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Simbolismo

Origem
País: França
Percursosres: Mallarmé e Verlaine
Panorama Histórico
Europa
a.
Final do século XIX e inicio do século XX - crises politicas, sociais e econômicas na Europa.
b.
Aumento das rivalidades entre monarquistas e republicanos.
c.
Desavenças entre a Áustria e Rússia.
d.
Reivindicação das classe trabalhadoras por melhores salários e melhores condições de trabalho.
e.
O progresso já não mais atende às necessidades das massas populares.
Brasil
a.
O inicio do movimento simbolista é marcado por conflitos no sual do pais (1893-1895): A Revolução
Federalista, a Revlta da Armada
Características
a.
Poesia como mistério: idéias vagas e obscuras, ilogismo, hermetismo, imprecisão.
b.
Poesia como evocação: distanciamento do real, culto do etéreo, espiritualismo, misticismo, ânsia de
superação.
c.
Poesia como fruto do conflito versus mundo:tédio, desilusão, pessimismo, melancolia, consciência da
efemeridade da vida.
d.
Poesia como fruto de inconsciente:evocação do mundo íntimo.
e.
Poesia como símbolo:uso de alegorias, sinestesias, metáforas, comparações.
f.
Poesia como música:assonâncias, harmonia entre as palavras, ritmo marcante.
g.
Poesia como manifestação do belo:escolha cuidadosa de palavras que causem impressões sensíveis,
neologismos, combinações novas entre vocábulos.
Principais Autores
Portugal
Eugênio de Castro e Almeida
Antônio Pereira Nobre
Camilo de Almeida Pessnha
Brasil
João da Cruz e sousa
Alphonsus de Guimarães
Pedro Kilkerry
1. (Unesp) As questões a seguir tomam por base um texto do poeta simbolista brasileiro Alphonsus de
Guimaraens (1870-1921).
Eras a sombra do poente
"Eras a sombra do poente
Em calmarias bem calmas;
E no ermo agreste, silente,
Palmeira cheia de palmas.
Eras a canção de outrora,
Por entre nuvens de prece;
Palidez que ao longe cora
E beijo que aos lábios desce.
Eras a harmonia esparsa
Em violas e violoncelos:
E como um vôo de garça
Em solitários castelos.
Eras tudo, tudo quanto
De suave esperança existe;
Manto dos pobres e manto
Com que as chagas me cobriste.
Eras o Cordeiro, a Pomba,
A crença que o amor renova...
És agora a cruz que tomba
À beira da tua cova.”
Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, 1923.
Em: GUIMARAENS, Alphonsus de. Poesias.
Rio de Janeiro: Org. Simões, 1955. v. 1, p. 284.
O texto em pauta, de Alphonsus de Guimaraens, apresenta nítidas características do simbolismo literário
brasileiro. Releia-o com atenção e, a seguir:
a) aponte duas características tipicamente simbolistas do poema;
b) com base em elementos do texto, comprove sua resposta.
a) Duas características simbolistas no poema são: o misticismo religioso e a musicalidade.
b) A musicalidade podemos ler no uso das figuras de linguagem conhecidas por aliteração: “Em violas e
violoncelos”. Já o misticismo religioso pode ser lido no vocabulário metafórico bíblico: “pomba”, “cordeiro”,
“cruz”.

2. (Unesp) A reiteração é um procedimento que, aplicado a diferentes níveis do discurso, permite ao poeta
obter efeitos de musicalidade e ênfase semântica. Para tanto, o escritor pode reiterar fonemas (aliterações,
assonâncias, rimas), vocábulos, versos, estrofes, ou, pelo processo denominado “paralelismo”, retomar as
mesmas estruturas sintáticas de frases, repetindo alguns elementos e fazendo variar outros. Tendo em vista
estas observações:
a) Identifique no poema de Alphonsus um desses procedimentos.
b) Servindo-se de uma passagem do texto, demonstre o processo de reiteração que você identificou no item
a.
a) Paralelismo.
b) O início de cada estrofe revela estrutura sintática semelhante: “Eras a canção de outrora/Eras a harmonia
esparsa/Eras tudo, tudo quanto”.

