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Curso Profissional de Técnico de Energias Renováveis

Disciplina de Organização Industrial

Módulo 1- Higiene, Segurança e Ambiente


Conceitos

O que é um acidente? O dicionário diz-nos: (http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/acidente)


acidente
nome masculino
acontecimento casual ou
1.
inesperado; contingência, acaso

2. acontecimento repentino e
desagradável; desastre, desgraça
acidente de trabalho: lesão física ou doença que ocorre no exercício da actividade profissional, causando a perda, total ou parcial, permanente ou
7.
temporária, da capacidade de trabalho;

(Do lat. accidente-, «acidente; qualidade acidental»)

É muito importante observar que um acidente pode trazer consequências indesejáveis. Mas os
acidentes podem ser evitados!
Quem se dedica à prevenção sabe que nada acontece por acaso no universo, muito menos o que
costumamos chamar acidente. Todo o acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que
pareça ser.
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre eles, falhas humanas e
falhas materiais.
É importante lembrar que os acidentes não escolhem nem hora nem lugar. Podem acontecer em casa,
no lazer, no ambiente de trabalho e nas inúmeras deslocações que fazemos de um lado para o outro,
para cumprir as nossas obrigações diárias.
Quanto aos acidentes do trabalho, o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os
trabalhadores se encontram pouco preparados para enfrentar certos riscos.
Uma das finalidades deste módulo é refletir sobre as consequências do acidente do trabalho para a
vítima, para a família, para a empresa e para a sociedade.

Prevenir é o melhor remédio!

Até meados do século XX, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim
importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo a morte dos
trabalhadores. Para tal contribuíam dois factores, uma mentalidade em que o valor da vida humana era
pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos países de leis que protegessem o
trabalhador.
Apenas a partir da década de 50 / 60, surgiram as primeiras tentativas sérias para integrar os
trabalhadores em actividades devidamente adequadas às suas capacidades.
Actualmente em Portugal existe legislação que permite uma protecção eficaz de quem trabalha em
atividades industriais, ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o melhor meio de
beneficiar simultaneamente as empresas e os trabalhadores na salvaguarda dos aspetos relacionados
com as condições ambientais e de segurança de cada posto de trabalho.
Na atualidade, em que certificações de Sistemas de Garantia da Qualidade e Ambientais ganham tanta
importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no Trabalho têm uma importância
fundamental.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 1 21-03-2011


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Conceito legal de acidente de trabalho: (Lei nº 100/97 de 13 de Setembro)

Artigo 6.º Conceito de acidente de trabalho


1 – É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou
indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte.
2 – Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:
a) No trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser definido em
regulamentação posterior;
b) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade
empregadora;
c) No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representante dos trabalhadores,
nos termos da lei;
d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando
exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;
e) Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com
processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
f) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade
empregadora ou por esta consentidos.
3 – Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu
trabalho e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador.
4 – Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que preceder o seu início, em actos de
preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em actos também com ele relacionados, e ainda as
interrupções normais ou forçosas de trabalho.
5 – Se a lesão corporal, perturbação ou doença for reconhecida a seguir a um acidente presume-se consequência deste.
6 – Se a lesão corporal, perturbação ou doença não for reconhecida a seguir a um acidente, compete ao sinistrado ou aos
beneficiários legais provar que foi consequência dele.

Trocando em miúdos: qualquer acidente que ocorrer com um trabalhador, estando ele ao serviço de
uma empresa, é considerado acidente do trabalho.
Para entender melhor a definição anterior, é necessário saber também que:
Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um
corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.
Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a
perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.

Doença profissional

O conceito de doenças profissionais pode ser retirado dos art. 26 e 27 da Lei nº 100/97, de 13/09: são
as que são provocadas por agentes nocivos a que os trabalhadores, por força da sua função laboral,
estão habitual ou continuamente expostos, no local e no tempo em que desempenham essa função. As
doenças profissionais constam da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007,
de 17 de Julho).

Um trabalhador contraiu uma gripe, de colegas de trabalho, por contágio, por exemplo. Essa doença,
embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional,
porque não é ocasionada pelos meios de produção.
Mas, se o trabalhador contrair uma doença por contaminação acidental, no exercício de sua atividade,
temos aí um caso equiparado a um acidente do trabalho. Por exemplo, se um enfermeiro sofre um corte
no braço ao quebrar um frasco contendo sangue de um paciente com SIDA e, em consequência, é
contaminado pelo vírus HIV, isso é um acidente do trabalho.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 2 21-03-2011


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Por outro lado, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção auditiva
adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa,
isso carateriza doença do trabalho.
Ou ainda, se um trabalhador adquire tenossinovite (inflamação dos tendões e das articulações) por
exercer atividades repetitivas, que solicitam sempre o mesmo grupo de músculos, esse caso é
considerado doença profissional.
A lista das doenças profissionais e do trabalho é bastante extensa e pode sofrer novas inclusões ou
exclusões, à medida que forem mudando as relações entre o homem e o trabalho.

De acordo com o ponto 2 do art. 6 da Lei nº 100/97, se o trabalhador sofrer qualquer acidente, estando
em viagem ao serviço da empresa, não importa o meio de condução utilizado, ainda que seja de
propriedade particular, estará amparado pela legislação que trata de acidentes do trabalho.
Vamos ver se as definições discutidas até agora ficaram claras. Analise a situação a seguir e depois
responda às questões apresentadas.

Exemplo 1:
O João é técnico de manutenção de equipamentos informáticos numa empresa com sede em Alhos
Vedros. O chefe do João passou-lhe uma ordem de serviço de manutenção, a ser realizado na máquina
de um cliente, noutra localidade. Quando o João se encontrava a executar o trabalho, a firma foi
invadida por um grupo de homens armados, que anunciaram um assalto. Na confusão que se seguiu, o
João foi atingido por uma bala perdida. Levado ao hospital, ficou de baixa após a extração de uma bala
na perna direita, com a recomendação médica de manter-se afastado do serviço por 15 dias. No seu
entender:
· O que ocorreu com João encaixa-se na definição legal de acidente do trabalho? Por quê?
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· O João sofreu lesão corporal ou perturbação funcional em decorrência do acidente?
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· Pode afirmar-se que se trata de uma doença profissional? Porquê?
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Consequências dos acidentes


Muitas vezes, pior que o acidente em si, são as suas consequências. Todos sofrem:
· a vítima, que fica incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanente para o trabalho;
· a família, que fica com o seu padrão de vida afetado pela falta dos rendimentos habituais, correndo
até o risco de cair na marginalidade;
· as empresas, com a perda de mão-de-obra, de material, de equipamentos, tempo etc., e,
consequentemente, elevação dos custos operacionais;
· a sociedade, com o número crescente de inválidos e dependentes da Segurança Social.
Sofre, enfim, o próprio país, com todo o conjunto de efeitos negativos dos acidentes do trabalho.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 3 21-03-2011


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Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a ausentar-se da empresa apenas por algumas horas.
É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador
regressa ao trabalho em seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar as suas atividades por dias
seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao trabalho
imediatamente ou até no dia seguinte, há incapacidade temporária, ou incapacidade parcial e
permanente, ou, ainda, incapacidade total e permanente para o trabalho.
A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo,
após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda a vida, da capacidade física total para o
trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de um olho.

A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho. Nesse caso, o trabalhador
não tem mais condições para trabalhar. É o que acontece, por exemplo, se um trabalhador perde os dois
olhos num acidente de trabalho. Em casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.
Os danos causados pelos acidentes são sempre bem maiores do que se imagina à primeira vista.
Analise, por exemplo, a seguinte situação:

Um trabalhador desvia a sua atenção do trabalho por uma fração de segundo, ocasionando um acidente
sério. Além do próprio trabalhador são atingidos mais dois colegas que trabalham ao seu lado. O
trabalhador tem de ser levado urgentemente para o hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos
são atendidos nos primeiros socorros da empresa. Como consequência do acidente, há um equipamento
de importância fundamental que é paralisado em consequência de quebra de algumas peças.

