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(Administração indireta)
Conceito:
O STF acolheu a opinião da doutrina majoritaria, a personalidade da fundação pública pode ser de
direito público ou de direito privado.
A fundação pública é uma pessoa Jurídica, uma entidade administrativa, dotada de patrimonio próprio,
destacado pelo seu instituidor para o cumprimento de uma finalidade específica, social, assitencial.
De frente a uma fundação pública, deve-se procurar identificar a sua personalidade, para se entender
qual regime Jurídico é aplicado. Se for uma fundação pública de direito público é conhecida como
fundação autarquica (uma especie do gênero autarquia e recebe o mesmo tratamento juridico da
autarquia, o mesmo regime juridico destinado às autarquias.). Diferentemente da fundação pública de
direito privado, pois é uma pessoa juridica de direito privado, sua personalidade é de direito privado.
Não obstante, incedir regras públicistas na suas relações, nos seus atos, nas suas atividade e
manifestações, a predomincancia é de direito privado.
Fundação pública de direito privado e fundação privada não são a mesma coisa. Recebem
diferentes tratamentos do código civil. Grande diferença: Fundação Pública de direito Privado é
instituida e mantida pelo poder público. A fundação privada é instituida e mantida pelo particular
(tratamentos diferentes).
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação (fundação de direito privado), cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
A Lei cria (especie do gênero autarquia). Quando a A lei autoriza a fundação (ainda não nasceu). O
lei entra em vigência, ganha personalidade chefe do executivo implementa a existência dessa
Jurídica. A partir dai, ela tem aptidão de direitos e fundação e o faz por meio do decreto e que leve a
obrigações. Pode adquirir direitos e obrigações. registro os seus estatutos. Submete-se ao ditames
Quando a lei cria, a personalidade Jurídica inicia- do Código Civil. Não ganha personalidade Jurídica
se com a própria vigênca da lei. a partir da sua criação. Só ganha personalidade
após o registro dos respectios atos constitutivos,
somente após o registro dos seus estatutos.
Extinção = Princípio da simetria das formas
Licitação
A fundação pública deve realizar licitação. O Art. 1 da Lei número 8.666/93 fala que a fundação
pública deve realizar licitação.
Concurso Público
A Fundação Pública, seja ela de direito público, seja ela de direito privado, está submetida as
regras do concurso público, nos termos do Art. 37, inciso II da Constituição Federal. Este, determina
claramente a necessidade de se realizar concurso público.
Qual é o regime da Fundação Pública de Direito Privado? Não existe regime estatutario em pessoa
jurídica de direito privado. Não se pode aplicar regime estaturario em pessoa jurídica de direito
privado. Estão sujeitos ao CLT (contratual). Aquele que ingressou mediante concurso público vai
estar regido pelo regime contratual da CLT. Não se aplica do regime estatutario.
Qual é o regime da Fundação Pública de Direito Público? O STF diz que não é possivel CLT em pessoa
jurídica de direito público. Portanto, se aplica o regime estatutario. Para a pessoa que ingressa por
meio de concurso público em uma fundação pública de direito público será aplicado o regime
estatutario.
Sua responsabilidade civil deve ser regida pelo Art. 37, Parágrafo 6 da Constituição federal, que
diz: “As pessoas júridicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de
serviço público.”.
Se a personalidade for de direito público, da-se o mesmo tratamento jurídico da autarquia. Sua
responsabilidade é civil objetiva.
Se a personalidade for de direito privado, seu objeto é residual, portanto sua responsabilidade
civil também é objetiva.
O Estado sempre vai responder subsidiariamente , independente de sua personalidade.
Prerrogativas Processuais e Tributarias
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
As fundações públicas de direito público é instituida e mantida pelo poder público e portanto
tem imunidade tributaria reciproca.
As fundações públicas de direito privado também é instituida e mantida pelo poder público
(independente do tipo de personalidade) tem imunidade tributaria reciproca.
Constituição Federal - Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
Se a fundação pública de direito público é uma especie do gênero autarquia, estará submetida a
justiça comum federal, desde que tenha natureza deferal.
Se a fundação pública de direito público for de carater Municipal, Estadual, será julgada na
justiça Estadual.
Agências Executivas
Agência executiva não é uma nova pessoa jurídica, não é a criação de uma nova entidade
administrativa. As agências executivas constituem um rotulo ou uma qualificação jurídica. São
transitorias, constituem em um rotulo destinado, ou para uma autarquia ou para uma fundação pública.
Esse rotulo é atribuido mediante um contrato de gestão serão fixados metas, objetivos em troca
de uma maior aut6onomia para essas entidades administrativas. Ou seja, diz-se que dá a elas uma maior
autonomia gerencial, orçamentaria, funcional e administrativa mediante a qual no contrato de gestão há
determinadas metas para elas concluirem. Quando cumprem suas metas, deixam de ser agências
executivas, porquanto, são transitorias.
- A sociedade de economia mista é uma pessoa juridica de direito privado prestadora de serviço
público ou exploradora da atividade economica, contanto com capital misto, instituida
obrigatoriamente sobre uma única modalidade empresarial, sociedade anônima (pode ser apenas SA).
Banco do Brasil, Petrobras, Banco da Amazônia, Instituto de Reseguros.
- A empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado, também criada para prestação de serviço
público ou para a exploração da atividade economica, porém o seu capital é exclusivamente público.
Pode ser instituida sobre qualquer modalidade empresarial (pode ser sociedade anônima, pode ser
sociedade limitada). Exemplos de empresas públicas: Correios, a casa da moeda, a caixa economia
federal, BNDS (empresas públicas federais).
- O regime jurídico a ser aplicado predominantemente é o de direito privado (alguns entendem que
pode ser hibrido, por se aplicar também o direito público).
