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Grande é aquele que deseja instruir-se; maior o que se instrui; porém muito maior,

o que oferece seus conhecimentos aos demais.


Professor Henrique José de Souza

O
revolucionário invento de Santos Dumont, que nossos jovens. Redescobrir o Amor ao
permitiu ao homem ganhar os céus com as asas da próximo, o respeito aos mais velhos e
liberdade, foi utilizado militarmente, causando nestes, a dignidade pela experiência que
mortes e destruição e levando seu inventor, por enorme acumularam.
tristeza e decepção, ao suicídio por enforcamento. Assim, A cinquentona Brasília tenta se
imaginamos como o maior Presidente da história do Brasil, livrar do lodaçal em que se atolou, sem
Juscelino Kubitschek, no Oriente Eterno, deve estar sentindo- Governador e sem rumo, muito menos
se, ao ver Brasília, a cidade criada por ele com inspiração no motivos para comemorações, para
“sonho de Dom Bosco”, tornar-se, a cada escândalo desse tristeza de todos os brasileiros e de seu
caótico quadro da política brasileira, um enorme pesadelo. criador, que, se estivesse vivo, muito
Pois bem, cinquenta anos em cinco: de fato, JK provavelmente, levado pelo mesmo
cumpriu seu projeto. Hoje, nos cinquenta anos da sentimento de tristeza e decepção, aproveitaria o formato
inauguração de sua obra faraônica, temos pouquíssimos arquitetônico do monumento a ele dedicado, para fazer o
motivos para comemorar seu Jubileu de Ouro. Falta-nos, mesmo que Santos Dumont.
por demais, júbilo, e sobra ouro, muito ouro nos bolsos Perdoem-nos o peso deste Editorial, mas nosso grafite,
dos políticos. Falta-nos a esperança, plantada há meio por vezes, envereda-se a escrever o que sente e se desespera por
século; a brasilidade, o civismo e o comprometimento com ver esse gigante, adormecido em berço esplêndido, ser
o país, sobrando a vergonha ao relapso eleitor brasileiro. sangrado até a morte, diante da omissão de uma grande
As eleições para Presidente no Brasil e a Copa do maioria. Precisamos fazer a nossa parte!
Mundo, “casualmente, coincidem-se”. Vagamos atônitos a A Matéria da Capa, “Redescobrindo a Pátria da Nova
cada eleição, perdidos, com o voto na mão e sem rumo. Civilização”, corrobora, em parte, com o tema acima. Assim
Em que urna depositaremos? Na dos mensalão, ou na dos como, na coluna Destaques, a matéria “Os Templários, a
ex-guerrilheiros (não tenho certeza do ex)? Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas” reforça a
Feudos foram criados, classe média e família são tese de que o Brasil é o Berço de Uma Nova Civilização e a
instituições dizimadas (essas, ainda, existem em matéria “Tiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira”, de
dicionários para facilitar nossa memória). É de se lamentar autoria do nosso Irmão João Camanho, aviva nossa memória
o enorme Karma contraído por esses políticos, tal como o no mês da Conjuração Mineira. Já a coluna, Os Grandes
do eleitor, que, por sua omissão, tem o governo que mal Iniciados, apresenta a Vida e a Obra de um Grande Mestre
elege a cada pleito. de Sabedoria, cuja história profana, sempre, fez questão de
Queiram ou não os céticos, esse é o país, cuja difamá-lo: O Conde Cagliostro.
capital, graças a JK, encontra-se dentro dos paralelos 15º e A coluna Trabalhos, através da matéria de autoria do
20º, do sonho de Dom Bosco, em 1883. Também, é o país historiador maçônico José Castellani, “A Maçonaria e o
referenciado nas Sagradas Escrituras de antigas Apostolado”, apresenta os bastidores da História do Brasil e
civilizações, como a pátria do Avatara da Era de Aquarius, a difícil relação entre Ledo e Bonifácio no movimento
Berço de uma Nova Civilização. libertário da Independência. Na coluna Reflexões, a matéria
Nossa sugestão, como “O Medo Causado Pela Inteligência”, de autor ignorado, faz
solução, é redescobrir o Brasil, valer o nome da coluna.
mas dentro de cada um de nós. A coluna Informe Cultural, mais uma vez, ressalta o
Redescobrir, no eleitor, a importante Encontro da cultura maçônica, que se realizará
cidadania, o comprometimento, em Brasília. Que as luzes desse memorável evento ilumine o
a moralidade. Redescobrir, nas tenebroso palco da política desse país, acendendo a luz da
casas, os lares e, nesses, as esperança para novos e melhores rumos.
famílias, célula mater de uma Na expectativa de dias melhores, pretendemos, nos
nação. Redescobrir a esperança próximos Editoriais, sem fugir a nossa responsabilidade de
no futuro, no brilho dos olhos de conscientizar nossos leitores, aliviar o peso do nosso grafite! ?
a b
Capa – Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização...Capa Os Grandes Iniciados - O Conde Cagliostro.........................10
Editorial.....................................................................................2 Ritos Maçônicos – O Escocismo – Parte II.............................12
Matéria da Capa Trabalhos
– Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização...............3 - A Maçonaria e o Apostolado....................................................13
Destaques - A Maçonaria e Seus Rituais do Séc. XVIII e Começo do XIX ......15
- Os Templários, A Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas.6 Reflexões - O Medo Causado Pela Inteligência....................16
- Tiradentes, o Patrono Cívico da Nação Brasileira............8 Boas Dicas - Eventos Culturais /Blogs/ Edições Anteriores...16
Informe Cultural Lançamentos
- XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica.......................9 - Da Perícia ao Perito/Crônicas de Uma Cidade Chamada Universo...17

Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização


Francisco Feitosa

N
o mês em que, através da história “oficial”, existência
comemora-se o Descobrimento do Brasil, coube- dessas terras
nos a oportunidade de apresentar uma versão do outro lado
menos fantasiada, porém mais transcendente sobre a do Atlântico
pátria, que, ao longo de sua curta história, vem e sabiam das
confirmando as profecias escritas há milênios. correntes
Compilamos trechos do livro editado pela Editora marítimas
Proton, de autoria da escritora Cláudia Bernhardt de para a elas
Souza Pacheco, com o título “História Secreta do Brasil – chegar, muito antes das primeiras navegações lusitanas.
O Millennium e o Homem Universal”, a fim de elucidar Em terceiro lugar, é preciso retificar que o principal
nossos leitores e retirar os “véus de maya”, afinal, a era de motivo para as Grandes Navegações não foi de ordem
Aquarius bate a nossa porta, e os tempos são chegados. econômica, como costumeiramente se acredita, ao contrário,
Esse livro, que narra os bastidores e os aspectos o projeto dos descobrimentos obedeceu, antes de tudo, a
transcendentes da história do Brasil, vem corroborar com uma motivação espiritual dentro do plano dos Cavaleiros da
o que temos, insistentemente, defendido através de artigos Ordem do Templo, ou de Cristo, de chegar à Terra da
e palestras, temas desconhecidos de uma grande maioria, Promissão, à Grande Ilha Sagrada ou Ilha Imperecível, onde
que, por força de um mundo materialista, dominado pelo seria feito, de acordo com as profecias, o Reino de Deus na
capitalismo voraz, não se permite olhar, com olhos de ver, Terra.
as entrelinhas de nossa verdadeira história. Em quarto, o nome Brasil não veio de pau-brasil (cor
Ao longo desta matéria, serão abordadas pela de brasa), como se ensina, e, sim, de uma denominação que
escritora questões extremamente importantes e, já existia antes da oficialização da descoberta, significando
infelizmente, pouco conhecidas. Antes de tudo, é preciso "terra abençoada".
esclarecer que o Brasil não foi "descoberto" em 22 de abril Finalmente, os colonizadores não foram só bandidos,
de 1500, conforme regularmente se ensina e se comemora; degredados e gente da pior espécie, conforme se afirma injusta
que a missa aqui celebrada em 26 de abril, também, não e inveridicamente, ao contrário, o Brasil foi povoado,
foi a primeira. principalmente, por uma elite constituída por cristãos-novos,
Em seguida, convém registrar que o Cavaleiros Templários e pessoas perseguidas (degredadas) por
"Descobrimento" não se deu por acaso, como se costuma questões ideológicas ou religiosas, como os Festeiros do Divino.
ou se costumava ensinar nos livros escolares. Foi, ao Oficialmente, sabe-se que os portugueses, já no ano
contrário, cuidadosamente, planejado pelos reis de 1343, ou antes, aqui estiveram, enviados pelo rei de
templários portugueses, que tinham conhecimento da Portugal Afonso IV, filho de D. Dinis.
Afirma-nos Roberto Costa Pinho que "o primeiro Conseguiram, primeiramente, sucesso nas
registro da Ilha Brasil encontra-se na Carta Náutica do navegações portuguesas os reis D. Dinis e Afonso IV, porém
cartógrafo genovês Angel Dalorto, elaborada em 1325, onde ela ficou com a fama dos descobrimentos D. Manuel, o
figura a oeste da costa sul da Irlanda, 175 anos antes de o Brasil Venturoso, pois tratou da oficialização perante o mundo da
ser oficialmente descoberto". descoberta do Brasil. O alegado "descobrimento casual" foi,
Como podia, um cartógrafo genovês, saber da na verdade, causal, o que já explicitamos no início desta
existência dessa terra, que os irlandeses da época matéria.
passaram, depois, a chamar de Ilha de São Brandão? De Tal causalidade levou o rei D. Dinis a reflorestar
duas maneiras: ou porque teve acesso a mapas existentes Portugal, plantando os pinhais para fornecer madeira para as
(como os dos Templários), ou porque, já nessa época, embarcações, duzentos anos antes do "descobrimento"
navegadores portugueses, orientados por genoveses, oficial, e a criar a primeira armada portuguesa, com auxílio
cruzavam os mares e aportavam no Novo Mundo. de navegadores genoveses. Depois disso, os reis, dele
Essa última hipótese, sem dúvida, é plausível, pois descendentes, continuaram o projeto de chegada à "terra
convém lembrar que o rei D. Dinis, de Portugal, nascido prometida".
em 1260 e considerado o Pai do projeto dos Os mapas e registros dessa terra e das correntes
descobrimentos, contratou navegadores genoveses para a marítimas para a ela chegar (oriundos dos navegadores
construção da primeira armada portuguesa, com vistas às fenícios e hebreus), juntamente com profecias detalhadas
navegações marítimas futuras. Foi esse monarca que sobre esse longínquo mundo, teriam passado ao poder dos
plantou pinhais de Leiria pelo reino, para fornecer a Cavaleiros Templários, quando, no século XII, fundaram a
madeira necessária ao feitio das embarcações. Ordem do Templo em Jerusalém, no mesmo local, onde
O ano de 1325, em que apareceu a Carta Náutica antes se situara o Templo de Salomão.
de Ângelo Dalorto, foi, também, o ano em que morreu D. Do conhecimento das pessoas mais evoluídas,
Dinis, subindo ao trono seu filho Afonso IV. Dezoito anos existem aspectos, ou mesmo fatos na história, ou, ainda, até a
após a morte de D. Dinis, em 1343, foi oficiada ao Papa a própria história, deliberadamente, omitidos ou ocultados por
descoberta da Ínsula Brasil, conforme registra Felipe razões de quem tem o poder ou de quem quer se proteger
Cocuzza: "Sancho Brandão foi o navegador português que, a dele.
mando de D. Afonso IV, chegou ao Brasil na Idade Média, Acreditar, como é ensinado, por exemplo, no Brasil,
conforme atesta Assis Cintra, em seu livro "Revelações que seu descobrimento se deve a uma chegada fortuita e,
Históricas para o Centenário", em 1923. Essa navegação foi mais, que o interesse pelo monopólio das especiarias
informada por D. Afonso IV ao Papa Clemente VI, em carta de motivou a expansão marítima portuguesa e os
12 de fevereiro de 1343, acompanhada de um mapa com a descobrimentos, é ter, como diz Antônio Quadros, a visão
inscrição de "Ínsula do Brasil ou de Brandam". O nome Sancho, limitada das pessoas que só enxergam até onde a miopia do
de Sanctus, o mais santo, ajudou a convergência para São dinheiro lhes permite. Assim, como o Império Romano se
Brandão". deveu ao estoicismo, Portugal, do século XV ao XVI, foi dono
Segundo esse mesmo autor, mapas e textos da metade do planeta e, ainda, invencível em terra e nos
europeus da Idade Média, entre eles, o célebre "The mares, porque tinha um alvo muito além do mero interesse
Canterbury Tales", de Geolfroy Chaucer (1380), ligam, pelas riquezas, que certamente houve.
sempre, o nome do Brasil ao de Portugal, às vezes, dando O Porto do Cálice ou Porto do Graal (Portugal), país
ideia inequívoca de posse: Brasil de Portugal. templário por excelência, era, naquele período, um conjunto
Essa "descoberta" de 1500 foi, portanto, uma de forças e aspirações superiores condensados num só
"tomada de posse", uma vez que os reis templários de sentido: a expansão da fé de Cristo e a formação do Reino do
Portugal já sabiam da existência dessas terras muito antes Espírito Santo, baseado na tradição templária, com sua visão
dessa navegação, ordenada pelo rei Afonso IV, aliás, joanina, fundamentada na doutrina de Gioachino di Fiori
preparada pelo seu pai, D. Dinis, chamado por Fernando sobre o advento da Terceira Idade. Impelia-o a fé no destino
Pessoa de "plantador de naus". de uma pátria messiânica portuguesa.
O principal móvel secreto dos descobrimentos, germânico “brasa”, que passou ao Latim e ao Português, de
como bem assinalam Antônio Quadros e outros autores, onde veio a designação “pau-brasil”, devido à cor vermelha,
foi de ordem espiritual: o desejo de construir o Quinto e o celta “Brás” ou “Bres”, paralelo ao inglês “Bless”, que
Império ou Reino do Espírito Santo no mundo. Para tanto, significa benção; prende-se, ainda, ao hebraico “Bracha” (ch
ambicionavam chegar à Grande Ilha que, segundo as aspirado como em alemão), também, com o sentido de
profecias, estaria destinada para tal propósito. benção, e ao sânscrito “Brahma”, da raiz “Brith”, expandir,
Rainer Daenhardt, historiador alemão, afirma não irradiar; brilhar, com o sentido de Deus, bênção, suma
ser por acaso pertencerem os grandes navegadores ventura. Portanto, Ilha Brasil quer dizer Ilha Abençoada.
portugueses dos séculos XV e XVI às Ordens de Cristo e Diversos autores apontam que uma das maiores
de Avis, e, também, levarem, em suas embarcações, a cruz injustiças feitas ao Brasil é dizer que foi povoado por
da Ordem de Cristo nas velas. degredados, gente da pior espécie. Ao mesmo tempo, a
"A expansão do mundo português não foi o resultado história ensinada nos bancos escolares salienta, é claro, que
ocasional de aventureiros que se lançaram à procura de os Estados Unidos foram colonizados por pessoas da melhor
conquistas de novas rotas marítimas, para enriquecerem espécie. Autores como Cocuzza, Varnhagen, João Francisco
rapidamente e de qualquer maneira. Na história, escrita por Lisboa, entre outros, desmentiram essas duas falsidades,
mãos portuguesas, não houve a aniquilação sistemática de infelizmente, arraigadas na mente do povo por força de um
povos, religiões ou culturas, ao primeiro contato, como a ensino errôneo.
extinção dos astecas, no México, dos Incas, no Peru e dos Na verdade, a maior parte dos degredados não eram
Guanches, nas Canários, por exemplo. prisioneiros de crime comum, mas
Com a Ordem de Cristo foi tudo livres-pensadores, perseguidos por
diferente." motivos ideológicos (Inquisição), como
Para esse escritor, a expansão cristãos novos e humanistas. Não nos
portuguesa não foi sempre pacífica, podemos esquecer, em honra dos
mas, de qualquer modo, uma portugueses, do belo trabalho efetuado
pequena nação pôde escrever pelos jesuítas (Nóbrega e Anchieta),
páginas significativas na história da com suas missões, e pelos franciscanos
humanidade, sem impor extermínio da Ordem Terceira. As duas ordens
de populações. Foram Cavaleiros religiosas trouxeram ao Brasil a
iniciados, que navegaram por todos tolerância racial, o culto ao Espírito
os mares e levantaram padrões com Santo, a Festa do Divino e o sonho de
símbolos da Ordem de Cristo, da realizar o Reino de Deus na Terra.
Cruz de Avis e da Cruz das Quinas, circundada pelo Saliente-se o povoamento feito por levas de famílias
escudo dos castelos. açorianas, que se fixaram no Rio Grande do Sul ou que
Afirma Daenhardt que a orientação da Ordem de fundaram, entre outros estados, o do Espírito Santo, cuja
Cristo, que supervisionava toda a expansão marítima, capital, significativamente, chama-se Vitória.
imprimiu uma vontade férrea à atuação portuguesa, Entre os degredados vindos ao Brasil, para felicidade
liderada por Cavaleiros iniciados, vivos exemplos de uma de nossa terra, estavam os Festeiros do Divino, que, na
interpretação da fé, bem diferente da missão que lhes Europa, estavam sendo perseguidos pela Inquisição por
estava destinada. Essa já era a força da "Fé de Portugal". anunciarem o futuro Império do Espírito Santo. Nesse país,
O nome Ilha Brasil já existia antes do eles organizaram as festas que existem com pujança até os
descobrimento oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral, dias de hoje.
quando, em 1343, o navegador Sancho Brandão Constitui, portanto, uma insensatez dizer que foi má
representou o continente com o nome de Ínsula Brasil ou sorte para o Brasil ter sido colonizado pelos portugueses;
Brandam. que seria melhor termos sido colonizados pelos ingleses,
O pesquisador Felipe Cocuzza explica que, franceses, holandeses, etc. É só ver o racismo, a intolerância e
"durante a Idade Média, a lendária Ilha Brasil povoou a o clima insuportável existente nas terras colonizadas por tais
poesia, os mapas, as tradições, as profecias e o folclore. A países, para suspirarmos aliviados por termos sido um país
palavra Brasil tem duas etimologias convergentes: o descoberto e povoado por lusitanos. ?
a b
Os Templários, a Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas
Weber Varrasquim

