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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAUDE PARA PROFISSIONAIS DA


ÁREA HOSPITALAR

Disciplina: Processo, Saúde-Doença


Professora doutora: Rosa Maria Carneiro
Aluna: Elisama Gomes Correia Silva

VIGILÂNCIA EM SAÚDE
(Resenha crítica do Texto apresentado em Seminário no dia 04 de junho de 2009)

RECIFE-PE
2009
Vigilância em Saúde

A vigilância em saúde na conjuntura atual inclui três aspectos distintos: a vigilância


epidemiológica, sanitária e ambiental. Deste modo admite-se uma visão ampliada em termos de
vigilância, reconhecendo a necessidade de articulação entre estas esferas para a eficácia das
intervenções em saúde.
O autor Paulo Sabrosa inicia o texto retrocedendo no tempo histórico para nos fazer
perceber a construção da prática da vigilância que, no século XIX, tinha basicamente um
caráter epidemiológico, através de registro e classificação de doenças e da notificação
compulsória que já era um protótipo do instrumento atual.
Encontramos no comentário deste mesmo autor em pelo menos três momentos do texto
a ênfase de que o interesse pela vigilância epidemiológica surgiu primordialmente com a
intenção de criar uma redoma invisível em torno dos mais privilegiados, protegendo a vida e o
bem estar dos grupos dominantes e o controle das doenças sobre a classe trabalhadora porque o
adoecimento dos produtores acarretaria em quebra econômica pelo absenteísmo ao trabalho
justamente na etapa inicial da industrialização na Europa. Passou-se a pensar em maneiras de
assegurar a produção da força de trabalho para que as enfermidades não viessem a frear a
expansão econômica da época.
O conceito do ciclo vicioso da pobreza e da doença foi outro paradigma quebrado.
Enquanto defendiam a idéia de que apenas as ações de controle das doenças com o emprego de
técnicas, programação e cobertura adequadas seria a estratégia suficiente para debelar as
enfermidades, estavam longe de perceber que a doença transcende os limites da pobreza porque
está relacionada com a esfera mental, psíquica, ambiental, etc.
A pandemia da gripe (1918) evidenciou o problema do controle focal, surgindo à
necessidade da implementação de políticas publicas mais global.
Outro marco importante para a evolução em vigilância à saúde foi o modo de pensar a
informação como a chave da época. A proposta passou a ser técnico-cientifico-informacional,
ainda hoje utilizado. Há diversas formas de incentivo à informação em saúde, seja
televisionados, no rádio, outdoors, enfim, são campanhas de vacinação, combate à dengue,
AIDS e outros.
Com a era pós-fordista a idéia inicial de manter o trabalhador produzindo apenas, passa
a promover incentivos à produção e consumo de bens e serviços, que nos fazem pensar no
consumismo desenfreado embutido nos modos de viver, trazendo conseqüentemente as novas
doenças do século.
No Brasil, a construção social do sistema de vigilância em saúde acompanhou o projeto
de reforma sanitária e da construção do SUS.
O programa nacional de imunização (1973) foi uma estratégia com conseqüências
positivas até hoje. As ações de vigilância do SUS englobam a promoção da saúde que requerem
a participação popular e controle dos problemas de saúde emergentes.
Dentre os vários programas de saúde propostos nos últimos tempos, vamos citar a
estratégia de saúde da família como um mecanismo de promover uma intervenção preventiva
com foco nos determinantes da condição de vida da população.
A crise na saúde publica é, sobretudo um problema de base social, mas acrescenta-se a
estas outras formas de adoecimento caracterizado como o mal estar social do cotidiano que
representa um novo desafio para a saúde publica.
Por isso, a capacitação de profissionais na área é colocada como formas de enfretamento
para o surgimento de idéias que auxiliem a efetivação do SUS e da atuação de fato e de forma
abrangente (por que ainda é insuficiente) da vigilância em saúde.
O texto de Sabrosa nos trouxe um conteúdo rico que estimulou a pensar o tema
comparando-o a situações práticas vivenciadas na atuação profissional que nos inclui como co-
participantes e atores deste processo de transformação.

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