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MATERIAL INDICADO
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO
2.1- ANTECEDENTES
A) NACIONAL
B) DIPLOMÁTICO
C) JURÍDICO
3.1– ANTECEDENTES
B) A AGENDA 21
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
MATERIAL INDICADO
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
• http://www.scribd.com/doc/7035340/Guido-Soares-Direito-Internacional-Publico-
MeioAmbiente
VÍDEOS
• http://www.youtube.com/user/ericssonmultimedia?v=KtIvh-
UVaTs&feature=pyv&ad=5073072036&kw=environment&gclid=CIT52Mn5lKQCF
Y5a7AodrCHlHw
• http://www.youtube.com/watch?v=mJUk70tfELA&feature=related
• http://www.youtube.com/watch?v=6DKzVKnOEq4&feature=related
• http://www.youtube.com/watch?v=bYmqRcE3IVM&feature=related
• http://www.youtube.com/watch?v=5g8cmWZOX8Q
•http://www.youtube.com/watch?v=vXfSOnVjSJM&p=C170CE2EDB21F834&playn
ext=1&index=43
SOBRE AS CONFERÊNCIAS
• Estocolmo, 1972
www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/estocolmo.doc
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Estocolmo
http://www.unep.org/Documents.Multilingual/Default.asp?documentid=97
• Rio, 1992
http://www.estadao.com.br/especiais/entenda-o-que-foi-a-rio-92,3827.htm
• Johanesburgo, 2002
http://www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/RelatorioGestao/Rio10/riomaisdez/inde
x.php.39.html
• Copenhague, 2010
http://unfcccbali.org/unfccc/
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/mudancasclimaticas.shtml
http://planetasustentavel.abril.com.br/cop15/
INTRODUÇÃO
MATERIAL INDICADO:
• VÍDEO
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/USER/ERICSSONMULTIMEDIA?V=KTIVH-
UVATS&FEATURE=PYV&AD=5073072036&KW=ENVIRONMENT&GCLID=CIT52MN5LKQCFY5A7AOD
RCHLHW
1
ALLOTT, P. Eunomia: A New Order for a New World, 1990, par. 17.52. in SANDS, P. Principles of
international environmental Law, 2ª ed., 2003, p. 3. in SANDS, Philippe. Principles of International
Environmental Law, 2ª ed, Cambridge: Cambridge University Press, 2003, p. 3, tradução do autor.
arcabouço de princípios e regras de direito internacional ambiental que se consolidou
ao longo do tempo.
2
Idem.
3
Na década de 1930, as conseqüências transfronteiriças da poluição do ar ficou conhecida no litígio
levado à atribuição do tribunal arbitral no caso da Fundição Trail (Trail Smelter Case). Na década de
1950, a comunidade internacional legislou acerca da poluição internacional por petróleo nos oceanos.
Já na década, as conseqüências regionais da poluição e destruição da fauna e da flora se tornaram
evidentes, e, ao final dos anos 1980 as ameaças ambientais globais eram parte da agenda da
comunidade internacional, enquanto indícios científicos identificavam as potenciais conseqüências da
depleção da camada de ozônio, mudança climática e diminuição da biodiversidade. SANDS, Philippe.
Principles of International Environmental Law, 2ª ed, Cambridge: Cambridge University Press, 2003,
pp. 4-5.
4
Relatório da Corte Internacional de Justiça 226, 1996, p. 242.
HISTÓRICO
O início foi marcado pelos tratados bilaterais de pesca no século XIX, cenário
que permaneceu até a criação de novas organizações internacionais em 1945. Durante
esse período, a população e as nações começaram a compreender que o processo de
industrialização e desenvolvimento demandava limitações na exploração de certos
recursos naturas (flora e fauna) e a adoção de instrumentos legais apropriados.
5
SANDS, Philippe. Principles of International Environmental Law, 2ª ed, Cambridge: Cambridge
University Press, 2003, p. 25.
sido dada ao cumprimento das obrigações internacionais ambientais. O resultado
disso é o aumento significativo da jurisprudência internacional acerca do tema. Dois
encontros merecem destaque, nesse sentido, a saber, as conferências de Johanesburgo,
2002, e Copenhagen, 2010, apesar de seus resultados terem sido muito aquém do
esperado, no que tange a produção normativa e alterações significativas.
6
Para saber mais sobre Conde de Buffon, ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges-
Louis_Leclerc,_conde_de_Buffon
7
Para saber mais sobre o trabalho de Fabre, ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-
Henri_Casimir_Fabre
8
Para mais sobre Von Humboldt, ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_von_Humboldt
9
Convenção entre França e Grã Bretanha relativa à Pesca, art. XI, Paris, 11 de Novembro de 1867, 21
IPE 1.