F
undada em 12 de junho de 1118, em Jerusalém, por
Hugues de Payns e chamada de "Pobres Cavaleiros
de Cristo", a Ordem do Templo foi criada para
defender Jerusalém dos infiéis, guardar o Santo Sepulcro e
proteger os peregrinos a caminho da Terra Santa.
Na época, existiam os Cruzados e os Templários;
os Templários seguiram um objetivo bem diferente
daquele da conquista de Jerusalém. Balduíno II, rei de
Jerusalém, recebeu uma parte dos Templários nos
alojamentos das estrebarias e ruínas do Templo de
Salomão (daí a designação de Cavaleiros do Templo ou maior, assim como dados científicos, tradicionalmente
Templários), onde permaneceram por nove anos, e seus recebidos ou geometricamente calculados e recalculados
trabalhos e pesquisas se tornaram secretos. Ao se constantemente. Isso superava, amplamente, os
instalarem nas ruínas do Templo de Salomão, diz-se que conhecimentos daquela época.
encontraram túneis secretos, que levavam ao tesouro da Essas construções, surgindo de uma hora para outra,
biblioteca oculta, onde estavam guardados os segredos da dentro de um curto espaço de tempo, dezenas ao mesmo
antiga Ordem Hermética, à qual pertenceu o Rei Salomão, tempo, faziam parte de um gigantesco projeto, ainda, não
contendo, também, diversos segredos de construção e esclarecido para a humanidade. De onde vieram esses
arquitetura, segredos de navegação, as Tábuas da Lei e a operários especializados, do arquiteto ao escultor ou o
Arca da Aliança, ressurgindo, assim, os sagrados ideais de chaveiro, num mundo de relativamente poucos habitantes?
outrora, ocultados no interior dessa Ordem Templária. Seja como for, nasceu uma classe de operários de construção,
Vencidos os obstáculos, descobriram uma treinados numa técnica exemplar e, fisicamente, livres para,
passagem oculta, só conhecida antes por iniciados nos em caso de necessidade, locomover-se de uma oficina para
mistérios, e, no fim dessa passagem, uma porta dourada, outra, sem problemas. Não é sem razão que se consideram
onde estava escrito: "Se é a curiosidade que aqui vos conduz, essas oficinas de construtores livres (chamadas loges, em
desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da francês) como precursoras das lojas franco-maçônicas.
existência, fazei, antes o vosso testamento e despedi-vos do Os Templários juraram pobreza, castidade e
mundo dos vivos". Ao entrarem, encontraram, entre figuras obediência; não aceitavam adeptos, porém a Ordem dos
estranhas, uma forma de estátua e estatuetas, um trono Templários foi uma das mais ricas instituições,
coberto de seda e, sobre ele, um triângulo com a décima posteriormente, contando com milhares de adeptos.
letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Por trás da Ordem do Templo, ergueram-se figuras
Lei Sagrada. míticas de personagens bem curiosas, que inspiraram o ideal
A Ordem do Templo sempre possuiu duas Sinárquico Templário do Oriente em conjunção com os
hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Ismaelitas do Velho da Montanha, os Cabalistas, Judeus da
Hierarquia Externa, os militares, que defendiam a Terra Espanha muçulmana, as Ordas do Khanat de Gengiskan, os
Santa, e os peregrinos, que a ela se dirigiam. Já a Interna, Cavaleiros Árabes de Saladino, as Histórias do Cálice,
era composta por homens que se dedicavam, romances e lendas da Távola Redonda (Parsival, entre outros).
principalmente, aos estudos herméticos e ocultos. Eles Um ímpeto espiritual sem precedentes na história medieval.
retornaram à Europa plenos de glória e mistérios, e seu Em 1128 de nossa era, ou seja, 10 anos após a
retorno coincidiu com a construção das primeiras fundação, o Papa Honório II aprova a Ordem Templária,
catedrais góticas. dando a eles vestimenta especial: hábito e manto brancos.
Os arquitetos romanos, com toda sua inteligência, Em 1145, o Papa Eugênio III lhe concede como distintivo a
aplicaram, nas suas construções, uma técnica pouco cruz vermelha, inicialmente, usada do lado esquerdo do
diferente daquela usada pelos construtores megalíticos, manto, e, mais tarde, no peito. Em 1163, o Papa Alexandre III
quando amontoavam pedras pesadas umas sobre as outorgou a carta constitutiva da Ordem, que, na verdade,
outras. Já a catedral gótica exige um conhecimento muito parecia com as regras da Ordem Cisterciense.
Devido às doações altíssimas de jóias e terras, os Cristo, que sagrou, em 1416, o Infante D. Henrique, como
Templários tornaram-se riquíssimos, auferiram poderes e Grão-Mestre. Os Templários tinham os segredos da
até chegaram a só render obediência ao seu chefe, o Grão- arquitetura e construíram prédios góticos. Também,
Mestre, e ao Papa. A Ordem do Templo era constituída de possuíam segredos de navegação e astronomia".
vários graus: o mais importante foi o de Cavaleiros, Na Inglaterra, o rei Eduardo II, que não concordara
descendentes de alta estirpe em sua maioria. Tinham, com as ações do sogro Filipe, ordena uma investigação, cujo
também, clérigos (bispos, padres e diáconos) e outras duas resultado proclama a inocência da Ordem. Na Inglaterra,
classes de Irmãos servidores, os criados e artífices. Escócia e Irlanda, os Templários distribuíram-se entre a Ordem
O rei da França, Filipe IV, o Belo, e o Papa dos Hospitalários, Monastérios e Abadias. Na Espanha, o
Clemente V, um francês, morador em Avignon e aliado do Concílio de Salamanca declarou, unanimemente, que os
rei, fizeram uma perigosa cilada, ajudada por opositores, acusados eram inocentes e fundou a Ordem de Montesa, onde
que, interessados na desmoralização da Ordem, contra ela, foram acolhidos muitos dos Cavaleiros Templários. Na
levantaram graves acusações. Alemanha e Itália, os Cavaleiros permaneceram livres.
Em 13 de outubro de 1307, numa sexta feira, foram Também, os Rosa-Cruzes, Grande Fraternidade Universal, e a
presos todos os Templários e seu Grão-Mestre, Jacques de OSTG (Ordem Sagrada do Templo e do Graal) receberam, em
Molay, sendo submetidos à Inquisição e acusados de seus Templos, os Cavaleiros.
hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, A destruição da Ordem Templária não suprimiu os
infligidas a ferro e fogo, foram ensinamentos mais profundos. A Maçonaria
arrancadas desses infelizes as mais e a Ordem DeMolay mantêm a mística até os
contraditórias confissões. dias de hoje.
O Papa, desejoso de aniquilar a Em 1498, o Cavaleiro Vasco da
Ordem, mantendo a hegemonia da Gama conseguiria chegar às Índias. D.
Igreja de S. Pedro, e livrar-se da dívida, Henrique morreu em 1460, não assistindo,
convocou o Concílio de Viena, em 1311, portanto, ao seu triunfo, e Portugal ia se
para esse fim, mas não conseguiu. tornando a maior potência marítima da
Convocou outro, porém privado, em 22 Terra.
de novembro de 1312, e aboliu a A Ordem de Cristo, sendo
Ordem, conquanto se admitisse a falta prosseguimento da Ordem dos
de provas das acusações. As riquezas Templários, tinha normas secretas só
da Ordem foram confiscadas, indo conhecidas na totalidade pelo Grão-
parar uma grossa parcela nos cofres do Mestre e seus substitutos hierárquicos. Ao
monarca francês. entrar na Ordem, o iniciado conhecia só
A tragédia atingiu seu ponto uma parte das regras que o guiavam. À
culminante em 18 de março de 1314, medida que era promovido, sempre em
quando o Grão-Mestre do Templo, batalha, tinha acesso a mais
Jacques DeMolay, e Godofredo de Charney, preceptor da conhecimentos, reservados aos graus hierárquicos
Normandia, foram, publicamente, queimados no superiores. Rituais de iniciação marcavam as promoções. Foi
pelourinho, diante da Catedral de Notre Dame, ante o essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo
povo, como hereges impenitentes. Diz-se que o Grão- manter secretos os conhecimentos de navegação do
Mestre, ao ser queimado, lentamente, voltou a cabeça em Atlântico. Levava a cruz vermelha em fundo branco nas naus
direção ao local onde se encontrava o rei e imprecou: portuguesas; a mesma que a Ordem dos Templários usava.
"Papa Clemente, Cavaleiro Guilherme de Nogaret, Rei O Castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a
Filipe..., convoco-os ao tribunal dos céus antes que termine o Inquisição não conseguiu arrancar. Até a metade do século XV, os
ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos, malditos, Cavaleiros saíram na frente sem esperar pelo Estado Português.
malditos!... Sereis malditos até treze gerações". E, de fato, antes Uma vez anunciada a colonização, eventualmente, doavam à
de decorrido o prazo, todos estavam mortos. Família Real o domínio material dos territórios, mantendo o
Em Portugal, o Rei D. Dinis não aceitou as controle espiritual. À corte, interessada em promover o
acusações. Com a chegada de grande parte dos Templários desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio, cabia,
a Portugal, em 1307, o Rei os recebe e funda a Ordem de então, consolidar a posse do que havia sido descoberto.
Os Templários tinham, em suas mãos, relatórios um tratado para dividir o vasto novo mundo, que todos
reservados de navegadores, que já haviam percorrido pressentiam: "O Tratado de Tordesilhas".
regiões desconhecidas, e preciosidades como as tábuas de Mas, à medida que foi sendo consolidado o comércio
declinação magnética, que permitiam calcular a diferença na rota das Índias, a partir da sua descoberta, em 1498, a
entre o polo norte verdadeiro e o polo norte magnético, coroa foi absorvendo, gradualmente, os poderes da Ordem.
que aparecia nas bússolas. E, à medida que as conquistas Até que, em 1550, o rei D. João III fez o Papa Júlio III fundir
avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de as duas instituições. Com isso, o Grão-Mestre passa a ser,
navegação astronômica, que forneciam orientação pelas sempre, o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de
estrelas do hemisfério sul, a que, também, sucedê-lo, também, no comando da Ordem
unicamente, os iniciados tinham acesso. de Cristo e das expedições.
Pedro Álvares Cabral só esteve no Mas o sucesso atraía a competição. A
comando da esquadra porque, como Espanha, tradicional adversária, também,
iniciado, era Cavaleiro da Ordem de Cristo fazia política no Vaticano para minar os
e, como tal, tinha duas missões: criar uma monopólios da Ordem, em ação combinada
feitoria na Índia e, no caminho, tomar com seu crescente poderio militar. O cronista
posse de uma terra já conhecida (o Brasil). espanhol das negociações, Frei Bartolomeu
Sua presença era indispensável, pois só a de Las Casas, invejou a competência da
Ordem de Cristo, herdeira da Ordem dos missão portuguesa. No livro "História de Las
Templários, tinha autorização para ocupar Índias", escreveu: "No que julguei, tinham os
os territórios tomados dos infiéis. portugueses mais perícia e mais experiência
Os reis Fernando e Isabel da daquelas artes, ao menos das coisas do mar que as
Espanha, começaram a interessar-se nossas gentes". Sem a menor dúvida, era a
pelas terras de além-mar. Com a viagem vitoriosa de vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem.
Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI, um Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas Bulas Inter
espanhol de Valência, reconheceu, em duas Bulas (Inter Coetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais
Coetera), o direito de posse dos espanhóis sobre o que o de 100 léguas a Oeste e Sul da Ilha dos Açores e Cabo Verde.
navegante genovês havia descoberto e rejeitou as Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória e imaginária,
reclamações de D. João II de que as novas terras que ia do polo Norte ao polo Sul, foi esticada para 370
pertenciam a Portugal. O Rei não se conformou e léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite
ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os para os portugueses. ?
dois países a negociarem, frente a frente. Na Espanha,
a b
Tiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira
João Camanho

