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O LIVRO DA

ETIQUETA VAIÑËAVA
Instruções para o aspirante
ao Bhakti-yoga

Por
B.A.Paramadvaiti Swami

EDITORIAL DEL LOS VAISNAVAS ACARYAS


Lima, Perú
ÍNDICE

Introdução 3
I Limpeza do Templo de Guëòicä 5
II A relação com o Mestre Espiritual 6
III Etiqueta e regulações no Templo 7
IV Segurança 8
V Mães e Filhos 9
VI Área do Templo 9
VII Digas de limpeza pessoal no Äçrama 11
VIII Vestuário dos devotos 11
IX Banheiros 11
X e XI Cozinha e Prasädam 11
XII Veículos 14
XIII Vizinhança 15
XIV Ofensas contra o Santo Nome 15
XV Ofensas à Adoração 15
XVI As Reverências 17
XVII Ofensas contra o Lugar Sagrado 18
XVIII e XIX Humildade e trato com os devotos 18
XX Como cantar Jäpa 19
XXI Recepcionar Visitantes 19
XXII Como pregar Hari-näma-saìkértan 20
XXIII Conselhos pessoais – Sädhana-bhakti 21
XXIV Administração Vaiñëava 22
XXV Regras para os devotos casados - gåhasthas 22

O LIVRO DA ETIQUETA VAISNAVA FOI COMPILADO NO SERVIÇO DE SRI GURU Y GOURANGA,


PELO MAIS INSIGNIFICANTE ASPIRANTE A TORNAR-SE SERVO DOS VAISHNAVAS
B.A. Paramadvaiti Swami

Título em espanhol:
EL LIBRO DE LA
ETIQUETA VAISNAVA
Instrucciones para el aspirante
al Bhakti-yoga

Traduzido da versão em espanhol para língua portuguesa em novembro/2001 por Sanatana Dasa
Rio de Janeiro – Brasil

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS DA TRADUÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA


PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARA FINS COMERCIAS SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO

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INTRODUÇÃO

A Etiqueta Vaiñëava é muito importante, mais do que pensamos. Aqui no Ocidente existem muitas
regras de conduta entre os assim chamados “cavalheiros”, que contudo comem carne, pensam que o
mundo provém de uma explosão e que o sexo ilícito é a meta da vida.
Çréla Prabhupäda veio nos ensinar a verdadeira vida de seres humanos. Ainda assim, são poucos
os devotos que desejam praticar estas regras para se converterem em Vaiñëavas de altas
qualificações.
Acar é comportamento, e Pracar é a pregação. Ambos aspectos são importantíssimos.
Abandonemos os apegos a nossos Mleccha saàskäras (costumes subumanos), para tratarmos de
chegar a um nível de vida que compraza a Çréla Prabhupäda e Çréla Çrédhara Mahäräja.

ETIQUETA VAIÑËAVA

A Etiqueta Vaiñëava que se encontra sob a direção de Çréla Çrédhara Mahäräja é muito
impressionante, pois passa sobre as regras e regulações que usamos em nossos templos, etiqueta que
provem de amor real de um devoto a outro; Amor e Serviço Espontâneo.
Neste manual quero dar a vocês alguns dos aspectos dessa extática Etiqueta Vaiñëava.
Uma das principais características que observei, foi o cuidado e a atenção que cada devoto presta
pelo bem-estar dos demais. Por exemplo: os devotos Brähmaëas são sempre os que distribuem o
prasädam; eles se asseguram que cada um receba exatamente o que deseja e que coma sem
ansiedade, em um ambiente cem por cento amável e sem rivalidades. Para que isto possa ser levado a
cabo em nossos templos, os devotos com algum grau de realização pessoal devem distribuir o
prasädam. Isto é muito estrito no äçrama de Çréla Çrédhara Mahäräja.
Não só para os sannyäsés senão também entre si, os mesmos devotos, oferecem reverências todas
as manhãs. Ao se encontrarem durante o dia, os devotos não consideram mais necessário repetir as
reverências. Esta forma de respeitar os vaiñëavas desperta por vez a qualidade da humildade.
Os devotos do äçrama de Çréla Çrédhara Mahäräja, sempre querem saber onde se encontram os
demais devotos, e é considerado uma falta de etiqueta afastar-se de sua associação por muito tempo
sem avisar sobre o lugar para onde se vá. Quando uma pessoa querida se ausenta por algum tempo, os
demais são afetados perturbando-se assim suas mentes. Por isso, os devotos sempre se saúdam ao
chegar, y sempre se despedem antes de partir para outro lugar.
Todos os devotos do äçrama de Çréla Çrédhara Mahäräja podiam subir pelo menos uma vez ao
dia onde ficava Sua Divina Graça para oferecer-lhe suas respeitosas reverências.
Os devotos devem preocupar-se uns com os outros. Por exemplo, quando um devoto se sente mal ou
está enfermo, imediatamente os demais devem buscar meios para aliviar o seu sofrimento.
Na Gaudéya-sampradäya existe um sistema tradicional para mostrar respeito aos superiores: o grau
de avanço do devoto é avaliado de acordo com o tempo que esteja servindo ao Mestre Espiritual. Em
outras palavras, é superior o devoto que tenha sido iniciado primeiro. Claro que devido a fato que os
devotos nunca se sentem superiores, isto só aumenta o intercâmbio devocional entre eles. Na hora do
prasädam todos os devotos devem sentar em fila para que aqueles que estão servindo possam atendê-
los amavelmente.
Na forma de como se sentam se pode observar a etiqueta de seu senhor.
Quando diferentes vaiñëavas estão falando, sempre deve dirigir a conversa ao com maior
realização, e assim respeitando estes níveis até os bhaktas. Então há um intercâmbio muito extático
devido a que os devotos sempre querem oferecer a seus superiores um respeito extra e estes nunca
querem recebê-lo, porque não se sentem dignos de nenhuma atenção especial.
Um intercâmbio de querer oferecer respeitos e de não querer recebê-los é exatamente o espírito que
deve existir na associação vaiñëava, assim como Çré Caitanya Mahäprabhu o explicou em seu
terceiro verso do Çikñäñöaka, no qual se diz que o devoto está desejoso de oferecer todo respeito aos
demais e não espera nada para si mesmo.

OUTROS DETALHES DO ÄÇRAMA DE ÇRÉLA ÇRÉDHARA MAHÄRÄJA(*)

Limpeza se executa estritamente. Há regras rígidas na cozinha e para o bhoga, os quais se


consideram completamente Sagrados por estarem a serviço do Senhor Supremo.
É impressionante o cuidado que Çréla Çrédhara Mahäräja mostra a seus devotos com respeito ao
gerenciamento do lakñmé do Senhor. Na realidade, lakñmé é o dinheiro que se utiliza para o serviço
de Kåñëa, e Kåñëa tem tudo sob a administração de Çrématé Rädhäräné. Logo ela e todos os
devotos a Seu serviço têm muito cuidado de que não se gaste mal a energia de Kåñëa e que todos
Seus desejos se cumpram.

N.T.
(*)Quando o autor usa a expressão “Äçrama de Çréla Çrédhara Mahäräja“ está se referindo a “Sri Sri Chaitanya

3
Saraswat Math” de Navadwip, Nadia, W.Bengal, Índia.

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Para fazer qualquer gasto necessário no äçrama de Çréla Çrédhara Mahäräja, os devotos têm
que pedir autorização pessoal a ele. Este é seu serviço especial a Çrématé Rädhäräné.
Da mesma maneira, impressiona o modo como Çréla Çrédhara Mahäräja trata os seus irmãos
espirituais. Ele os faz sentar na mesma altura. Nas fotos dos festivais, se aprecia a íntima e extática
relação que desfruta Çréla Çrédhara Mahäräja com seus irmãos espirituais.
O propósito de apresentar estas instruções da etiqueta vaiñëava é o de comprazer a nossos amados
Mestres Espirituais, Çréla Prabhupäda e Çréla Çrédhara Mahäräja..
A Etiqueta Vaiñëava nos faz fortes pregadores. Ao atuar sob esta disciplina, não estaremos
cobertos pelas modalidades da paixão e da ignorância, e chegaremos a ser puros. Çréla Prabhupäda
dizia: “A limpeza é o mais próximo a Deus”. Uma comunidade limpa atrairá mais devotos potenciais,
porque imediatamente respirarão a atmosfera e ciência espiritual de Kåñëa. “TEMPLO LIMPO = MENTE
LIMPA”.
Limpeza, Humildade, Austeridade e Conhecimento da Verdade, são os pilares da vida espiritual.

LIMPEZA INTERNA

O primeiro princípio da limpeza é cantar dezesseis (16) voltas do Mahä-mantra Hare Kåñëa
diariamente. Devemos fazer isto se quisermos realmente comprazer aos nossos Mestres Espirituais.
Sem este princípio básico não haverá verdadeira limpeza, porque nossa mente e coração não estarão
limpos. Çréla Prabhupäda disse muitas vezes que se não cantamos as dezesseis voltas diariamente,
não poderemos ser considerados seres humanos. (*)
As seguintes citações de Çréla Prabhupäda com regras gerais de limpeza e etiqueta dos devotos
do Templo são apresentadas para beneficio dos devotos e do templo de Kåñëa, o que trará como
resultado o incremento da prédica e atração de pessoas de nível qualificado para nosso movimento de
Consciência de Kåñëa.
Çréla Prabhupäda dizia que cada Templo deve ajustar-se de tal maneira que ficará “primoroso”.
Se tomamos estas regras de etiqueta e de limpeza que Çréla Prabhupäda nos ensinou, ele se
sentirá muito comprazido. Por comprazer a nosso Mestre, comprazemos a Kåñëa; e se logramos que
Kåñëa está comprazido, então este Templo será sumamente atrativo para todos.

QUEM É BRÄHMAËA?

Extrato de uma conferência de Çréla Prabhupäda de 24 de Agosto de 1976, em Hyderabad, Índia:


“Se alguém não pratica vida bramínica, então não deve ser chamado de Brähmaëa. Como o juiz do
tribunal, porém se não tem as qualidades para sê-lo, não deve ser chamado juiz do tribunal. Deve existir
uma instituição educativa para educar e recuperar especialmente os Brähmaëas, cujas qualidades são
a boa conduta, a limpeza e o estar saturado da Verdade”.
Em Bombaim, até o homem mais pobre é limpo.
“Em uma ocasião estive vendo uma cozinha muito suja; tudo estava sujo e as panelas negríssimas.
Assim como se antes de tomar água vemos que esta se encontra suja e desistimos, da mesma maneira
não devemos acostumarmos habitar em lugares cheios de desordem e sujeira. Podemos recordar
nossos dias de escola em que nossas carteiras se encontravam limpas e nos agradava sentarmos nelas.
Limpeza geral é cultura hindu, a limpeza é essencial.
Em inglês, a palavra limpeza quase significa Deus.

çré vigrahärä-dhana-nitya-nänä
çåìgära-tan mandira-märjanädau (**)

Märjanä significa limpeza: “O Mestre Espiritual sempre está entregue com seus discípulos à
limpeza do Templo de Çré Çré Rädhä Kåñëa”.
Não querer limpeza significa preguiça. Se és preguiçoso não podes permanecer limpo, e estarás na
modalidade da ignorância (tamo-guëa). Temos que conquistar e superar o rajo-guëa e o tamo-guëa.
sattvaà – viçuddham (***) - väsudeva - sadvitaà

“QUEM ANDA COM AS ROUPAS SUJAS, COM OS DENTES SUJOS, QUEM É GLUTÃO, FALA
GROSSEIRAMENTE E CONTINUA DORMINDO DEPOIS DE QUE O SOL NASCE, AINDA QUE
APARENTE GRANDE PERSONALIDADE, PERDERÁ A BENÇÃO DE LAKÑMÉ”. (Chanakya Pandit}

“SE NÃO QUEREM LIMPAR, DEVEM VOLTAR A VIVER COM AS SUAS MÃES”. (Çréla Prabhupäda)

N.T.
(*)Contudo, nós que estamos na linha direta de Çréla Çrédhara Mahäräja recebemos a misericórdia, por sermos
ocidentais, de termos a obrigação amorosa de cantarmos pelo menos quatro (4) voltas diariamente, mas ele nos
adverte para que nunca deixemos nossa jäpa-mälä jejuar.
(**) Çré Çré gurv-añtaka de Çréla Viçvanätha Cakravarté Öhäkura

5
(***)Çrémad-Bhägavatam – III – 19.30

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CAPÍTULO I
LIMPEZA DO TEMPLO DE GUËÒICÄ

Çré Caitanya-caritämåta / Madhya-lélä, Cap. 12. 79-121.

79- “Na madrugada seguinte, o Senhor levou consigo Seus associados pessoais e, com Sua própria
mão, untou seus corpos com polpa de sândalo”.
80- “Então, com Sua própria mão, entregou uma vassoura a cada devoto, e todos, acompanhando o
Senhor, dirigiram-se ao templo de Guëòicä”.
81- “Dessa maneira, o Senhor e Seus associados foram limpar o templo de Guëòicä. Primeiro, varreram
o templo”.
82- “O Senhor limpou cuidadosamente todo o interior do templo, incluindo o teto. Então, pegou o trono
do Senhor (siàhäsana), limpou-o e, em seguida, colocou-o de volta em seu lugar”.
83- “Assim, o Senhor e Seus companheiros limparam e varreram todas as dependências do templo,
grandes e pequenas, e, finalmente limparam a área que fica entre o templo e o salão de reuniões”.
84- “Na verdade, centenas de devotos estavam ocupados em limpar ao derredor de todo o templo, e o
próprio Çré Caitanya Mahäprabhu executou a tarefa para, assim, instruir os outros”.
85- “Çré Caitanya Mahäprabhu lavou e enxaguou o templo em grande júbilo, cantando o santo nome
do Senhor Kåñëa o tempo todo. Semelhantemente, todos os devotos também cantavam e, ao mesmo
tempo, cumpriam seu respectivos deveres”.
86- “O corpo impecavelmente belo do Senhor cobriu-se de poeira e sujeira. Desta forma, ficou
transcendentemente belo. Às vezes, ao limpar o templo, o Senhor vertia lágrimas, e chegou mesmo a
lavar alguns lugares com essas lágrimas”
87- “Depois disso, limpou-se o local onde se guarda o alimento da Deidade (bhoga-mandira). Em
seguida, limpou-se o pátio, e, mais depois, todas as acomodações residenciais, uma após outra”.
88- “Após juntar toda a palha, poeira e terra num local, Çré Caitanya Mahäprabhu colocava tudo em
Sua roupa e jogava fora”.
89- “Seguindo o exemplo de Çré Caitanya Mahäprabhu, todos os devotos, em grande júbilo,
passaram a apanhar palhas e poeira com suas próprias roupas e jogá-las fora do templo”.
90- “Então, o Senhor disse aos devotos: ‘Basta olhar para o lado de fora e ver toda a palha e terra
acumuladas, para saber o quanto trabalhastes e quão bem limpastes o templo”.
91- “Embora todos os devotos tivessem juntado todos os detritos numa única pilha, aqueles que Çré
Caitanya Mahäprabhu juntou formava uma pilha bem maior”.
92- “Após o templo ter sido limpado por dentro, o Senhor novamente designou áreas para os devotos
limparem”.
93- “Então, o Senhor ordenou a todos que deixassem o interior do templo impecável, e tirassem a terra,
palhas e detritos mais finos e os jogassem fora”.
94- “Depois que Çré Caitanya Mahäprabhu e todos os Vaiñëavas limparam o templo pela Segunda
vez, Çré Caitanya Mahäprabhu ficou muito feliz de ver o trabalho de limpeza”.
95- “Enquanto varria-se o templo, cerca de cem homens estavam a postos com os baldes de água, e só
estavam esperando o Senhor mandar esvaziá-los”.
96- “Tão logo Çré Caitanya Mahäprabhu mandou que trouxessem água, todos os homens levaram os
cem baldes cheios, entregando-os ao Senhor”.
97- “Dessa maneira, Çré Caitanya Mahäprabhu primeiro lavou o templo principal e, então, lavou
cuidadosamente o teto, as paredes, o assoalho, o trono (siàhäsana) e tudo o mais que havia ali dentro”.
98- “O próprio Çré Caitanya Mahäprabhu, seguido de Seus devotos, pôs-Se a jogar água para o teto.
Ao cair, a água lavava as paredes e assoalhos”.
99- “Então, Çré Caitanya Mahäprabhu passou a lavar, com Suas próprias mãos, o lugar onde Se
senta o Senhor Jagannätha, e todos os devotos começaram a trazer água para o Senhor”.
100- “Todos os devotos dentro do templo começaram a lavar. Cada um empunhava uma vassoura.
Dessa maneira, limparam o templo do Senhor”.
101- “Alguém trazia água para derramar nas mãos de Çré Caitanya Mahäprabhu, e outrem jogava
água em Seus pés de lótus”.
102- “Alguém às escondidas bebia a água que deslizava pelos pés de lótus de Çré Caitanya
Mahäprabhu; outrem implorava esta água, ao passo que alguém mais dava-a em caridade”.
103- “Ao se acabar de lavar a sala do templo, deixou-se a água escoar por uma vala, e então ela
escorreu e encheu o pátio externo”.
104- “O senhor esfregou os aposentos com Suas próprias roupas, e também poliu o trono com elas”.
105- “Dessa maneira, todos os aposentos foram lavados com cem baldes de água. Depois de limpos os
aposentos, as mentes dos devotos ficaram tão limpas quanto os aposentos”.
106- “Ao acabar a limpeza, o templo estava purificado, refrescante e agradável, exatamente como se a
mente pura do próprio Senhor tivesse aparecido”.
107- Posto que centenas de homens traziam água do lago, as suas margens estavam totalmente
ocupadas de pessoas. Logo, alguém passou a tirar água de um poço”.

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108- “Centenas de devotos traziam água nos baldes e outras centenas levavam os baldes de volta para
enchê-los novamente”.
109- “Com a exceção de Nityänanda Prabhu, Advaita Äcärya, Svarüpa Dämodara,
Brahmänanda Bhäraté e Paramänanda Puré, todos enchiam os baldes e levava-os até o templo”.
110- “Muitos dos baldes de água quebravam-se quando as pessoas entrechocavam-se, e era preciso
que centenas de homens trouxessem novos baldes de água para serem enchidos”.
111- “Algumas pessoas enchiam os baldes, outras lavavam o templo, mas todos cantavam o santo nome
de Kåñëa e Hari”.
112- “Uma pessoa pedia um balde de água cantando os santos nomes Kåñëa, Kåñëa, e outra
entregavam o balde enquanto cantava Kåñëa, Kåñëa”.
113-“Sempre que alguém precisava falar, fazia-o pronunciando o santo nome de Kåñëa.
Consequentemente, todos manifestavam seu desejo através do santo nome de Kåñëa”.
114- “ Enquanto vibrava o santo nome de Kåñëa em amor extático, o próprio Çré Caitanya
Mahäprabhu realizava o trabalho de centenas de homens”.
115- “Era como se Çré Caitanya Mahäprabhu levasse e limpasse com cem mãos. Ele dirigia-Se a
cada um só para ensinar como trabalhar”.
116- “Ao ver alguém esforçando-se bastante, o Senhor elogiava-o, mas, ao verificar que o trabalho de
alguém não O agradava, imediatamente repreendia esta pessoa, sem ficar ressentido com ela”.
117- “O Senhor dizia: ‘ Fizeste um bom serviço. Por favor, ensina isto aos outros e mostra que eles
podem fazê-lo da mesma maneira”.
118- “Tão logo ouviam Çré Caitanya Mahäprabhu dizer isto, todos ficavam envergonhados. Assim,
passavam a trabalhar com muita atenção.
119- “eles lavaram a área de Jagamohana e, então, a despensa. Todos os outros compartimentos
também foram lavados”.
120- “Dessa maneira, lavou-se o salão de reuniões, todo o pátio, os assentos elevados, a cozinha e
todos os outros cômodos”.
121- “Assim, todos os cômodos ao redor do templo foram lavados exaustivamente, tanto por fora quanto
por dentro”.

Significado
Quem quer que difunda a cultura de Çré Caitanya Mahäprabhu aceita uma responsabilidade
similar; o Senhor Caitanya Mahäprabhu pessoalmente esteve bendizendo e repreendendo
individualmente com esta lição, e aqueles que são considerados Äcäryas devem aprender de Çré
Caitanya como treinar os devotos com o exemplo pessoal. O Senhor Caitanya estava muito
comprazido com aqueles que puderam limpar o Templo jogando fora todas as cosas indesejáveis que
estavam acumuladas. Isto se chama anarthanivåtti, o limpeza das coisas indesejáveis do coração.
Assim, a limpeza de Guëòicä Mandir foi dirigida pelo Senhor Caitanya Mahäprabhu para ensinarmos
como o coração deve ser limpo e purificado para receber o Senhor Kåñëa, e junto com Ele, sentir o
coração sem nenhum distúrbio.

CAPÍTULO II
A RELAÇÃO COM O MESTRE ESPIRITUAL

O Mestre Espiritual forma nossa nova vida. Ele nos ensina a Etiqueta Vaiñëavas e a atitude que
devemos tomar. Todo este livro foi elaborado para que possamos aprender as instruções de Çréla
Prabhupäda e Çréla Çrédhara Mahäräja, como também os exemplos dos passatempos do Senhor
Caitanya Mahäprabhu.
Que atitude devemos tomar para ter êxito na construção de nossa vida espiritual? Há muito o que
dizer sobre isto. Antes de tudo recomendamos que todos leiam o livro “A Verdade acerca do Guru” por
Çrédhara Mahäräja. No presente livro encontrarão só alguns pontos resumidos para elucidar apenas o
mais básico.
Nossos Mestres Espirituais estão divididos principalmente em Dékñä-guru, ou aquele Mestre de
quem recebemos iniciação, e Çikña-guru, ou aquele que nos instrui. Não devemos ver diferenças entre
ambos. Podemos ter um Dékñä-guru e muitos Çikña-guru. Em geral, nossa autoridade imediata é
nosso Çikña-guru, enquanto representa nossa fé positiva e aumenta nosso desejo de nos render.
Todos os Mestres Espirituais são representantes do Mestre Espiritual original Çré Kåñëa e não
podem contradizer-lhe. Çikña-guru, ou devoto avançado, é para nós unicamente alguém que é mais
avançado que nós na mesma linha positiva de nossa fé. O discípulo tem que ver seus gurus como
representantes de Deus. Se não for assim, como poderá render sua vida ao Senhor?
Deve-se aceitar um só Dékñä-guru depois de convencer-se que o referido Guru é qualificado e puro
em seu propósito. O serviço ao Guru e aos Vaiñëavas é o mais importante em nossa vida. Devemos
inquirir de nossos mestres espirituais sobre nosso avanço e como aumentar a qualidade de nossa
devoção a Çré Çré Gaura Nitay. Afastar-se do Guru ou desobedecer sua ordem nos põe na situação

8
de estarmos desconectados e desprotegidos novamente.