10
Pesca no Mar do Norte (Convenção sobre Pesca Excessiva), 1882, UN Doc. ST/LEG/SER.B/6,
1957, 695; Convenção sobre a Exploração e a Preservação da Pesca da Fronteira do Danúbio,
Belgrado, 15 de Janeiro de 1902. Para outras convenções, ver 9 IPE 4319-792.
11
Convenção para Regulação da Pesca de Baleias, Genebra, 24 de Setembro de 1931, 155 LNTS 351.
uma comissão regulatória para proteção das aves. Isso levou a questão para centro da
agenda da organização não governamental conhecida como Congresso Internacional
de Ornitologia e a criação, em 1884, do Comitê Internacional de Ornitologia, que
formulou uma proposta de tratado12, e a adoção, e 1902, da Convenção para a
Proteção de Aves úteis para a agricultura.13 A Convenção de Aves de 1902 previa a
permissão para pesquisas científicas, diretrizes que continuam a ser refletidas em
instrumentos mais modernos, como a Convenção de Berna de 1979 e a Convenção de
Biodiversidade de 1992.
Não foi somente a pesca e vida selvagem que atraiu a atenção da sociedade
internacional. O Tratado sobre Águas Fronteiriças de 1909 entre Estados Unidos e
Canadá foi o primeiro a comprometer as partes à combater a poluição. Durante esse
período, dois conflitos ambientais foram submetidos à arbitragem internacional.
Ambos estabeleceram princípios que influenciaram o desenvolvimento do direito
internacional ambiental, incluindo as disposições regulamentares controlando a
conduta de futuras atividades. A arbitragem acerca das focas do pacífico envolveu
uma disputa entre Estados Unidos e Grã Bretanha em relação à exploração excessiva
das focas em áreas alem da jurisdição nacional14. A decisão rejeitou o argumento de
que Estados teriam o direito de estabelecer jurisdição sobre recursos naturais fora de
suas jurisdições para assegurar a preservação de tais recursos, e anunciou
regulamentações para a proteção e uso apropriado das focas fora dos limites
jurisdicionais. A regulamentação refletiu em disposições de tratados, como o Acordo
entre o Governo dos Estados Unidos da América e o Governo da Grã Bretanha em
relação à pesca de foca no mar de Bering, celebrada em Washington, 15 de junho de
1891.
16
Se a poluição ambiental representou a primeira questão verdadeiramente ambiental a ser regulada
por um tratado, a partir dos anos 30, tanto a proteção das espécies, da fauna e da flora selvagens quanto
das belezas naturais foram objeto de regulamentação: a) Convenção de Londres referente à
conservação da fauna e da flora em seu estado natural de 1933 que se aplica a África, cujo objetivo era
a proteção da fauna e da flora conjuntamente e não apenas uma determinada espécie; b) Convenção de
Washington sobre a proteção da flora, da fauna e de belezas panorâmicas naturais dos países da
América de 1940.
17
Para saber mais sobre a FAO, ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_para
_a_Agricultura_e_a_Alimenta%C3%A7%C3%A3o
b) o Tratado da Antártica, de 1º de dezembro de 1959, que proíbe atividade nuclear e
adota medidas para proteção da fauna e da flora;
MATERIAL INDICADO
• VÍDEOS
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=MJUK70TFELA&FEATURE=RELATED
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=6DKZVKNOEQ4&FEATURE=RELATED
• TEXTOS
WWW.MMA.GOV.BR/ESTRUTURAS/AGENDA21/_ARQUIVOS/ESTOCOLMO.DOC
HTTP://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/CONFER%C3%AANCIA_DE_ESTOCOLMO
HTTP://WWW.UNEP.ORG/DOCUMENTS.MULTILINGUAL/DEFAULT.ASP?DOCUMENTID=97
18
Para um breve histórico dos vazamentos de óleo nos oceanos, ver
http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/acidentes/vazamento/panorama/panorama.asp
• A identificação de problemas ambientais, que poderiam gerar conflitos
internacionais e que demandavam uma cooperação internacional – chuvas ácidas, a
poluição do mar Báltico, acumulação de materiais pesados e de pesticidas19
2.1- ANTECEDENTES
19
DA SILVA, Solange Teles. O Direito Ambiental Internacional. Coleção Para Entender o Direito
Internacional, 2009.
20
Resolução 2398(XXIII) da Assembléia Geral das Nações Unidas.