S
egundo Carlyle, grande historiador, a grandeza José Álvares Maciel, seu conterrâneo, que estudara em Portugal e
dos povos se assenta na biografia de seus heróis. Inglaterra, sendo influenciado pelo lema “Liberté, Egalité,
E, entre tantas biografias de brasileiros ilustres, Fraternité”, princípios norteadores da Revolução Francesa, cujos
avulta a de Joaquim José da Silva Xavier, patrono cívico da desfechos iriam abalar a Europa setecentista.
nação brasileira. Durante a conversa, Maciel identificou os mesmos
Nasceu em São João Del Rei, em 1746. Órfão aos ideais de independência, de que estava possuído, e procurou
11anos, foi educado pelo padrinho, cirurgião-dentista, com saber notícias mais recentes de Minas, tomando
quem aprendeu a profissão de dentista prático, dela, conhecimento da indignação dos mineiros contra o opressor,
provavelmente, advindo a alcunha de Tiradentes. Espírito a qual crescia mais ainda com a próxima decretação da
curioso, inventivo e prático, arriscou-se a variadas empresas, Derrama. Falaram, também, de José Joaquim da Maia,
não obtendo êxito. Na carreira militar, chegou ao posto de natural do Rio, que travara contato com Thomas Jefferson,
Alferes. Imbuído dos ideais de libertação do jugo português, então, embaixador dos Estados Unidos em Paris, a quem
licencia-se da 6ª Companhia de Dragões da Capitania de pediu conselhos e ajuda para um possível movimento pela
Minas Gerais, vindo para o Rio de Janeiro, onde suas emancipação do Brasil, nos moldes do ocorrido para a
pregações nativistas pudessem ecoar e encontrar adesões, já libertação da América do Norte, em 1776. Entre 1788
que, em Minas, elas estavam quentes, sem atingir, contudo, o e 1789, aproveitava todas as ocasiões para pregar
ponto de ebulição. Em setembro de 1788, resolveu procurar suas aspirações libertárias, tanto no Rio quanto em Minas,
onde se tornou o Líder da Conjuração Mineira (termo expor a si mesmo e aos demais, dissera ser, apenas, a
mais apropriado, por se tratar de uma conspiração, trama, Santíssima Trindade. O emblema “Libertas quae sera
maquinação, conjura contra a exploração e o arbítrio do tamen”, também, vincula-se à Maçonaria, afirmando a
regime colonial português; Inconfidência Mineira é um tradição de luta e participação em todos os movimentos
termo reacionário). Graças à delação de Joaquim Silvério libertários da humanidade em todas as épocas.
dos Reis , foi preso, assim como os demais conspiradores Antes de subir ao patíbulo, para ser enforcado,
(José Álvares Maciel, José Joaquim da Maia, Francisco de decapitado e esquartejado, no dia 21 de abril de 1792,
Paula Freire, José de Oliveira Rolim, Tomás Antônio Tiradentes, referindo-se aos demais conjurados, afirmara:
Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de “Se Deus me ouvisse, só eu morreria e não eles. Dez vidas eu
Alvarenga Peixoto e outros). Tiradentes, com admirável daria, se as tivesse, para salvar as deles”. Um exemplo de
coragem, assumiu toda a responsabilidade, sendo, por bravura estoica, de desprendimento, de altivez e, sobretudo,
isso, o único a sofrer a pena capital. de amor aos Irmãos de infortúnio, que, resvalando para o
O escritor e conferencista, Joaquim Felício dos chão da mediocridade, amesquinharam-se diante da
Santos, em “Memórias do Distrito Diamantino”, afirma grandeza do comportamento desassombrado de Joaquim
textualmente: “Os Conjurados eram todos iniciados na José da Silva Xavier, já que tais conspiradores choraram
Maçonaria, introduzida por Tiradentes, quando aqui covardemente durante a Devassa e se curvaram diante da
passou, vindo da Bahia para Vila Rica”. Convém lembrar Coroa com tristes e lamentáveis súplicas por perdão.
que a 1ª Loja Maçônica “Cavaleiros da Luz” foi fundada Meus Irmãos, lembrei-me dos marcantes versos de
na Bahia, no século XVIII. E, mesmo inexistindo Medeiros de Albuquerque, autor do Hino da Proclamação da
documentos escritos comprobatórios da iniciação de República, os quais retratam o sacrifício do nosso herói, cujo
Tiradentes, muitos ilustres escritores e eminentes sangue não foi derramado em vão. Eu os dedico a todos
pesquisadores são unânimes em afirmar o seu ingresso em quantos valorizam os audaciosos, que pugnam em prol do
nossa Ordem. Se não bastassem tais escritos e pesquisas, bem-estar da humanidade, e, com esses versos, fecho o meu
apontaríamos o Triângulo Central na Bandeira da trabalho:
Conjuração, o Delta Sagrado, Símbolo maior da “Se é mister que de peitos valentes / Haja sangue no
Maçonaria, afirmando a presença do G∴A∴D∴U∴, nosso pendão, / Sangue vivo do herói Tiradantes / Batizou
portanto, Uno em Essência e Trino em Manifestação. Sobre esse audaz pavilhão!” (Medeiros de Albuquerque, in “Hino
tal Símbolo, Tiradentes, na Devassa, com argúcia, sem da Proclamação da República”.) ?
a b

XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica


Francisco Feitosa

V
ocê está convidado a participar do XV Encontro Edenir Gualtieri); UBRAEM - União Brasileira dos Escritores
Nacional da Cultura Maçônica de 2010. O palco Maçons (Presidente Élio Figueiredo); AAML - Associação da
será no Auditório da Universidade UNIP, SGAS, Academia Maçônica de Letras (Presidente Absaí Gomes
Quadra 913, s/nº, Conjunto B, Asa Sul, Brasília, DF, no Brito).
período de 8 a 10 de abril, mês em que a Capital Federal Brasília recebeu o título de capital nacional da
comemora seu Jubileu de Ouro. cultura maçônica de 2010, em face do Ato assinado pelo
Participam dos Encontros Nacionais de Cultura Eminente Grão-Mestre do GOB-DF, Jafé Torres, que enviou
Maçônica, além dos Maçons de todas as Potências, ofício ao Governador do Distrito Federal, solicitando, de
escritores, pesquisadores, imortais acadêmicos e parte do governo, idêntica providência. O evento promete, e
jornalistas, além das seguintes organizações: ABIM - sua realização engrandece e exalta a cultura maçônica,
Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (Presidente estimulando o estudo e a pesquisa no seio de nossa Ordem.
Antônio do Carmo Ferreira); INBRAPEM- Instituto A programação do evento encontra-se disponível no blog
Brasileiro de Pesquisa e Estudos Maçônicos (Presidente http://www.domcarmo.blogspot.com/ ?
a b
O Conde Cagliostro*
Professor Henrique José de Souza