9
CAPÍTULO III
ETIQUETA E REGULAÇÕES NO TEMPLO

Em Mäyäpur, em uma manhã, Çréla Prabhupäda estava dando um passeio matinal ao redor do
pátio; em seguida, caminhou dentro da casa, saiu com um cigarro em sua mão e disse: “Quem esteve
fumando em meu banheiro?”.
Em outras palavras, cada coisa que utilizemos pertence a Çréla Prabhupäda e deve ser tratada da
melhor maneira.
O Çrémad-Bhägavatam 7.5.23-24 diz: “O propósito de trabalhar para a Deidade é o de manter alguém
limpo e puro”.
Os gåhasthas devem ser exemplos de limpeza.
Em 1970, na praia de Nova Jersey, Çréla Prabhupäda pegou o sapato de um devoto e o levantou
no ar dizendo: “É de couro? Não uses artigos de couro; são produto da violência, e algo bom deste país
é que fazem tudo sintético”.
Troca teus sapatos de couro pelos de tecidos sintéticos.

LIMPEZA:
1. Depois de comer o que quer que seja, antes de cantar, antes de entrar no Templo ou cozinha, etc.,
sempre deves lavar tuas mãos e boca. Çréla Prabhupäda dizia que inclusive depois de tomar água,
devemos enxaguar a boca.
2. Ao entrar no Templo tem que purificar-se os pés, especialmente se usa-se sapatos de couro.
3. Antes de entrar no Templo, sempre coloque os sapatos em ordem no local designado para tal fim. Se
teus sapatos estão sujos, limpa-os antes de entrar, e em seguida deixa-os no local, os sapatos que se
encontrarem fora do lugar correspondente deverão ser retirados.
4. Coloque sempre a roupa ordenadamente, recolha os ganchos de pendurar que caíram no chão por
tua causa. As roupas não devem ser largadas pelos cantos, nem mesas, nem corredores; só se deve
deixa-las nas áreas designadas.
5. Sempre usar roupa limpa no Templo para os programas matutinos e igualmente na cozinha.
6. Nem os sapatos, nem sapatilhas de couro se aceitam para usar no Templo. Também deve substituir
os sapatos gastos.
7. No lugar de Çréla Prabhupäda(*) não se deve sentar nunca, nem no assento do Guru(**). Nunca se
sente nas cadeiras com os pés sobre as mesas. Isto é inaceitável.
8. As mesas não são para sentar-se encima, tão pouco para colocar coisas que não servem mais.
9. Guirlandas, copos e sobras não são pertinentes aos cantos das portas, nem ao jardim. As meias e
parafernálias (bens pessoais), todas as coisas abandonadas nos corredores, varandas, assentos,
mesas, serão recolhidas e entregues a presidência do templo.
10.Bolsas de Japas, guirlandas, chaddars, etc., nunca devem ser pendurados nos espelhos, nem no
Templo e nem no lugar da Deidade. O Templo de Kåñëa não é una espelunca, afinal o habito de
pendurar as coisas é um mal costume; estas coisas serão recolhidas.
11.Não deves se recostar nos espelhos nem nas paredes durante a aula; o mesmo deve ser dito aos
convidados, sem exceção.
12.Deves colocar as lamparinas acesas, longe da vyäsäsana e paredes, porque fumaça é difícil de
limpar. Não suspenda as lamparinas de ghé sobre äsanas ao oferecer aos gurus, por favor.
13.Os devotos só devem tomar prasäda nas áreas designadas.
14.Guru Kåpä Swami se queixou uma vez ante Çréla Prabhupäda de que os devotos às vezes não
queriam participar da limpeza. Çréla Prabhupäda disse: “Se um devoto não é limpo, pode voltar a
viver com sua mãe”.
15.Não deixes tua bolsa de Jäpa no chão.
16.Nunca pises um devoto no Templo ou no lugar da prasäda.
17.Não ofereças nem aceites a lamparina de ghé com a mão esquerda. Esta mão não é limpa, só se
utiliza para ela para limpeza do corpo.
18.Não coloques os pratos de Kåñëa sobre superfícies sujas e o mesmo para o caraëämåta. Não se
deve por no chão nenhum objeto sagrado (entenda-se por objeto sagrado toda a parafernália de
Kåñëa e de adoração incluindo incensário, livros, etc.).
19.Nunca toque com os pés as coisas sagradas.
20.As mulheres devem cantar nas áreas especificadas.
21.Não leves as coisas do Templo para tua casa (cobertor, lençóis, coisas dos demais devotos, etc.). O
Templo sofre com estes roubos, o qual causa ansiedade para todos. Quem for surpreendido fazendo
isto, será castigado.

N.T.
(*)O autor ser refere a Çréla Prabhupäda como sinônimo de Äcärya
(**)O autor se refere ao assento do Guru chamado de vyäsäsana

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22.As pessoas que desejam pernoitar uma ou varias noites, etc., devem ser levadas para falar com as
autoridades do Templo.
23.Ler o capítulo oito de “O Néctar da Devoção”.
24.Ler todo o “O Néctar da Devoção”.
25.Os devotos jovens devem ser corteses com os demais devotos e discípulos de Çréla Prabhupäda e
Çréla Çrédhara Mahäräja.
26.Los conflitos ou problemas com os devotos, sempre devem ser resolvidos através dos canais
apropriados, ou seja as autoridades. Os agravos entre Vaiñëavas são deprimentes.
27.Não pode ser retirado por nenhum devoto, coisas ou artigos do templo, sem permissão da autoridade
apropriada. Isto inclui bhoga, livros, lâmpadas, produto de limpeza, contas de Jäpa, cassetes,
instrumentos musicais, ferramentas, etc.; tudo incluído.
28.Diariamente, deve-se assistir a saudação das Deidades. Os devotos jovens não devem ficar na frente
dos demais devotos. De preferência devem estar em lugares onde todos possam ver e fazer
oferendas sem impedimentos.
29.Não feche as portas batendo. Çréla Prabhupäda dizia que cada vez que escutava uma batida seu
coração se partia.
30.Em geral, deves tratar aos demais e às coisas de maneira delicada, fina ou suave, com naturalidade.
Consciência de Kåñëa é sublime, amorosa e humilde. Tudo quanto existe é energia de Kåñëa, a
Suprema Personalidade de Deus.
31.Deves evitar rigorosamente todos os desperdícios e estragos.
32.Deixar sempre todos os lugares tão limpos como os encontrastes. Todos os devotos são
responsáveis pela limpeza de seu Äçrama, escritórios, casas ou gåhas. Todos devemos colaborar
pela Impecabilidade dos Templos de Consciência de Kåñëa.
33.Nunca cantes Jäpa muito alto já que isso não deixa os demais devotos se concentrarem em seu
canto. Pode-se cantar alto o Santo Nome de Kåñëa no momento do Kértana.
34.Não crie obstáculos que impeçam a Çréla Prabhupäda(*) de ver as Deidades durante o Kértan-
ärati, pois ele realmente estará sentado em sua Vyäsäsana.
35.Nunca faça reverências sem seriedade, isto é um ato muito sério, por isso oferecemos reverências
aos pés dos Vaiñëavas diariamente.
36.Não andes com os sapatos de outro devoto.
37.Deves oferecer reverências ao entrar ou sair do Templo.
38.Devemos parar de jogar flores dentro do Templo, estas são oferendas e é ofensivo utilizá-las como
projéteis, ou deixa-las abandonadas no chão. Em particular isto se aplica para as crianças e
estudantes do gurukula.
39.Ler de novo todas as regras, várias vezes até acostumar a praticá-las permanentemente para teu
êxito espiritual.

CAPÍTULO IV
SEGURANÇA

1. Todos os devotos residentes do äçrama devem permanecer alertas sobre a segurança do Templo e
do Äçrama. Todos devem estar inteirados dos cuidados que deverão ser tomados, em particular,
aqueles encarregados da segurança.

2. A entrada principal e laterais do Templo devem manter-se sempre fechadas no período da manhã e a
tarde. Isto é para preservar a segurança das Deidades e dos devotos de Templo. Devemos
desenvolver o hábito de fecharmos as portas ao passar por elas. Durante as aulas, ou quando se
celebram Kértans-bhajams ou festas com convidados, pessoas ou público Karmé, as portas das
áreas privadas do Templo e os acessos às áreas dos devotos residentes (Äçrama, escritório, etc.)
devem permanecer fechadas, seguras ou vigiadas todo o tempo se necessário.

3. Nunca deixes de atender um convidado dentro do Templo ou de alguma edificação. Se um devoto ver
alguém andando pelo Templo, deve imediatamente escoltar-lhe ou encontrar alguém que possa fazê-
lo. Se não for possível deve convidá-lo para que retorne no domingo para o festival.

4. Se vê situações ou pessoas suspeitas, ou grupos de crianças, devem ser dissolvidos, e reportar de


imediato ao encarregado da segurança.

5. Sempre mantenha fechada a chave as portas de tua casa e o Templo. As varandas e janelas devem
ficar fechadas quando saírem.

N.T.
(*)O autor ser refere a Çréla Prabhupäda como sinônimo de Äcärya.

11
6. Mantenha fechada as portas e janelas dos veículos. E sempre que possível recolher quaisquer
objetos deixado em seu interior.

7. Deves fazer cópias das chaves que utilizas no Templo, no escritório da autoridade; para no caso de
perda das chaves originais, evitar danos desnecessários as portas (*). No escritório pode depositar
valores em geral. Se há algum problema sério, espere que chegue a ajuda. Comunique à autoridade
ou ao seu representante imediato autorizado.

9. Ninguém pode dormir no Templo, salvo que a autoridade o aprove e que seus documentos sejam
guardados no escritórios da autoridade.

10.Os devotos visitantes também devem pedir permissão para dormir ou para entrar no Äçrama do
Templo.

11.Os devotos que visitam o Templo devem contribuir fazendo serviço e/ou com a doação estabelecida
segundo acerto com autoridade.

CAPÍTULO V
MÃES E FILHOS

1. As mães sempre devem limpar qualquer lugar que seus filhos sujarem. Se nossos filhos tocam os
espelhos e mancham com seus dedos, então devemos limpá-los; se jogam lixo, devemos recolher; e
assim sucessivamente.
2. As crianças não se deve permitir utilizar lápis, esferográficas, hidrográficas(**) dentro do Templo,
exceto em lugares abertos, gurukula ou lugares particularmente designados. Não é permitido as
crianças correr, gritar ou jogar dentro do Templo.
3. As crianças menores devem estar sempre acompanhadas; se suas mães estão no altar, cozinha ou
escritórios, tem que ser feito os arranjos correspondentes para que seus filhos não vaguem
livremente; se for necessário, outros devem vigiá-los ou cuidá-los.
4. As mães nunca devem utilizar os banheiros nem sanitários dos devotos, sem exceção, salvo quando
existir apenas um só banheiro para todos.
5. Os absorventes higiênicos nunca devem ser deixados no banheiro do Templo. As mães devem
recolher em sacolas plásticas, fechá-las e imediatamente jogar na lata (contêiner) de lixo que há fora;
assegurando-se que não caia lixo para fora. Nunca devem jogar nos cestos de lixo que há dentro da
edificação.
6. Não se permite as crianças comerem em qualquer lugar senão nos designados. Se comerem fora,
suas mães devem recolher tudo, pratos, vasilhas, talheres, etc.