Resultados imediatos: três trabalhadores afastados, paralisação temporária das atividades da secção da
empresa, equipamento danificado, tensão no ambiente de trabalho.
A análise das consequências do acidente poderia parar por aí. Mas, em casos como esse, é conveniente
pensar também na potencialidade dos danos e riscos que se originaram do acidente.
O equipamento parado é uma guilhotina que corta a matéria-prima para vários setores de produção.
Deve, portanto, ser reparada com toda a urgência possível. Nesse caso, o setor de manutenção precisa
de entrar em ação rapidamente e, justamente por isso, apresenta a tendência de passar por cima de
muitos princípios de segurança, devido à pressa em consertar a máquina.
Além disso, na remoção do acidentado para o hospital, novos riscos poderão ser criados. A pressa do
motorista da ambulância, para chegar o mais rápido possível ao hospital, poderá criar condições
desfavoráveis à sua segurança e à dos demais ocupantes do veículo e de outros veículos na rua.

Assim se percebe como um acidente do trabalho tem, muitas vezes, uma força ainda maior do que
simplesmente causar os danos que se observam na ocorrência do acidente em si.
Esse é mais um fator que pesa, favoravelmente, na justificação de uma atitude preventiva! Não é
melhor prevenir o acidente do que enfrentar as consequências?
A prevenção de acidentes é uma atividade perfeitamente ao alcance do homem, visto que uma das mais
evidentes características de superioridade do ser humano sobre os demais seres vivos é a sua
capacidade de raciocínio e a previsão dos factos e ocorrências que afetam o seu meio ambiente.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 4 21-03-2011


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Exercícios:
Exercício 1
O Pedro, ao sair do trabalho, de regresso a casa, resolveu passar pelo supermercado para comprar um
quilo de arroz que estava em promoção. À saída do supermercado foi atropelado por um carro.
O que aconteceu com o Pedro pode ser equiparado a um acidente do trabalho? Justifique sua resposta.
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Exercício 2
A Teresa era secretária de uma empresa. Certo dia, sentiu-se mal e foi encaminhada ao centro de saúde.
O médico solicitou alguns exames e os resultados indicaram que a Teresa havia contraído hepatite. O
médico concluiu que o contágio se deu pelo uso das instalações sanitárias da empresa (já havia o
registo de dois casos anteriores). A Teresa foi afastada do trabalho por um período de 2 meses.
O que ocorreu com a Teresa foi um acidente do trabalho? Justifique a sua resposta.
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Exercício 3
A Maria trabalhava numa empresa de confecções, como cortadora de moldes. Certo dia, muito
preocupada com problemas familiares, distraiu-se e fez um corte profundo no dedo com a tesoura.
Depois de medicada no centro de saúde, Maria foi mandada para casa com um atestado médico
dispensando-a do trabalho naquele dia. Assinale o tipo de acidente que ocorreu com a Maria:
a) ( ) acidente sem afastamento;
b) ( ) acidente com afastamento e incapacidade temporária;
c) ( ) acidente com afastamento e incapacidade parcial e permanente;
d) ( ) acidente com afastamento e incapacidade total e permanente.

Exercício 4
Por que é melhor prevenir acidentes do que remediar as suas consequências?
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Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 5 21-03-2011


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CONDIÇÕES AMBIENTAIS
O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como os edifícios, os equipamentos, os móveis,
as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a iluminação, a ordem, a limpeza e as
próprias pessoas, constituem o nosso ambiente. Todo o ambiente apresenta riscos para a saúde. Então
todos os trabalhadores devem ter noção desses riscos de forma a poder evitar que a sua integridade
física esteja em risco.
É possível imaginar que, num futuro próximo, os trabalhadores fiquem livres de desenvolver
atividades em ambientes que coloquem em risco a sua integridade física e saúde.
Já estamos quase a chegar lá. Hoje, existem robôs que, manipulados por controlo remoto, descem ao
fundo das crateras vulcânicas para colher amostras de solo e registar informações que permitirão prever
a ocorrência de futuras erupções. Os cientistas fazem a sua parte em locais mais seguros.
Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em que o Homem é
obrigado a enfrentar condições desfavoráveis no seu ambiente de trabalho, expondo-se ao risco de
contrair doenças ou sofrer lesões.
E o que é pior: há casos em que o Homem desenvolve o seu trabalho em condições ambientais
aparentemente inofensivas, sem ter consciência dos riscos invisíveis que pode enfrentar.

Nos textos seguintes, estudaremos as condições ambientais e o impacto que elas provocam no Homem,
e no seu trabalho. Vamos identificar as condições ambientais que apresentam riscos para a saúde do
trabalhador. Essas condições são também conhecidas como Higiene, Saúde e Segurança no
Trabalho, que é a ciência que se dedica à prevenção e ao controlo das causas das doenças profissionais
e do trabalho. Dá para avaliar a importância desse assunto, tomando como base o facto de que o
Homem passa, em média, pelo menos um terço de sua vida adulta no trabalho.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 6 21-03-2011


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OS RISCOS EXISTENTES NO POSTO DE TRABALHO

Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.
Alguns atingem grupos específicos de profissionais. É o caso, por exemplo, dos mergulhadores, que
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por isso, são obrigados a usar roupas
especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e
descompressão todas as vezes que mergulham ou sobem à superfície.
Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis
ocupacionais, de maneira subtil, praticamente imperceptível. Esses últimos são os mais perigosos,
porque são os mais ignorados.
Nestes textos, ficaremos a conhecer os principais tipos de risco ambiental que afetam os
trabalhadores de um modo geral: os riscos físicos, químicos e biológicos, e as consequências para o
organismo humano quando há uma exposição exagerada a um ou mais dessas situações. Ficaremos
também a saber o que são riscos ergonómicos. Serão abordados apenas os riscos mais comuns, que
podem estar presentes em qualquer tipo de ambiente de trabalho ou, predominantemente, na área da
Mecânica.
Resumindo, os principais tipos de risco ambiental são:

1. Riscos físicos
Todos nós, ao executarmos os nossos trabalhos, gastamos uma certa quantidade de energia para
produzir um determinado resultado.
Quando as condições físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura, são
agradáveis, produzimos mais com menor esforço.
Mas, quando essas condições fogem muito dos limites de tolerância, vem o cansaço, a queda de
produção, a falta de motivação para o trabalho, as doenças profissionais e os acidentes do trabalho.
Por outras palavras, os fatores físicos do ambiente de trabalho interferem diretamente no desempenho
do trabalhador e na produção e, por isso, merecem ser analisados com o maior cuidado.

1.1. Ruído
Quando nos encontramos num ambiente de trabalho e
não conseguimos ouvir perfeitamente as pessoas, isso
é uma indicação de que o local é barulhento ou
ruidoso.

Os especialistas no assunto definem o ruído como


todo o som que causa uma sensação desagradável ao
Homem.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 7 21-03-2011


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Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado medidor de pressão sonora, conhecido por
sonómetro. A unidade usada como medida é o decibel (plural: decibéis), cujo símbolo é dB.

Em Portugal, a lei do ruído (Decreto-Lei nº 182/2006) estabelece que o nível da exposição pessoal
diária de um trabalhador ao ruído durante o trabalho de oito horas é igual a 80 dB, valor a partir do
qual o trabalhador já vem a sofrer perturbações devido ao ruído. O valor limite da exposição pessoal
diária de um trabalhador ao ruído no local de trabalho é de 85 dB, o que significa que, a partir deste
nível, o trabalhador já incorre no risco de aquisição de surdez profissional. Por sua vez o valor máximo
do pico de pressão sonora não pode exceder os 140 dB.
Para os trabalhadores com níveis de exposição pessoal diária superior a 80 dB, são preenchidos
quadros individuais de avaliação do ruído durante o trabalho. Esses quadros são posteriormente
assinados pelos trabalhadores e pela empresa, ficando o trabalhador com uma cópia, a qual serve de
prova de exposição do mesmo a ambientes ruidosos durante o trabalho.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 8 21-03-2011


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A surdez profissional é assim uma doença provocada pela exposição prolongada ao ruído, quer em
ambientes laborais, quer mesmo em ambientes de diversão, como discotecas.

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1.2. Amplitudes térmicas


Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um ambiente quente para um ambiente frio ou vice-
versa, também são prejudiciais à saúde.
Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo de equipamento
utilizado e características das construções (insuficiência de janelas, portas ou outras aberturas
necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação pode gerar alta temperatura prejudicial à
saúde do trabalhador.
A sensação de calor que sentimos é proveniente da temperatura resultante existente no local e do
esforço físico que fazemos para executar um trabalho. A temperatura resultante é função dos
seguintes fatores:
• Humidade relativa do ar,
• Velocidade do ar
• Temperatura do ar e
• Calor radiante, isto é, produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos e maçaricos.

De modo geral, as

Já nos ambientes destinados a armazenagem de peixe, gelados e matadouros, chamados câmaras


frigoríficas, a temperatura pode chegar a alguns graus abaixo de zero.
Assim, os ambientes térmicos podem ser classificados como:
• Quentes (fundições, cerâmicas, padarias),
• Frios (armazéns frigoríficos de actividades piscatórias, ou outras),
• Neutros (escritórios).
Logicamente que as situações mais preocupantes ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou
sobretudo quando as duas possibilidades existem na mesma empresa ou no mesmo posto de trabalho.

1.3. Stress térmico


Em geral, está relacionado com o desconforto do trabalhador em condições de trabalho em que a
temperatura ambiente é muito elevada, podendo conjugar-se uma humidade baixa e uma circulação de
ar deficiente.
Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis podem ser
descritos por:
─ Ambiente Térmico Quente:
 Aumento da temperatura da pele (vasodilatação dos capilares, o
indivíduo cora);
 Aumento ligeiro da temperatura do corpo;
 Sudação;
 Mal-estar generalizado;
 Tonturas e desmaios;
 Esgotamento e morte.

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─ Ambiente Térmico Frio:


 Mal-estar geral;
 Diminuição da destreza manual;
 Redução da sensibilidade táctil;
 Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés;
 A alteração circulatória do sangue leva a que as extremidades do corpo humano adquiram uma
coloração vermelho-azulada (eritrocianose);
 Pé-das-trincheiras, surge em situações de grande humidade, os pés ficam extremamente frios e
com cor violácea;
 Enregelamento (congelação de tecidos devido a exposição a temperaturas muito baixas ou por
contacto com superfícies muito frias);
 A morte produz-se quando a temperatura interior é inferior a 28º C por falha cardíaca.

Que medidas se devem adotar no combate ao stress térmico?


 Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o organismo.
 Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber álcool.
 Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos no organismo, e moderar
o consumo de cafeína.
 Em situações de elevadas temperaturas, como por exemplo numa siderurgia, a água a ingerir
deve conter uma pequena porção de sal de modo a compensar as perdas devidas à transpiração.
 Uso de ventilação geral e climatização.
 Implementar turnos com menor carga horária em situações onde ocorre exposição a ambientes
hostis.
 Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação emitida por materiais
em fusão levam ao surgimento de cataratas.