E
scolhemos abordar a Vida e a Obra de um de outros adeptos.
"adepto" tão mal compreendido pelo mundo Baseados, ainda, nos falsos arquivos da Polícia
profano, sobre quem pesa uma fama tão injusta, parisiense, foi que o ilustre romancista português Camilo
tomamos como dever dizer algumas palavras em sua Castelo Branco se inspirou para escrever José Bálsamo, e,
defesa, para que outra opinião seja formada a respeito de também, o insigne escritor francês Alexandre Dumas, sendo
quem nada mais foi do que "um instrumento do Karma" a que este, ainda, fez outras buscas em diferentes lugares por
favor da coletividade. onde dizem ter passado o misterioso adepto, para escrever as
A História - essa mãe bastarda da Humanidade - “Memórias de um Médico”, tal como as demais obras suas,
que não nos diz, com exatidão, os fatos mais recentes de um verdadeiro repositório de ensinamentos iniciáticos.
nossa época e, até hoje, desconhece o berço natal do O mundo teosófico, por sua vez, através da erudição
grande descobridor do Novo Mundo, Cristóvão Colombo, de Mr. A. Gedalor, de quem o dicionário “Rhéa” se serve
ousa atirar, sobre a memória de Cagliostro, a pecha de para descrever a personalidade de Cagliostro, diz dele o
charlatão, de conivente, ou, pior ainda, principal autor do seguinte: "Esse iluminado, de quem tanto bem como mal se diz,
furto do célebre Colar da Rainha, estribada, única e nem é digno desse excesso de honra, nem dessa indignidade.
exclusivamente, no que subsiste de falso e Fundador de um Rito egípcio (seria ele o
perverso nos Arquivos da Polícia fundador?), procurou, evidentemente, aliar as
parisiense; como já foi dito, obra formas maçônicas com o Iluminismo e serviu-
maquiavélica da Companhia de Jesus, se da magia, do hipnotismo, do mesmerismo
pois até mesmo os seus livros foram etc., etc. (isso muita gente boa o tem
queimados em uma fogueira feito, até mesmo Jesus, porquanto a
pública, por ordem da humanidade, para não viver afastada
respeitabilíssima "Santa Inquisição". da Lei, exige que se lhe façam
No entanto, a história milagres). Ele tomava, então, o título de
despreza tudo quanto fez em Grão-Copta e, por outra parte, foi
benefício da humanidade, como um conhecido sob diversos nomes.
fiel e dedicado membro da Maçonaria Desgraçadamente, envolvido no assunto do
Egípcia, Tronco donde emanou "Aquela Colar da Rainha, ele perdeu, pouco a pouco, o
que, em todos os tempos, foi considerada crédito e morreu fora da França, no Castelo
a gloriosa Mensageira da Verdade e do Bem e, Sant'Angelo, em Roma, onde dizem que, pelos maus
através dos séculos, vem abrindo largo sulco de tratos que lhe deram seus carcereiros, foi forçado a
caridade e justiça". suicidar-se. Nada é menos seguro, entretanto o mistério paira sobre
Em um dos cantões da Suíça, por exemplo, sobre o fim desse original adepto das ciências secretas.
cujo nome a memória nos falha neste momento, mas que se Motivos, que não desejamos interpretar, levaram a
poderá encontrar lendo uma obra, que se diz da autoria dele, nossa amada Mestra H. P. Blavatsky a dar uma opinião toda
intitulada L'Evangile de Cagliostro, foi erguido um pessoal a seu respeito, tal como se pode ver no seu Glossário
monumento em homenagem aos benefícios por ele prestados Teosófico: "Sua história corrente é conhecida de sobra para que
aos habitantes daquela localidade, e, no mármore, cantados haja necessidade de repeti-la, enquanto a sua verdadeira história
em versos os seus gloriosos feitos. Uma cópia da dita estátua nunca se relatou. Finalmente, foi processado e sentenciado em
se acha no frontispício da mesma obra; aliás, serviu para a Roma como herege; e diz-se que foi forçado a suicidar-se em seu
reprodução de um quadro, que a SBE (Sociedade Brasileira cárcere. Entretanto, seu fim não foi de todo imerecido, porquanto
de Eubiose, então, Sociedade Teosófica Brasileira) possui em Cagliostro havia sido infiel aos seus votos em alguns conceitos,
sua sala de reuniões (atualmente, esse quadro se encontra no quebrando o seu estado de castidade e cedendo à ambição e ao
Museu do Templo de São Lourenço, MG), juntamente com as egoísmo".
Quando um outro não menos misterioso Ser assim seu nome e as suas práticas de feitiçaria, outrora condenados
se expressa, principalmente, para conduzir os sequiosos pela Igreja Romana e demonstrados pela eminentíssima
de Luz através da Vereda dos Mestres, por sua vez, foi pena do Sr. Marquês de Mirvile como obras satânicas,
forçado a lançar mão dos “véus mayávicos da iniciação”, transformaram-se, por sua vez, segundo a Mágica Igreja, em
tal como, a todo instante, dizia seu dedicado auxiliar, Cel. milagres de uma santa digna de figurar no “Flos
Olcott, "que não sabia se tal ou qual fato era real ... ", mas Sanctorum”!
se devido à "maya hipnótica" de Blavatsky, o que Napoleão, à frente de suas tropas, era um verdadeiro
poderemos dizer desse seu julgamento para com o pobre mago, mas deixou de sê-lo, quando ele próprio pronunciou
Cagliostro, senão aquilo que a nossa opinião pessoal nos as memoráveis palavras: "A minha estrela já não mais me
induz a fazer, embora com todo o respeito, que a sua protege".
memória nos merece, e como fiéis servidores de sua Obra Dizem, ainda, os sábios e historiadores que São
grandiosa no mundo? Germano era enviado especial de Paris, enquanto Cagliostro
É opinião de alguns que Cagliostro afastou-se da vinha de Nápoles.
Lei, etc. No entanto, tendo a Mestra Blavatsky tomado Achamos esses dois lugares demasiadamente
parte na Batalha de Montana, ao lado de Garibaldi, onde exotéricos para serem, em realidade, os pontos donde essas
foi ferida mortalmente, estando, portanto, de armas na personagens vieram em missão especial para o mundo!
mão lutando contra irmãos, não deixou, com isso, de ser Assim, preferiríamos afirmar que o primeiro procede da
"a excelsa inspiradora dos ensinos teosóficos no mundo, Índia, ou mesmo do Tibete, e o segundo, de misteriosa
como discípula eleita da Loja Branca". Não! Fraternidade africana, lugares esses para onde deveriam ter
Absolutamente, não! voltado depois de realizadas suas missões, embora isso
Do mesmo modo, Cagliostro, cuja missão, até hoje, prejudique a lenda do suicídio em Sant'Angelo e outras
é desconhecida, como a própria Mestra o afirma, foi o tantas fantasias que correm sobre o nosso biografado de hoje.
escolhido para uma missão espinhosíssima, mui Quem nos poderá negar que a Queda da Bastilha não
principalmente, para a corte de um rei devasso e em época houvesse sido, de fato, um dos muitos manejos ocultos
de céticos e maliciosos, como os Voltaires, os d'Argens, os empregados pelo misterioso adepto enviado do Egito?
Diderots e outros muitos! Assim foi, na mesma época, a Do mesmo modo que São Germano, Cagliostro
missão do Conde Saint-Germain. poderia dizer a respeito de seus pais: "Com sete anos de idade
Diz o adágio: "Cada povo tem o governo que fui proscrito e vaguei com minha mãe na floresta". Sim, porque a
merece", o qual pode ser mais bem aplicado ao verdadeiro sua verdadeira mãe era a ciência dos adeptos; os seus sete
Governo Oculto que dirige os destinos humanos. anos, a Ciência dos iniciados promovidos ao grau de Mestre;
Sim, Cagliostro era um charlatão, porém, desde as florestas são os impérios privados da verdadeira
que a opinião pública fez dele o “divino Cagliostro", devia Civilização e da verdadeira Luz, como, ainda, a gloriosa
operar prodígios, e foi o que aconteceu. Agartha, ou o Sacrossanto lugar onde se realizam as grandes
Joana D'Arc, também, era charlatã, porque o Assembleias dos Deuses!
charlatanismo, quando triunfa, é, em Magia, como em Salve Cagliostro! ?
tudo mais, um grande instrumento de poder. Joana D'Arc *Extraído da Revista Dhârana nº 29, de novembro de 1928, órgão
praticava, portanto, Magia à frente do exército, mas, em oficial de divulgação da Sociedade Brasileira de Eubiose, o autor é o
Ruão, a pobre moça não foi feiticeira. seu fundador.
Levada à fogueira inquisitorial, no entanto, hoje,
a b