CAPÍTULO VI
ÁREA DO TEMPLO

1. Não devemos deixar prasäda (comida oferecida a Kåñëa) em qualquer lugar; paremos de alimentar
ratos. As galinhas não comem alimentos fermentados, nem queimados nem em decomposição,
porém os ratos comem. Os devotos que deixam seus pratos entre os arbustos devem observar que
terão que comer neles novamente. Esteja atento, por favor, não deixe os patos de prasäda do lado
de fora.

LIMPEZA BÁSICA GERAL


Dos quatro princípios religiosos, a limpeza é um deles. Limpeza interna é cantar sempre o Mahä-
mantra Hare Kåñëa, e a limpeza externa inclui vários princípios básicos. Quanto mais se purifica, mais
atração se sente por seguir estes princípios de limpeza. Dessa maneira, evitamos cometer ofensas.

AO DORMIR:
1. Dormir na direção ao Leste ou ao Sul.
2. No dormir de bruços.
3. A roupa com que se dorme se contamina.
4. As cobertas contaminam toda roupa que tocam.
5. Se alguém descansa uma hora mais durante o dia, deve banhar-se antes de entrar na cozinha ou no
Templo, pois fica contaminado.

N.T.
(*)Ou despesas extras com chaveiro
(**)As hidrográficas são muito utilizadas pelas crianças atualmente

12
6. Cantar orações e glorificações ao levantar-se.
7. Limpar com água a área de descanso depois de dormir.
8. Dobrar cobertas e coloca-las fora do caminho.

AO EVACUAR:
1. Ao urinar, lavar as mãos, os pés e a boca.
2. Ao defecar, banhar-se completamente.
3. Para defecar utilize a postura védica.
4. Não introduzir elementos sagrados ao sanitário.
5. Depois de evacuar, utilize l mão esquerda para a limpeza (tudo que for relacionado com o evacuar se
faz com a mão esquerda).
6. A roupa que se usou no sanitário ao evacuar fica contaminada.
7. Deixar a área utilizada completamente limpa.
8. Permanecer o mínimo de tempo ali, e realizar imediatamente a purificação.

AO BANHAR-SE:
1. Deve-se banhar-se ao levantar-se, depois de defecar e antes do programa noturno.
2. Antes de banhar-se deve-se escovar os dentes, cortar as unhas, fazer a barba, etc. Se se faz estas
coisas depois, se contamina.
3. Para banhar-se, utilizar gamsha (sempre cobrir-se).
4. Ao banhar-se, lavar bem os pés e as unhas.
5. Trocar os interiores ou brahmines depois de cada banho.
6. Não deixar no banheiro nenhum utensílio pessoal.
7. Aplicar-se tilaka nas doze (12) partes do corpo, delineando bem, cantando os respectivos mantras e
meditando nas diferentes formas do Senhor.

AO COMER:
1. Comer prasäda só no local de prasäda.
2. No comer nada entre as refeições.
3. Cantar seriamente a oração dos alimentos.
4. Comer toda a prasäda do prato. Deve comer todo resto que cair no chão. O sistema é não pedir
mais do que pode-se comer no momento em que estão servindo prasäda. É preferível pedir pouco e
depois repetir, a desperdiçar, ou perder, a misericórdia de Kåñëa, que tudo vê.
5. Oferecer reverências ao terminar de comer.
6. Não falar durante a prasäda ajuda ao avance espiritual.
7. Limpar com água o lugar donde se comeu prasäda.
8. Depois de comer, lavar as mãos e os pés.
9. Não guardar prasäda.
10. Lavar as mãos depois de beber água.
11. Comer com a mão direita.

DO CORPO:
1. Raspar a cabeça pelo menos depois de cada quinzena, salvo serviço especial.
2. Manter as unhas limpas e curtas. Não deixe espalhados os pedaços de unha; deve-se joga-los no
vaso sanitário.
3. Lavar as mãos depois de tocar a boca. A boca é mais suja que até mesmo o ânus.
4. Manter limpos os pies.
5. A mão direita se utiliza para comer, cantar Jäpa, oferecer e aceitar coisas ou presentes.
6. Não é correto tocar o empurrar qualquer coisa com os pés, ou tocá-los.
7. Não passar por encima dos devotos, livros, prasäda ou artigos sagrados.
8. Ao sentar-se, cubra os pés; não se deve mostrar nada, e muito menos mostrar a sola dos pés.

DO ÄÇRAMA:
1. Manter as gavetas limpas e ordenadas.
2. A roupa suja deve estar no lugar apropriado.
3. Colocar a roupa e as toalhas secando em lugar indicado.
4. A roupa se contamina no sanitário, no saìkértana pelas ruas, no trabalho sujo e ao ficar sob as
cobertas. Não use estas roupas assim contaminadas dentro do Templo ou cozinha.
5. Não se deve colocar nada no chão (karatälas, livros, lapiseiras. etc.).
6. Quando algum objeto cai no chão, levar tal objeto à testa ao levantá-lo.
7. Respeitar os objetos sagrados, não brincar com eles nem atirá-los.
8. Não pegar as coisas que são propriedade de outros.
9. Não associar-se ou falar com mulheres, salvo que seja absolutamente necessário.
10.As contas de Jäpas que se encontram fora de suas bolsas não devem pendurá-las em ganchos.

13
11.Em frente às Deidades só deve realizar-se atividades devocionais.

IMPLEMENTOS PESSOAIS DE LIMPEZA:


1. Estojo para implementos.
2. Escova de dentes com seu respectivo protetor e creme dental.
3. Sabão, saboneteira e bucha.
4. Aparelho de barbear.
5. Cortador de unhas e outros acessórios necessários.

POR INICIATIVA PRÓPRIA, ORDENAR E LIMPAR TUDO O QUE PAREÇA FORA DE SEU LUGAR
APROPRIADO, OU QUE SE ENCONTRE EM ESTADO INACEITAVEL. PENSAR A CADA PAS SO E
EM CADA INSTANTE, SE O QUE ESTÁ A NOSSO REDOR ESTÁ COMPRAZENDO A KÅÑËA.

Não devemos limitar nem contaminar o Serviço Devocional por nossos desejos materiais insatisfeitos.
Só avançamos espiritualmente se mantivermos uma atitude sincera com Kåñëa; do contrário, nos
afastamos automaticamente da Consciência de Kåñëa.

CAPÍTULO VII
DICAS DE LIMPEZA PESSOAL NO ÄÇRAMA

1. Os pisos devem ser lavados diariamente, ou depois de comer ou dormir no mesmo.


2. Para a limpeza, deve usar-se panos velhos que possam ser lavados facilmente. Çréla Prabhupäda
preferia estes aos esfregões.
3. As roupas e artigos que se empregam na limpeza dos pisos, não devem ser usados nos móveis; os
esfregões utilizados no banheiro não devem ser utilizados em outros lugares. As roupas que se
utilizam no altar devem manter-se à parte.
4. A mesa de passar roupa deve ser mantida livre de sujeira. Não coloque nela escova de cabelo,
pratos, copos, etc., já que esta mesa se utiliza para passar a roupa usada no altar, do püjäré, na
cozinha, etc.

CAPÍTULO VIII
VESTUÁRIO DOS DEVOTOS

Çréla Prabhupäda disse: “vistam-se de dhoté, säré, etc., ou usem vestes de tecido (clássicos) com
gravata, sóbrios como cavalheiros”. E para as mulheres vestido.
Um devoto nunca deve estar mal vestido, suas roupas devem encontrar-se bem limpas e passadas.
Não usar duas meias diferentes como hippies. Aprenda a cuidar tua roupa como algo valioso que tens
para a pregação. Um devoto não é vaidoso, porém a boa apresentação causa um bom efeito.
Em todas as circunstâncias, as mães devem ter suas cabeças cobertas.
Qualquer roupa sensual da moda é indesejável para um devoto(a).
Se alguém faz desordem em Äçrama, você pode arrumá-lo, já que tudo em nossa comunidade
pertence a Çréla Prabhupäda(*).

CAPÍTULO IX
BANHEIROS

1. O piso, o vaso, as paredes, o lavatório e a ducha, devem ser lavados diariamente.


2. As janelas devem permanecer abertas o maior tempo possível.
3. A porta do banheiro deve permanecer fechada todo o tempo.
4. Com o tilaka (sagrado) não se deve entrar no banheiro.
5. O piso do banheiro deve permanecer seco.
6. Não entres com a bolsa de Jäpa no banheiro, nem mantos com Hari Näma, nem botons com
motivos espirituais, nem literatura ou algum artículo sagrado.

CAPÍTULOS X E XI
COZINHA E PRASÄDAM

A forma correta de preparar e oferecer prasäda, a misericórdia do Senhor é:

N.T.
(*)O autor ser refere a Çréla Prabhupäda como sinônimo de Äcärya

14
Prasäda é uma palavra mágica nos Templos. Devotos e visitantes estão igualmente absortos
meditando nele. Apegar-se a Kåñëa na forma de prasäda é o mais fácil. Conhecemos visitantes do
prasäda, apegados e ladrões de prasäda.
Na realidade, o prasäda é para orar, não é para gratificar a língua. O prasäda é sagrado, e desde a
sua preparação até a oferenda ao Senhor e sua distribuição, há muitas regras que nos protegem para
não cometer ofensas.

NA COZINHA:
1. Não entres na cozinha de Kåñëa com sapatos de sair na rua.
2. Cozinhe com devoção.
3. Nunca faças experimentos com as preparações; utilize receitas conhecidas.
4. Não fales coisas desnecessárias (prajalpa) na cozinha.
5. Tenha o corpo e a roupa perfeitamente limpos para cozinhar.
6. Não deixes entrar na cozinha pessoas alheias ao serviço, como karmés ou curiosos que venham
desejar a comida antes de ser oferecida ao Senhor. Tão pouco permita a presença de animais neste
lugar.
7. Não utilize produtos contaminados, enlatados ou preparações de karmés. (*)
8. Pessoas que não sejam brähmaëas não devem, preferivelmente, tocar o fogo.
9. Cozinhe e limpe ao mesmo tempo. A cozinha é tão sagrada como é o altar, por conseguinte, nunca
deve estar suja.
10. Cubra com um pano o prato do Senhor para que ninguém veja a oferenda.
11. Quando a oferenda sair do altar, pode começar a sua distribuição.
12.Todas as mesas devem ser limpas depois de serem usadas.
13.Os pratos, panelas e guardanapos devem ser lavados depois de seu uso; não deixe pratos sujos
onde quer que seja; retirar toda a sujeira dos pratos e copos de cartão depois do primeiro uso.(**).
14.Çréla Prabhupäda(***) quer que cozinhemos e que limpemos simultaneamente, de maneira que
quando terminamos de cozinhar, tudo se encontre limpo.
15. As prateleiras devem ser limpas uma vez por semana.
16.Os fogões devem permanecer impecáveis; deverão ser limpos diariamente. Certificar-se que o fogão
se encontra apagado depois de usado. (****)
17.Os alimentos secos que se conservam fora do congelador devem colocar-se em contêiner.
18.Limpar o refrigerador regularmente.
19.O lixo deve ser jogado fora diariamente.
20.Na banca devem existir sempre duas cubas: uma denominada limpa e outra contaminada. A primeira
se deve utilizar para lavar panelas, alimentos ou qualquer coisa da cozinha. A segunda cuba deve ser
utilizada para se lavar os pratos e as mãos. A boca, o rosto e os pés devem ser lavados no banheiro.
21.Lave debaixo do fogão e dos refrigeradores uma vez por mês.
22.Çréla Prabhupäda disse: “Cada cômodo deve estar limpo como um espelho, do contrário estás
convidando os ratos: Tenha cuidado!”