3. (Unirio-RJ)
Cantiga outonal
"Outono. As árvores pensando...
Tristezas mórbidas no mar...
O vento passa, brando, brando...
E sinto medo, susto, quando
Escuto o vento assim passar..."
Cecília Meireles

a) Apesar de modernista, a autora apresenta tendências de outro movimento literário, evidentes no texto.
Que movimento é esse?
b) Retire do texto uma passagem que justifique a sua resposta anterior e, a seguir, cite a característica que
ela apresenta.
a) Simbolismo.
b) Em “O vento passa, brando, brando...” nota-se a sonoridade típica dos simbolistas ou ainda em “Escuto o
vento assim passar...” além da sonoridade, nota-se a presença de elemento sensorial.
(Unesp) A questão a seguir se baseia no soneto Solar encantado, do poeta parnasiano Vítor Silva (1865-
1922).
Solar encantado
"Só, dominando no alto a alpestre serrania,
Entre alcantis, e ao pé de um rio majestoso,
Dorme quedo na névoa o solar misterioso,
Encerrado no horror de uma lenda sombria.
Ouve-se à noite, em torno, um clamor lamentoso,
Piam aves de agouro, estruge a ventania,
E brilhando no chão por sobre a seiva fria,
Correm chamas sutis de um fulgor nebuloso.
Dentro um luxo funéreo. O silêncio por tudo...
Apenas, alta noite, uma sombra de leve
Agita-se a tremer nas trevas de veludo...
Ouve-se, acaso, então, vaguíssimo suspiro,
E na sala, espalhando um clarão cor de neve,
Resvala como um sopro o vulto de um vampiro."
SILVA, Vítor. Em RAMOS, P. E. da Silva.
Poesia parnasiana — antologia.
São Paulo: Melhoramentos, 1967, p. 245.
Tendo em mente que Vítor Silva foi poeta parnasiano quando o Simbolismo ou Decadentismo já começava a
ser exercitado em nosso país, e por isso recebeu algumas influências do novo movimento, leia o poema
Solar encantado e, em seguida:
a) Mencione duas características tipicamente parnasianas do poema;
b) Identifique elementos do poema que denunciam certa influência simbolista.

a) Descrição detalhada; uso de rimas ricas (com palavras de classes gramaticais diferentes).
b) “... horror de uma lenda sombria” garante o mistério típico do simbolismo; “Ouve-se, acaso, então,
vaguíssimo suspiro” revela a presença de elemento sensorial.
. (UEG-2006) Leia o poema abaixo:
SUICIDAS DE AMOR
- “Sou o cálice de lis onde murmura o vento!
Sou a pétala de rosa entre as águas do rio!”
E fitando-me o olhar de arcanjo sonolento,
Ela chegou-se a mim, toda a tremer de frio.
- “Es infeliz, bem sei!” e um sorriso agoirento,
Relâmpago final dalgum poente sombrio,
Me veio à flor do rosto. O luar surgia, lento,
Lançando sobre a terra o olhar em desvario.
- “Que podes tu temer?” E ela, a Ofélia doente,
Mais se chegou a mim, como uma penitente:
- “Temo o teu desamor! temo o teu abandono!”
- “Nada temas... Sou teu!” E gelados e mortos,
Seguimos para o mar que nunca teve portos,
E embrenhamo-nos, fiéis, nos caos do eterno sono...
GUIMARÃES, Alphonsus de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2001. p. 126.
O soneto é híbrido em relação ao gênero literário.
a) Que elemento do texto retoma essa comunhão com o gênero dramático?

b) Que sentimento resulta do jogo dramático em relação ao destino futuro?


a) A referência que o eu lírico faz à Ofélia, personagem de uma peça de Shakespeare.
b) O destino futuro é a morte, é através dela que o eu lírico e a amada ficarão juntos.
(UFG-2007) Leia os fragmentos do poema “Violões que choram...”, de Cruz e Sousa.
[..]
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
[...]
Velhinhas quedas e velhinhos quedos,
Cegas, cegos, velhinhas e velhinhos,
Sepulcros vivos de senis segredos,
Eternamente a caminhar sozinhos;
[...]
SOUSA, Cruz e. Broquéis, Faróis e Últimos sonetos. 2ª. ed. reformulada.
São Paulo: Ediouro, 2002. p. 78 e 81.
(Coleção Super Prestígio).
Com base na leitura desses fragmentos, explicite a figura de linguagem predominante nas estrofes e
explique sua função na estética simbolista.
A figura é aliteração OU figura de repetição de consoantes OU figura de repetição de fonemas consonantais,
cuja função é intensificar a musicalidade OU a melodia OU o tom musical OU o caráter musical dos versos,
criando um efeito de sugestão do violão OU da música do violão OU das cordas do violão OU criando um
efeito de vaguidão que conota o tema do poema simbolista.
Pré – Modernismo

