Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Aeronaves
Tópicos Abordados
Análise de Estabilidade Direcional Estática.
Princípios do Controle Direcional.
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Análise do Gráfico
A análise da figura permite observar que no
caso do avião 1, se ocorrer uma perturbação
na qual o vento relativo passe a atuar de sua
posição de equilíbrio (β=0°) para uma condição
(β>0°) (rotação no sentido horário),
instantaneamente será criado um momento
restaurador positivo tendendo novamente a
alinhar a aeronave para a direção do vento
relativo.
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Análise da Equação
Na equação, Cnβwf representa o coeficiente angular da curva de momento
direcional ao redor do eixo vertical da aeronave, Kn representa um fator
empírico de interferência asa-fuselagem e é uma função direta da
geometria da fuselagem. Segundo Nelson, este fator pode variar em uma
faixa compreendida entre 0,001 ≤ Kn ≤ 0,005. A variável KRL também
representa um fator empírico que é uma função direta do número de
Reynolds da fuselagem, Nelson sugere a seguinte faixa para os valores
de KRL: 1 ≤ KRL ≤ 2,2; geralmente para o número de Reynolds encontrado
nas aeronaves que participam do AeroDesign pode ser utilizado com boa
margem de confiabilidade um valor de KRL da ordem de 1.
As variáveis SF, lF, Sw e b representam respectivamente a área projetada
lateral da fuselagem, o comprimento da fuselagem, a área da asa e a
envergadura da asa.
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Modelo Matemático
Matematicamente a força lateral na superfície vertical da empenagem
quando a aeronave se encontra em uma condição de vôo com ângulo de
derrapagem positivo pode ser calculada da seguinte forma:
1 2
Fv = − ⋅ ρ ⋅ vv ⋅ S v ⋅ CLv
2
O sinal negativo presente na equação indica que a força lateral gerada
atua no sentido negativo do eixo lateral da aeronave (eixo y). Ainda com
relação à equação, o coeficiente de sustentação CLv pode ser
determinado em função do coeficiente angular CLαv e do ângulo de
ataque da superfície vertical da empenagem αv em relação ao vento
relativo, dessa forma, pode-se escrever que:
1 2
Fv = − ⋅ ρ ⋅ vv ⋅ S v ⋅ C Lαv ⋅ α v
2
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Ângulo de Ataque
O ângulo de ataque αv da superfície vertical da empenagem pode ser
expresso em função do ângulo β que representa a direção do vento
relativo e do ângulo de ataque induzido lateral σ (sidewash) do seguinte
modo:
αv = β + σ
Momento Restaurador
A partir das equações apresentadas é possível escrever a equação que
define o momento restaurador, onde lv representa o braço de momento do
ponto de aplicação da força lateral até o CG da aeronave.
Na equação mostrada a seguir é possível observar que o momento
restaurador provocado por uma força lateral negativa é um valor positivo,
portanto:
N v = Fv ⋅ lv
1
N v = ⋅ ρ ⋅ vv ⋅ S v ⋅ C Lαv ⋅ (β + σ ) ⋅ lv
2
2
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Equação Adimensionalizada
A equação pode ser adimensionalizada
com relação à pressão dinâmica, área e
envergadura da asa resultando em:
Nv qv S v ⋅ lv
Cn = = ⋅ ⋅ C Lαv ⋅ (β + σ )
qw ⋅ S w ⋅ b qw S w ⋅ b
dσ
C nβ v = η v ⋅ Vv ⋅ C Lαv ⋅ 1 +
dβ
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Solução da Equação
A relação η v ⋅ (1 + dσ dβ ) pode ser estimada segundo manual de estabilidade e
controle da força aérea dos Estados Unidos da América, USAF pela equação
mostrada a seguir.
Na equação, Sw representa a área da asa, Sv a área da superfície vertical da
empenagem, ARw o alongamento da asa, Zw é a distância paralela ao eixo z
medida a partir da posição 25% da corda na raiz da asa até a linha de centro da
fuselagem, d representa a profundidade máxima da fuselagem e a relação é o
enflechamento da asa medido a partir da posição 25% da corda, a figura mostra as
dimensões Zw e d.
dσ Sv S w
η v ⋅ 1 + = 0,724 + 3,06 ⋅ + 0,4 ⋅ Z w + 0,009 ⋅ ARw
dβ 1 + cos Λ dF
( c / 4)
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
0,04
0,03
Coeficiente de momento
0,02
0,01
direcional
0
-4 -2 0 2 4
-0,01
-0,02
-0,03
-0,04
Ângulo de desvio direcional (graus)
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Controle Direcional
O controle direcional de uma aeronave é obtido através da deflexão de
uma superfície de comando denominada leme de direção, essa superfície
se encontra localizada no bordo de fuga da superfície vertical da
empenagem como pode ser observado na figura mostrada a seguir. A
deflexão do leme de direção produz uma força lateral na aeronave que
provoca um momento de guinada ao redor do eixo vertical da aeronave
permitindo desse modo o deslocamento do nariz da aeronave para a proa
desejada.
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
1 1
N = − Fv ⋅ lv 2
Fv = ⋅ ρ ⋅ vv ⋅ S v ⋅ C Lv N= ⋅ ρ ⋅ v 2 ⋅ S w ⋅ b ⋅ Cn
2 2
Em forma adimensional, pode-se escrever que:
dC Lv
C nδ r = −η v ⋅ VV ⋅
dδ r
dC Lv dC Lv dα v
= ⋅ = C Lαv ⋅ τ
dδ r dα v dδ r
Aula 23 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues