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A NECESSIDADE DO EXAME DE ORDEM

Muito se tem criticado e se discutido a necessidade e até mesmo a


legalidade do Exame para ingresso dos bacharéis em Direito nos quadros da
Ordem dos Advogados do Brasil. Alguns críticos argumentam que o exame
trata-se de um subterfúgio para a reserva de mercado pelos advogados que já
estão atuando. Outros por sua vez sustentam a ilegitimidade da Ordem dos
Advogados do Brasil para aplicar um exame que serviria também como
avaliação de bacharéis que já passaram por toda sorte de avaliações e
privações ao longo de seus cinco anos ou mais de curso, de forma que o
exercício da profissão lhes seria garantido pela Constituição Federal, uma vez
que já colaram grau em instituições de ensino devidamente reconhecidas pelo
Ministério da Educação.
Todos esses argumentos e críticas vêm sendo sistematicamente
derrubados pelos fatos e decisões judiciais, pois o Exame de Ordem tornou—
se uma referência não só para avaliação dos Bacharéis de Direito, mas o
melhor indicador da qualidade do Ensino Jurídico em nosso país, tanto que
outras profissões têm lutado incessantemente para instituírem também exames
semelhantes aos egressos de seus cursos de formação.
É de conhecimento público que o Ministério da Educação tem se
mostrado ineficiente em avaliar, aprovar e referendar vários cursos, não só de
Direito, vejamos como exemplo a vexatória realização do último Enem, que
mais uma vez demonstrou a inépcia dos meio públicos em garantir uma
educação de qualidade, em especial no ensino superior.
Dessa forma, a Ordem dos Advogados do Brasil, que tem entre seus
princípios a luta pela defesa dos direitos do cidadão, tem por obrigação zelar
pela qualidade dos profissionais que no cotidiano do exercício da advocacia
estarão também resguardando os princípios democráticos que regem nosso
Estado de Direito e na defesa dos interesses daqueles que confiam em suas
mãos e seu conhecimento a defesa de seus direitos.
Dessa forma, a realização do Exame de Ordem não somente é lícito e
garantido por lei, como também se constitui em um compromisso da Ordem
dos Advogados do Brasil com o controle da qualidade do Ensino Jurídico no
Brasil e um desafio as autoridades de educação para que sejam mais
responsáveis na aprovação de cursos de Direito no Brasil que ao invés de
formarem profissionais capacitados estão preocupados apenas com o lucro
que irão obter com a formação de bacharéis em grande número, mas com
pouca qualidade.
Diante disso, espera-se que ao invés de lutar contra o Exame de Ordem
da OAB, as autoridades brasileiras lutem para que este sirva de exemplo a
outras atividades profissionais melhorando assim o nível dos profissionais de
todas as áreas no Brasil.

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