O escritor de talento é, de fato, um mago da escrita. Através do bailado do


seu grafite cria mundos e fantasias que envolvem, de tal modo, o leitor com
seu livro, que, ambos se confundem na tentativa de saber quem, na verdade,
está segurando quem!
Feitosa - Revista Arte Real
Escocismo – Parte II
Cristiano José Rehder

O
autor da Franco-Maçonaria, intitulada de revelá-los, jamais. A promessa sagrada não era, pois, um
escocesa, foi o barão de Ramsay, nobre escocês, juramento execrável, como se atribui, senão um laço respeitável
jacobita ardente e preceptor de pretendente Carlos para unir os homens de todas as nações em uma mesma
Eduardo Stuart, convertido ao catolicismo por Fenelon; confraternidade. Algum tempo depois, nossa Ordem se uniu,
Stuart se ocupou, toda a vida, de intrigas e de complôs. intimamente, com os Cavaleiros de São João de Jerusalém.
Consta que Ramsay disse ao Grão-Mestre Jouaust, Desde aquele dia, nossas Lojas levaram o título de Lojas de São
em sua história do Grande Oriente da França, que imaginou João em todos os países. Essa união se fez à imitação dos
agregar ao Mestrado um Escocês, um Noviço, um Cavaleiro israelitas, quando estes reedificaram o segundo templo, em
do Templo e um Real Arca. Nada sabemos, hoje, sobre os cujos trabalhos manejavam, com uma das mãos, a trolha, e a
rituais que acompanharam esses Graus, porém é certo, a espada e o escudo, com a outra (Esdras.IV,16).
nossos olhos, que o Cavaleiro do Templo de Ramsay não é o Os reis, príncipes e os senhores, ao regressarem da
Templário Moderno, sucessor e vingador de Jacob DeMolay. Palestina, estabeleceram, em seus estados e domínios,
Ramsay, protestante, convertido ao diferentes Lojas de São João, nas quais mantinham
catolicismo e em ralações diárias com Roma e a íntima aliança, existente entre eles.
com os Jesuítas, por interesses do partido dos Ramsay estava muito versado nos estudos
Stuart, imaginou um Grau ilustre, destinado a teológicos, aos quais se havia dedicado desde a
relacionar, pelas Cruzadas, o Templo de juventude. Foi fácil, portanto, acomodar a lenda
Salomão com o de Jerusalém, dando o bíblica na redação dos catecismos e instruções
esplendor da Cavalaria ao moderno históricas desses graus. Ele era escocês e pretendeu
companheirismo dos discípulos de Hiram. que essas elucubrações vieram da Escócia. Deu-
A tese sustentada por Ramsay, em 1738, lhes uma origem ilustre, ligando-as com as
em um discurso solene, pronunciado ante a Cruzadas, o que fazia seus graus mais agradáveis
Grande Loja da França, foi: "O nome de free- aos adeptos, que a simples free-masonary da
masons não deve, pois, ser tomado em um Grande Loja de Londres, e os distinguiu da
sentido literal, grosseiro e material, como se, efetivamente, Maçonaria Inglesa, dando-lhes o título de escoceses. Tal é a
nossos instituidores tivessem sido simples trabalhadores em origem mais racional do Escocismo na Maçonaria.
pedra e mármore, ou gênios puramente curiosos, estudiosos Mais tarde, quando o Escocismo foi estendendo-se com
das artes. Entre eles, não só hábeis arquitetos querendo êxito na França e em outros países, à Escócia não faltou reivindicar
consagrar seus talentos e seus bens à construção dos templos a Maçonaria Escocesa e se remontar, também, a origem do Rito de
exteriores, mas também príncipes religiosos e guerreiros, que Heredom, de Kilwinning (um dos ramos do Escocismo), até o ano
desejando, ardentemente, edificar, esclarecer e proteger os de 1150, por mais que se tenha a certeza de que a Grande Loja de
templos viventes do Altíssimo. Kilwinning não data mais que o ano de 1763.
Isso é o que demonstra o desenvolvimento da Fica, plenamente, demonstrado que a Maçonaria
história da Ordem. No tempo das “guerras santas” da Cavalheiresca Templária pretendida, descendente das
Palestina, muitos príncipes, senhores e cidadãos entraram na Cruzadas, e que, já do primeiro dia, tentou-se fazer passar
Sociedade, fazendo voto de restabelecer os templos dos como superior à Inglesa, não pode, de maneira alguma, ter
cristãos na Terra Santa e se comprometendo, sob juramento, origem na Escócia, porquanto a Franco-Maçonaria Filosófica
a empregar seus talentos e bens para devolver à Arquitetura não havia nascido naquele país, ainda. Contudo, por causa de
seu primitivo esplendor. cisão entre algumas Lojas, a ficção do Escocismo serviu a uma
Congregaram-se em muitos sinais antigos, em delas para erigir-se em autoridade rival. Essa foi a Loja do
palavras simbólicas, tiradas do fundo da religião, para pequeno bairro de Kilwinning, que, ao se revestir de títulos das
distinguir-se dos infiéis e reconhecer-se entre estes. Esses Lojas escocesas, pretendeu ser inscrita a primeira no quadro das
sinais e palavras se comunicavam àqueles que prometiam, que concorriam a formar a Grande Loja de Edimburgo, por
solene e frequentemente, aos pés dos mesmos altares, não datar sua existência dos tempos do rei Robert Bruce.
Porém, como não pôde fundar sua pretensão em Maçônicas, naquela época, simples corporações de obreiros,
nenhum documento autêntico, por carecer de títulos, deu- ainda que a Ordem Templária se achasse formada da flor da
se preferência à Loja Santa Maria, que exibiu uma patente, nobreza de toda a cristandade.
remontando ao ano de 1598. A Loja de Kilwinning Aos sete graus de Ramsay, logo se sucederam as
protestou e insistiu em suas pretensões, alegando que era superposições do Eleito, grau bíblico, fundado sobre a
notório Robert Bruce haver aceitado o patronato de seus vingança, na continuação da lenda de Hiram; do Eleito,
maçons, em recompensa dos serviços que estes lhe haviam nasceu o Kadosch. Seguindo a escala progressiva das
prestado em uma batalha contra os ingleses, e que os inovações, foram aparecendo, sucessivamente: os Príncipes
antigos reis da Escócia haviam continuado a exercer o dito do Real Segredo, os Inquisidores e os Inspetores, formando
cargo. um conjunto de 25 graus; pouco depois, seu número elevou-
Foi, seguidamente, rejeitada sua tese. Então, se a 33.
retirou-se e se erigiu em potência rival sob o título de Loja Logo se abre um horizonte mais dilatado,
Mãe Real, dando entrada nas inovações de Ramsay, que pretendendo uma renovação dos mistérios antigos do Egito,
havia tratado, inutilmente, até aquele dia, de fazer aceitar dividido em 90 graus, sob o título de Rito de Misraim. A
pela Grande Loja de Londres, criando o Rito conhecido verdade é que, hoje o Rito Escocês Antigo e Aceito é um rito
com o nome de Ordem de Heredom de Kilwinnig, uma em seus altos graus (4 a 33), totalmente distinto da
imitação do Rito de Perfeição, praticado na França pelo Maçonaria Simbólica, simples e pura. Os graus filosóficos
Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente. são ilustrativos, históricos e religiosos, com profundo tom
Havia Templários na Escócia, como, também, na filosófico, voltados para o dia-a-dia, não devendo ser
França. Sua Ordem foi dispersada, porém não perseguida. encarados como uma ostentação de paramentos e de
Não tiveram necessidade de se refugiarem nas Lojas orgulho. ?
a b

