o apenado sai após o
cumprimento da pena, ressocializado ou não.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Cidadania

A Constituição Federal assegura que a cidadania é um fundamento do Estado


Democrático de direito e afirma no artigo 1º parágrafo único: “Todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constiuição.”
Então, esta capacidade de nomear ou eleger um represente seja do Executivo
ou do Legislativo é do cidadão através do exercício da cidadania, que pratica, elegendo
seus representantes.
Quando visualiza-se o “Sistema Penitenciário” em Minas Gerais e a
ressocialização do apenado, entende-se que é função do Estado aplicar medidas
políticas sócio-educativas com o intuito de melhorar a condição social do indivíduo
destinado ao cumprimento da pena, indivíduos estes, que deve estar cônsio das suas
responsabilidades enquanto parte integrante de uma sociedade, Estado e nação.
Considera-se Ressocialização o bom aproveitamento dos Programas aplicados
ao preso por meio da custódia, da prestação de assistência jurídica, psicossocial, à
saúde, educacional, trabalhista, religiosa, bem como a garantia da visitação e do lazer.

2.2 Finalidade do Atendimento ao Preso e Ressocialização

Estabelecer princípios gerais para o atendimento ao preso nas penitenciárias,


subordinadas a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS).

2.2.1 Fundamentos Legais do Programa de Ressocialização

− Constituição da República Federativa do Brasil de 1988


− Lei Federal n. 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução
Penal.
− Lei n. 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contém normas de execução penal.
− Lei n. 12.936, de 08 de julho de 1988, estabelece diretrizes para o sistema
prisional do Estado e dá outras providências.
− Portaria 1.777, de 09 de setembro de 2003, elaborada pelos Ministérios da
Justiça e da Saúde, que estabelece diretrizes para o atendimento a saúde no
Sistema Penitenciário.
− Decreto 43.295, de 29 de abril de 2003, dispõe sobre a organização da SEDS.
2.2.2 Definições relativas às Repartições responsáveis em aplicar o Programa

2.2.3 Unidades Prisionais: Estabelecimento penal subordinado à SEDS vinculado


a Subsecretaria de Administração Penitenciária destinado à custódia e
ressocialização de presos condenados, provisórios, e de indivíduos submetidos à
medida de segurança.

2.2.4 Penitenciária: Estabelecimento penal subordinado a SEDS e vinculado


diretamente a SUAPE destinada à custódia e ressocialização de presos
condenados ao regime fechado.

2.2.5 Comissão Técnica de Classificação – CTC: Órgão colegiado conforme


determinado pela Lei de Execução Penal, responsável pela elaboração do plano
de ressocialização do indivíduo privado de liberdade e avaliações quanto à
evolução da execução penal.

2.2.6 Programa Individual de Ressocialização PIR: Programa individualizador da


pena privativa de liberdade, adequado ao preso. Esse Programa é elaborado
pela Comissão Técnica de Classificação, visando sua ressocialização.

2.3 – Competências e Atribuições do Sistema Penitenciário em Minas Gerais

2.3.1 Subsecretaria de Administração Penitenciária: Gerenciar


diretamente as superintendências subordinadas e as unidades prisionais,
orientando-se pelas diretrizes e normas gerais da SEDS.

2.3.2 Superintendência de Atendimento ao Sentenciado: Coordenar todas


as ações referentes à ressocialização do preso nas unidades prisionais da
SEDS.
2.3.3 Direção da Unidade Prisional: Garantir o cumprimento da Lei de Execução
Penal, no que se refere à administração penitenciária e ao atendimento ao
sentenciado observadas as diretrizes da SEDES, composta pelo Diretor Geral,
Diretor de Segurança, Diretor de Gestão e Finanças, e Diretor de Atendimento e
Reintegração Social.

