Sie sind auf Seite 1von 5

FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VITÓRIA

FESV
CURSO DE DIREITO

JULIO CESAR LUCAS REGATTIERI

O DELITO DA ERA DIGITAL: O CRIME VIRTUAL

VITÓRIA
2010
JULIO CESAR LUCAS REGATTIERI

O DELITO DA ERA DIGITAL: O CRIME VIRTUAL

Trabalho apresentado ao professor orientador da


disciplina de Trabalho de Curso I, do Curso de
Direito da Faculdade Estácio de Sá de Vitória
como requisito parcial para composição do
Trabalho de Curso (TC).

Orientadora: Profª. Ms. Ângela Rodrigues Dias.


VITÓRIA
2010
SHORTE PAPER POR JULIO CESAR LUCAS REGATTIERI SOBRE O DELITO
DA ERA DIGITAL: O CRIME VIRTUAL

O presente short paper tem por objetivo apresentar e classificar o crime virtual, um crime que
é único e exclusivo da era digital. É necessário fazer a observação que este tipo de crime é
atípico, pois não ha legislação que o defina ou que trate de punir o agente que pratica este
delito, e este crime esta em constante crescimento, pois ele acompanha as evoluções das
tecnologias.

É necessário para sua classificação saber o modo de que ele foi exteriorizado ou se manifestou
para a vitima, pois sabendo isso a sua classificação será definida com clareza e precisão para
maior facilidade para aplicação da sanção penal.

De acordo com Pinheiro (2010, p. 296) o crime virtual é um crime de meio, ou seja, não se
trata de um crime que só poderia ter ocorrido no meio virtual, também poderia acontecer sem
o intermédio da ferramenta tecnológica, a exemplo do crime de ameaça que pode ocorre tanto
por envio de email contendo um texto ameaçador ou poderia ter ocorrido ate mesmo se o
agente se encontra se com seu desafeto na rua ao e o ameaçando ali mesmo com palavras.

A exceção que pinheiro (2010, p. 296) coloca são os crimes que só podem ser cometidos em
ambientes virtuais, como as invasões a servidores de empresas, e a propagações de vírus de
computador, esses seriam exemplos de crimes que só podem ser cometidos na rede virtual,
desse modo são eles crimes fins, pois, do inicio a consumação do crime são empregados
meios informáticos.

Da mesma forma se posiciona Atheniense1 (2007) que apenas modifica a nomenclatura, ao


diferenciar os crimes virtuais em crimes virtuais puros e impuros.

1
ATHENIENSE, A. CRIMES VIRTUAIS PUROS E IMPUROS. Universo jurídico, 28 de setembro 2007.
Disponível em: < http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas>. Acesso em: 12 de novembro 2010.
Nessa perspectiva seriam os crimes virtuais puros aqueles ilícitos que são cometidos pela
internet e visão bens incorpóreos, aqueles que como foram dito acima, por Pinheiro (2010)
são praticados na rede virtual, como o acesso não autorizado a banco de dados por exemplo.

Já os crimes virtuais impuros são aqueles em que basta aplicação do código penal, sem a
necessidade de uma nova legislação, visto que são crimes que já são praticados independentes
da inserção do uso da internet.

Para Herve Croze e Yves Bismuth 2 (2001) eles são divididos em crimes cometidos contra um
sistema informático, seja qual for a intenção do agente e quando são praticados contra outros
bens jurídicos, se utilizando da informática para cometer o ato, para eles a definição dessas
duas situações em meio de execução e para destinação da conduta:

No primeiro caso, temos o delito de informática propriamente dito, aparecendo o


computador como meio e meta, podendo ser objetos de tais condutas o computador,
seus periféricos, os dados ou o suporte lógico da máquina e as informações que
guardar. No segundo caso, o computador é apenas o meio de execução, para a
consumação do crime-fim, sendo mais comuns nesta espécie as práticas ilícitas de
natureza patrimonial, as que atentam contra a liberdade individual e contra o direito
de autor

Como pode se observar os dois autores não se divergem entre os outros posicionamentos, ao
demonstrarem a classificação do crime virtual pelo modo que são praticados ou consumados

Com base no que foi exposto acima, podemos concluir que para classificar se um crime é um
crime virtual, deve se observa a maneira que ele foi praticado ou consumado, pois como foi
demonstrado acima, o meio informático pode ser apenas meio para a consumação do crime,
como também pode ser o meio da ação criminosa e o seu resultado final.

REFERÊNCIA

Pinheiro, Patrícia Peck. Direito Digital. 4. São Paulo: Saraiva. 2010.v.1. p. 296.

2
Herve; Bismuth, Yves apud ARAS, Vladimir. Crimes de informática. Uma nova criminalidade. Jus Navigandi,
Teresina, ano 6, n. 51, 1 out. 2001. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/2250>. Acesso em: 12
novembro 2010.
ATHENIENSE, A. CRIMES VIRTUAIS PUROS E IMPUROS. Universo jurídico, 28 de
setembro 2007. Disponível em: < http://www.uj.com.br/publicacoes/doutrinas>. Acesso em:
12 de novembro 2010.

Herve; Bismuth, Yves apud ARAS, Vladimir. Crimes de informática. Uma nova
criminalidade. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 51, 1 outubro de 2001. Disponível em:
<http://jus.uol.com.br/revista/texto/2250>. Acesso em: 12 novembro 2010.

Das könnte Ihnen auch gefallen