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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS - CCSA

Administração de Políticas Públicas –


Política de Saúde
-

Trabalho realizado por Carlos


Eduardo Gondim, Cristopher Alves,
Fred Augusto, Jefferson Bomfim,
Rafael Quinderé, Renato Braga,
Rodrigo Assunção e Thiago Mendes
solicitado pela professora Jackeline
Amantino, da Disciplina Adm. De
Políticas Públicas.

Recife, 22 de junho de 2010.


Sumário:

1. Introdução;
2. Pacto Pela Saúde;
3. PPA Federal 2008-2011;
4. PPA Estadual 2009-2011;
5. PPA Municipal (Recife) 2010-2013;
6. Programa Saúde da Família;
7. Bibliografia.

-
1. Introdução

No campo da saúde, o principal desafio é avançar nas melhorias do SUS,


observando os princípios determinados pela Constituição Federal. O acesso universal e
o atendimento igualitário, integral e gratuito são basilares para o SUS que presta
serviços com notável abrangência. O SUS envolve a atuação pactuada das três esferas
de governo e cerca de 75% da população brasileira depende exclusivamente desse
sistema. (Fonte: PPA Federal 2008-2011 Vol. 1 – Desenvolvimento com inclusão social
e educação de qualidade, pág. 117).

Foram vários os avanços obtidos pelo SUS em seus 18 anos de existência. O


acesso dos brasileiros aos serviços públicos de saúde foi ampliado significativamente
nesses anos.

Ademais, com a mesma finalidade de ampliação do acesso da população às


ações e serviços públicos de saúde, foi dada ênfase à reorganização da atenção com
livre demanda pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), incluindo-se a atuação dos
agentes comunitários de saúde.

De todo modo, a continuação da ampliação do acesso com qualidade e de forma


integral permanece sendo um dos maiores desafios do SUS. Entre os obstáculos está a
desigualdade na distribuição dos serviços entre regiões do País.

Fonte: PPA Federal 2008-2011 Vol. 1 – Desenvolvimento com inclusão social e educação de qualidade.
2. O Pacto pela Saúde

Para a implantação e consolidação da política pública de saúde vem sendo


exigindo um esforço muito grande da sociedade organizada. Isso prova que o SUS ainda
enfrenta muitos problemas. Considerando-se que os seus princípios e diretrizes devem
permanecer da forma como foram propostos na Constituição, vemos que as
normatizações apresentam limites que impedem avanços estruturais além de regras
ultrapassadas e até mesmo contraditórias.

Os gestores da saúde e os principais líderes que atuam no controle social


enfrentam um congelamento, na maioria dos casos, no exagero de burocracia e
convivem ainda com um sistema de regulamentos que são em sua maioria inaplicável à
realidade, o que gera grandes dificuldades para a implantação do SUS. Além disso, as
diversas experiências de hierarquização e descentralização demonstram que há
problemas e indicam a necessidade de mudanças.

Após as inúmeras discussões consolidou-se a demanda de um novo rumo que


baseasse a operacionalização do SUS. Foi então encaminhado ao Conselho Nacional de
Saúde o resultado de uma conversa entre as três esferas de governo. Estas novas
orientações, depois de discutidas e aprovadas pelo CNS em fevereiro de 2006, resultou
no Pacto Pela Saúde.

O Pacto de Gestão do SUS é a uma das três vertentes do Pacto pela Saúde. Suas
bases competem à Regionalização, ao Financiamento, ao Planejamento, à Programação
Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde (PPI), à Regulação da Atenção à Saúde e da
Assistência, à Participação e Controle Social, à Gestão do Trabalho e à Educação na
Saúde. O pacto está focado em efetivar os princípios da regionalização e hierarquização,
que é hoje, sem dúvidas, um dos maiores desafios de gestão do SUS. O sistema convive
ainda com uma essência ultrapassada, centralizadora, e que dificulta o acesso pleno e
qualificado dos cidadãos aos serviços de saúde.