2.4 Descrição do programa de ressocialização

Considera-se Ressocialização, o resultado esperado através dos atendimentos


oferecidos ao preso por meio da custódia, da prestação de assistência jurídica
psicosocial, à saúde, educacional e trabalho, religiosa, bem como da garantia da
visitação e do lazer.
Deverá ser elaborado o Programa Individualizado de Ressocialização (PIR), pela
Comissão Técnica de Classificação (CTC), com base nos atendimentos de
classificação, visando o planejamento e acompanhamento e a evolução da
ressocialização dos presos.
3 METODOLOGIA

Para a realização deste estudo a metodologia utilizada foi de estudo em


Apostilas de treinamento da Superintendência do Sistema Penitenciário de Minas
Gerais, Revistas, sites em Internet, livros, artigos e pesquisa de campo com entrevista
semi-estruturada “in loco”.
4 ANÁLISE DE DADOS

Após realização da pesquisa de campo no CERESP – BH com a diretora, um


agente penitenciário, e dois apenados, foram obtidos os seguintes dados:

Identificação dos entrevistados:


(1) Diretora;
(2) Agente penitenciário(Principal função):
A principal função é não somente evitar a fuga mas tentar na medida do possível a
ressocialização do preso. A função é de fato tentar ressocializar o preso, colocá-lo de
volta numa sociedade onde ele foi negado;
(3) Apenado (participa do programa);
(4) Apenado (não participa do programa).

Quando a entrevistada (1) foi questionada sobre como era a recepção dos apenados a
mesma respondeu que passa pela acolhida, que seria um médico quem faz os exames,
além de um dentista, um assistente social, um psicólogo e posteriormente abre-se um
prontuário. Fica aguardando julgamento, é julgado condenado e às vezes não vai pra
uma unidade prisional porque não tem vaga. O entrevistado (2) esclarece ainda que o
preso passa por uma revista para verificar se ele não está entrando com algum material
ofensivo, antes de passar pelos médicos. Após os procedimentos ele é encaminhado a
cela. O entrevistado (3) acrescenta a respeito de vacinas que devem ser tomadas
quando da entrada.

Ao perguntar sobre a existência de Programas de ressocialização, bem como quem


coordena, fiscaliza, apóia e se é obrigatório a participação do apenado as respostas
foram ás seguintes:
A entrevistada (1) afirma que o projeto é mais a longo prazo, porque depende de infra-
estrutura, que é uma Marcenaria, nos espaços laterais, ou então uma Serralheria, tudo
para uso da unidade. Atualmente os programas são reciclagem e conservação. Depois
de condenado é obrigatório, mas nós não temos espaço pra todo mundo trabalhar. É
realizado um estudo pela CTC – Comissão Técnica de Classificação, que classifica e
traça o PIR – Programa Individual de Ressocialização, que todo sentenciado tem, onde
é traçado todo o perfil do preso de periculosidade, piscológico, trabalhista, etc.
Quem coordena é o Diretor de Atendimento ao Preso e Ressocialização, o Agente
Penitenciário executa e fiscaliza diretamente. São apoiados por Instituições Religiosas,
que não tem vínculo nenhum com a SUAPE – (Subsecretaria de Administração
Penitenciária), é um trabalho voluntário. Atualmente, temos Igrejas Evangélicas, e
Pastoral Carcerária (Cátolica). Existe Apenas um Gerente de Produção que coordena a
aréa, tudo traçado dentro do PIR.

Quanto a pergunta sobre o que pode ser melhorado dentro do sistema penitenciário e
o Programa de Ressocialização feita ao entrevistado (2) e entrevistado (3) obteve-se as
seguintes respostas; O entrevistado (2) disse que com certeza no programa o principal
fundamento é recuperar algo que está perdido, e como agente penitenciário ele acredita
que tem que melhorar e tem que expandir, porque não adianta você ressocializar meia
dúzia. O entrevistado (3) acrescenta que aquelas pessoas que estão presas e não
participam do programa deveria ser dada oportunidade, visto que a maioria se interessa
em trabalhar. Salienta-se ainda que o entrevistado (4) que não participa tem uma visão
de que é possível mesmo não participando voltar a sociedade em plena condições,
conforme depoimento abaixo:
“Eu tenho meu filho advogado criminal, tenho um filho de 6
anos pra criar, tenho todas condições pra voltar pra
sociedade”.