Çréla Bhaktivinoda Öhäkura compôs uma bela oração para honrar o prasäda antes de comer:

çaréra avidyä-jäl, joòendriya tähe käl,


jéve phele viñaya-sägore
tä ’ra madhye jihwä ati, lobhamoy sudurmati,
tä ’ke jetä kaöhina saàsäre

kåñëa baro doyämoy, koribäre jihwä joy,


swa-prasäd-anna dilo bhäi
sei annämåita päo, rädhä-kåñëa guëa gäo,
preme òäko-caitanya-nitäi

N.T.
(*)Çréla Govinda Mahäräj nos ensina que: “Há regras adicionais nas escrituras. É dito no Småti-çästra: Quando
adquirimos algo e damos em troca seu mesmo valor, não nos envolvemos com o karma de quem o fez.
(**)Atualmente deve se usar copos e pratos descartáveis
(***)O autor ser refere a Çréla Prabhupäda como sinônimo de Äcärya
(****)...E que não haja vazamento de gás

15
“Oh meu Senhor! Este corpo Material é lugar de ignorância; os sentidos constituem uma rede de
caminhos que nos conduzem para a morte. Temos caído neste vasto oceano de gozo dos sentidos e, de
todos eles, o da língua é o mais voraz e difícil de se controlar. É muito difícil controlar á língua neste
mundo, porém Tu, amado Kåñëa, És tão misericordioso conosco que tem enviado este magnífico
prasäda para ajudar-nos a controlar a língua; tomemos pois este prasäda para nossa inteira satisfação,
e no professo glorifiquemos a Vossas Senhorias Çré Çré Rädhä e Kåñëa, e invoquemos a ajuda do
Senhor Caitanya e Nityänanda”.

DISTRIBUÇÃO DE PRASÄDA
A ordem vaiñëava para servir o prasäda é o seguinte: - Primeiro visitantes de honra, sannyäsés e
autoridades simultaneamente; - Depois os brähmaëas, visitantes, devotos iniciados e bhaktas. As mães
se servem em um lugar aparte dos devotos.
Não existe comparação com a misericórdia do Senhor. O prasäda não se contamina e pode aceitar-
se em qualquer lugar e a qualquer hora, menos dentro da cozinha nem na frente da Deidade.

Ao comer prasäda tenha em conta o seguinte:


1. Lave suas mãos antes e depois de comer.
2. Aceite prasäda com humildade.
3. Não permita que a concha de distribuir o prasäda toque seu prato.
4. Observe a ordem de servir já mencionada antes.
5. Nunca deixe restos de prasäda nos pratos, nem os coloque no lixo.
6. Não deixe os pratos sujos em qualquer parte e limpe o lugar donde comeu.
7. Nunca coma mais do que o seu corpo necessita; o excesso de prasäda causa cansaço, preguiça, e
é irresponsabilidade e abuso.

Prasäda é a misericórdia do Senhor Supremo Çré Kåñëa, e todos são muito atraídos por esta
misericórdia. Çréla Prabhupäda dizia que Çrématé Rädhäräëé cozinha para Kåñëa e na cozinha
dEla nunca se fala nada desnecessário. Devemos fazer felizes a todos os que servimos. O gåhastha
védico teria que chamar na frente de sua casa todo aquele que quisesse comer prasäda, e qualquer
que aparecesse era convidado; o famoso Rei Rantideva em uma prova dos semideuses, estava
disposto a morrer de fome para alimentar a todo aquele que vinha, incluso os cães (*).
Servir prasäda é misericórdia para vocês, aproveitem para servir e fazer felizes aos devotos,
visitantes, cozinheiros y presidentes de templos. A cozinha do Senhor Kåñëa nunca deve estar suja.
O devoto que serve, oferece o prasäda com palavras doces até que e devoto recuse aceitar mais.
Para os visitantes, se serve primeiro pequenas quantidades de prasäda, para não desperdiçar, porém
se o visitante quiser mais, serve-lhe tanto quanto possa comer. Primeiro se devem servir os líquidos;
esta é a forma correta; tem que ver se os que estão comendo estejam bem acomodados
Nunca toque a concha de servir no prato de comer; o prato é muito contaminado e pode contaminar a
concha, logo a panela e tudo ficará contaminado. O prasäda não se contamina, mas sim a concha e a
panela de Kåñëa. O prasäda passa para os restos que logo os devotos receberão; devemos servir os
restos de Kåñëa e do Mestre Espiritual.
No caso de visitantes, deve lhes servir separadamente e os pratos devem ser servidos já feitos.
Depois que se vão embora, deve se limpar o lugar com água (a limpeza é o mais próximo à divindade).
É melhor que os devotos que servem prasäda comam primeiro, com esta medida eles prestam mais
atenção neste importante serviço (ainda que não é o correto, estamos tomando em conta as
circunstâncias). Não olvidar o ditado popular “barriga cheia, coração contente!”; quem é tratado com
atenção e carinho, não esquece a Kåñëa e a Seus devotos.

COMO OFRECER PRASÄDA EM SUA CASA


Utilize um prato novo para o uso particular do Senhor Supremo; coloque as preparações bem
arranjada no prato; pode-se colocar uma folha de Tulasé-devé em cada preparação. Leve o prato para
o seu altar (no altar devem encontrar-se retratos de seu Guru, Païca-tattva, Çréla Prabhupäda e/ou
(**) Çréla Çrédhara Mahäräja e de Rädhä-Kåñëa); ofereça também uma flor ao Senhor. Oferecendo
reverências, cante três vezes os seguintes mantras acompanhado com o toque de um sino:

O mantra de su Mestre Espiritual

O mantra do Guru Paramparä

N.T.
(*)Çrémad Bhägavatam IX – 21.1-18
(**)Um ou outro, ou ambos, dependendo da Instituição

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namo mahä-vandänyäya
kåñëa prema-pradäya te
kåñëäya kåñëa-caitanya-
nämne gaura-tviñe namaù

namo brahmaëya-deväya
go-brähmaëa-hitäya ca
jagad-dhitäya kåñëäya
govindäya namo namaù

Espere dez minutos para que Senhor coma. Após, retorne à oferenda batendo palma três vezes,
retire o prato e limpe o altar. Devolva os restos do Senhor a cada uma das preparações respectivas e
lave os pratos do Senhor antes de começar a distribuir o prasäda.

ACEITAR PRASÄDA É UMA FESTA ESPIRITUAL


Colabore para que isto seja uma realidade, pois desta maneira todos desfrutarão ao satisfazer sua
alma na associação dos devotos, honrando os deliciosos restos do Senhor Supremo. Existe muitas
considerações do Yajur-veda, ou medicina védica, acerca do comer saudável e equilibrado. Esta
ciência recomenda que os líquidos se tomem antes que dos sólidos, para que não se apague o fogo da
digestão. Na Índia, tem diferentes costumes sobre o modo comer. O importante, não obstante, é que
devemos comer só prasäda, e não comer nenhuma classe de bhoga preparada pelos karmés (*), pois
nos trará o karma e a luxúria deles a nosso coração. Em viagens, podemos oferecer frutas. Não te
preocupes, pois Kåñëa faz todos os arranjos; só renda-te a Ele e todos os problemas se acabarão.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE COZINHA E PRASÄDA


1. Çréla Prabhupäda disse: “Kåñëa não necessita de uma excelente oferenda; Ele aprecia o esforço
sincero; una cozinha limpa é mais importante que uma excelente oferenda; Se a cozinha se mantém
limpa e ordenada, a oferenda será excelente e agradável. Se chamamos excelentes às oferendas,
porém a cozinha se encontra suja, Kåñëa não Se compraz com esta oferenda”. Releia uma e outra
vez estes tópico até que os entenda.
2. Um devoto perguntou para Çréla Prabhupäda: “Se enquanto nós estamos cozinhando tocamos em
nossas roupas, devemos lavarmos as mãos?”, e Çréla Prabhupäda respondeu: “Se tua roupa está
limpa, não tem necessidade de lavar as mãos; porém se tuas roupas estão sujas, não deves estar na
cozinha”.
3. Um outro devoto perguntou a Çréla Prabhupäda sobre como fazer para que os devotos lavem seus
pratos imediatamente após comer, e Çréla Prabhupäda respondeu: “A ordem do Mestre Espiritual é
suficiente”.
4. Leia de novo as digas de limpeza.
5. Que o prasäda nunca se desperdice, do contrario não é uma prática vaiñëava.
6. Antes de tomar prasäda, faze uma limpeza.
7. O prasäda deve ser guardado durante a noite; se foste o último a tomar prasäda, assegura-te de
colocá-lo no refrigerador.
8. Nunca tomes prasäda do prato em que se oferece à Deidade; primeiro deve ser mudado para outro
recipiente.
9. Deves tratar de manter toda a área de prasäda o mais limpa possível todo o tempo.
10.Geralmente, os cozinheiros deixam a cozinha tão limpa como a encontraram, é um privilégio cozinhar
para Kåñëa.
11.Só trate de seguir as instruções que nos dá Çréla Prabhupäda sobre a etiqueta e limpeza; faça isso
sempre para manter esse nível de limpeza, organização e eficiência na cozinha de Kåñëa.
12.As sobras se colocarão sempre na lata de lixo. Nunca deixes sacolas de lixo ou caixas fora da porta.
13. Quando terminar de ler estas dicas, leia-as de novo e aplique-as.

CAPÍTULO XII
VEÍCULOS

1. Todos os veículos devem ser limpos diariamente pelos devotos encarregados. No interior dos
veículos não se devem deixar guirlandas, nem prasäda, nem sobras, etc., durante a noite.
2. Os devotos do saìkértana com veículos devem limpar os seus interiores, vidros e tapetes, ao menos
uma vez por semana.

N.T.
(*)Çréla Govinda Mahäräj nos ensina que: “Há regras adicionais nas escrituras. É dito no Småti-çästra: Quando
adquirimos algo e damos em troca seu mesmo valor, não nos envolvemos com o karma de quem o fez.

17
3. Mantenha os veículos de Çréla Prabhupäda tal como ele desejava para transportar seus livros. Ele
não permitia distribuir livros em veículos sujos e bagunçado.(*)
4. Manter sempre os veículos com mais de um quarto do tanque cheio; assim rodam melhor.(**)
5. Dirija sempre nas velocidades corretas, em especial em nosso bairro, por favor.
6. Ninguém deve dirigir sem licença.
7. Dirigir defensivamente. Os passageiros não devem sentir que estão em um carro.
8. Dirigir é uma grande responsabilidade pela vida dos demais e pelo veículo de Kåñëa. Verifique o
estado do carro antes de sair (freios, água, óleo, combustível, luzes, etc.).
9. Não dirija nunca sob nenhuma condição de perigo.

CAPÍTULO XIII
VIZINHANÇA

1. Não deves tornar os vizinhos do Templo agitados por agirem sem cortesia.
2. Não deves manobrar os veículos dentro de seus prédios, ou obstruir as entradas de suas garagens.
3. Ofereça-lhes esclarecimentos sobre a ocasião, e simplesmente lhes dê prasäda, como biscoitos,
bolinhas doces, etc.
4. Nossos vizinhos não apreciam ver desperdícios em frente ao Templo toda a semana.
5. Devemos ter cuidado em manter nossos próprios jardins e entradas adequadamente, de maneira que
os vizinhos não tenham queixas por nenhum motivo.
6. As mães não devem deixar que seus filhos esqueçam ou percam brinquedos ou bicicletas, etc., em
frente das casas dos vizinhos. Tudo deve ser sempre guardado.
7. Tudo pertence a Kåñëa; não obstante, isto não dá direito a roubar-lhes as flores dos jardins dos
vizinhos.
8. O vaiñëava (alma espiritual consciente de Kåñëa), tem que obedecer também as regras e leis da
região onde estiver estabelecido.
9. Não pregue para os vizinhos. Só se a autoridade o ordena.