O Pacto de Gestão do SUS buscou definir ainda as responsabilidades de cada


esfera de governo com maior clareza, buscando indicar diretamente os verdadeiros
responsáveis, sem brechas para que as três esferas descumpram o que está determinado
pelo pacto. O cidadão neste caso fica mais respaldado, já que deverá saber ao certo a
quem recorrer para que o seu direito seja garantido.
No âmbito do SUS, a Atenção Básica desenvolve ações que se relacionam com
aspectos coletivos e individuais, buscando solucionar as questões de saúde mais
frequentes e de maior relevância para a toda a sociedade. A Atenção Básica deve ser a
porta de entrada do cidadão ao Sistema, garantindo assim o seu acesso. Por isso ela é
tão importante para a organização geral de SUS. Quando há deficiência na prestação da
Atenção Básica e esta não é reconhecida como estratégica, acaba ganhando força a
lógica de centros hospitalares, em que o cidadão estabelece relação direto com o
hospital. Sendo esse ainda um dos maiores problemas do SUS e é por esta razão que a
Atenção Básica precisa ser qualificada.

Com a proposta do Pacto pela Saúde, a organização da Atenção Básica tem


como principal estratégia o fortalecimento da Saúde da Família, que é importante para a
ampliação e a promoção da integralidade. A Saúde da Família busca promover a
reorientação das práticas e ações de saúde - que passa a acontecer de forma contínua e
próxima da família, com humanização e acolhimento, fortalecendo assim o vínculo
entre os profissionais e os usuários.

Com esse novo nível em que a Saúde da Família passa a figurar, ela deixa de um
simples programa, para captar recursos, e passa a configurar como estratégia da Atenção
Básica. Através de um processo gradual, todos os cidadãos devem estar escritos em um
território definido onde atue os cuidados de uma equipe de saúde da família. O Pacto
reafirma ainda, que as equipes de saúde da família sejam formadas, no mínimo, por
médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agentes
comunitários de saúde. Todos os integrantes da equipe mínima devem ter jornada de
trabalho de 40 horas semanais. Caso haja uma maior demanda, a equipe pode ser
ampliada.

Está definido no Pacto, o grau e as responsabilidade de todas as esferas do


governo. Se cabe a União elaborar as diretrizes da política nacional de Atenção Básica
em Saúde, cabe ao Município estabelecer e implantar o modelo de Atenção Básica em
seu território. É fundamental lembrar mais uma vez a autonomia do Município em
definir sua política a partir das diretrizes nacionais. Entretanto, não se pode por isso, não
haver um acompanhamento responsável, todos têm o dever de se preocupar e qualificar
cada vez mais a Atenção Básica. Se essa política não está organizada, aumenta o custo
das ações em saúde, as pessoas sofrem mais e perdem qualidade de vida.
A municipalização, ao conferir aos municípios uma postura mais autônoma e
central no planejamento e na execução das ações e serviços de saúde, contribuiu para
que cada local possa diagnosticar e direcionar as ações às suas necessidades. A Atenção
Básica, tendo como estratégia o PSF, possibilita a ampliação do acesso e da garantia do
acesso aos serviços em cada município. A implementação progressiva da
regionalização, mesmo que ainda não esteja no ritmo necessário, propiciou a articulação
entre os pequenos municípios para que se organizem com relação aos serviços de média
e alta complexidade, garantindo assim maior acessibilidade a população. Entretanto, os
serviços de média e alta complexidade são ainda um dos grandes estrangulamentos que
dificultam o acesso universal do cidadão ao SUS. Isso acontece por vários fatores:

a) a maioria dos municípios não têm estrutura própria para atender esta
demanda;

b) muitas vezes os gestores públicos, ao invés de pactuar os serviços entre si,


organizando e fortalecendo a estrutura pública para este fim, acabam comprando os
serviços da iniciativa privada;

c) o setor privado é predominante na oferta destes serviços e disponibiliza ao


sistema um número menor do que a demanda necessária (um pouco por causa da baixa
remuneração do SUS). Isso acaba sendo estratégico, pois cria filas de espera.

d) os serviços de média e alta complexidade geram um grande lucro. Por isso, há


situações em que os profissionais - articulados com clínicas e laboratórios, estimulam o
uso destes serviços, mesmo sem necessidade.

A diretriz da regionalização do SUS tem o grande papel de organizar as ações e


serviços da saúde a partir de regiões sanitárias. Essa organização se torna ainda mais
importante quando se trata do acesso dos cidadãos aos serviços de média e alta
complexidade. Não é possível que todos os municípios tenham capacidade de realizar,
por exemplo, a quimioterapia. Entretanto, todo cidadão têm direito ao acesso a esse
tratamento de forma gratuita, mesmo que seja fora do seu município. Existem então
regiões sanitárias que possibilitam que todos os municípios brasileiros estejam
articulados.
3. PPA Federal 2008-2011

• Programa 0016 – Gestão da Política de Saúde;

• Objetivo: Coordenar o planejamento e a formulação de políticas setoriais e a


avaliação e controle dos programas na área da saúde;

• Órgão responsável: Ministério da Saúde (MS).