No que se refere a importância do Programa de Ressocialização a maioria dos


entrevistados afirmam que é interessante. O entrevistado (2) relata que deveria ser
praticado mais intensamente, porque um dos problemas enfrentados no sistema hoje é
a falta de estrutura para fazer o Programa funcionar por completo. Já o entrevistado (3)
complementa que diminui a pena e contribui para a manutenção no Presídio. A
entrevistada (1) acredita que para um retorno do apenado na sociedade depende muito
do perfil do preso, porque tem preso que cometeu um crime, por um deslize, uma
necessidade, e existe o criminoso que sempre foi criminoso.
Em tempo destaca-se a fala da entrevistada (1) quando do cumprimento da pena há o
enchaminhamento e colaboração externa para o mercado de trabalho para o apenado
que participa do Programa. Existe o EGRESSO que é um programa que depois que o
preso se desliga do Sistema Prisional ele tem um acompanhamento e encaminhamento
para o mercado de trabalho (APÊNDICE A-B-C).
5 CONCLUSÃO

Verificou-se atráves das entrevistas realizadas, que o CERESP (Centro de


Remanejamento do Sistema Prisional), necessita de mais apoio visto que,
teoricamente, o Programa de Ressocialização é bem traçado, o problema acontece
quando posto em prática, que começa quando descumpre a Lei de Execução Penal
diretamente no seu Art. 31 que diz que o condenado à pena privativa de liberdade está
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.
O que se observa são muitos presos aptos e com vontade de trabalhar dentro da
unidade Prisional, mas impossibilitado pela infra-estrutura dentro do CERESP e a
indisponibilidade de recursos financeiros do Sistema Prisional.
Diante dos fatos apresentados, e a expectativa dos objetivos, identificou-se que,
grande parte dos sentenciados que estão pré-dispostos a realmente se ressocializarem,
contam com apoio familiar, e que, a conversão dos presos ressocializados é maior
quando este cometeu um crime isolado, comparado a aquele que viveu num ambiente
criminoso e tem a índole comprometida.
Conclui-se que há grande interesse da direção e dos funcionários em implantar
novos programas, porém deparam-se com problemas financeiros, de infra-estrutura e,
com celas super lotadas. O apoio do Estado não é o suficiente, mesmo que dentro do
local visitado, encontramos um ambiente organizado, limpo e com implantação de
novos consultórios médicos e dentários.
Atualmente na prática, parte da reforma de alvenaria que está sendo feita, é com
material doado pelos funcionários e de algumas empresas.
Percebe-se a necessidade do apoio efetivo da família e da sociedade de alguma
forma para ressocialização e reintegração do apenado, afim de que o Programa chegue
ao objetivo final. E que, o apenado retorne a sociedade ciente de seus deveres como
cidadão, podendo assim exercer seus direitos civis,políticos e sociais.
SUB SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PENITECIÁRIA. Apostila de Treinamento –
Ressocialização. Belo Horizonte: SUAPE, 2005.

SUB SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PENITECIÁRIA. Apostila de Treinamento –


Procedimentos de Gestão – Segurança. Belo Horizonte: SUAPE, 2005.

DALLARI, Dalmo. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.

CIDADANIA. Disponível em: <http://www.webciencia.com/18_cidadania.htm>. Acesso


em: 6 de março, 2008.

SOUZA, Fátima; VERSIGNASSI, Alexandre. A cadeia como você nunca viu. Revista
Super Interessante. ed. 250. São Paulo: Abril, mar. 2008.
APÊNDICE A

Entrevista com Diretor, Agente Penitenciário e Presos do CERESP – BH


No dia 07, de abril de 2008, foi realizada pesquisa de campo, que incluiu
demonstração do Presídio, explicação e entrevistas.