1.4. Radiações ionizantes (inimigo invisível)


Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de raio X por indicação médica. Nada sentimos ou
vemos sair do aparelho de raio X ao fazermos esse exame. Porém, para executar a radiografia, o
equipamento liberta uma grande carga de energia electromagnética não apercebida por nós. Essa
radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao organismo humano, pois provoca alterações no sistema
de reprodução das células, ocasionando doenças e, em alguns casos, a
morte.
Essa é uma das razões pelas quais consideramos certos riscos ambientais
como inimigos invisíveis:
alguns deles não são captados pelos órgãos dos sentidos (audição, visão,
olfacto, paladar e tacto), fazendo com que o trabalhador não se sinta
ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele não dar importância
à prevenção.

Os seres humanos têm sido expostos à radiação natural ao longo de toda a sua existência e da sua
evolução. Essa exposição à radiação de fontes naturais é inevitável e representa um factor permanente
da vida quotidiana.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 11 21-03-2011


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A radioactividade natural, a que o Homem desde sempre esteve exposto, consiste nas radiações
ionizantes emitidas por fontes naturais, tais como raios cósmicos ou substâncias radioactivas presentes
na crosta terrestre (como o potássio 40, o tório, o urânio e os seus descendentes), ou na atmosfera (o
radão), ou na água que bebemos, nos alimentos que ingerimos; mas além da exposição externa,
existem algumas fontes internas de radiação, como por exemplo, o potássio radioactivo no sangue.

A exposição a estas radiações naturais varia muito de local para local, dependendo principalmente da
natureza do solo, da altitude e da latitude. Também para um mesmo local se verificam variações ao
longo do tempo, em geral com um carácter sazonal ligado ao clima e devido, por exemplo, à
interferência de fenómenos meteorológicos e hidrológicos na remoção, transporte e deposição de
poeiras.
Por outro lado, o homem urbano actual passa a maior parte da sua existência entre quatro paredes e,
porque as casas são feitas a partir de materiais muito diversos e construídas em terrenos
geologicamente diferentes, a radiação a que estamos sujeitos no seu interior difere de caso para caso,
nomeadamente a exposição aos raios gama e ao radão.
O desenvolvimento tecnológico e científico veio trazer novas fontes de radiação, tais como a produção
de energia nuclear, os radioisótopos artificiais e os equipamentos que emitem radiação.
Da radiação total a que uma população está sujeita, cerca de:
 Exposição natural 81 %
o 37 % são devidos aos raios cósmicos e à radiação terrestre,
o 28 % à irradiação emitida por materiais de construção em residências,
o 16 % à procedente de alimentos, água e ar,
 15 % Exposição médica
o 12 % à produzida em exames diagnósticos de raios X,
 Várias origens - 7 %.
Quem vive na área onde se encontram fábricas nucleares poderia receber 0,6 % de radiação acima da
dose a que está sujeita a população em geral.
Os efeitos das radiações ionizantes podem ser somáticos ou genéticos. Os efeitos genéticos aparecem
quando as células dos órgãos de reprodução foram atingidas e sofreram mutações. Os efeitos somáticos
poderão ser imediatos ou tardios.
- Efeitos somáticos imediatos
 Efeitos sobre a pele: queimaduras do 1º ao 3º grau, radiodermatite (podendo evoluir em casos
extremos para a malignização dos tecidos);
 Efeitos sobre o cristalino: cataratas;
 Efeitos sobre os órgãos reprodutores: esterilidade temporária ou definitiva;
 Efeitos sobre os órgãos hematopoiéticos (por exemplo, a medula óssea): anemias, leucopnia
(diminuição dos glóbulos brancos), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas);
 Efeitos sobre o aparelho digestivo: úlceras.

Efeitos somáticos tardios


 Envelhecimento precoce - degenerescência dos vasos sanguíneos;
 Encurtamento da duração média de vida - relacionado com a dose de radiação recebida;
 Afecções malignas (leucemia, cancro do pulmão, cancro da pele, …).