 Principais Ações (20):

1. 7666 - Investimento para a Qualificação da Atenção a Saúde e Gestão do SUS;

2. 2B52 – Desenvolvimento Institucional da Gestão Orçamentária do Fundo


Nacional, Estadual e Municipal de Saúde;

3. 8287 – Aprimoramento, Implementação e Acompanhamento da Gestão


Descentralizada do SUS;

4. 8619 – Aperfeiçoamento, Implementação e Acompanhamento dos Processos de


Planejamento e de Avaliação do Ministério da Saúde;

5. 8753 – Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS.

Ação 8287 - Aprimoramento, Implementação e Acompanhamento da Gestão


Descentralizada do SUS:

Finalidade: Fortalecer a capacidade de governo sobre o sistema de saúde nas esferas


federal, estadual e municipal, contribuindo assim para a qualificação da gestão do SUS
e para a qualificação e humanização da assistência nos diversos níveis.

Descrição: Apoio integrado à gestão descentralizada do SUS é desenvolvido de forma


participativa, envolvendo todas as áreas do MS. É desencadeado com uma oficina no
estado, envolvendo o gestor Estadual, Municipal e o controle social, onde é pactuada
uma agenda de apoio e cooperação técnica, com as demandas prioritárias para o
fortalecimento da gestão do SUS naquele estado. O processo de monitoramento destas
agendas se dará de forma articulada entre as diferentes áreas do MS e potencializando a
possibilidade da cooperação horizontal. Implementação de uma proposta para a
regionalização da saúde que será construída envolvendo pesquisadores, técnicos e
dirigentes do MS e gestores das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e corpo
dirigentes no Ministério da Saúde. Será constituído um grupo técnico qualificado para
prestar apoio as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde no processo de
regionalização. Com o objetivo de viabilizar a cooperação horizontal entre as
Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, será constituído um banco de experiências
bem sucedidas no processo de regionalização da saúde. Implementação de uma rede
nacional de apoio e cooperação para a gestão descentralizada do SUS/COOPERASUS -
que se constitui numa estratégia de articulação, produção de conhecimento,
compartilhamento de informações e experiências entre indivíduos e instituições.

Implementação da idéia: Constituição de um processo de apoio integrado à gestão

descentralizada do SUS, nos estados e municípios.

Fonte: Relatório de Avaliação PPA Federal 2008-2011 Anexo II pág. 161

A tabela em anexo acima, mostra bem os indicadores alcançados em 2008 e os


propostos para os anos subseqüentes (2009-2011). Como o foco principal deste trabalho
está na descentralização da atuação das áreas da saúde, destacamos dados da taxa de
adesão dos Estados e Municípios. A taxa de adesão dos Estados em meados de 2007 era
de 44%, apenas. Já em 2008 foi alcançado o índice de 92,60% e o previsto para 2011 é
adesão de 100% dos Estados e é considerado pelo próprio governo como uma
possibilidade de alcança alta.
Já no âmbito municipal a descentralização é ainda maior, porém mais
complicada. Em meados 2007 a taxa de adesão dos Municípios era de apenas 5%. Já em
2008 o governo alcançou o índice de 49,40%. Para 2009 o previsto é de 50% de adesão,
2010 de 70% e, finalmente, em 2011 de 100% de adesão. Mas de acordo com o próprio

governo, esta meta é mais complicada de ser alcançada que a meta estadual, por motivos
óbvios. Tanto é que o próprio governo declara como possibilidade de alcance média.
Fonte: Relatório de Avaliação PPA Federal 2008-2011 Anexo 1 – 1ª parte, pág. 1157.

