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SOUSA–PB
2010
LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO
1. JUSTIFICATIVA
Muitas empresas ficam em dúvida na hora de optar pelo regime de tributação, se lucro
real ou presumido. Na maioria das vezes, decidem pela orientação do contador ou mesmo um
consultor. O fato é que essa escolha pode ser decisiva para uma companhia pagar menos
impostos. Diante do exposto, é necessário o conhecimento por parte da empresa de todos os
meios que possam minimizar sua carga de impostos e outros encargos subtraídos de sua
margem de lucro. Sendo assim é plenamente justificável o conhecimento do que seja na
realidade lucro real e lucro presumido.
Para que cada empresa saiba qual é a melhor opção deve estudar a operação, que varia
de acordo a segmentação da companhia e o valor do faturamento. Na realidade, o lucro real é
a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais
efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. Por definição, o lucro
presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do
imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-
calendário, à apuração do lucro real. O esboço total do tema mencionado será detalhado de
forma clara e objetiva no decorrer do seu desenvolvimento, justificando assim a importância
deste segmento para uma melhor escolha dos gestores das empresas, obtendo assim uma
margem de lucro esperada, fazendo com que a entidade lucrativa esteja em dias com suas
obrigações tributarias.
2. RELEVANCIA DA PESQUISA
Para as empresas que não se enquadram no Super Simples, ou não desejarem optar por
esse regime, há outros dois regime de tributação que são: “Lucro Real” e “Lucro Presumido”.
A opção pelo pagamento do IRPJ e da CSLL com base no Lucro Presumido ou no Lucro Real
é feita com o pagamento do DARF da 1ª parcela do IRPJ trimestral (Lucro Presumido) ou
mensal ou trimestral (Lucro Real) e é válida para todo o Ano Calendário, não podendo, pois,
ser alterada em qualquer mês do ano. No Lucro Real, os impostos são calculados com base na
realidade dos negócios da empresa, considerando-se todas as receitas, menos todos os custos e
despesas da mesma, observando as leis comerciais e fiscais. As empresas optante do Lucro
Real são obrigadas ao recolhimento do PIS a uma alíquota de 1,65% sobre a Receita Bruta e
COFINS a uma alíquota de 7,60% sobre a Receita Bruta, com direito a créditos de
PIS/COFINS sobre compra de mercadorias, aquisições de serviços, fretes e ativos que irão
gerar bens ou serviços. Estão obrigadas a optar por esse regime, as empresas com receita
anual superior R$ 48 milhões, como Bancos Comerciais, Bancos de Investimentos, empresas
que tiveram lucro, rendimentos, investimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, ou
ainda empresas que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios e isenções
fiscais. Quando analisado somente o Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Sobre o Lucro
(CSLL), na maioria dos casos é a melhor opção, porque a empresa somente paga os referidos
tributos quando obtém lucro. Vejamos um exemplo típico de lucro REAL:
Faturamento trimestral: R$ 200.000,00 (100%)
Lucro Real Apurado: R$ 40.000,00 (20%)
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS (7,6% X R$ 100.000,00) 7.600,00 3,8% (1)
PIS (1,65% X R$ 100.000,00) 1.650,00 0,82% (1)
IRPJ (15% X R$ 40.000,00) 6.000,00 3%
CSLL (9% X R$ 40.000,00) 3.600,00 1,8%
Totais 18.850,00 9,42
(1) Considerando deduções do PIS e COFINS não cumulativos de 50%.
2) Faturamento trimestral: R$ 300.000,00 (100%)
Lucro Real Apurado: R$ 75.000,00 (25%)
3. RESULTADO
Contudo, podemos concluir que não basta querer optar pelo regime de tributação de
Lucro Real ou Lucro Presumido, basta sim ter um bom planejamento tributário. Sabemos que
para nem sempre um regime que é bom para uma empresa é o ideal para outra. Isso nos faz ter
uma idéia de que não se pode dizer qual dos regimes é melhor ou pior isso vai depender de
uma regrinha básica que cada empresa deve fazer para se sair bem na hora de calcular o IR e a
CSLL. Esse processo é simples: se a margem for inferior a 32%, o lucro real é viável. Mas,
se a margem for igual ou superior a 32% o ideal é o lucro presumido que se torna melhor e
mais vantajoso.
REFERÊNCIAS