Criação e Extinção
- Razão para criação: Para prestar serviço público ou exploração da atividade economica.
- Artigo 45 do código civil e Artigo 37, inciso 19.
- Ocorre por meio de autorização (chefe do executivo), ou seja, precisa de autorização em lei específica
para autorizar a sua criação. Nasce apenas com a inscrição, registro de seus estatutos. Nesse momento
ganha-se a aptidão para adquirir direitos e obrigações na ordem civil.
- Extinção: Princípio da simetria das formas (a mesma forma que eu utilizo para criar, eu extinguo).
Organização
- Artigo 173 da CF. Exploração da atividade economica por motivo de relevante interesse pessoal ou pela
segurança nacional, pode-se criar tais entidades.
- Serviços próprios do Estado não podem estar incluidos aqui. Prestação da justiça, prestação da
segurança pública, por exemplo. Não se pode criar uma pessoa jurídica de direito privado (EP e SEM)
para realizar essas prestações. Não vai englobar um serviço que deve ser prestado pelo Estado.
- Razão para criação: Para prestar serviço público ou exploração da atividade economica.
- O regime a ser aplicado vai depender se a EP ou a SEM é exploradora de atividade economica ou
prestadora de serviço público.
Licitação
- Artigo 173 – resalvado os casos previstos nesta contituição, a exploração direta de atividade
economica pelo Estado só sera permitida quando necessario aos emperativos da segurança nacional ou
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Paragrafo 1 – a Lei estabelecera o estatuto jurídico da EP, da SEM e
de suas subsidiarias que explorem atividade economica de produção, ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, despondo sobre:
I –A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
III – Licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações
observados os principios da administração pública.
Obs: Não precisa de licitação para atividades-fim nas EP e SEM
exploradoras de atividade economica (principio da efetividade)
- O comando constitucional destaca a aplicação para EP e SEM o regime jurídico próprio das empresas
privadas.
- O Banco do Brasil como SEM e a Caixa Economica Federal como EP. As instituições privadas não estão
submetidas ao regime de licitação. Ou seja, se for analisar as instituições bancarias privadas, elas não
estão submetidas ao regime de licitação. Em tese, não se aplica a obrigatoriedade de licitação para a EP
e para a SEM pois devem ter o mesmo tratamento jurídico da empresa privada.
- Todavia, tem-se dois tipos e EP e SEM. As que exploram a atividade economica e a que presta serviço
público. Lei de licitações número 8.666/1993 – diz que tanto a empresa pública como a sociedade de
economia mista devem licitar.
Patrimônio/Falência
- Para saber se são bens privados ou bens públicos, o Artigo 98 do código civil diz: São bens públicos
todos aqueles pertencetes as pessoas jurídicas de direito público, os demais são bens privados.
- Se a EP e a SEM tem personalidade jurídica de direito privado, seus bens portanto são bens privados e
estão submetidos ao regime privado (não estão submetidos ao regime público)
- Penhora: São penhoraveis desde que sejam exploradoras da atividade economica (regime privado).
Para as prestadoras de serviço público há o principio da continuidade do serviço público, porém, ainda
são pessoas jurídicas de direito privado, seus bens são privados. O comando do artigo 173,
constitucionalmente falando, ambos são penhoraveis. No ambito dos tribunais, o STF (correios) afirma
que não pode, já o STJ afirma que pode haver em alguns casos. Casos este que não prejudiquem o
andamento dos servços (companhia metropolitana de SP);
- Lei de falência número 11.101/2005, Artigo 2, inciso II – Está lei não se aplica a empresa pública e a
sociedade de economia mista. Em termos legais, não estão submetidas aos regimes falimentares. No
plano legislativo, essa questão está encerrada.
Porém, a doutrina entende da seguinte forma: Lei número 6.404/76, Artigo 242 (da lei da sociedade
anônima) não admitia a falência, mas foi revogado pela lei número 10.303/2001. Mas mesmo quando
ocorria a vigencia do artigo 242 da lei 6.404/76, ele era materialmente incompativel com o Artigo 173 da
Constituição Federal, pois dizia que estas estavam sujeitas ao regime jurídico de empresas privadas (que
podem falir)
A doutrina avançou e fez a diferenciação em relação àquelas prestadoras de serviço público e àquelas
exploradoras de atividade economica. Ou seja, a prestadora de serviço público não podem
falir, devido ao princípio da continuidade dos serviços públicos , ou seja, o serviço não
pode ser paralizado. PORTANTO, A PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO ESTÁ EXCLUIDA DA LEI
DA FALÊNCIA. JÁ A EXPLORADORA DA ATIVIDADE ECONOMICA PODE VIR A FALIR, UMA VEZ
QUE ESTÁ REGIDA PELO ARTIGO 173, PARÁGRAFO 1, INCISO II – A SUJEIÇÃO AO REGIME
JURÍDICO PRÓPRIO DAS EMPRESAS PRIVADAS, INCLUSIVE QUANTO AOS DIREITOS E
OBRIGAÇÕES CIVIS, COMERCIAIS, TRABALHISTAS E TRUBUTÁRIOS.
Pessoal
- Devem realizar concurso público (Artigo 37, inciso II) e estão sujeitos ao regime celetista, ao
regime contratual.
- Controle de Tutela/Finalistico
Responsabilidade civil
- Artigo 37, paragrafo 6 – resposabilidade objetiva (pessoa jurídica de direito público e pessoa
jurídica de direito privado prestadora de serviço público). Portanto, a responsabilidade civil das
exploradoras da atividade economica é subjetiva.
Prerrogativa processual
Prerrogativa tributária
Prescrição Quinquenal
Criação de subsidiarias
- Depende de autorização legislativa, em cada caso. Dispensa autorização desde que haja
previsão para esse fim na própria lei que institui.