CAPÍTULO XIV
OFENÇAS CONTRA O SANTO NOME

As ofensas contra o Santo Nome são as seguintes:

1. Blasfemar os devotos que têm dedicado suas vidas à propagação ou difusão do Santo Nome do
Senhor.
2. Considerar que os nomes dos semideuses, tais como o senhor Brahmä ou o senhor Çiva, são iguais
ou independentes do Senhor Viñëu.
3. Desobedecer as ordens de Mestre Espiritual.
4. Blasfemar a literatura védica ou aquela que está de acordo com a versão védica.
5. Considerar imaginárias as glórias do Santo Nome do Senhor.
6. Dar alguma interpretação ao Santo Nome do Senhor.
7. Realizar atividades pecaminosas confiando na força do cantar do Santo Nome do Senhor.
8. Considerar o canto do Santo Nome como uma das atividades ritualísticas que se oferecem nos Vedas
na seção karma-käëda.
9. Pregar para pessoas carentes de fé.
10.Não ter plena fé no canto do Santo Nome e manter apegos materiais mesmo depois de haver
recebido tantas instruções a esse respeito.
11.Também é ofensivo cantar sem a devida atenção o Santo Nome do Senhor, ou não cantar. Todo
devoto que aspira a ser um vaiñëava deve evitar cometer estas ofensas para lograr o êxito
desejado, prema-bhakti por Rädhä y Kåñëa.

CAPÍTULO XV
OFENÇAS À ADORAÇÃO

Devemos evitar as seguintes ofensas no serviço do Senhor Supremo:


1. Não se deve entrar no Templo da Deidade em carro ou palanquim, ou calçando sapatos.

N.T.
(*)O autor ser refere a Çréla Prabhupäda como sinônimo de Äcärya
(**)Não aconselhável andar com o carro na reserva

18
2. Não se deve deixar de celebrar diversos festivais para o prazer da Suprema Personalidade de Deus,
tais como o Janmäñöami, Ratha-yäträ, etc.
3. Não se deve deixar de prostrar-se ante a Deidade.
4. Não se deve entrar no Templo a adorar o Senhor sem ter lavado as mãos e os pés depois de comer.
5. Não se deve entrar no Templo estando contaminado (de acordo com a escritura védica, se alguém da
família morre, toda a família se contamina por algum tempo segundo sua posição social. Se a família
é brähmaëa, seu período de contaminação é de doze dias; para os kñatriyas e vaiçyas é de
quinze dias, e para os çüdras é de trinta dias.
6. Não devemos prostrar nos com uma só mão.
7. Não se deve começar a circundução do Templo pela frente a Çré Kåñëa. (O processo de caminhar
em torno do Templo deve começar do lado do Templo que corresponda ao lado direito da Deidade e
dar a volta. Tal processo deve executar-se fora do edifício do Templo pelo menos três vezes ao dia).
8. Não devemos esticar as pernas em frente da Deidade.
9. Não devemos nos sentar ante a Deidade segurando com as mãos os tornozelos, os cotovelos ou os
joelhos. (**)
10.Não devemos nos deitar na frente da Deidade de Çré Kåñëa.
11.Não se deve aceitar prasäda ante da Deidade.
12.Nunca se deve mentir diante da Deidade.
13.Não se deve falar em voz alta diante da Deidade.
14.Não se deve falar com os demais diante da Deidade.
15.Não se deve chorar nem gritar diante da Deidade. (*)
16.Não se deve contender nem disputar diante da Deidade.
17.Não se deve repreender a ninguém diante da Deidade.
18.Não se deve dá caridade aos mendigos ante a Deidade.
19.Não se deve falar asperamente com outros diante da Deidade.
20.Não se devem usar mantos de pele ante da Deidade.
21.Não se devem louvar nem elogiar a ninguém em frente à Deidade.
22.Não se devem usar palavreado vil ante a Deidade.
23.Não se devem expelir gases ante a Deidade.
24.Não devemos deixar de adorar à Deidade, de acordo com os meios que o Senhor nos dá. A
Bhagavad-gétä afirma que o Senhor se satisfaz ainda se um devoto oferece uma folha ou um pouco
de água. Esta forma que o Senhor prescreve é aplicável universalmente, até para o homem mais
pobre. Porém isso não significa que aquele que tem suficientes meios para adorar ao Senhor muito
mais esmeradamente deva adotar este método e tratar de satisfazer ao Senhor simplesmente
oferecendo água e uma folha. Se alguém tem meios suficientes, deve oferecer-lhe formosos adornos,
belas flores, boa comida e deve observar todas as cerimônias. Não é que se deva tratar de satisfazer
ao Senhor Supremo com um pouco de água e uma folha, para se gastar todo o dinheiro com a
gratificação dos sentidos.
25.Não se deve comer nada que não seja primeiro oferecido a Kåñëa.
26.No se deve deixar de oferecer frutas frescas e grãos a Kåñëa, segundo a estação.
27.Depois de cozinhar, não se deve oferecer nenhum alimento a ninguém sem antes ter sido oferecido
primeiramente a Deidade.
28.Não devemos sentar-nos dando às costas a Deidade.
29.Enquanto se oferece reverências ao Mestre Espiritual, não devemos permanecer em silencio, quer
dizer, devemos recitar em voz alta as orações do Mestre Espiritual.
30.Na presença do Mestre Espiritual, não devemos deixar de oferecer louvores.
31.Não devemos elogiar a nós mesmos na presença do Mestre Espiritual.
32.Não devemos desdenhar aos semideuses diante da Deidade.

OFENSAS DO VARÄHA-PURÄËA QUE TAMBÉM SE DEVEM EVITAR:

1. Não se deve tocar na Deidade no escuro.


2. Não se deve deixar de seguir estritamente as, regras regulações concernentes à adoração da
Deidade.
3. Não se deve entrar no Templo da Deidade sem primeiro fazer algum som.
4. Não se deve oferecer à Deidade nenhum alimento que tenha sido visto por cães ou outros animais
inferiores.
5. Não se deve quebrar o silêncio enquanto alguém está adorando.
6. Não se deve urinar nem evacuar enquanto se está ocupado na adoração.
7. Não se deve oferecer incenso sem oferecer alguma flor.
8. Não se deve oferecer flores inúteis que não tenha fragrância.

N.T.
(*)Obviamente por motivos pessoais, não está se referendo ao êxtase devocional
(**)Inclui também os pés. Os pés do devotos devem ficar cobertos pelos seus vestuários

19
9. Não devemos esquecer de lavar os dentes com rigor diariamente.
10.Não se deve entrar no Templo justamente depois de ter tido relações sexuais.
11.Não se deve tocar na mulher durante seu período menstrual.
12.Não se deve entrar no Templo depois de haver tocado em um cadáver.
13.Não se deve entrar no Templo vestindo roupas de cor azul ou vermelho, ou que não esteja lavada.
14.Não se deve entrar no Templo depois de ver um cadáver.
15.Não se deve soltar gases dentro do Templo.
16.Não se deve estar irritado dentro do Templo.
17.Não se deve entrar no Templo depois de ter visitado um crematório.
18.Não se deve arrotar na frente da Deidade nem se deve entrar no Templo sem haver feito a completa
digestão da comida.
19.Não se deve fumar maconha ou gaïjä.
20.Não se deve usar ópio nem entorpecentes similares.
21.Não se deve entrar ao cômodo da Deidade ou tocar o corpo da Deidade depois de ter passado óleo
no corpo.
22.Não se deve desrespeitar uma escritura que ensina acerca da supremacia do Senhor.
23.Não se deve introduzir nenhuma escritura contraria.
24.Não se deve mastigar betel ante a Deidade.
25.Não se deve oferecer uma flor que se tenha colocado em um vaso sujo.
26.Não se deve adorar ao Senhor enquanto se está sentado diretamente no solo; se deve ter algo para
sentar-se, como um tapete.
27.Não se deve tocar à Deidade antes de ter-se banhado por completo.
28.Não devemos decorar a testa com tilaka de três linhas.
29.Não devemos entrar no Templo sem lavarmos as mãos os pés.
30.Não se deve oferecer alimentos cozidos por alguém que não seja vaiñëavaa.
31.Não se deve adorar à Deidade diante de alguém que não seja devoto. Não devemos adorar ao
Senhor enquanto vemos alguém que não seja devoto.
32.Não devemos banhar às Deidade com água que tenha sido tocada pelas unhas ou pelos dedos. Se
deve começar pela adoração do semideus Gaëapati, quem remove os obstáculos da execução do
serviço devocional.
33.Não se deve passar por cima das flores oferecidas à Deidade.
34.Não se deve fazer voto em nome de Deus.

DE MANEIRA CUIDADOSA DEVEMOS EVITAR AS DIFERENTES CLASSES DE OFENÇAS.

CAPÍTULO XVI
AS REVERÊNCIAS

Tem muitas instruções com respeito a como adorar e oferecer reverências:


1. No “Arcana-kana”, publicado pelo ISEV, se ensina como adorar à Deidade corretamente.
2. Estudando “A Verdade acerca do Guru” se pode entender a relação entre o discípulo e o Mestre
Espiritual.
3. Devemos oferecer reverências às Deidades com o lado esquerdo para Ela.
4. Oferecemos reverências ao Mestre Espiritual com nossa frente para Ele.
5. Oferecemos reverências aos semideuses com o lado direito para eles.
6. As reverências se distinguem de acordo com a sua atitude. O grau de respeito para alguém se pode
notar na forma de oferecer-lhe reverências. O máximo respeito se observa no daëòavat (significa
cair como uma vara, ou dê um só toque, com a cabeça no piso). Sempre devemos pronunciar o
mantra praëäm do nosso Dékñä-guru e outros mantras de inspiração que nos inspire no
momento.
7. O prema-dvani são reverências pronunciadas depois de um kértana em glorificação de toda a
consciência de Kåñëa. O devoto começa com seu Dékñä-guru, segue com o Parama-guru, e
assim sucessivamente.
8. A etiqueta védica prescreve que ao ver um sannyäsé por primeira vez no dia, alguém deve oferecer
reverências ou jejuar todo o dia. Os gåhasthas também se consideram muito afortunados se um
sannyäsé bendiz sua casa com uma visita (veja como receber visitantes).
9. O devoto somente oferece reverências aos semideuses com a compreensão de que elos também são
devotos do Senhor.
10. Deves orar à Deidade de tua adoração para obter devoção pura.

20
CAPÍTULO XVII
OFENÇAS CONTRA O LUGAR SAGRADO

1. Desdenhar ou desrespeitar o Guru quem é o revelador do Santo Dhäma.


2. Pensar que o Santo Dhäma é temporal.
3. Cometer violência contra qualquer residente do Santo Dhäma ou contra qualquer outro peregrino
que chegue ali, ou pensar que são pessoas ordinárias, mundanas.
4. Executar atividades mundanas enquanto se vive no Santo Dhäma.
5. Ganhar dinheiro ou fazer algum negócio com a adoração da Deidade ou com o canto do Santo Nome.
6. Pensar que o Santo Dhäma pertence a um país ou província mundanos, tais como Bengala, etc., ou
pensar que o Dhäma do Senhor é igual a um lugar santo relacionado com algum semideus ou
tencionar medir a área do Dhäma.
7. Cometer atos pecaminosos enquanto se encontra no Dhäma.
8. Considerar que Våndävana e Navadvipa são diferentes.
9. Blasfemar contra os çästras que glorificam o santo Dhäma.
10.Não ter fé e pensar que as glórias do santo Dhäma são imaginarias.