● Perguntas para o Diretor(a)


Nome: Luciana Bettini Romero
Cargo: Diretora de Atendimento ao Preso e Ressocialização
1) Quais as medidas tomadas a partir da chegada do detento?
O CERESP – Centro de Remanejamento do Sistema Prisional, na teoria
funciona como um distribuidor de sentenciados, o indivíduo vai preso, vem pra
cá, passa pela acolhida, que seria um médico, faz os exames, dentista,
assistente social, psicólogo, abre-se um prontuário. Fica aguardando julgamento,
é julgado condenado e às vezes não vai pra uma unidade prisional porque não
tem vaga.

2) Quais os Programas existentes? Existem projetos para implantação de


novos Programas?
O nosso projeto é mais a longo prazo, porque depende de infra-estrutura, que é
uma Marcenaria, nos espaços laterais, ou então uma Serralheria, tudo para uso
da unidade. Atualmente nossos Programas são reciclagem e conservação.

3) É Obrigatório ou Opcional a participação do Apenado?


Depois de condenado é obrigatório, mas nós não temos espaço pra todo mundo
trabalhar. Nós fazemos um estudo pela CTC – Comissão Técnica de
Classificação, que classifica e traça o PIR – Programa Individual de
Ressocialização, que todo sentenciado tem, onde é traçado todo o perfil do
preso de periculosidade, piscológico, trabalhista, etc.

4) Quem coordena, fiscaliza e apoia esses Programas?


Quem coordena é o Diretor de Atendimento ao Preso e Ressocialização, o
Agente Penitenciário executa e fiscaliza diretamente. São apoiados por
Instituições Religiosas, que não tem vínculo nenhum com a SUAPE –
(Subsecretaria de Administração Penitenciária), é um trabalho voluntário.
Atualmente, temos Igrejas Evangélicas, e Pastoral Carcerária (Cátolica).

5) Quais os requisitos para escolha do instrutor do Programa.


Existe Apenas um Gerente de Produção que coordena a aréa, tudo traçado
dentro do PIR.

6) Existe enchaminhamento para o mercado de trabalho para o apenado que


participa do Programa? Há colaboração externa (socidade, empresa)?
Sim, existe o EGRESSO que é um programa que depois que o preso se desliga
do Sistema Prisional ele tem um acompanhamento e encaminhamento para o
mercado de trabalho.

7) Qual cronograma do Programa de Ressocialização?


De segunda-feira a sexta-feira de 8:00 Horas às 17:00 Horas com intervalo de
1:00 Hora para almoço.

8) A partir de quando começa o Programa? Qual a duração?


Começa nos Centros de Remanejamento do Sistema Prisional, continua na
penitenciária, até o final do cumprimento da pena.

9) Existe algum benefício para os apenados que participam do Programa?


Quais são eles?
Existe a progressão de regime, a cada 3 dias trabalhados, menos 1 de pena.

10) Você acha que é o Programa é eficaz? Tem sugestão?


Eu acho que sim, depende muito do perfil do preso, porque tem preso que
cometeu um crime, por um deslize, uma necessidade e existe o criminoso que
sempre foi criminoso.
APÊNDICE B

● Perguntas para o Agente Penitenciário


Nome: Alan
Cargo: Agente Penitenciário

1) Qual a sua função dentro do Sistema?


A nossa principal função é não somente evitar a fuga mas tentar na medida do
possível a ressocialização do preso. Para que ele possa voltar pra uma
sociedade que o fez assim. Porque eu costumo dizer que a culpa é nossa –
sociedade – porque o preso foi tirado da sociedade porque nós o colocamos em
situação marginal. Então, a nossa função é de fato tentar ressocializar o preso,
colocá-lo de volta numa sociedade onde ele foi negado.

2) Quais as medidas tomadas a partir da chegada do detento?


O preso passa por uma revista geral, para verificar se ele não está entrando com
algum material ofensivo, depois ele passa pela assistente social, psicólogo,
dentista, passa também por médico.Após os procedimentos ele é encaminhado a
cela.