Contextualização histórica (final do séc. XIX e início séc. XX)


1. Europa vivia a primeira guerra Mundial
2. Brasil
a. Política do café-com-leite – SP (barões do Café) MG (grandes pecuaristas)
b. Alternância do poder político
c. Proletariado
d. Negros marginalizados
e. Imigrantes * Grandes latifundiários
f. Nordestinos pobres "Senhores do gado e café"
g. Região norte – Progresso e Riqueza * Ciclo da Borracha (Amazônia)
h. Conflitos Sociais
i. Revolução Federalista
j. Revolta da Chibata (RJ)
k. Revolta da Armada (RJ)
l. Revolta contra a obrigatoriedade da vacina (Varíola)
m. Canudos – BA – Antonio Conselheiro – Jagunço
n. Cangaço – Nordeste – Lampião e seu bando – e Pe. Cícero

Aspectos caracterizadores da pré – Modernismo


1. Corrente conservadora – Permanência de artista (poetas e escritores), realistas, naturalistas,
parnasianos e simbolistas, ainda em pleno vigor.
2. Corrente inovadora – na ordem artística com um trabalho voltado para a análise do pais – "Retrato
do Brasil", como mostra os aspectos abaixo:
a. Interesse na análise da realidade brasileira da sua época
b. Incorporação na literatura, das tensões sociais do período (virada do século)
c. Regionalismo critico – diferente do regionalismo idealizador do romantismo;
d. Tom de denuncia – "retrato do Brasil das contradições"
e. Utilização de uma linguagem simples, próximo do coloquial;
f. Literatura X Realidade histórico contemporâneo, como observa-se:
- Incorporação de fatos ocorridos no governo de floriano Peixoto. Denuncia da burocracia, racismo e
preconceitos sociais, em "triste fim e Policarpo Quaresma" e "Clara dos anjos", obras de Lima Barreto;
- Narrativa documental da guerra de Canudos na Bahia, em "Os Sertões" obra grandiosa de Euclides da
cunha.
- Os problemas de fixação dos imigrantes em solo Brasileiro. Analisados em "Canaã" de graça Aranha.
- A decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do "Vale do Paraíba" (SP), ocorrida durante a
crise do café em "Urupés".
- Analises dos desequilíbrios sociais nos contos de Valdomiro (Silveira "Os Caboclos" e Simões Lores Neto
"Contos Guachenses").

Autores e Obras

a. Lima Barreto (1881-1922) SP


"Recordações do escrivão Ísaias Caminha"
"Triste fim de Policarpo Quaresma" Romances
"Numa e Ninfa"
"Morte e Vida de M.J. Gonzaga de Sá"
"Bruzundanga" } Sátira
"Historia e Sonhos" } Contos
b. Euclides da Cunha (1866 –1909) Rio de Janeiro
"Os Sertões"
"Peru Versus Bolívia"
"Contrastes e Confrontos"
"A margem da história"
"Histórias do sitio do pica-pau amarelo"
Obra Infantil
c. Graça Aranha
"Canaã" Romance
"Malazarte"
d. Augusto dos Anjos (1884 – 1914) Paraíba