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 12 21-03-2011


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1.5. Vibrações

Já no século XIX os médicos do trabalho concluíram que os


trabalhadores que usavam equipamentos que vibravam eram
atingidos por certas doenças, que no início do século seguinte se
foram identificadas como lesões dos vasos sanguíneos nas
extremidades dos dedos das mãos.
Sabe-se hoje que podem ocorrer muitos outros problemas de saúde
causados pelas vibrações. Assim, a Lista de Doenças Profissionais
(Decreto Regulamentar nº 76/2007) prevê e descreve doenças
provocadas pelas vibrações transmitidas por máquinas-ferramenta
ou por ferramentas, peças e objectos com elas associados:

As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e frequência.

Consoante a posição do corpo humano, (de pé, sentado ou deitado), a sua resposta às vibrações será
diferente sendo igualmente importante o ponto de aplicação da força vibratória.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 13 21-03-2011


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Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser resumidos nos seguintes casos:
 Frequência entre 8 e 1000 Hz; O uso prolongado de martelos pneumáticos ou motosserras conduz
a complicações nos vasos sanguíneos e nas articulações e à diminuição na circulação sanguínea.
Estas lesões podem ser permanentes.
 Frequência acima de 1000 Hz; O efeito restringe-se a nível da epiderme (danos em células e
efeitos térmicos). Com o passar do tempo, provoca afecções a nível das articulações e da coluna.

Exemplos práticos:
Automóvel que passa lomba no asfalto; Alta Amplitude; Baixa Frequência
Automóvel em piso de paralelos; Baixa Amplitude; Alta Frequência
Barco à deriva; Alta Amplitude; Baixa Frequência
Barco a motor; Baixa Amplitude; Alta Frequência
Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas-frequências. As massas grandes, às baixas
frequências.

2. Riscos químicos
Certas substâncias químicas utilizadas nos processos de produção industrial são lançadas no ambiente
de trabalho, intencional ou acidentalmente. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados sólido,
líquido e gasoso.

No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e vegetal, como a poeira
mineral de sílica encontrada nas areias para moldes de fundição. No estado gasoso, como
exemplo, temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como combustível em fogões
residenciais. No estado líquido, temos os ácidos, os solventes, as tintas e os inseticidas
domésticos.

Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por:
 Via respiratória ─ essa é a principal via de entrada dos agentes químicos, porque respiramos
continuadamente, e tudo o que está no ar vai direto para os nossos pulmões. Se o produto químico
estiver sob a forma sólida ou líquida, normalmente fica retido nos pulmões e provoca, a curto ou
longo prazo, sérias doenças chamadas pneumoconioses, como o edema pulmonar e o cancro do
pulmão. Se estiver no ar sob a forma gasosa, causa maiores problemas de saúde, pois a substância
atravessa os pulmões, entra na corrente sanguínea e vai alojar-se em diferentes partes do corpo
humano, como no sangue, fígado, rins, medula óssea, cérebro, etc., causando anemias, leucemias,
alergias, irritação das vias respiratórias, asfixia, anestesia, convulsões, paralisias, dores de cabeça,
dores abdominais e sonolência.
 Via digestiva ─ se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos sujas, ou que ficaram muito
tempo expostas a produtos químicos, parte das substâncias químicas será ingerida junto com o
alimento, atingindo o estômago e provocando sérios riscos à saúde.
 Epiderme ─ essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador estiver desprotegido e
tiver contacto com substâncias químicas, estas serão absorvidas pela pele. A maneira mais comum
da penetração pela pele é o manuseio e o contacto direto com os produtos perigosos, como
arsénico, álcool, cimento, derivados de petróleo, etc., que causam cancro e doenças de pele
conhecidas como dermatoses.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 14 21-03-2011


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 Via ocular ─ alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação
nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode se dar também
através dos olhos.
É importante tomar cuidado com os diferentes produtos químicos empregados nas indústrias e até em
casa.

