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INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 0
CAPÍTULO 1 – INTERNACIONALIZAÇÃO 0
CAP. 1 – INTERNACIONALIZAÇÃO
“Não existe uma definição única e universalmente aceita para a globalização. A globalização
tem sido diversamente concebida como ação à distância (quando os atos dos agentes sociais
de um lugar podem ter conseqüências significativas para “terceiros distantes”); como
compressão espaço-temporal (numa referência ao modo como a comunicação eletrônica
instantânea vem desgastando as limitações da distância e do tempo na organização e na
interação sociais); como interdependência acelerada (entendida como a intensificação do
entrelaçamento entre economias e sociedades nacionais, de tal modo que os acontecimentos
de uma país têm um impacto direto em outros); como um mundo em processo de
encolhimento (erosão das fronteiras e das barreiras geográficas à atividade socioeconômica);
e, entre outros conceitos, como integração global (reordenação das relações de poder inter-
regionais, consciência da situação global e intensificação da interligação inter-regional).”
O processo de globalização já vem sendo estudado desde o século XIX, pois desde
essa época já ocorriam mudanças que esta transpondo as barreiras dos países, interligando
o mundo e fazendo com que fatos ocorridos no exterior impactassem na vida cotidiana de
Nye (2002, p. 36 apud Held, 1999, p. 21-22)2, também sustenta que a globalização
pode ser considerada tão antiga quanto a história da humanidade. O que acaba diferindo o
processo de globalização antigo do atual é o fato de hoje haver maior complexidade nesse
processo a medida que nele estão inseridos maior número e consequente maior diversidade
1
HELD, D. MACGREW, Anthony . Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
p ???
2
HELD, D. et al. Global Transformations: Politics, Economics and Culture. Standford: Standford
University Press: 1999, p. 21-22.
Com o advento da globalização e a transposição de barreiras oriunda desse processo
surge a revolução da informação. Essa revolução vai transformar e encolher ainda mais o
Assim, para entender melhor estes processos cabe um rápido panorama da década
avanço do sistema financeiro internacional e mas também como inicio efetivo do processo
de internacionalização de empresas.
aumento de juros, moratórias, etc, resultantes das duas crises do petróleo). Isso porque, a
busca de crédito nos bancos fez com que aumentasse a dívida externa principalmente de
países com o Brasil. A razão principal do aumento dessa está relacionada ao fato que os
bancos ofereciam muito dinheiro com taxas baixas, porém flexíveis, pois se havia uma
crise a taxa aumentava bruscamente. Essa movimentação financeira interna fez com que o
Comércio Internacional crescesse porque apesar de todos terem pouco dinheiro não se
internacional. Ou seja, o processo de “virtualização” do negócio vai fazer com que haja
empresas busquem tornarem-se globais. Ele ainda define empresa global como “aquela
produção, logística, marketing, finanças, custos e reputação, que não estão disponíveis para
que possam acompanhar as mudanças que estão ocorrendo no mundo. Porém, o fato dos
estratégias e empresas que compõem esse processo. No meio dessa complexidade, são
Embora não haja uma teoria geral sobre o processo de internacionalização são
identificadas na literatura duas abordagens teóricas sobre o processo, são elas: os modelos
modelo baseado na forma que as empresas escolheram os mercados em que iriam aturar e a
maneira que elas utilizaram para entrar nesses mercados. A partir daí, foi desenvolvido o
empresas começavam a buscar novos mercados a medida que percebiam que seu
para utilização da empresa no país de destino assim como, conhecimento da empresa sobre
definido e seguido como um conjunto de etapas a serem seguidas ou não, é cada dia maior
uma empresa decida se internacionalizar pode surgir a partir de vários fatores. Alguns
competitividade internacional que está a cada dia mais acirrada. Assim, a motivação para
buscar novas tecnologias para melhorar seu produto e reduzir custos, além da possibilidade
da empresa ampliar seu mercado e obter maior lucratividade, isso se justifica no fato de
que ao procurar outros mercados a empresa tem novas possibilidades de lucro, e de atingir
preço do produto; a redução de riscos e instabilidade, pois quando uma empresa concentra
suas atividades apenas em um mercado fica dependente dele assim, ela está sujeita as
consequencias das alterações decorrentes desse único mercado. Então, ao procurar outros
mercados a empresa acaba reduzindo os risco de instabilidade a medida que ela vai com
isso aumentar suas possibilidades podendo ate ter perdas em um determinado mercado mas
ganho em outros em que atuar já que não é normal instabilidade em mercados distintos
motivações que vão causar impactos nas empresas. São elas: market seeking, resource
seja, o direcionamento dos investimentos a exploração dos recursos naturais e/ou mão-de-
obra qualificada onde a disponibilidade desses fatores vai ser uma das vantagens que o país
que surge como resultado dos investimentos feitos buscando a racionalização da produção;
estrategic asset seeking, são a eficiência e o desenvolvimento, que vão ser adquiridos por
empresa que ainda não se estabeleceu no exterior e o efficiency seeking e o estrategic asset
estabelecidas no exterior, aos procedimentos que a empresa utiliza para sua expansão.
analisar uma série de fatores antes de iniciar esta empreitada para que possa definir então se
o processo é de fato viável ou não. Ao definir claramente os seus objetivos a empresa evita
antes da decisão final, a empresa deve listar seus interesses e procedimentos para que
possa obter sucesso em seu processo. Numa síntese dessa listagem ele cita: pesquisa de
aceitação do produto; pesquisa, estudo e adaptação as leis locais objetivando evitar custos
situação atual do pais para o qual a empresa está indo, evitando surpresas a medida que há
outros transtornos; além de vários outros fatores não menos importantes que os citados
anteriormente.
