Legião Organizada
10ª  edição, de 21/03/2011. Publicação semanal, tiragem: 18 cópias. Contribuição: R$ 0,15.
Leia, reproduza e passe adiante. Acesse nosso blog: http://legiaoorganizada.blogspot.com
Participe dos Grupos de Debates da LO. Todas as quartas-feiras às 16:45 na sala 633B (Caldelas).
23/03 – Saúde Mental; 30/03 – Saúde Social; 06/04 – Liderança e Organização;
13/04 – Educação e Qualidade de Ensino; 20/04 – Projeto: Como Poderiam Ser as Aulas
Participação
Esse tema tem tangido bastante os
últimos debates que eu tenho feito
cotidianamente. Algumas vezes pessoas
argumentam que não querem participar para
não se comprometer, e até eu, às vezes, penso
que participar de determinados grupos não vale
a pena. Por isso, resolvi abordar esse tema para
esta edição do jornalzinho da LO.
Participar de atividades promovidas
por outras pessoas, é algo bom ou ruim? Por um
lado, podemos citar os vários avanços que se
tem quando as pessoas trabalham juntas, desde
nomes de importantes descobertas, movimento
histórico ou a própria união entre pessoas com
intuito de educar os filhos. Por outro lado,
temos vários exemplos de pessoas que se
aproveitam da boa vontade dos outros para
fazer atividades de apenas seu interesse, é o que
ocorreu com os partidos políticos que
prometiam um Brasil melhor, com a maior parte
dos patrões que força os baixos salários ou até
mesmo com institutos de pesquisa que, antes de
gerar experiência e desenvolvimento, preferem
aparecer para ganhar mais e mais dinheiro.
Em nossa época de imperfeccionismo,
é natural que o pensamento individualista se
sobre saia. Se pegarmos exemplos de o
Alienista (Machado de Assis) em que o barbeiro
faz um baita movimento para tirar o prefeito,
quando assume acaba por fazer o mesmo que o
prefeito fazia antes. A própria eleição do
presidente Lula, desmotivou muita gente que
acreditava num Brasil por ele prometido. É
normal depositarmos a confiança em alguém ou
em alguma coisa e, às vezes, ela não retornar
como esperamos, mas o fato é que, por
vivermos num período imperfeccionista, todo
experiência ruim é repetida mil e uma vezes,
dando a impressão que todo mundo é
oportunista!
Porém, as coisas estão longe de ser
assim. Há muitos grupos que são interessante
de participar mesmo quando não se concorda
inteiramente. Um exemplo, é o IF-SUL. Eu
ingressei na qualidade de aluno e, apesar de
discordar com toda a política pedagógica, eu
continuo indo às aulas, pois eu acabo sendo
beneficiado de outras formas, entre elas, se
encontrar com os meus colegas, fazer projetos,
debater e etc. Além disso, tem alguns – poucos
– professores que conseguem fazer a aula ficar
bastante atraente, e essas valem a pena
participar. Eu participo também do PIC-
OBMEP que, apesar de estar estreitamente
ligado a conseguir medalhas pelas olimpíadas
de matemática, é também um espaço em que se
pode trocar experiências e aprender bastante.
Participo também do grupo de estudos
astronômicos do CINAT – Física, que também é
para a preparação para provas, fato que não me
motiva muito, mas já ampliei bastante meus
conhecimentos nessa área. Participo também de
um grupo que pretende fazer um super-projeto
em eletrônica, e apesar de não concordar com
algumas ideias do grupo, vejo várias outras que
são muito positivas e já estão ajudando a me
desenvolver, e no final das contas, está valendo
muito a pena.
Há ainda dois grupos que eu
participei de sua fundação. O primeiro que é a
própria LO e o segundo que é o grupo de
projetos que fazemos de manhã. E mesmo
nesses grupos onde eu ajudei a colocar a pedra
fundamental tem coisas positivas e negativas. O
fato é que, em tudo que eu participo, eu
considero que eu alcanço mais coisas positivas
do que negativas para o meu desenvolvimento.
Se, ao invés de assistir às aulas, eu procurasse
estudar sozinho, eu até poderia entender melhor
do assunto, mas perderia o contato com vários
colegas e deixaria de abrir minha mente para as
boas exposições que são feitas em aula. Se, ao
invés, de participar do PIC eu estudasse
matemática sozinho, eu deixaria de fazer
amizades e ver a opinião dos outros sobre o
assunto, o que muitas vezes estimula seu
estudo. Se, ao invés de participar do grupo de
astronomia, eu tentasse estudar os Céus
sozinho, eu também perderia as amizades e a
opinião dos outros e principalmente o incetivo
que existe quando várias pessoas se reúnem
para um fim.
Portanto, individualmente, não
podemos ir muito longe. O trabalho em grupo,
coletivo, é importante. Principalmente porque
ele te motiva mais, te dá novas ideias e
concentra forças. Há inclusive muitos trabalhos
que nem podem ser feitos sozinhos, como é, por
exemplo, o trabalho de um eletricista. É
verdade que há muitos que trabalham sozinhos
quebrando a primeira regra para segurança no
trabalho: nunca trabalhe sozinho. Pois, se tu
ficar preso a fiação por um choque elétrico, não
haverá ninguém para te ajudar. Se você ainda
não concorda com a ideia de que juntos
podemos ir mais longe, tente lavar uma mão
sem a ajuda da outra!
Por outro lado, há uns 40 anos atrás,
vivíamos uma realidade de perfeccionismo.
Depois do nacionalismo hipócrita repetido
milhares de vezes pelos meios de comunicação
da Ditadura Militar, várias pessoas sonhavam
com a plena liberdade que se chegaria com as
eleições livres e direta no Brasil. Dado o
João Felipe Chiarelli Bourshcheid
desenvolvimento econômico maquiado por
noventa milhões em ação, somado às ideias de
justiça e liberdade que vinham defender aqueles
que queriam o fim da ditadura, parecia que um
próspero futuro se abria para o Brasil.
As pessoas, portanto, depositaram sua
confiança em pessoas que fariam coisas por ela.
Depositaram sua confiança cegamente em
eleições que elegiam desde grêmio estudantis,
diretórios acadêmicos, sindicatos, vereadores,
prefeitos, deputados, governadores e até mesmo
o presidente. Se deixaram levar pela euforia do
momento, acabaram, porém, por regredir seu
desenvolvimento ao invés de progredir-lo, tanto
é que, hoje o pessoal está insatisfeito e sem
poder nenhum de mudar as coisas que estão a
sua volta!
É assim também quando se
compartilha a vida com outra pessoa: não
podemos ficar cego pelo amor a ponto de
acabar nos prejudicando, deixando de se
desenvolver, deixando de fazer as atividades
que se fazia; mas também não podemos deixar
de ver-lo como uma nova possibilidade de
desenvolvimento, uma vez que o verdadeiro
amor surge de uma verdadeira amizade.
Na verdade, uma vez tomado
consciência disso tudo, temos que apenas usar
uma parte do nosso cérebro que é responsável
pela tomada de decisões. Tomar uma decisão
consiste colocar as coisas numa balança: de um
lado o que se tem a ganhar, de outro o que se
tem a perder. O que vale mais a pena? Perder
algo para ganhar outra coisa, ou continuar como
está. O segredo está em ver a vantagem de cada
um dos lados, e saber fazer a escolha certa
quando as oportunidades valem a pena.
E é claro, ninguém toma a decisão
certa de uma hora para outra. Para poder
ponderar corretamente, é necessário ter um
conhecimento aprofundado de ambos os lados.
O difícil muitas vezes é fazer a correta
ponderação das coisas, mas lembre-se o que
você já deve ter me visto citar várias vezes, mas
é que a citação é muito boa mesmo: “Se você
não errou 90% das vezes, então seu objetivo
não foi ambicioso o suficiente.” (Alan Kay) Isto
é, não é que você deve errar muito, de
propósito. Mas, só não era quem não tenta. E o
erro faz parte do aprendizado.
E de modo geral, como a maioria do
pessoal tem o espírito egoísta ainda preso
dentro de sua consciência, a sugestão é:
participe mais. Avalie sua participação pelo
lado ruim, mas também pelo lado bom. Talvez
você esteja perdendo e nem está se dando conta.
A Falta de Incentivo à Visitação
Se te perguntassem onde fica a
Grande Muralha, As Pirâmides ou o Cristo
Redentor, você saberia responder quase que
diretamente mesmo nunca tendo visitado esses
locais, isso ocorre devido ao fato de vermos
eles com bastante freqüência em filmes e na TV,
entretanto se perguntassem a você sobre os
pontos turísticos e os locais mais curiosos de
pelotas, você certamente não conseguiria
responder essa pergunta com total exatidão,
pois hoje em dia é bastante comum não
conhecermos a cidade em que vivemos devido
ao fato de preferirmos ficar dentro de casa
desfrutando dos prazeres da tecnologia a
sairmos em um passeio para conhecer a cidade.
O fato de não conhecermos bem
nossa cidade se deve a dois fatores principais: a
falta de interesse das pessoas e a falta de
incentivo da própria cidade. O primeiro fator
ocorre devido à total desmotivação que as
pessoas possuem de buscar coisas novas, pois
nos acostumamos desde pequenos a realizar
sempre as mesmas atividades, ou seja, caímos
na rotina de ir aos mesmos lugares e perdemos
quase que totalmente o interesse em promover
novas atividades, como por exemplo, começar a
caminhar pela cidade, visitando lugares até
antes desconhecidos.