"Eu" (poesia) – único obra publicada em vida 1912

Características:
a. Herança naturalista (teorias cientificas / Antropologia, Sociologia, etc.)
b. Crise de identidade e aspectos deprimentes da vida expressos em toda sua obra
c. Ceticismo amorosos
d. Angustia existencial
e. Vocabulário cientifico, /exótico, irônico
f. Fixação pela morte (poesia gótica) e pela putrefação da carne devorada por vermes
Questões
Pré- modernismo
1. (Unicamp-SP) O trecho a seguir, escolhido por Lima Barreto como epígrafe para introduzir sua obra, Triste
fim de Policarpo Quaresma, comenta o confronto entre o ideal e o real:
"O grande inconveniente da vida real e o que a torna insuportável ao homem superior é que, se
transportamos para ela os princípios do ideal, as qualidades passam a ser defeitos, de tal modo que, na
maioria das vezes, o homem íntegro não consegue se sair tão bem quanto aquele que tem por estímulo o
egoísmo ou a rotina vulgar."
Renanm Marc-Aurele
a) Cite dois episódios do livro em que o comportamento idealista de Policarpo é ridicularizado por outras
personagens.
b) Considerando-se a epígrafe citada, como pode ser analisada a trajetória de Policarpo Quaresma?
a) Policarpo é ridicularizado com freqüência durante todo o romance não por um fato ou outro, mas pelo
perfil ideológico assumido. Duas situações que se destacam e muitas vezes fazem a personagem ser lida
como herói caricato são decorrências desse perfil. Policarpo adota (e quer que todos o façam) hábitos
indígenas. Além disso, luta para tornar o tupi-guarani a língua oficial do Brasil.
b) Apesar de uma postura ufanista, Policarpo assume seus ideais na vida prática: é íntegro, convicto e
honesto. E, talvez, por isso mesmo, passe a ser visto como um homem alienado.
2. (UFU-MG)
"Pobre terra da Bruzundanga! Velha, na sua maior parte, como o planeta, toda a sua missão tem sido criar a
vida, e a fecundidade para os outros, pois nunca os que nela nasceram, os que nela viveram, os que a
amaram e sugaram-lhe o leite, tiveram sossego sobre o seu solo!"
BARRETO, Lima. Os bruzundangas.
"Senhora Dona Bahia,
nobre e opulenta cidade,
madrasta dos Naturais,
E dos Estrangeiros madre.
Dizei-me por vida vossa,
em que fundais o ditame
de exaltar, os que aí vêm,
e abater, os que ali nascem?"
MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas.
Lima Barreto e Gregório de Matos estão distantes, cronologicamente, na Literatura Brasileira. Mas os autores
podem ser aproximados pelo teor satírico que imprimiram às suas obras. Tome os fragmentos citados para
responder às questões seguintes:
a) Fale sobre o tema que aproxima os dois textos. b) Destaque do texto de Gregório de Matos um par de
versos que tenha “uma figura de oposição” muito comum ao Barroco, classificando-a. c) Aponte na prosa de
Lima Barreto “uma figura de efeito sonoro” que seja comum ao gênero lírico, classificando-a.
a) Tanto Gregório de Matos como Lima Barreto denunciam a cultura brasileira de exaltar o estrangeiro e
desprezar e desrespeitar os próprios brasileiros.
b) Uma figura de linguagem freqüente no período barroco é a antítese que podemos ler em “exaltar” e
“abater”.
c) Há aliteração em “Pobre terra de Bruzundanga”.
(UNIFESF-2007) Leia o trecho de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para responder às
questões de números 1 e 2.
Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história,
na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e
animais que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras
holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios.
Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Todas as manhãs, antes que a “Aurora com seus
dedos rosados abrisse caminho ao louro Febo”, ele se atracava até ao almoço com o Montoya, Arte y
diccionario de la lengua guarani ó más bien tupi, e estudava o jargão caboclo com afinco e paixão. Na
repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse seu estudo do idioma
tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo – Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao
assinar o ponto, distraído, sem reparar quem lhe estava às costas, disse em tom chocarreiro: “Você já viu
que hoje o Ubirajara está tardando?”
Quaresma era considerado no Arsenal: a sua idade, a sua ilustração, a modéstia e honestidade do seu viver
impunham-no ao respeito de todos. Sentindo que a alcunha lhe era dirigida, não perdeu a dignidade, não
prorrompeu em doestos e insultos. Endireitou- se, consertou o seu pince-nez, levantou o dedo indicador no
ar e respondeu:
— Senhor Azevedo, não seja leviano. Não queira levar ao ridículo aqueles que trabalham em silêncio, para a
grandeza e a emancipação da Pátria.
(UNIFESP-2007) 1. Examine a frase:
Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani.
a) No conjunto da obra, que relação há entre nacionalismo e o estudo de tupi-guarani? b) Quanto ao sentido,
explique o emprego da forma verbal dedicava e justifique sua resposta com uma expressão presente no
texto.
01 - a) Policarpo Quaresma defendia a idéia de que a língua oficial brasileira deveria ser o tupi-guarani. Para
ele, o português era uma língua importada, estrangeira. Assim, o estudo do tupi-guarani era uma expressão
de seu nacionalismo.
b) O uso do pretérito imperfeito indica uma ação que se iniciou no passado e não foi concluída.
"Todas as manhãs (...) ele se atracava até ao almoço (...) e estudava o jargão caboclo com afinco e paixão"
(a ação se prolonga, é continuada, não se interrompe).
2. Analise a frase:
... deram não se sabe por que em chamá-lo – Ubirajara.
a) Supondo-se que houvesse uma explicação de natureza literária para o apelido, a que obra estariam os
empregados da repartição fazendo referência? Por quê? b) Explique em que consiste a discriminação sofrida
por Policarpo Quaresma, tomando como referência o apelido e a resposta dada por ele a Azevedo
a) O apelido remete o leitor à obra romântica de José de Alencar, Ubirajara, cujo título faz referência a um
nativo das terras brasileiras que aqui viveu antes mesmo da chegada dos portugueses.
b) Para Quaresma a dedicação ao estudo da língua indígena contribuía "para a grandeza e a emancipação da
Pátria", ou seja, era um ato nacionalista. Aos olhos dos colegas, no entanto, tratava-se de uma esquisitice.