A Maçonaria e o Apostolado*
José Castellani

M
uito se tem escrito sobre o Apostolado, Tibiriçá, D. Pedro, Rômulo, Antonio Carlos, Falkland. Os
inclusive, que ele fora fundado por José integrantes do Apostolado, que se tratavam como
Bonifácio, porque este não gostou de sua "camaradas", dividiam-se em quatro categorias, em
destituição do cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente, sentido ascendente: a dos Recrutas, a dos Escudeiros, a
fato não-verdadeiro, pois o chamado Apostolado foi dos Cavaleiros e a dos Apóstolos. Um laço no lado direito
fundado antes do Grande Oriente, em 2 de junho de 1822, do peito indicava o grau: amarelo, para os Recrutas;
e as principais figuras do movimento emancipador, como, encarnado, para os Escudeiros; azul-celeste, para os
por exemplo, D. Pedro, Lêdo e o cônego Januário, faziam Cavaleiros; branco, para os Apóstolos. Os profanos eram
parte dele, ao lado de José chamados de "paisanos".
Bonifácio e, Posteriormente, o
posteriormente, de seu Apostolado resolveu se
irmão, também maçom, dividir em três Palestras: a
Antônio Carlos Ribeiro primeira, sob o título de
de Andrada e Silva. "Independência ou Morte";
O "Apostolado da a segunda, de "União e
Nobre Ordem dos Tranquilidade"; a terceira,
Cavaleiros da Santa de "Firmeza e Lealdade".
Cruz" foi instalado em 2 Os neófitos
de junho de 1822, e o prestavam o seguinte
Príncipe-Regente, D. juramento: "Juro aos Santos
Pedro, que tomara parte Evangelhos guardar,
na reunião de fundação, escrupulosamente, os segredos
foi eleito seu chefe, por de meu grau, não
proposta de José comunicando a pessoa alguma
Bonifácio, com o título de Arconte-Rei, tomando posse na paisana qualquer coisa que, na qualidade de Recruta, me for
reunião seguinte, em 22 de junho. Era uma organização confiada, nem tão pouco instruir a alguém do sinal da Ordem dos
nos moldes da Carbonária europeia, cuja atuação Cavaleiros da Santa Cruz, toque, senha e contrasenha
Bonifácio bem conhecera, durante os anos em que correspondente... Juro, finalmente, promover, com todas as minhas
permanecera na Europa. forças e a custo da minha vida, fazer a Integridade, Independência
O corpo principal da entidade era a "Palestra", e e Felicidade do Brasil, como Império constitucional, opondo-me
seus membros, também, adotavam nomes simbólicos, tanto ao despotismo, que o altera, como à anarquia, que o dissolve.
ou heroicos, como os maçons: José Bonifácio era Assim Deus me ajude”.
O "Livro das Atas do Apostolado", como comprova homens coléricos e furiosos. Por mais cientes que eles sejam,
Rio Branco, em notas à "História da Independência do nunca acham a razão e só propendem para o crime ".
Brasil", de Varnhagen, figurou na Exposição de História do Daí para frente, as hostilidades aumentaram, fazendo
Brasil, de 1881, sob o nº 6.986 do catálogo, junto com outro José Bonifácio ficar aguardando um pretexto para ir à desforra.
volume, que trazia o juramento e as assinaturas de cem E esse pretexto surgiu, quando ele soube que Lêdo, Nóbrega e
membros da sociedade, sendo que as quatro primeiras Clemente Pereira haviam exigido de D. Pedro, três assinaturas
principais, portanto, eram as de D. Pedro, de José Bonifácio, em branco e o juramento prévio à Constituição a ser aprovada
de Nóbrega e de Lêdo. O Livro de Atas contém as atas das pela Assembleia Constituinte. No Ofício do Senado da Câmara
sessões de 2 e 22 de junho, 5, 9, 17, 24 e 31 de julho, uma sem do Rio de Janeiro, ao de São Paulo, datado de 17 de setembro de
data, 10 de agosto, 7, 12 e 18 de dezembro de 1822, 2 de 1822, Clemente Pereira, presidente daquela Casa, demonstra a
janeiro, 2, 7 e 22 de fevereiro, 1 de março, 1 e 21 de abril, 6 e disposição do grupo de Lêdo, que dominava a Câmara, de
15 de maio de 1823. Em 1823, o Apostolado seria, também, tornar D. Pedro um monarca sem poderes, prisioneiro da
fechado por D. Pedro. Constituição e da futura Assembleia Constituinte. Escrevia ele,
O Apostolado e o Grande Oriente viriam a entre outras coisas: " ... prestando o mesmo Senhor, previamente, um
representar facções diferentes da Maçonaria brasileira: a juramento solene de guardar, manter e defender a Constituição, que
primeira, sob a liderança de Bonifácio; a segunda, sob a de fizer a Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa Brasílica”.
Lêdo. Ambas defendendo a emancipação política do país, Diante disso, José Bonifácio conseguiu convencer D.
mas sob formas diferentes de governo e maneiras diferentes Pedro de que as três assinaturas em branco e um juramento
de encarar a questão. O grupo de Lêdo defendia o prévio a uma coisa, ainda, inexistente eram exigências
rompimento total dos laços com a metrópole portuguesa e absurdas, aconselhando-o, então, a reaver as três assinaturas e a
um regime que o aproximasse mais daquele dos demais evitar o juramento prévio. Mesmo assim, todavia, a facção
países latino-americanos, que, paulatinamente, iam representada por Clemente Pereira não desistiu de seu intento
conseguindo sua independência da Coroa espanhola. O até dois dias antes da aclamação do Imperador. Na realidade,
grupo de Bonifácio, presente no Grande Oriente, mas no dia 10 de outubro, o grupo começou a se reunir no Senado
encastelado, principalmente, no Apostolado, pregava a união da Câmara, iniciando um movimento para, dali, ir ao Paço de
brasílico-lusa, ou seja, uma comunidade luso-brasileira de São Cristóvão, exigir que D. Pedro jurasse, previamente, a
países autônomos, que englobasse as colônias e não futura Constituição. Os participantes, todavia, não lograram
admitisse a escravização dos negros. seu intento, pois Bonifácio, sabedor do fato, mandou dispersar
Na luta por maior prestígio político e influência o ajuntamento. Como corolário de tudo isso, D. Pedro, como
sobre D. Pedro, desencadearam-se hostilidades entre os dois Grão-Mestre, suspendia, através de carta datada de 21 de
grupos, as quais culminariam com o processo de outubro de outubro, as atividades do Grande Oriente. Embora ele tivesse,
1822, conhecido como "Bonifácia". poucos dias depois, autorizado a sua reabertura, esta não
As ideias separatistas fermentavam desde a aconteceu devido ao processo movido contra os partidários de
Revolução Pernambucana de 1817, mas os mais exaltados do Lêdo, com a consequente prisão de quase todos os seus
grupo de Lêdo queriam a República, enquanto José Bonifácio membros, próceres destacados do Grande Oriente.
dava mostras de que entendia a Independência dentro de O Apostolado, todavia, não iria sobreviver muito
uma união com o Reino de Portugal e Algarve, tempo ao Grande Oriente.
salvaguardados os interesses do Brasil, num regime de Devido a uma queda que sofrera e que lhe havia
monarquia constitucional. provocado fratura de costelas, o Imperador tinha deixado de
Havia, evidentemente, interesses políticos em jogo, já frequentar o Apostolado, desde 30 de junho de 1823. Consta
que ambos os grupos disputavam as boas graças do Príncipe que, aproveitando-se dessa ausência, os apóstolos tramavam
Regente, visando, cada um deles, ao esmagamento do uma terrível conjuração contra a pessoa de D. Pedro, o seu
adversário. Até a ascensão de D. Pedro ao Grão-Mestrado do Arconte-Rei. E essa suposta conjura acabou sendo denunciada
Grande Oriente, havia, pelo menos, uma cordialidade através de uma carta anônima, redigida em alemão, a qual foi
aparente entre os dois grupos. Depois disso, ou seja, após 28 recebida pelo Imperador e traduzida pela Imperatriz
de setembro, esse tênue vínculo rompeu-se totalmente, e as Leopoldina. Essa carta fora entregue por um desconhecido,
hostilidades sucederam-se de parte a parte, começando com colocada dentro de outra, dirigida ao Tesoureiro da Casa
o próprio discurso de recepção ao novo Grão-Mestre, no qual Imperial, Plácido Antonio Pereira de Abreu. Nesta outra,
o orador, Domingos Alves Branco, faz, indiretamente, Plácido era avisado de que sua existência correria perigo se
pesados ataques a Bonifácio e aos seus seguidores, como no aquela missiva não fosse entregue, naquele mesmo dia, na
seguinte trecho: "(..) Apartai-vos, digno Grão-Mestre, de própria mão do Imperador.
D. Pedro, ao recebê-la, chamou o ministro José com a recomendação de que não saísse, sugere que o
Bonifácio ao Paço, por volta das seis horas, para conversar, Imperador quis poupá-lo do constrangimento a que foram
e, sem nada revelar-lhe, deixou-o em conversa com a submetidos os demais apóstolos. De qualquer maneira,
Imperatriz, recomendando-lhe que não saísse. Depois acontecimentos posteriores iriam culminar com a queda dos
disso, embora envolto em ligaduras, vestiu-se e saiu Andradas e com o exílio de José Bonifácio para a França, a 20
acompanhado de oficiais de confiança e de cerca de de novembro de 1823, depois do fechamento da Assembleia
cinquenta soldados, todos bem armados. Entrando na Constituinte por D. Pedro.
sede do Apostolado, tomou o trono do presidente Antônio Depois disso, os maçons do Grande Oriente e os
Carlos Ribeiro de Andrada e Silva e confiscou o pequeno apóstolos, que tinham visto suas entidades serem fechadas pelo
cofre, onde eram guardados papéis da sociedade, Imperador, uniram-se contra ele, em um processo de
anunciando: "Podem retirar-se, ficando cientes de que não solapamento do trono, cuja culminância foi a abdicação de 7 de
haverá mais reuniões no Apostolado sem minha ordem". Era o abril de 1831, após a qual foi reinstalado o Grande Oriente. ?
dia 15 de julho de 1823. * Extraído do livro ”História do Grande Oriente do Brasil”, de
O fato de José Bonifácio ter sido chamado ao Paço, José Castellani, sob o título O Grande Oriente e o Apostolado.
a b

