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2ª aula - DIA 11 e 21/08 - Direito Penal III (JUR 3223)

Ter/Sex – 18:45h – Turma C04 – Bloco A - Sala 304 Prof.: Geraldo


Fonseca Neto

ART. 121 - Matar alguém


reclusão - 6 a 20 anos
a) E.O. (elemento objetivo ou núcleo do tipo) = matar = tirar a vida (Aurélio)
OBS1: quando é que a vida termina? pro católico não há fim, a vida continua no paraíso
ou inferno/ pro espírita, encarnamos em outro ser/ para a maioria das religiões, somente
quando o coração pára/ mas para o Direito, a vida termina quando não há mais atividade
cerebral; é a chamada morte encefálica, o cérebro pára (Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro
de 1997 - Lei dos transplantes, em seu art. 3º que diz: “...morte encefálica, constatada
e registrada por dois médicos (...) mediante a utilização de critérios clínicos e
tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina”.) Só para
conhecimento, a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 - Lei dos registros públicos, no
seu art. 53, §2º, menciona que: “No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo,
entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com
os elementos cabíveis e com remissões recíprocas”.
VALE LEMBRAR QUE OS DIREITOS DO NASCITURO SÃO RESGUARDADOS (Civil).
QUESTÃO EM VOGA = BEBÊS ANENCÉFALOS - é aborto ou não? (STF)
OBS2: ALGUÉM? Indivíduo, pessoa física, ser humano. Já que as coisas, mesmo que vivas
(plantas e animais) não serão considerados alguém, mas objetos. Será crime de dano se
for doloso; não há crime de dano culposo, neste caso só restará ao prejudicado o direito
civil de reparação pelo prejuízo.
OBS3: diferença entre reclusão e detenção:
- reclusão é para crimes mais graves, podendo o regime inicial ser fechado/ detenção só
semi-aberto ou o aberto;
- fiança pela autoridade policial só em caso de detenção/ reclusão ficará a cargo do juiz;
- reclusão: a medida de segurança será a detentiva/ detenção: pode ser convertida em
tratamento ambulatorial;
- reclusão: incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela como efeito
extrapenal/ detenção: não ocorre
- reclusão executa-se primeiro/ detenção depois
- reclusão nos crimes dolosos = prisão preventiva/ detenção: só se o réu for vadio, sem
identificação e não ajudar a fornecê-la
b) E.S. (elemento subjetivo) = dolo ou culpa
OBS1: só é cabível a culpa quando o crime assim o descrever, por se tratar de exceção à
regra. Logo, o crime que não prevê a culpa e o agente comete o crime neste sentido, não
há crime.
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OBS2: diferença entre dolo eventual e culpa consciente. DANE-SE!! e o E AGORA?


c) S.A. (sujeito ativo) = qualquer pessoa
d) S.P. (sujeito passivo) = qualquer pessoa
e) O.J. (objeto jurídico) = vida humana
f) O.M. (objeto material) = corpo da vítima
g) T. (tentativa) = admitida. Em regra, todos os crimes materiais cabem tentativa,
havendo apenas uma exceção: a instigação ao suicídio (próximo art. analisado)
h) M.C. (momento consumativo) = quando ocorre a morte encefálica que acarretará a
cessação das funções circulatórias e respiratórias