Canudos
A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um
movimento messiânico de grande importância. Liderados pelo beato Antônio Conselheiro, o grupo de
miseráveis fundou às margens do rio Vaza Barris, um arraial. Este, longe do poder dos políticos,
representou uma ameaça a ordem estabelecida pela recém inaugurada República. Logo, os
canudenses foram atacados com toda força pelas tropas do governo.
As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897
fracassam completamente. De março a outubro de 1897, outras duas expedições enviadas pelo
governo federal e organizadas pelo Exército, a última com 6 mil homens e artilharia pesada,
conseguem finalmente tomar e destruir Canudos. Junto com Conselheiro morrem milhares de
combatentes e restam cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças.
Para conhecer a obra-prima de Euclydes da Cunha, nada melhor do que começar pelo próprio livro. Euclydes
da Cunha (1866-1909) acusa, em "Os Sertões", o Exército, a igreja e o governo pela destruição de Canudos,
na Bahia, e denuncia a chacina dos prisioneiros, que haviam se rendido com garantias de vida.
Sua narrativa da guerra, que cobriu de agosto a outubro de 1897 como repórter do jornal "O Estado de S.
Paulo", é precedida por um estudo da natureza e do homem do sertão e pela biografia de Antônio
Conselheiro, o líder da comunidade. Traz ainda desenhos de paisagens, mapas geológicos, botânicos e
geográficos, inspirados nas viagens de exploração científica, além de fotografias do conflito, tiradas por
Flávio de Barros.

Quem se sentir desanimado pela extensão e pela densidade das duas primeiras partes, "A Terra" e "O
Homem", pode começar pela terceira, "A Luta", na qual é abordada a campanha militar, e depois voltar aos
capítulos iniciais, que esclarecem as razões do conflito e trazem uma linguagem rítmica e poética, que tem
sido admirada e comentada. É particularmente dramática a parte final, "Últimos Dias", em que o autor relata
a rendição de mulheres, velhos e crianças e os combates que culminaram, em 5 de outubro de 1897, com a
tomada do povoado, que foi reduzido a cinzas.
REVOLTA DA VACINA
No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Estava crescendo
desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortiços predominavam na paisagem. A rede de esgoto
e coleta de lixo era muito precária, as vezes inexistente. Em decorrência disto, dezenas de doenças se
proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica, Varíola, entre outras enfermidades.

Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no
centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz,
biólogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o
prefeito Pereira Passos, começam a reforma.

A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias, a
criação das Brigadas Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do serviço sanitário e policiais
que invadiam as casas, matando os insetos encontratos, etc. Essas medidas tomadas causaram revolta na
população, e com a aprovação da Campanha da Vacinação Obrigatória, que obrigava as pessoas a
serem vacinadas (os funcionários responsáveis pelo serviço tinham que vacinar as pessoas mesmo que elas
não quisessem), a situação piorou. A população começou a fazer ataques à cidade, destruir bondes, prédios,
trens, lojas, bases policiais, etc. Esse episódio da história brasileira ficou conhecido então como Revolta da
Vacina.

Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A
revolta popular fez com que o governo suspendesse a lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a
rebelião, Alves coloca nas ruas o exército, polícia e marinha.

Ao final da revolta, o governo recomeça a vacinação da população, tendo como resultado a erradicação da
varíola na cidade.

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