A Maçonaria e Seus Rituais do Séculos XVIII e Começo do XIX


José Manuel M. Anes

A
Maçonaria, embora remetendo para a tradição das Os rituais maçônicos, associados à Maçonaria dos
Corporações Medievais de Companheiros “modernos”, são os que integram o chamado Rito de Emulação
Construtores, “operativos” – e em alguns casos para (Emulation Rite), denominação estabelecida em 1823, ano do
uma suposta origem templária – começa, na sua forma Union Act, que juntou, num compromisso, Antigos e Modernos,
moderna no século XVII, quer na Escócia, quer na Inglaterra, na Grande Loja Unida de Inglaterra, que influenciou a criação,
período em que são “aceitos” nas Lojas, como membros, os em França, do Rito Moderno ou Rito Francês. Claramente
“especulativos” (burgueses, clérigos, aristocratas, intelectuais, integrado nesse espírito dos “modernos”, está o Rito Escocês
etc.), isto é, os não-pedreiros-construtores. Os rituais Antigo e Aceite (Scottish Rite), que se foi estabelecendo a partir
“especulativos”, onde já não se trata, agora, de de um conjunto de diversos graus (alguns deles
construir edifícios, comemoram integrados no chamado Rito de Perfeição), ate à
simbolicamente a construção dos templos sua codificação final em 1801 (Charleston, EUA).
sagrados - particularmente a construção do Associados com a Maçonaria dos
Templo de Salomão - e os instrumentos e “antigos”, que é (como vimos) uma Maçonaria
materiais simbolizam, no momento, operações cristã, temos o Rito de York, a Estrita Observância
que conduzem ao aperfeiçoamento do Homem Templária, o Rito ou Regime Escocês Retificado, o
e da Sociedade. Rito de Zinnendorf, o Rito Sueco, etc.
A primeira Grande Loja foi a de Tudo isso, no quadro dos graus
Londres, criada em 1717, que agrupava quatro “simbólicos” e no contexto da Maçonaria de
Lojas de maçons “aceitos” – reunindo-se, nessa fundo judaico-cristão. No que diz respeito à
altura, em salas anexas a tavernas, os futuros Maçonaria “neopagã”, “hermética” ou
pubs num espírito “moderno” e ecumênico, isto “alquímica”, é de referir, principalmente, as
é, de abrangente tolerância (espírito codificado nas constituições: em 1759, do Rito dos Filadelfos, em Narbonne; em
Constituições de Anderson de 1723), integrando, nas Lojas, 1767, do Rito de Crata Repoa, na Alemanha; em 1773, do Rito dos
pessoas de diversas confissões cristãs e, mais tarde, de diferentes Filaletos, em Lyon; em 1784, do Rito Egípcio, ou Rito Primitivo,
religiões, evocando todas elas, o Grande Arquiteto do Universo, de Cagliostro, que, cerca de 1788, em Veneza, daria origem ao
símbolo maçônico do Deus criador e, também, em algumas Rito de Misraim (o qual seria codificado em Paris, em 1813, e
versões mais recentes, o Princípio ordenador do Caos. fundido, em 1876, com o Rito Oriental ou de Mênfis, criado em
Os chamados “antigos” seguiam uma via maçônica 1838).
imersa num cristianismo estrito, que decorria da antiga Haverá, ainda, que referir outros ritos não-maçônicos, ou
tradição que chegou até ao século XVII; resolveram paramaçônicos, do século XVIII, tais como o da Estrela
desenvolver a corrente antimodernista e antiecumênica, Flamejante, do Barão Tschoudy, o dos Iluminados de Avignon,
criando a Grande Loja de York em 1725 e, em 1753, a chamada do Abade Dom Pernety – ambos alquímicos – e o sistema da
Grande Loja dos “Antigos”. Rosa-Cruz de Ouro (do Antigo Sistema). Em corte radical com
Restringindo-nos, neste quadro, aos três primeiros esse universo esotérico e místico, é de referir os Iluminados da
Graus Maçônicos Simbólicos – de Aprendiz, de Baviera, criado em 1771 por Adam Weishaupt, grupo racionalista
Companheiro e de Mestre - constituindo aquilo que se e anticlerical, habitualmente, denominado como “uma máquina
denomina de Craft, Métier, ou Ofício, salientemos, desde de guerra contra a Igreja e as monarquias absolutas” – o que é
já, que, em geral, um rito apresenta uma coerência verdade – realizador da Revolução Francesa (tudo indica não ser
doutrinária do primeiro ao último grau. verdade). ?
a b
O Medo Causado Pela Inteligência
“Não é suficiente que façamos o melhor, às vezes temos que fazer o que é necessário!”
Winston Churchill

Autor ignorado

Q
uando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de muralhas de granito, por onde talentosos não conseguem
pronunciar seu discurso de estreia na Câmara dos passar. Em todas as áreas, encontramos essas fortalezas
Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às
amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro legiões dos lúcidos.
desempenho naquela assembleia de vedetes políticas. O Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma
velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan,
paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi somos forçados a admitir que uma pessoa precisa se fingir
muito brilhante nesse seu primeiro discurso na Casa. Isso de burra, se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a
é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na alguém até numa conversa social.
sombra. Devia ter gaguejado um Assim, como um grupo de
pouco. Com a inteligência que senhoras burguesas bem-casadas
demonstrou hoje, deve ter boicota, automaticamente, a
conquistado, no mínimo, uns entrada de uma jovem mulher
trinta inimigos. O talento assusta". bonita no seu círculo de
Ali estava uma das convivência, por medo de perder
melhores lições de abismo, dada seus maridos, também, os
por um velho sábio ao pupilo, que encastelados medíocres se fecham
se iniciava em uma carreira difícil. como ostras, à simples aparição de
Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, um talentoso jovem, que os possa
no Brasil. Não é demais lembrar a ameaçar. Eles conhecem bem suas
famosa trova de Rui Barbosa: "Há limitações, sabem como lhes custa
tantos burros mandando em desempenhar tarefas, que os mais
homens de inteligência, que, às dotados realizam com uma perna
vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência". nas costas...
A maior parte das pessoas encasteladas em Enfim, à medida que admiram a facilidade com que
posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os
da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante!
os medíocres são mais obstinados na conquista de Infelizmente, temos de viver segundo essas regras
posições. Sabem ocupar os espaços vazios, deixados pelos absurdas que transformam a inteligência numa espécie de
talentosos displicentes, que não revelam o apetite do desvantagem perante a vida.
poder. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues:
Mas, é preciso considerar que esses medíocres "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra". O problema é que
ladinos, oportunistas e ambiciosos têm o hábito de os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então,
salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras dos medíocres! ?
a b

a Eventos Culturais b
Participem do XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica. De 8 a 10 de abril, em Brasília. Apoio cultural Revista Arte Real.

a Blog b
Visitem o Blog da Loja de Estudos e Pesquisas Quatuor Coronati Pedro Campos de Miranda
http://lojadepesquisas.blogspot.com/

a Site b
Acessem http://livralivro.com.br e conheçam o site de troca de livros na internet. É gratuito e qualquer pessoa pode
utilizá-lo. A troca dos livros é feita, diretamente, entre os usuários, o site apenas controla o processo de troca.

a Arte Real – Edições Anteriores b


As edições anteriores se encontram disponíveis para download em vários sites maçônicos e, também, no site www.entreirmaos.net
a b
O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ,
Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias
Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e
Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.
“A Obra, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de
forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por
sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre valor didático e jurídico,
a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna
que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso
instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ?
Sérgio Cavalieri Filho
Desembargador do TJ/RJ

Esta obra visa mostrar ao leitor, através de belas crônicas, a


história pitoresca de Cosmópolis, cidade de uma vila dependente,
assim como a maioria das cidades brasileiras. Ostentando futuro
promissor, intensa vida econômica social e estratégica posição
geográfica, essa “cidade-universal” vizinha e antigo Distrito de
Campinas, SP, guarda relatos memoráveis, que recebem tons de
lindo matiz, contados com a mestria de nosso querido Irmão José
Honorato Fozzati.
Vale a pena conferir! ?
a b

A
rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro
na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de
informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para 14.937 e-
mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites
maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito
positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos
repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse
altruístico trabalho.
Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33º
Revisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º
Colaboradores nesta edição:
Cristiano José Rehder – Henrique José de Souza - João Geraldo de Freitas Camanho – José Castellani – José Manuel M. Anes
Weber Varrasquim.
Empresas dos Irmãos Patrocinadores:
Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – Bisotto Imóveis - CFC Objetiva Auto Escola –
CONCIV – Correa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial - Dirija Rent a Car – Empório
Bacellar - Formadores de Opinião – Gerson Muneron Advocacia - Gráfica Everesty – Honorato (livro) -
Ideal Despachos Aduaneiros Ltda – Kit Market - López y López Advogados – Olheiros.com – Perícias &
Avaliações - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Reinaldo Pinto (livro) -
Saneartec - Santana Pneus – Studio Allegro - Sysprodata.
Contatos: MSN - entre-irmaos@hotmail.com E-mail – revistaartereal@entreirmaos.net
Skype – francisco.feitosa.da.fonseca ( (35) 3331-1288 / 8806-7175
Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura! ?
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