2.2- CARACTERÍSTICAS E POSICIONAMENTOS NO SEIO DA CONFERÊNCIA
• A União Soviética decidiu não participar, como uma forma de protesto pelo fato da
Alemanha Oriental, que não era membro da ONU, não ter sido credenciada.
• Os Estados Unidos tiveram uma participação discreta, por motivo das divisões no
seio de sua delegação e do receio de serem condenados pelo uso de desfolhantes no
Vietnã.
21
DA SILVA, Solange Teles. O Direito Ambiental Internacional. Coleção Para Entender o Direito
Internacional, 2009, p. 25.
B) O Plano de Ação para o Meio Ambiente
A) NACIONAL
Os impactos decorrentes dessa seara remetem a criação de órgãos especializados
(ministérios e órgãos especializados). No Brasil, ocorreu a criação em 1973 da
Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) junto ao Ministério do Interior, para
realizar a gestão integrada do meio ambiente (decreto n. 73.030 de 30.10.1973),
posteriormente extinta pela Lei 7.735 de 22.02.1989. Durante a gestão de Paulo
Nogueira Neto, secretário especial do meio ambiente (1974-1986) foram criadas 18
22
Idem
23
LE PRESTRE, Philippe. Protection de l’environnement et relations internationales : les défis de
l’écopolitique mondiale, Paris, Dalloz, 2005, p. 178.
estações ecológicas totalizando 3,2 milhões de hectares de áreas protegidas, bem
como áreas de proteção ambiental (APAs).24
B) DIPLOMÁTICO
Após Estocolmo outras conferências foram realizadas, que resultaram na adoção de
declarações, planos de ação e criação de instituições. Destaca-se, nesse sentido,
algumas delas: Conferência das Nações Unidas sobre os Assentamentos Humanos de
Vancouver de 1976; Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação de 1977;
Conferência das Nações Unidas de Mar del Plata de 1977.
C) JURÍDICO
MATERIAL INDICADO
• VÍDEOS
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=BYMQRCE3IVM&FEATURE=RELATED
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=5G8CMWZOX8Q
• TEXTOS
HTTP://WWW.ESTADAO.COM.BR/ESPECIAIS/ENTENDA-O-QUE-FOI-A-RIO-92,3827.HTM
24
DA SILVA, Solange Teles. O Direito Ambiental Internacional. Coleção Para Entender o Direito
Internacional, 2009, p. 27.
comunidade internacional para priorizar questões ambientais e consolidar uma gama
de compromissos legais internacionais desenvolvidos de forma descoordenada. Esses
tratados e outros atos internacionais, adotados antes, durante e depois da CNUMAD,
refletem a gama crescente de atividades econômicas que inspiram preocupações
legítimas da comunidade internacional e são temas apropriados para regulamentação
jurídica internacional. A CNUMAD acordou em prioridades ambientais que eram
essencialmente divididas em duas categorias: aquelas relacionadas à proteção de dos
diversas esferas ambientais, e aqueles relacionados à regulação de determinados
produtos e atividades. A primeira categoria identificou as seguintes prioridades para a
proteção e conservação de um meio ambiente em particular:
• impedir o desflorestamento;
• biotecnologia;
• práticas agrícolas;
• resíduos radioativos.
25
A ECO-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra são nomes pelos quais é mais conhecida a
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) representada
pela sigla, em inglês, UNCED – United Nations Conference on Environment and Development.
Para ambas as categorias, as ações legais internacionais são complexas, e não podem
ser consideradas ou tratadas apropriadamente sem que se considere as questões
políticas, econômicas, culturais e científicas envolvidas. Qual o padrão de proteção
ambiental que deve-se buscar? Como esses padrões poderão ser assegurados
domesticamente e internacionalmente? O que acontecerá se um conflito surgir por um
não cumprimento?
Ao tratar tais questões, fica claro que o meio ambiente representa um sistema
complexo de interconexões, que para compreender a evolução e o caráter de um meio
ambiente em particular é necessário considerar uma ampla gama de fatores
aparentemente não relacionados, e que esses fatores podem ser compreendidos como
conectados uns aos outros em diversas dimensões, o que não permite que elas sejam
tratadas distintamente26. A interdependência das questões ambientais coloca desafios
jurídicos: como desenvolver e aplicar um conjunto de requisitos legais efetivos e
compreensíveis voltado para a prevenção de danos ambientais abordando as causas
sem tomar medidas que causarão danos em outros lugares?
3.1 – ANTECEDENTES
26
GOUDIE, A., The Nature of the Environment, 3ª ed., 1993, pp. 367 e 368.