Decisão
Decisão
Decisão sobre o
Decisão sobre em Decisão sobre
que de como programa
de ir para a organização
mercados entrar no de
o exterior de marketig
mercado marketin
entrar
g
5
Ibid.
A decisão da empresa de se internacionalizar inicia um outro processo de tomada de
decisões referentes a modalidade que a empresa deve optar, ou seja, a forma como a
empresa vai se inserir no mercado internacional. A empresa vai possuir diferentes opções,
que vão envolver sucessivamente maiores níveis de compromisso, risco, controle e índice
Exportação Exportação
Indireta Direta Licenciament Joint
o IDE
Ventures
Exportação indireta: é a modalidade pela qual geralmente as empresas iniciam seu processo
reduzidos. Esse processo tem como principal característica sua realização através de
intermediários.(Fig. 3)
Figura 3:
Agentes
Empresa
Intermediários
Importador
que compra os produtos do fabricante para revenda em seu país; agentes exportadores,
compradores no exterior e fazem toda negociação para a empresa que deseja exportar;
cooperativas, que vão reunir vários fabricantes e assim realizar a exportação; e as empresas
Figura 4:
VANTAGENS DESVANTAGENS
6
Castro, José Augusto de. Exportação: aspectos práticos e operacionais. (p. 16-22, 61-66)
O conhecimento da empresa do mercado-
O fato da empresa não ter acesso direto ao
alvo no exterior através dos agentes
mercado externo não permite que ela tenha
intermediários permite que a empresa possa
como adquirir conhecimentos sobre ele
antecipar seus prazos
A eliminação dos riscos tanto políticos
Por exportar através de agentes, o ganho
como comerciais já que eles são assumidos
financeiro da empresa acaba tendo que ser
totalmente pelo agente intermediário que
repassado a eles
realiza a exportação
Como não participa direto no mercado
A possibilidade da empresa se beneficiar da
externo e não tem conhecimentos sobre ele a
experiência do agente intermediário e do
empresa acaba ficando impedida de expandir
seu know-how
sua produção e suas atividades internacionais
Exportação Direta (fig. 5): é a forma na qual a empresa vai exportar sem intermediários, ou
seja, o empresa vai vender seus produtos diretamente ao importador do país de destino.
Importador
Empresa
duas partes, o licenciado e o licenciador. Nele, faz-se um acordo onde licenciador permite
ao licenciado usar seu processo de fabricação, marca, patente ou item de valor mediante
seu pagamento (Ex: Coca-Cola). A principal vantagem dessa modalidade para o licenciador
7
Ibid. p.63
é que ele penetra em outro mercado com os riscos e perdas reduzidos. E, para o licenciado,
a principal vantagem é que ele já entra no mercado com um produto conhecido e também
vai adquirir sua experiência em cima de um processo ou produto que já detém aceitação e
principal vantagem para o licenciado pode acabar se tornando a maior desvantagem para o
licenciador. Isso porque, além do licenciador ter menor controle sobre a empresa
licenciada, a medida que ele partilha um conhecimento, fase de seu processo produtivo ou
daquele item e assim pode e resolver se tornar seu concorrente ao invés de renovar o
Figura 6.
$$$$$
Licenciado Licenciador
Marca, patente,
fabricação
controle, lucro e propriedade. Essa associação, que pode ser definitiva ou não, pode ocorrer
por motivos econômicos ou políticos. Geralmente ocorre entre empresas de países mais
destino pode condicionar a entrada da empresa no país a essa associação. (Kotler, p. 366)
Investimento direto no exterior: essa modalidade é caracterizada por um maior nivel de
decide por sua internacionalização assume todas as etapas e riscos do processo através de
sua instalação no país de destino. Seja por meio da aquisição de uma empresa local ou por
meio da instalação de filiais. Segundo Bonelli (2000, apud Gião, Ferreira e Oliveira, 2007),
Vale ressaltar, que Castro8, aconselha que a empresa não use a exportação, em
apenas como forma de compensação a algum prejuízo interno, pois essa medida
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
8
Ibid.
2 GIÃO, P. R.; FERREIRA, G.F.; OLIVEIRA JR., M.M. [200-] O Processo Estratégico
de Internacionalização da GERDAU. Área Temática: Globalização e Internacionalização
de Empresas. Disponível em:
http://www.ead.fea.usp.br/Semead/11semead/resultado/trabalhosPDF/410.pdf
3 HELD, D.; McGrew, A. Tradutora: Vera Ribeiro. Prós e Contras da Globalização. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 7-12.
6 NYE Jr, J. O Paradoxo do Poder Americano. Porque a única potencia do mundo não
pode seguir isolada. Tradução: Luiz Antonio Oliveira de Araujo, São Paulo:UNESP, 2002,
p.83-184.