CAPÍTULOS XVIII E XIX


HUMILDADE E TRATO COM OS DEVOTOS

Um devoto orgulhoso não é apreciado por Kåñëa.


No Çikñäñöaka, Çré Caitanya Mahäprabhu explica:

tåëäd api sunécena


taror api ahiñëunä
amäninä mãnadena
kétanéyaù hariù

“É num estado de espírito humilde que devemos cantar o santo nome do Senhor, considerando-nos
inferiores à palha na rua. Devemos ser mais tolerantes que uma árvore, destituídos de todo sentido de
falso prestígio e prontos a prestar todo o respeito aos demais. Neste estado de espírito, podemos cantar
ininterruptamente o santo nome do Senhor”.
Um devoto oferece respeito a todos os seres, porém não espera respeito para si mesmo.
No “O Néctar da Devoção”, Çréla Rüpa Gosvämé explica: “Um devoto honra na mente a qualquer um
que cante o Santo Nome, ele oferece suas humildes reverências a todos os devotos que são iniciados e
praticantes do bhakti-yoga, e ele se refugia nos devotos que estão livres da tendência de criticar aos
demais”.
Outra descrição geral, é que o devoto ajuda ao menos avançado, faz amizade com seus iguais e trata de
seguir as misericordiosas instruções dos devotos mais avançados.
O serviço aos devotos, garante a ascensão para a meta suprema. Devemos tratar de satisfazer a Çréla
Prabhupäda e a Çréla Çrédhara Mahäräja; com nosso esforço sincero, eles, comprazidos, podem
levar-nos a todos ao mundo espiritual. Servir aos devotos quer dizer servir também ao devoto do devoto.
Esta é verdadeira humildade.
É fácil glorificar a alguém que se encontra longe e que não exige nada de nós. Nosso bhakta-sevä deve
manifestar-se em nossa atitude com os devotos que nos rodeiam.
Levantar a voz, gritar, brigar ou invejar a outros devotos, são atitudes não agradáveis. Em geral, são
produto de uma luxuria extremadamente frustrada. Há aqui algumas regras:
1. Entre gostos não há desgostos.
2. As diferenças entre os devotos são, muitas vezes, transcendentais. Se um pensa que Kåñëa quer
isso, e o outro pensa que Kåñëa quer aquilo outro, na verdade Kåñëa quer ambas coisas e muito
mais.
3. Kåñëa sabe tudo; Ele não entende mal a ninguém.
4. Quando minha fé na autoridade está fraca, tenho que consultar com a autoridade próxima para
proteger minha vida espiritual.
5. Nunca toleres intrigas. Quem fala algo que não viu pessoalmente é nosso inimigo número um. Dos
intrigantes vêm as políticas, das políticas vêm a divisão, e na divisão tudo se acaba, disse Çréla
Bhaktisiddhänta Sarasvaté.
6. Deves ser estrito contigo mesmo e misericordioso com os demais.
7 Não deixes que a paixão ou a ignorância se infiltrem em tua forma de falar; são os inimigos de nosso
jovem bhakti. Corrigir aos outros só é válido quando podes obter o resultado desejável. Este
resultado desejável significa que a pessoa aceite a correção de maneira entusiasta. Dar boas
instruções a um tonto o aborrece. Em caso de que não possas corrigir a alguém com êxito, busca
outra pessoa más apta para que o faça.

21
8. Qualquer idiota pode expulsar alguém do Templo, porém só um grande devoto pode salvar-nos de
Mäyä.
9. Não te aborreça com ninguém, nem com os karmés, já que cada ser é potencialmente um devoto,
uma jóia preciosa antes de ser lapidada ou polida.
10.Se alguém ver algo errado, é sua obrigação denunciar para a autoridade apropriada.
11.A relação dos devotos com respeito às mães deve estar protegida pelo respeito e a harmonia. O
devoto(a) deve preservar a castidade, sendo estrito porém nunca desagradável.

CAPÍTULO XX
COMO CANTAR JÄPA

1. Trata de concentrar-te no som transcendental.


2. Canta no Templo sem permitir que tua mente fuja.
3. Canta de maneira que possa escutar-te.
4. Ore para cantar sem ofensas.
5. Estuda o “Hari Näma Cintämaëi” de Çréla Bhaktivinoda Öhäkura.
6. Cantar sem fazer serviço é algo assim como balas de festim, é só ruído, disse Çréla Çrédhara
Mahäräja.
7. Não tentes imitar a Haridäsa Öhäkura; segue as ordens de teu Mestre Espiritual.

CAPÍTULO XXI
RECEPCIONAR VISITANTES

Como receber visitantes, devotos e Vaiñëavas superiores e predicar.


Na sociedade védica, a recepção de visitantes em casa ou no Templo se enfatiza como uma
atividade muito importante. Seja em nossa casa ou no Templo, sempre que recebemos um visitante
deve-se observar muitas regras e regulações da Etiqueta Vaiñëava. O nível de importância do
visitante aumenta os conselhos dados por Çréla Prabhupäda. Receber devotos do Senhor se
considera muito auspicioso, e tratá-los bem e comprazê-los traz, de maneira automática, bênçãos a
todos os anfitriões. Em nossa Sociedade para Consciência de Kåñëa, receber visitantes é muito
importante, porque o caracter de todos os Templos é convidar às pessoas para mostrar-lhes a beleza da
cultura védica e do processo de bhakti-yoga.
Çréla Prabhupäda conquistou os corações de muitos simplesmente tratando-os com carinho e
oferecendo-lhes hospitalidade Vaiñëava, coisa inigualável neste mundo. Os devotos devem tornar-se
expertos em agradar aos visitantes; este é o êxito de nossa prédica.
A arte de receber visitantes se divide em diferentes categorias:
A primeira consiste em recebê-los com doces palavras. Se supor que o visitante atravessou muitas
dificuldades para chegar, e está cansado; por esta razão, oferece-lhe primeiro um assento para que
descanse.
Em seguida se deve oferecer algo como um refresco, suco, e se não há nada, pelo menos um copo
de água. Depois de inquirir sobre seu bem-estar, se ele deseja, lhe oferece comida. As recepções dos
Templos sempre devem estar providas de prasäda para oferecer aos visitantes.
Çréla Prabhupäda escreveu em uma de suas cartas, que a cozinha do templo é administrada por
Çrématé Rädhäräné, e em Sua cozinha nunca falta nada. Esta é a forma mais elementar de receber
um visitante. Qualquer pessoa que seja atendida desta maneira jamais sairá insatisfeita do Templo. Um
visitante jamais deve escutar palavras bruscas ou receber indiferença do anfitrião porque isto o afastaria,
e não queremos que ninguém se vá; desejamos que as pessoas se inspirem na idéia de refugiar-se em
Kåñëa.
No caso de que a pessoa seja importante, há outros aspectos de sua atenção, elementos adicionais
aos que já foram recomendados:
1. Cantar o Santo Nome do Senhor para celebrar as boas-vindas.
2. Indagar ao devoto que chega sobre os passatempos de Kåñëa e sobre o processo de auto-
realização.
3. Acompanhar o devoto para que possa ter o darçana das Deidades.
4. Perguntar-lhe se tem alguma necessidade como água para banhar-se, roupa limpa, implementos para
o asseio pessoal e para seu descanso.
Na etiqueta védica há outros pontos que se observam na recepção de pessoas extraordinárias, tais
como lavar seus pies, oferecer um assento especial e dar-lhes uma atenção muito especial, porém no
Ocidente, estas atenções são mal compreendidas. Uma regra geral é que o visitante deve estar muito
confortável. A opulência da nossa recepção não é o que determina sua qualidade, senão que a
sinceridade, o carinho e o desejo de agradar é o que mais vale.

22
Há muitas histórias que enfatizam a importância da sinceridade e o bom desejo para ter êxito na
recepção. Kåñëa, por exemplo, não aceitou a festa opulenta que Duryodhana Lhe havia preparado,
porém o arroz que ofereceu ao brähmaëa Sudämä Ele comeu com muito gosto. Então, não é
importante nossa riqueza ou pobreza, senão que desejamos agradar aos demais. Kåñëa disse na
Bhagavad-gétä (9.26):

patraà puñpaà phalaà toyaà


yo me bhaktyä prayacchati
tad ahaà bhakty-upahåtam
añnämi prayatätmanaù

“Se alguém Me oferecer, com devoção, folhas, flores, frutas ou água, Eu as aceitarei”. Çréla
Prabhupäda tem muito amor para com todas as almas condicionadas, e por isso se sacrificou para
trazer a Consciência de Kåñëa ao Ocidente. Estas almas que têm chegado agora a nós tem a
oportunidade de apreciar a Çréla Prabhupäda e o bhakti-yoga; nesta oportunidade, devo tratar de
tornar um êxito sua vida com todo meu esforço. Se não faço isto, como vou pagar a Çréla Prabhupäda
a misericórdia que ele me outorgou?
O serviço aos devotos, bhakta-sevä, é considerado mais importante que o serviço direto a Kåñëa.

CAPÍTULO XXII
COMO PREGAR HARI-NÄMA SAÌKÉRTANA

Nos pontos antes mencionados explicamos a Etiqueta Vaiñëava. Agora vamos analisar a maneira
em que devemos apresentar a filosofia de Çré Kåñëa a estes visitantes.

Nem todas as pessoas podem ser tratadas da mesma maneira. Obviamente que a melhor maneira de
julgar uma prédica é por seu resultado. Há devotos que pregam muito forte e com êxito e há outros que
pregam muito suave e também atraem pessoas a Kåñëa. Devido a isto não há regra fixa de como
devemos pregar. O resultado na pregação depende mais da pessoa que a recebe. Nem todas as
pessoas podem ser tratadas igualmente, isto é muito importante.
Primeiro de tudo, para apresentar a filosofia, é bom saber quem é a pessoa e o que ela está
buscando, porque veio ao Templo. Devemos pregar só se recebermos as instruções para este serviço
por parte das autoridades. No caso de que não fomos autorizados, devemos levar o visitante a um
devoto devidamente autorizado. Dizer ao homem que vem a rever aquele que lhe fala sobre a luz que
“se não deixar de comer cadáver vai para o inferno”, não seria nada útil. O principal problema na
pregação é a própria imaturidade dos devotos. Há devotos fanáticos que pensam que se o visitante não
aceita os quatro princípios regulares na primeira conversação, já é um caso perdido. Também existem
devotos que estão inseguros de sua própria vida espiritual e se lamentam com os visitantes sobre seus
problemas. Estas situações devem evitar-se.
Se deve aprender a pregar estudando os livros de Çréla Prabhupäda. Não se deve especular sobre
a filosofia. Se alguém recebe uma pergunta que é complicada para seu conhecimento, não deve tratar
de especular a resposta só para manter uma imagem (ego falso); melhor seria admitir que é um neófito e
dirigir a pergunta a um devoto mais antigo para que seja devidamente respondida.
Se um devoto mais velho se encontra pregando, os demais devotos devem aproximar-se
humildemente e não devem intervir, ou interferir, na pregação. Recordemos que ninguém prega melhor
que Çréla Prabhupäda e Çréla Çrédhara Mahäräja, e por isto nenhuma pessoa deve falar sem
sustentar-se nos livros. O ponto principal em nossa pregação é comunicar às pessoas a necessidade de
distribuir estes livros a todos. Se um devoto mais velho vê um devoto imaturo ou neófito apresentando a
filosofia de maneira incorreta, deve corrigi-lo, e o devoto mais novo deve imediatamente permitir a
pregação a irmão mais velho. Os devotos jamais devem brigar na frente dos visitantes (nem em
nenhuma parte). Grosserias, excessos ou avidez exibidas diante dos visitantes, por exemplo à hora de
prasäda, é uma grande vergonha, além de ser contraproducente, para a pregação. Ao agir, um devoto
sempre deve pensar: “Que faria meu Mestre Espiritual nesta situação? Como deveria agir se meu Mestre
Espiritual estive aqui presente?” Todas estas considerações podem ajudar-nos a conseguir a conclusão
correta para um bom comportamento.
Sempre que pregamos a alguém devemos ter a confiança de que somos capazes de convencê-la
para que se torne devota de Kåñëa.
Muitas vezes Çréla Prabhupäda disse que se sua missão tivesse como resultado um só devoto puro
do Senhor, seu esforço seria um êxito. Devemos aprender muitos versos autorizados e autênticos dos
livros para comprovar a filosofia. Isto é pregação com qualidade. Desde logo é necessário praticar o que
se está pregando, na forma de um comportamento excelente, uma apresentação limpa e fidelidade total
a as instruções de Çré Guru e Gouräìga. Pregar é a essência e é, sobre tudo, saborear o puro néctar.
Um devoto que é alegre e entusiasta para pregar as glórias de Çré Kåñëa, sempre avançará no