27
Nesse sentido, algumas merecem destaque, a saber: a Convenção sobre Comércio Internacional de
Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES); a Convenção de Londres
sobre a Prevenção da Poluição dos Mares, resultando da imersão de resíduos; a Convenção para a
prevenção da poluição por navios; a Convenção sobre o direito do mar; a Convenção sobre Poluição
Transfronteiriça de Longo Alcance; a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e o
Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio; e a Convenção da
Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
28
Seveso, acidente industrial na Itália em 1976; Amoco Cadiz, acidente com superpetroleiro nas águas
territoriais francesas em 1978; Bhopal, acidente industrial na Índia em 1984; Chernobyl, acidente
nuclear na Ucrânia e; Sandoz, incêndio em empresa química na Suíça, ambos em 1986.
29
A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), em colaboração com a Organização
Mundial para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a UNESCO e o WWF lançaram a “Estratégia
Mundial para a Conservação” (IUCN, 1980), cujo objetivo era avançar na implementação do
desenvolvimento sustentável, através da conservação dos recursos biológicos. Isso seria alcançado a
partir de três objetivos principais: a manutenção dos processos ecológicos essenciais e dos sistemas de
suporte da vida, a preservação da diversidade genética e a utilização sustentável das espécies e
ecossistemas. Esse guia para uma estratégia mundial de conservação explicava a contribuição da
internacional, no entanto, os progressos nesse período foram insuficientes para alterar
a destruição do meio ambiente.30
36
Ainda sob o prisma regional e por inspiração do Brasil dois atos internacionais merecem ser citados:
a) a Declaração de Manaus relativa à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, pelos Presidentes dos Países Amazônicos (II Reunião de Presidentes dos Países
Amazônicos, 10 e 11 de fevereiro de 1992, Manaus – AM) e; b) a Declaração de Canela dos
Presidentes do Cone Sul que harmonizava as posições dos países em relação à Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (20 e 21 de fevereiro de 1992, Canela – RS).
SOARES, Guido. Direito Internacional do meio Ambiente. 2001, p. 75.
37
Contrapondo Estocolmo, em 1972, na qual apenas dois chefes de Estado compareceram: Olaf Palme
(Suécia) e Indira Gandhi (Índia) o que demonstra que a temática ambiental só entraria na agenda de
políticos vinte anos mais tarde.
ambiental; d) aqueles que tratam notadamente das relações
internacionais e do direito ambiental internacional.38
B) A AGENDA 21
38
DA SILVA, Solange Teles. O Direito Ambiental Internacional. Coleção Para Entender o Direito
Internacional, 2009, p. 37.
39
Idem.
discussões sobre uma política florestal global e inseriu tal questão no
contexto do discurso da sustentabilidade. Em outras palavras, ela
significou um primeiro passo para um consenso mundial sobre todos
os tipos de florestas e proclamou o direito soberano de explorar seus
próprios recursos, bem como a obrigação que as atividades
desenvolvidas em seu território não prejudicassem ao meio ambiente
de outros Estados. Destaque-se que diante da impossibilidade de
alcançar um consenso para negociar uma convenção internacional
sobre as florestas, o Fórum das Nações unidas para as Florestas
(UNFF) adotou em 2007 um “Instrumento Juridicamente Não
Vinculante Sobre o Manejo Sustentável de Todos os Tipos de
Florestas” (INUTTB) (Res. AGNU nº 62/98, de 17 de dezembro de
2007).40
MATERIAL INDICADO
• VÍDEOS
HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=VXFSONVJSJM&P=C170CE2EDB21F834&PLAYNE
XT=1&INDEX=43
• TEXTOS
• JOHANESBURGO, 2002
HTTP://WWW.ANA.GOV.BR/ACOESADMINISTRATIVAS/RELATORIOGESTAO/RIO10/RIOMAISDE
Z/INDEX.PHP.39.HTML
• COPENHAGUE, 2010
HTTP://UNFCCCBALI.ORG/UNFCCC/
HTTP://WWW.BBC.CO.UK/PORTUGUESE/ESPECIAL/MUDANCASCLIMATICAS.SHTML
HTTP://PLANETASUSTENTAVEL.ABRIL.COM.BR/COP15/
41
Se, por um lado, a Conferência do Rio deixou questões pendentes – como a desertificação, florestas,
biotecnologias, entre outras – por outro lado, ela foi a primeira conferência que estabeleceu uma
obrigação de avaliação dos progressos realizados na implementação de seu plano de ação cinco anos
mais tarde.41 Assim, de 13 a 19 de março 1997 foi realizada a “Rio+5”, em Nova York, uma sessão
especial da Assembléia geral das Nações unidas para realizar um balanço das ações realizadas e
propiciar a continuidade das ações previstas na Agenda 21. Dentre os obstáculos importantes para a
realização dos objetivos da Agenda 21 foi possível identificar a falta dos meios financeiros e a estrutura
das relações econômicas que continuava a não considerar a variável ambiental. Nas palavras do
presidente dessa conferência, Razali Ismail, seus resultados foram decepcionantes: “Eles apontam para
as enormes dificuldades de superação a curto prazo e de interesses, a fim concretizar compromissos
para o estabelecimento de metas específicas e programas globais. As nossas palavras não foram
acompanhadas por ações. Tal avaliação honesta é um resultado em si mesmo. Tendo reconhecido essa
falta de progresso, esta sessão especial será ao menos uma tentativa honesta de apreciar a
implementação da Agenda 21” (tradução do autor – Nova York, 27 de junho de 1997, 11º Meeting –
19th Special Session UNGA). DA SILVA, Solange Teles. O Direito Ambiental Internacional. Coleção
Para Entender o Direito Internacional, 2009, p. 40.