O segundo fator ocorre devido à falta
de interesse da nossa própria cidade em
incentivar a população a visitar nossos cartões
postais. Há um grande déficit de informações
A Dieta do Palhaço
Aproveitando o tema Saúde na LO,
lembrei de um documentário americano que vi
a um tempo atrás, Super Size Me – A Dieta do
Palhaço, feito em 2004, mas que desde lá não
mudou muita coisa (só que as pessoas ficaram
mais gordas), onde um grupo de pessoas
resolvem gravar a vida de um homem, que,
antes saudável, começou a fazer todas suas
refeições durante um mês todo somente no Mc
Donald’s para saber quais seriam os efeitos
colaterais já que o Mc Donald’s diz ter um
cardápio balanceado e saudável.
Quase 100 milhões de americanos são
gordos ou obesos, mais de 60% dos adultos do
país. O estado mais gordo é Mississipi, ¼ da
população é obesa. A obesidade só perde pro
cigarro em nº de mortes.
Em Nova York, duas adolescentes
deram entrada num processo contra o Mc
Donald’s, uma tem 14 anos, 145cm de altura e
pesa 70kg, a outra tem 19 anos, 165cm de altura
e 122kg, alegando que a rede de fast-food
servia comida gordurosa e que fazia mal para a
saúde, como quase todo processo, não deu em
nada, o juiz disse que elas não tinham provas
suficientes para seguir adiante. Provas
insuficientes? Quer mais do que 60% da
população obesa? Não podem ser os
restaurantes de bairro, pois eles existem a
centenas de anos, não podem ser os alimentos
que comemos em casa, porque comemos em
casa a milhares de anos, alguma coisa mudou
muito, as pessoas fazem mais de 40% das
refeições fora de casa. Todo dia ¼ dos norte-
americanos vai a uma lanchonete, 46 milhões
de pessoas todos os dias, isso é mais que toda a
população de Espanha. O Mc Donald’s
representa mais de 43% do mercado de lanches,
com mais de 30.000 lojas em 100 países e 6
continentes.
As empresas gastam bilhões em
comerciais para seus produtos serem
conhecidos, em 2001, em mídia direta (radio,
TV e imprensa) o Mc Donald’s gastou 1,4
bilhão de dólares no mundo todo, a Pepsi
gastou mais de 1 bilhão, a Hershey Food gastou
200 milhões no mercado externo, já a
sobre esses cartões postais disponível para as
pessoas, causando um total desconhecimento da
população sobre a existência desses locais em
pelotas. A prefeitura deveria incentivar a
visitação desses lugares por meio da grande
mídia, utilizando a TV e o radio para informar a
maior parte da população da existência desses
lugares e utilizando jornais com paginas
dedicadas apenas a apresentação detalha dos
mesmos.
Agora irei dar alguns relatos vividos
por mim que comprovam tudo que afirmei logo
acima.
“Na ultima semana fui almejado por
varias informações sobre nossa cidade que
eram desconhecidas por mim até então.
Primeiramente realizei uma caminha com
João, Marlon e Mateus vulgos Revolucionários
pela Avenida Domingos de Almeida, onde
acabamos com nos defrontar com uma parte da
cidade antes desconhecida para mim. Essa
caminhada tinha como objetivo final conhecer
um dos lugares mais antigos e conhecidos de
Pelotas – As Charqueadas. Mesmo sendo tão
conhecida, a maior parte das pessoas que eu
conheço revelaram não saber ao certo sua
localização assim como eu. A própria cidade
quase não divulga a localização das
charqueadas assim como não incentiva a
população a visitá-las. Isso prova que a teoria
de que não conhecemos direito nossa própria
cidade e que falta interesse da prefeitura em
campanha “5 dias de frutas e verduras” em
todas as mídias gastou apenas 2 milhões, 100
vezes menos do que um só fabricante de doces
gastou. Os alimentos com mais propagandas
são os mais consumidos, isso não é surpresa!
Para ter uma idéia, as pessoas não sabem o
juramento a bandeira mas tem a música do Mc
Donald’s na ponta da língua.
Em Nova York uma cidade com
menos de 20 km de comprimento por 3 de
largura (+ou- 58km²) tem 83 Mc Donald’s!!
Quase 4 por km².
Mais de 60% dos americanos (os mesmos 60%
obesos) não fazem exercício algum, tem no
máximo 5.000 passos caminhados por dia.