Na tabela acima demonstra as metas planejadas para os anos de 2009-2011 com


uma avaliação ao ano de 2008. A meta prevista de ente federativo apoiado (Estados) era
prevista para 27, e de fato esta meta foi alcançada. Já na área dos investimentos o
previsto para o mesmo ano era de gastos de cerca de 27 milhões, mas foi investido
apenas 17,6 milhões. Já no primeiro ano de implementação do PPA o previsto em
investimento ficou muito abaixo do previsto, sendo investido apenas 65% deste. Este
dado já mostra certa desconfiança quanto às propostas e planos do governo, assim como
serve de alerta para que o governo atinja suas metas planejadas.
Ainda nesta tabela aparecem metas para os anos subseqüentes, mas devido ao
baixo alcance em 2008 (65%) e o aumento dos investimentos nesses anos posteriores já

mostra certa preocupação quanto ao cumprimento dessas metas. Para informação,


abaixo segue tabela com financiamentos planejados até o ano de 2013.
Fonte: Relatório de Avaliação PPA Federal 2008-2011 Anexo III, pág. 221
4. PPA Estadual 2008-2011

O PPA Estadual de 2008-2011 tem como proposta básica “Melhorar a atenção


à saúde, com foco no atendimento integral e nas desigualdades regionais.” Antes de
entrarmos de fato no PPA Estadual, só para informação quanto ao foco deste:

 Apesar dos avanços alcançados, inclusive com o crescimento nos municípios do


PSF, com ampliação da cobertura de 48,6% da população em 2003, para 62,2%
em 2006, ainda se evidencia uma grande necessidade de investimento na atenção
primária;

 Foco nas desigualdades regionais, realizando significativo investimento para


corrigir estas desigualdades.

• Programa 0508 - Implementação do processo descentralizado de


planejamento e orçamento do SUS.

Objetivo: Implementar, de forma descentralizada e participativa, o processo de


planejamento e orçamento do SUS, com cooperação técnica aos municípios.

Neste programa não vamos trabalhar ações e finalidades dele, apenas estamos
citando para mostrar que este segue a proposta do PPA Federal trabalhado no início que
é de descentralização do SUS. Ou seja, o PPA Federal trabalha com a descentralização
do SUS para as esferas estaduais e municipais, e aqui mostramos que o PPA Estadual
está cumprindo isto, além de está trabalhando o SUS, está também descentralizando este
para os municípios, atingindo assim o objetivo principal do PPA Federal.

• Programa 0512 – Fortalecimento da atenção primária.

Objetivo: Ampliar e qualificar a atenção primária em Pernambuco.

 Ação 2075: Implantação da certificação das equipes de saúde da família nos


municípios (PSF).
Finalidade: Fortalecer e qualificar a atenção primária nos municípios.

RD=Região de Desenvolvimento
Fonte: Revisão do PPA Pernambuco 2010 – Anexo único, pág. 59

Esta tabela e este mapa mostram bem a proposta do governo estadual de


capacitar e estruturar as equipes do PSF, mostrando que o Estado aderiu o RD (Região
de Desenvolvimento), com isso a tabela mostra que todas as 185 cidades do Estado
serão capacitadas e especializadas, aumento a qualidade e continuidade nos
atendimentos.

 Ação 2084: Implementação da educação permanente para profissionais das


Equipes de Saúde da Família (PSF).
• Programa 0521 – Implantação da Política Estadual de Urgência e
Emergência.

Objetivo: Ordenar de forma descentralizada o atendimento as urgências e emergências,


garantindo acolhimento, primeiro atendimento qualificado e resolutivo para as pequenas
e médias urgências, estabilização e referência adequada dos pacientes graves dentro do
SUS.

 Ação 2176: Estruturação da rede pré-hospitalar fixa para atendimento às


urgências e emergências.

 Finalidade: Garantir o atendimento das urgências de baixa gravidade nas


unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da família.

 Ação 2178: Ampliação da cobertura estadual de assistência pré-hospitalar móvel


(SAMU).

 Finalidade: Reduzir a mortalidade levando-se em conta que o atendimento pré-


hospitalar reduz as complicações diminuindo o tempo de início para o
atendimento hospitalar e melhorando a qualidade da assistência.

5. PPA Recife 2010-2013


 O Recife assumiu a defesa do SUS e o fortalecimento das políticas de saúde,
demonstrando a reorientação de prioridades que busca firmar a garantia de um
padrão de atendimento universal de qualidade.

 Na saúde, a consolidação e o aperfeiçoamento do seu modelo assistencial,


garantem a qualidade e a integridade das ações melhorando a oferta da rede
complementar e fortalecendo o processo de descentralização dos serviços
oferecidos. Este compromisso se dá pela ampliação e manutenção da rede
municipal através dos Programas de Saúde de Família – PSF e dos serviços de
assistência pré-hospitalar – SAMU.

 Entre 2000 e 2008 os recursos foram triplicados, passando da ordem de


5,45% para 15,3%; 240 novas Equipes de Saúde da Família (PSF);
inovação e incorporação de novas propostas, como exemplo a
implantação do SAMU.