Dez anos após a Conferência do Rio, na preparação para a Conferência de
Johanesburgo, algumas questões se destacavam. Primeiramente, a maioria dos
indicadores ambientais denunciavam poucos avanços. A proliferação de tratados e
outros acordos proviam uma boa base normativa para o desenvolvimento sustentável.
Havia, portanto, uma falta de progresso, mas um comprometimento dos países com a
implementação da Agenda 21 e da Declaração do Rio. E finalmente, havia o
entendimento de que questões sociais, como a erradicação da pobreza, a saúde e a
educação deveriam ser levadas em conta para atingir-se o desenvolvimento
sustentável.
Dados como esse fizeram com que houvesse uma preocupação, não apenas
governamental, mas também da sociedade civil, que davam cada vez mais atenção às
Convenções-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima, conhecidas como
COP. Essas convenções ocorrem anualmente, há quinze anos. No entanto, na última
década, destacaram-se a COP-13, que se reuniu em Bali, na Indonésia, e a COP-15,
ocorrida em Copenhagen.
A COP-15 foi um evento que atraiu uma participação e uma atenção sem
precedentes. Foram 120 Chefes de Estado e Governo e números recordes de
participantes (10500 delegados, 13500 observadores e a cobertura por mais de 3000
representantes da mídia). Esperava-se por um acordo climático global, com metas
quantitativas para os países desenvolvidos e compromissos de redução de emissões
para os países em desenvolvimento. Esperava-se também por uma mudança do
posicionamento dos Estados Unidos, que recusavam-se a ratificar o Protocolo de
Kyoto, agora na gestão Obama.
A própria atuação do Brasil é outro ponto positivo. O país, que antes não
demonstrava grande interesse, foi atuante na Conferência. O tratamento que a COP-15
recebeu da impressa brasileira também merece referência, por ter colocado o assunto
em destaque, contribuindo para a informação e conscientização da população quanto
ao campo ambiental.
Por fim, ao analisar a última década, percebe-se que não houve grande
desenvolvimento do Direito Ambiental Internacional no que diz respeito a acordos
vinculantes ou à implementação de acordos. No entando, o envolvimento progressivo
da sociedade civil e a maior conscientização ambiental representam avanços
importantes para que haja um maior desenvolvimento do Direito Internacional
Ambiental no futuro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIRNIE, Patricia, BOYLE, Alan. International Law & The Environment. Second ed.
New York, Oxford University. 2002 ;
NASCIMENTO E SILVA, Geraldo Eulálio do, 2ª ed. rev. e atual. Direito ambiental
internacional, Rio de Janeiro, Thex, 2008.
RUIZ, José Juste. Derecho Internacional del Medio Ambiente, Madrid, MacGrawHill,
1999;
Declarações e Instrumento
1972 Declaração das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (Declaração de
Estocolmo)
1992 Declaração das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Declaração
do Rio)
1992 Declaração de Princípios, juridicamente não compulsória, mas tendo autoridade para
um consenso mundial sobre a gestão, a conservação e a exploração ecologicamente
viável de todos os tipos de florestas
2000 Declaração do Milênio da Assembléia geral das Nações Unidas (A/RES/55/2)
2002 Declaração de Joanesburgo sobre Desenvolvimento Sustentável
2007 Declaração das Nações Unidas sobre Direitos dos Povos Indígenas
2007 Instrumento Juridicamente Não Vinculante Sobre o Manejo Sustentável de Todos os
Tipos de Florestas (A/RES/62/98)