O Mc Donald’s seduz as crianças pois
tem parquinhos, fazem festas de aniversário,
são os pioneiros do “lanche feliz”, botam
brinquedos nas refeições infantis. Muito dos
anúncios atraem as criança, há um desenho na
TV com o Ronald Mc Donald e assim são as
crianças que eles mais seduzem.
Uma criança vê anualmente 10.000
anúncios de comida na TV, 95% são de cereais
com açúcar, refrigerantes, lanches e doces. Um
pai e uma mãe que faz toda refeição por um ano
com seu filho passa uma mensagem nutricional
bastante forte, esse progenitor fala em comida
saudável 1.000 vezes contra 10.000 da indústria
alimentícia, não é uma luta justa.
Onde o impacto do lanche se tornou
mais evidente é nas escolas. Uma delas não
vendia Coca-Cola, mas tinha uma limonada
com 36g de açúcar, tanto quanto em uma Coca,
mesmo que não tenha cafeína é cheia de açúcar
(detalhe: até nas saladas do Mc Donald’s tem
açucares). Em outra escola eles não terceirizam
a alimentação, mas na maior parte é servida
comida requentada. Há dias em que uma
refeição supera as 1.000cal. Apenas 6 em 36
refeições são preparadas na escola, o resto é
comida enlatada, requentada e muito gordurosa.
Já em uma escola com alunos problemáticos,
serve alimentos com pouca gordura, pouco
açúcar, sem conservantes, sem produtos
químicos. Tiraram maquinas de refrigerante,
introduziram a água, assim a escola tem alunos
Genaro Bessa Ceppo
divulgá-la esta correta.
Outra informação que desconhecia
até então e que me surpreendeu bastante, foi a
existência de tuneis subterrâneos que
atravessam a cidade, mais especificamente
localizada entre o centro e o porto, e que
possuem uma historia um tanto quanto
obscura, pois esses tuneis estavam ligados a
segunda guerra mundial e a Hitler,isso mesmo
que você acabou de ler, esses tuneis eram
usados por nazistas que se comunicavam com o
Reich alemão por meio do radioamadorismo.
Buscando mais informações acabei
descobrindo que esses tuneis possuem três
entradas conhecidas: a primeira se encontra na
cervejaria sul rio-grandense no porto, a
segunda se encontra no laboratório Rouget
Perez no centro e a terceira na antiga
cervejaria Carlos Ritter que ficava as margens
do São Gonçalo e que é atualmente conhecido
como I.C. da Silva localizado entre a Santa
Casa e o Camelódromo.”
Por fim concluo que quem por em
pratica o interesse em conhecer essa parte da
cidade, não irá se arrepender, pois alem de ser
muito divertida e cativante, essa exploração
pode se tornar uma grande jornada cheia de
descobertas muito interessantes sobre nossa
cidade que a primeira vista pode parecer sem
graça, mas aos poucos começará a se tornar
muito mais interessante e incrível.
Letícia Covalesky
mais concentrados, interessados, saudáveis e
empolgados. Há muita resistência dos
fornecedores de lanches que obtêm muito lucro
nas escolas, elas não querem ser enxotadas,
querem ficar ali, viciando crianças para sempre
como os fabricantes de refrigerantes. Será
mesmo tão difícil mudar de comida enlatada
para uma comida mais saudável nas escolas?!
Agora voltando à dieta: Ele começa
com 185 cm de altura e 84 kg.
Regras:
•Só comerá lanches extragrandes se
perguntarem.
•Só comerá coisas do Mc Donald’s (incluindo a
água).
• Terá que provar tudo do cardápio pelo menos
uma vez.
• Terá que comer 3 vezes ao dia.
Efeitos colaterais:
Em uma semana engordou 4 kg.
Em duas semanas, 8 kg, 10% do peso corpóreo.
Depois de um tempo todas as vitaminas
estavam baixas. Se ele seguisse aquela ‘dieta’
por muito tempo seu fígado ia a falência.
Estava ficando viciado, sentia falta, ficava mal
quando não comia, e quando comia tinha uma
alegria repentina.
Seu colesterol que antes estava 165 agora está
225.
Dificuldade para respirar, falta de fôlego.
Suor excessivo.
Fortes palpitações no peito
Dores no estômago, gases.
Dores de cabeça.
No final dos 30 dias ele pesava 95,200 kg.
Sua gordura corporal foi de 11% para 18%.
Corre o dobro de risco de ataque cardíaco.
Sente-se deprimido.
Durante toda a sua ‘dieta’, Morgan consumiu
13, 600 kg de açúcar, 5, 400 kg de gordura.
Ofereceram 9 vezes a Morgan o tamanho
gigante.
Tire suas próprias conclusões. Quantas vezes
devemos comer no Mc Donald’s por semana?
Tenha uma vida saudável, faça exercícios
físicos regularmente.