• Programa 1232 - Consolidação e aperfeiçoamento da atenção a média e alta


complexidade.

Objetivo Específico: Adequar o modelo assistencial aos princípios do SUS, garantindo


qualidade e a integralidade das ações de saúde de média e alta complexidade,
melhorando a oferta de Rede Complementar e fortalecendo o processo de
descentralização dos serviços de saúde.

 Projeto 1565: Melhoria e expansão da rede especializada de saúde.

> Atividade: Fortalecer a assistência pré-hospitalar (SAMU).

Fonte: PPA Recife 2010-2013 Vol. 2, pág. 43.

• Programa 1216: Consolidação e aperfeiçoamento da atenção básica.


Objetivos Específicos:

1. Adequar o modelo assistencial aos princípios do SUS, garantindo a qualidade


e a integralidade das ações básicas de saúde;

2. Ampliar e aperfeiçoar os serviços de saúde oferecidos pela Rede Municipal.

 Projeto 1592: Melhoria e expansão da rede básica de saúde.

> Atividade 1: Expandir o número de unidades do PSF (percentual de cobertura


da saúde da família).

Fonte: PPA Recife 2010-2013 Vol. 2, pág. 27.

> Atividade 2: Expandir o número de equipes do PSF.

Fonte: PPA Recife 2010-2013 Vol. 2, pág. 27.

6. O Programa Saúde da Família no Recife


O município do Recife habilitou-se na Gestão Plena do Sistema Municipal de
Saúde em 1998, tendo implantado o PSF em 1994. Está dividido em 6 Distritos
Sanitários, com autonomia administrativa e características específicas quanto à
organização política e da rede de serviços, que vem sendo ampliada com as equipes de
saúde da família e de saúde bucal e com a implantação e implementação das policlínicas
e serviços de pronto-atendimento por Distrito, visando, além da expansão da oferta, a
melhoria do acesso aos serviços e a integralidade do processo de reorganização do
sistema municipal.
O Programa Saúde da Família foi a estratégia utilizada pela Secretaria de Saúde
do Recife para reorganizar atenção básica à saúde no município. Através do programa, a
família passa a ser assistida por uma equipe de saúde, composta por médico generalista,
enfermeiro, auxiliar de enfermagem, dentista, técnico de higiene dental, auxiliar de
consultório dentário e agentes comunitários de saúde.
Desde 2001, o programa vem sendo expandido gradualmente, contabilizando um
aumento de 9 vezes o número de equipes de saúde.
Até o final de 2008, foram contabilizadas 240 Equipes de Saúde da Família e 113
Equipes de Saúde Bucal, distribuídas por 112 unidades do programa. Esses números
representam uma cobertura de 54% da população, ou cerca de 840 mil pessoas.
A Secretaria de Saúde apresenta como diretriz política a implantação de um
modelo de atenção à saúde, com base na cidadania e voltado para a construção de uma
cidade saudável: integrada, democrática, com espaços comuns de inclusão social, em
que todos possam ter acesso aos serviços básicos e solidária, que valorize a vida de seus
habitantes e a oportunidade de desenvolver suas habilidades.
Dentre as propostas para uma efetiva defesa da cidadania, aponta a reorganização
e transformação da prática de saúde para além da assistência, tendo como eixos
norteadores a integralidade das ações e a responsabilidade sanitária com os seus
munícipes, bem como a reorganização da rede de atenção básica, a partir de equipes de
saúde da família, trabalhando com a Vigilância e a Promoção da Saúde.
As equipes de saúde da família cobrem 36,2% da população (533.844
pessoas/121.865 famílias), com cobertura diferenciada nos 6 Distritos Sanitários,
variando de pouco mais de 30% a cerca de 62%.
No que diz respeito ao acompanhamento e suporte às equipes de saúde da família,
o município vem investindo na implantação dos gerentes de território no nível distrital,
responsáveis em monitorar, acompanhar e articular todas as unidades de saúde de uma
determinada área, mas que além de estarem em processo de definição de funções e
processos de trabalho, vêm atuando de maneira diferenciada em cada Distrito.

Marcação de Consultas:

Central de Regulação de Consultas

A Central de Regulação de Consultas é um serviço da Secretaria Municipal de


Saúde do Recife que realiza marcação de consultas especializadas através de um sistema
de tele-atendimento.