23
processo da Consciência de Kåñëa. Devemos buscar as oportunidades de pregar com programas de
näma-häta, conferências em colégios e universidades, e mesmo nos Templos. Tornem-se Vaiñëavas
compassivos, tenham o desejo de pregar e glorificar o Senhor Supremo; assim, a lamentação de mäyä
desaparecerá de vocês.
Para os que anseiam em torna-se bons pregadores, lhes recomendamos:
1. O livro dos versos mais importantes para a pregação, publicado pelo ISEV.(*)
2. “Predicar es la esencia”, por sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupäda, e todos
seus comentários sobre a prédica, também do ISEV.
3. “La Ciencia de la Autorrealización”: é a apresentação da filosofia da Consciência de Kåñëa em
relação com muitos aspectos da vida.
No caso de que algum visitante esteja interessado em pernoitar no Templo, deve dirigir-se à autoridade
para tal fim. Ninguém deve permanecer nos Templos se não tem documentos de identificação, os quais
deverão ser guardados na administração por todo o tempo de sua permanência.

HARI-NÄMA
Quando saímos em Hari-näma, nos colocamos nos olhos do mundo. Sigam as seguintes regras:
1. Não levem devotos mal vestidos.
2. Só devem utilizar os instrumentos musicais aqueles devotos que sabem tocá-los. Evitem todo tipo de
especulação. Pureza diante de tudo.
3. As crianças não devem ir sem um adulto responsável a seu lado.
4. As crianças que choram, devem desaparecer imediatamente.
5. O líder dá as instruções e também guia a dança; todos devem seguir-lhe.
6. Quando os devotos dançarem como loucos, devem ser corrigidos imediatamente.
7. Para cada mådaìga devem acompanhá-la 5 ou 6 karatälas.
8. Um devoto mais velho deve ocupar-se da ordem, e no caso de distúrbios, ele será o único
responsável para resolver o problema.
9. As mulheres devem estar sempre protegidas.
10.Durante o momento da pregação, os devotos devem escutar com toda atenção e sem movimentos.
De outra maneira, os karmés também não irão escutá-los.
11.Dancem sempre de forma coordenada, façam formações em círculos completos ou em meia lua.
12.As bolsas de Saìkértana devem estar sempre bem cuidadas e fora da vista dos karmés.
13.No caso de dificuldades, todos devem permanecer calados e esperar somente as ordens do líder.

SAÌKÉRTAN – A DISTRIBUIÇÃO DO NÉCTAR ESPIRITUAL


1. Recorde sempre a Çré Caitanya Mahäprabhu e a Çré Nityänanda.
2. Kåñëa é o dono de tudo e tu és Seu representante.
3. Kåñëa está no coração de todos. Ora ao Senhor para que de maneira humilde possas entregar os
livros a todos eles.
4. Çréla Prabhupäda quer salvar a todo o mundo. Não deixes nunca uma mala impressão em
ninguém. Jamais discuta com karmés, muito menos com autoridades.
5. Aprenda a filosofia para que possa convencer a homens inteligentes sobre a Consciência de Kåñëa.
6. Quando os demônios atacarem, apenas abandone o lugar, não te envolvas.
7. Deves ser misericordioso e não irritar-te.
8. Não contemples os objetos dos sentidos.
9. Recorde como sofreu Çréla Prabhupäda para salvar-nos.
10.Esforça-te ao máximo porém não te apegues aos resultados.
11.Nunca esqueças a importância dos livros transcendentais.
12.Não te apegues ao resultado como um trabalhador fruitivo.
13.Tudo o que ajuda nesta missão origina seu caminho do sukåti espiritual.
14.Não só tem que distribuir os livros, senão lê-los também.

CAPÍTULO XXIII
SÄDHANA-BHAKTI

Os devotos que desejam avançar, devem seguir estritamente as regras do Sädhana-bhakti:


1. Levantar-se antes das 4:00 da madrugada.
2. Assistir diariamente às conferências, sobre todo do Çrémad Bhägavatam.
3. Adorar a Tulasé Devé.
4. Só associar-se com devotos.
5. Assistir aos : Äratikas, Maìgaläratik y Sundar-äratik, de maneira especial.

N.T.
(*)Disponível para download no site http://www.vrindavan.org/isev

24
6. Comer somente prasäda.
7. Não associar-se com música, livros, filmes ou coisas mundanas, se não queres arrancar tua nova
devoção.

CAPÍTULO XXIV
ADMINISTRAÇÃO VAIÑËAVA

Os Vaiñëavas representam e protegem o Senhor Kåñëa neste mundo. A duvida ou a desconfiança


entre Vaiñëavas, em especial com respeito a lakñmé (dinheiro espiritual) ou os bens do Senhor, são
indesejáveis.
Çréla Prabhupäda estabeleceu as seguintes ordens para proteger-nos de tal desastre:
1. Todas as doações ou coletas se devem depositar na mesma tarde, no momento da chegada, com o
tesoureiro.
2. Todos os fundos se depositam na conta bancaria do Senhor.
3. Os gastos maiores de 50 dólares se devem ser sempre feitos com cheque, e com a assinatura de, no
mínimo, dois dos líderes do Templo.
4. Os gastos pequenos são realizados pela caixa menor e respaldados por todos os recibos e
comprovantes.
5. Todos os bens do Templo devem ser protegidos da possibilidade de roubos. A situação legal dos
mesmos devem estar em dia para manter-se uma segurança jurídica permanente.
6. O ego não gosta de ser controlado, porém um devoto quer ser controlado para que seu ego perca o
sentido do falso prestígio.
7. Çréla Prabhupäda disse: “Demasiada devoção é sintoma de ladrão”.
8. A confiança é indispensável, porém o controle até donde seja possível, é a ordem de nosso
Gurudeva.
9. A oportunidade é quem faz o ladrão.
10. Os líderes de programas e templos devem fazer uma reunião semanal para coordenar e planificar a
administração e as atividades para poder lograr e êxito desejado. Devem participar das reuniões
semanais todos os devotos que se esforçam e que fazem um serviço estável para o programa ou
templo. Sua voz e seu voto devem ser tidos em conta. Todos os programas devem levar clara e
atualizada a contabilidade permanente. Esta contabilidade e todas suas operações devem ser da
confiança de todos, já que assim inspira aos demais e se fortalece a pregação no êxito da missão de
Çréla Prabhupäda, Çréla Çrédhara Maharaj e Çréla Govinda Maharaj(*), Çré Caitanya
Mahäprabhu, Paramadvaiti Svämé e Harijan Svämé (**). Çréla Paramadvaiti Svämé nos
recorda: “A esposa do César deve estar por acima de qualquer suspeita”. Em todos os programas se
deve levar uma folha para anotações, sem preguiça.

Uma sociedade sem interesse por lucro tem a obrigação de apresentar ao governo o controle de
todas entradas e saídas de dinheiro e bens. Esta obrigação também está contida nos Estatutos da
Sociedade. Nesta era corrupta as religiões também são desacreditadas por seus interesses
materialistas. Devido a isto, o devoto vaiñëava, e em especial o líder, deve viver como um livro aberto e
fora da possibilidade de dúvida acerca de algum interesse pessoal.

CAPÍTULO XXV
REGRAS PARA OS DEVOTOS
CASADOS - GÅHASTHAS

1. O matrimônio não é uma licença para se gratificar os sentidos.


2. O matrimônio é para procriar filhos conscientes de Kåñëa, que sejam bênçãos para o mundo.
3. O matrimônio é para ajudar-se mutuamente a avançar espiritualmente.
4. O matrimônio não é uma permissão para descontinuar seu serviço devocional.
5. O matrimônio não é uma razão para deixar a pregação ou abandonar a vida simples.
6. O verdadeiro géhastha deve doar no mínimo 50%(***) de sua renda à propagação do movimento de
Mahäprabhu. Recordem a famosa história de Kolaveca Çrédhara, quem obteve a misericórdia do
Senhor.

N.T.
(*)Atual sucessor de Çréla Çrédhara Maharaj
(**)Harijan Svämé já deixou este mundo material
(***)Esta é uma norma para géhastha que moram nos Templos da ISKCON

25
7. Ninguém deve conceber filhos se não é capaz de guiá-los para a perfeição da vida.
8. As parceira só deve tentar ter filhos cinco dias após a menstruação, uma vez por mês, depois de
cantar cinqüenta (50) voltas de Jäpa. Assim se garante o êxito de trazer bons filhos.
9. Os filhos concebidos fora destas regras só trazem dores de cabeça e problemas à família.
10.As parceiras nunca devem se informar em público.
11.Os anticoncepcionais são demoníacos e proibidos. O único válido é o “Não”.
12.O divórcio não existe na Consciência de Kåñëa. Se alguém perde sua devoção, é um grande
desastre.
13.As crianças que não recebem orientação e afeto de ambos os pais em Consciência de Kåñëa, é
muito provável que buscarão sua sorte no mundo material.
14.O esposo é Pati-guru, Mestre espiritual da esposa e da família. Isto só é válido se ele não contradiz
as instruções do Guru e Gauräìga.
15.Humildade e afinidade por servir aos Vaiñëavas é a única coisa que pode salvar um gåhastha da
inveja e do materialismo, do “poço escuro”.
16.Os gåhasthas são responsáveis por organizar a educação de seus filhos na Consciência de Kåñëa.
17.Jamais tenha fé na educação materialista. Çréla Prabhupäda disse que as universidades são
matadouros de alma.(*)
18.O impulso sexual é tão forte que os Vedas proíbem ao pai estar só em um quarto até com sua própria
filha.
19.Fora os professores, preferivelmente do mesmo sexo das crianças, nenhum outro adulto deve
aproximar-se deles.
20.A educação dos meninos deve ser separada da das meninas.
21. O gåhastha deve fazer os arranjos necessários para lograr a segurança econômica de sua família.
Em nenhum caso deve deixar a sua família desprotegida.

HARI BOL!

N.T.
(*)isso não significa que devemos abandonar os estudos das artes e ciências seculares

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