3. Riscos biológicos
Os riscos biológicos são provocados por microrganismos, ou seja, reduzidíssimos seres vivos não
vistos a olho nu, presentes em alguns ambientes de trabalho, como hospitais, laboratórios de análises
clínicas, recolha de lixo, indústria do couro, fossas sépticas, etc. Nessa categoria
incluem-se os vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos, os parasitas e os
bacilos. Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória,
olhos e pele, são responsáveis por algumas doenças profissionais.

Como esses microrganismos se adaptam melhor e se reproduzem mais em


ambientes sujos, as medidas preventivas a tomar são: rigorosa higiene dos locais
de trabalho, do corpo e das roupas; destruição por processos de elevação da
temperatura (esterilização) ou uso de cloro (lixívia); uso de equipamentos individuais para evitar
contacto direto com os microrganismos; ventilação permanente e adequada; controle médico constante,
e vacinação, sempre que possível.

A verificação da presença de agentes biológicos em ambientes de trabalho é feita por meio de retirada
de amostras de ar e de água, que serão analisadas em laboratórios especializados.

4. Riscos ergonómicos
Verifica-se algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados às
características do operador, quer quanto à posição da máquina com que trabalha,
quer no espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais que utiliza nas
suas funções.
Para estudar as implicações destes problemas existe uma ciência que avalia as
condições de trabalho do operador, quanto ao esforço que o mesmo realiza para
executar as suas tarefas.
Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu
ambiente de trabalho.
Segundo um conceito ergonómico, a execução de tarefas deve ser feita com o mínimo de consumo
energético de modo a sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos, assim como para a
protecção do próprio trabalhador.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 15 21-03-2011


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Entretanto, se não existir esse ajuste, teremos a presença de agentes ergonómicos que causam doenças
e lesões no trabalhador.
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
 Exigência de esforço físico intenso;
 Levantamento e transporte manual de pesos;
 Postura inadequada no exercício das actividades;
 Exigências rigorosas de produtividade;
 Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos;
 Actividades monótonas ou repetitivas.
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem monotonia
muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, mas
complicadas quando não tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos.
As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera fortes
dores e dificuldade de movimentar os músculos atingidos.
Há registos de que essas doenças já atacavam os escribas e notários, há séculos. Hoje afectam diversas
categorias de profissionais como funcionários bancários, metalúrgicos, costureiras, pianistas,
telefonistas, operadores informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais que realizam
movimentos automáticos e repetitivos.
Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção,
o que pode ser conseguido a partir de:
 Rotação do pessoal;
 Intervalos mais frequentes;
 Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos;
 Exames médicos periódicos;
 Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres;
 Postura correcta sentado, em pé, ou carregando e levantando pesos.
Outros factores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente
impensáveis, como:
 Falhas de projecto de máquinas;
 Equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
 Iluminação excessiva ou deficiente;
 Uso inadequado de cores.
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente às dimensões e capacidades humanas
onde máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficácia.
A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:
 Melhores condições de trabalho;
 Menores riscos de incidente e acidente;
 Menores custos humanos;
 Formação com o objectivo de prevenir;
 Maior produtividade;
 Optimização do sistema homem / máquina.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 16 21-03-2011


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Algumas medidas da Ergonomia


 Corpo em movimento – Tornar os movimentos compatíveis com a acção. Reduzir o esforço de
músculos e tendões.
 Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua amplitude, posição e quais os membros a
utilizar.
 Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou auditivos.
 Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo humano. Altura
do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter apoio para os pés sempre
que necessário, etc.
 Rampas e escadas – Para rampas, a inclinação deve ser entre 0 e 20 º. Para escadas, a
inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 cm. Largura mínima
do degrau é de 51 cm. etc...
 Portas e tectos – Altura mínima de uma porta é de 200 cm. Altura mínima de um tecto é de 200
cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152 cm.

Adaptação: Eng. Luís Ferreira Página 17 21-03-2011

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