3) Como é o local onde o apenado fica?


Depende, nós temos dois tipos de cela, celas individuais e celas coletivas. As
individuais são para pessoas com curso superior, depositário infiel e pensão
alimentícia, os dois últimos são presos por dívida civil. As coletivas o restante
dos apenados.

4) O que você acha do Programa de Ressocialização?


Eu particularmente acho interessantíssimo, e, que deveria ser praticado mais
intensamente, porque o sistema hoje não tem estrutura pra fazer o Programa
funcionar por completo.
5) É possivel identenficar melhorias no comportamento do apenado que
participa do programa?
Com certeza, melhora muito. Porque a situação do preso de estar preso, com a
mente ociosa, sem o que fazer, pensando como fugir, e o que fazer quando sair
dali.

6) O que você acha que pode ser melhorado dentro do sistema penitenciário e
o Programa de Ressocialização?
Com certeza, no Programa o principal fundamento é recuperar algo que está
perdido, e eu como agente penitenciário acho que tem que melhorar e tem que
expandir, porque não adianta você ressocializar meia dúzia, não digo que não é
válido, mas poderia ser melhor.
APÊNDICE C

● Apenado que participa do programa de ressocialização.


Nome: Wiliam de Almeida Ramos
Art. 157 CP – Aguardando Progressão de regime, já cumpriu 5 meses.

1) Quais as medidas tomadas quando a sua entrada no sistema


penitenciário?.
Procedimento normal, vacinas, exames, atendimento completo.

2) Como você tomou conhecimento sobre o Programa de Ressocialização e o


que levou a participar?
Procurei saber e os Agente Penitenciários passam pegando os nomes, aí eu dei
meu nome para o artesanato, mas como aqui não tem artesanato me colocaram
na Reciclagem.

3) Você acha importante o Programa ? Porque?


Muito importante, tanto pra gente quanto pro Presídio, porque diminui minha
pena e contribui para a manutenção no Presídio.

5) Na sua opnião o Programa contribui para a sua Ressocialização?


Com certeza.

6) Há discriminação do apenado que participa do programa pelos outros


detentos?
Não nenhuma, eles compreendem. Como eles dizem na nossa gíria ta
“adiantando meu lado”.

7) O que você acha que pode ser melhorado dentro do sistema penitenciário e
o seu Programa de Ressocialização?
O que eu diria é tipo assim, aquelas pessoas que ta em processo, é dar
oportunidade pra mais pessoas trabalharem, que tem muita gente querendo e
pouca trabalhando.

8) Qual a sua expectativas e objetivos quando cumprir sua pena?


Meu objetivo é sair daqui renovado, trabalhar, cuidar, da minha filha, e sair do
mundo do crime mesmo.

9) Você acha que aprendeu alguma coisa no Programa de Ressocialização


que pode ser aproveitado la fora?
Pode, pode. Tipo assim, eu criei mais responsabilidade com as coisas que eu
faço, dar mais valor para as coisas, até para a minha vida mesmo.

● Apenado que não participa do Programa de Ressocialização.


Nome: Mário
Art 171 CP – Aguardando Sentença (Preso Provisório), já cumpriu 3 meses.

1) Você tem conhecimento do Programa de Ressocialização?


Não, não tenho.

2) Por quê você não participa do Programa?


Não me chamaram ainda, eu ja pedi pra trabalhar até por eu ter curso superior,
qualquer coisa eu trabalho só pra ocupar a cabeça.

3) Você acha que é possível se ressocializar sem participar do Programa?


Claro, claro. Eu tenho meu filho advogado criminal, tenha um filho de 6 anos pra
criar, tenho todas condições pra voltar pra sociedade.

4) Qual a sua expectativas e objetivos quando cumprir sua pena?


Eu vou trabalhar no escritório do meu filho, minha vaga tá lá. Eu tenho um filho
de 6 anos e meio que eu criei, infelizmente não foi uma gravidez planejada mas
a mãe faleceu no momento do parto então eu tenho que cuidar dele.

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