• SÃO AGENDADAS NA CENTRAL DE REGULAÇÃO CONSULTAS PARA:

Ortopedia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Urologia,


Dermatologia, Pneumologia, Cardiologia, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica
reparadora. Atualmente encontra-se em fase de ampliação para Oftalmologia
com previsão para iniciar a marcação dessa especialidade no final de agosto,
para os prestadores conveniados. Posteriormente a Central iniciará o processo de
implantação da marcação de exames. Com a ampliação para regulação das
consultas de Oftalmologia a Central de Regulação poderá realizar até 22.000
marcações/mês.

• A ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA CENTRAL DE REGULAÇÃO


CONTEMPLA:
A Central de Regulação do Recife atenderá todos os seis Distritos Sanitários o
que significa 100% das unidades de saúde da família (PSF), unidades básicas
tradicionais e unidades especializadas filantrópicas, conveniadas e públicas.

• COMPREENDENDO O FUNCIONAMENTO DA CENTRAL DE


MARCAÇÃO

1. Para ter acesso a central o usuário deve procurar uma unidade de saúde da
família (PSF) ou unidade básica tradicional mais próxima da sua residência, para
que o profissional de saúde realize avaliação inicial e quando necessário
encaminhe ao médico especialista. A Central de Regulação do Recife não realiza
marcação diretamente através do usuário.
2. A partir do encaminhamento a unidade de saúde da família entra em contato
com a Central de Regulação, via telefone, no dia e horário marcados, onde
solicita e realiza o agendamento da consulta especializada;
3. No momento do agendamento a unidade de saúde da família recebe um código
de atendimento e as informações necessárias, como: unidade especializada onde
ocorrerá o atendimento, o nome do médico que realizará a consulta, o dia e hora
da consulta são repassadas ao usuário através da ficha de encaminhamento.
4. De posse da ficha de encaminhamento o usuário deve leva-la à unidade que
realizará o atendimento. O médico especialista preenche a ficha de
encaminhamento com as informações relacionadas ao atendimento devendo a
mesma retornar com o paciente para a unidade básica que encaminhou (contra-
referência).
5. Em caso da necessidade da criação de prioridade para marcação ambulatorial a
Central dispõe de médicos reguladores que identificam através de protocolos de
acesso, os pacientes que necessitam serem vistos com mais precocidade pelo
especialista. Esse profissional terá contato com os profissionais da rede própria
informando os dados da marcação.

Fonte: http://www.recife.pe.gov.br/2007/07/04/mat_144862.php
Pontos de Melhoria

• Ampliar a cobertura do PSF;


• Realizar concurso público para os profissionais do Programa;
• Qualificar e monitorar as equipes do PSF;
• Garantir estrutura das unidades do PSF que permita atividades de prevenção e
promoção;
• Capacitar profissionais para desenvolvimento de ações educativas, individuais e
coletivas;
• Implementar o Programa de Educação Popular em Saúde, ampliando espaços de
articulação entre profissionais e movimentos sociais;
• Garantir que a marcação de consultas seja discutida entre equipe de saúde e
comunidade;
• Fortalecer o Projeto de Humanização e sensibilizar os profissionais para o
acolhimento e abordagem humanizada das famílias;
• Criar mecanismos de divulgação do SUS e da Política Municipal de Saúde,
ampliando os espaços de democratização da informação;
• Fortalecer as parcerias com entidades e instituições da sociedade civil para
prevenção de doenças e promoção da saúde.
7. Bibliografia

• Plano Plurianual Federal 2008-2011, Vol. 1 – Desenvolvimento com inclusão


social e educação de qualidade;
• Relatório de Avaliação - Plano Plurianual Federal 2008-2011 – Anexo I,
Exercício 2009, Ano base 2008;
• Relatório de Avaliação - Plano Plurianual Federal 2008-2011 – Anexo II,
Exercício 2009, Ano base 2008;
• Relatório de Avaliação - Plano Plurianual Federal 2008-2011 – Anexo III,
Exercício 2009, Ano base 2008;
• Plano Plurianual Estadual (Pernambuco) 2008-2011 – Anexo I;
• Plano Plurianual Estadual (Pernambuco) 2008-2011 – Anexo II;
• Plano Plurianual Estadual (Pernambuco) 2008-2011 – Anexo III;
• Revisão do Plano Plurianual Estadual (Pernambuco) 2010-2011 – Anexo Único;
• Plano Plurianual Recife 2010-2013, Vol. 1;
• Plano Plurianual Recife 2010-2013, Vol. 2;

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