§1º - causa de diminuição de pena OU HOMICÍDIO PRIVILEGIADO


REDUZIR DE 1/6 A 1/3. Exemplo: 1 ano = 12 meses - 1/6 = 2m e 1/3 = 4m
A lei pressupõe uma menor reprovação e uma menor culpabilidade.
- relevante valor social ou moral: relevante valor está ligado a algo importante ou de
elevada qualidade (patriotismo, lealdade, fidelidade etc). Social corresponde a interesse
geral ou coletivo (matar o traidor da pátria). Moral corresponde a interesse particular ou
específico (matar o traficante que viciou seu filho).
- domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação: emoção é a
excitação de um sentimento (amor, ódio, rancor). Se o agente está dominado
(fortemente envolvido) pela violenta (intensa) emoção (excitação do sentimento: amor,
ódio), justamente porque foi, antes, provocado injustamente (sem um motivo relevante),
isto pode resultar a perda de autocontrole que muito deveriam ter na mesma situação.
OBS1: a alegação da traição entre cônjuges, que antes era utilizada a título de legítima
defesa da honra, poderia se encaixar aqui como exemplo.
OBS2: legítima defesa da honra, embora não existente na legislação, era utilizada em
Tribunais do Júri, dado o Princípio da Plenitude de Defesa (maior que a ampla defesa).
OUTROS JÚRI = SOBERANIA DOS VEREDICTOS/ SIGILO DA VOTAÇÕES/ CRIMES DOLOSOS
CONTRA A VIDA (ART. 5º, XXXVIII, CF).

§2º - homicídio qualificado (sempre que a lei fixar novos valores para a pena mínima e
máxima, será a versão do crime qualificado)
reclusão - 12 a 30 anos
- motivo torpe, nele incluído a paga ou promessa de recompensa: é atributo repugnante,
indecente, de quem visa ficar livre da vítima da maneira mais repulsiva possível,
eliminando-a. Me parece ser prévio, arquitetado, com outro fim. Exemplo: é o caso do
traficante que mata o rival para assumir os pontos de droga deste. Paga (presente) ou
promessa (futuro) = mercenário.
- motivo fútil: significa que o que desencadeou o homicídio foi fato infinitamente inferior
se comparado com a perda da vida. Me parece presente, no ato, por besteira. Exemplo:
pessoa que mata o dono do bar porque este não quis lhe vender bebida fiado.
OBS1: e sem motivo algum? DUAS TESES: MINOR = ausência de motivo é homicídio
simples por falta de previsão legal/ MAJOR = se motivo fútil é qualificadora, pior ainda
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quando não há motivo.


OBS2: ciúme não é admitido como motivo fútil e discussão retira motivo fútil, com
exceção nos homicídios havidos no trânsito.
- emprego de meio insidioso, cruel ou que provoque perigo comum, tais como veneno,
fogo, explosivo, asfixia ou tortura: meio insidioso é enganoso, tal como o veneno; meio
cruel é aquele que gera sofrimento desnecessário à vítima tal como o fogo, a tortura e a
asfixia; meio que provoca perigo comum é aquele em que a morte de terceiros são
previsíveis e aceitas pelo agente tal como o explosivo. O inciso não esgota todas as
possibilidades quando diz, ou outro meio.
SÓ A TÍTULO DE CONHECIMENTO = DOLO DE 2º GRAU = bomba que mata a vítima e
terceiros.
OBS: ingestão de vidro moído não é considerado veneno, é meio cruel, dado que a vítima
morrerá aos poucos.
- recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, tais como, traição,
emboscada e dissimulação: é pegar a vítima desprevenida, de maneira inesperada,
utilizando-se do elemento surpresa. Traição é por trás/ emboscada é ficar de tocaia,
escondido/ dissimulação é de frente para a vítima ocultando sua verdadeira
intenção.Exemplo: mulher espera marido dormir para matá-lo.
OBS: lembrar do caso Von Richthofen = torpe + impossibilidade defesa da vítima
- torpeza conexa a outro crime: visando assegurar (garantir) a execução (iter criminis =
meio), a ocultação, é do crime, antes que descubra (vestígios), a impunidade, é do
agente, quando ele descobre ou pode vir a descobrir (evitar punição) ou vantagem (lucro
obtido) com outro crime.
OBS1: se não for crime, mas contravenção penal, enquadra-se no motivo torpe, já que
existe um fim e ele é irrisório perto do bem maior que é a vida.
OBS2: homicida que mata e depois aproveita para levar bens da vítima. DIVERGÊNCIA:
Doutrina = entende que é homicídio simples em concurso material com furto/ STJ =
latrocínio (roubo seguido de morte) - ABSURDO, mas...

PERGUNTAS DE SALA DE AULA:


- Lei de Tortura (Lei 9.455/97 – art. 1º, §3º - preterdoloso = tortura seguida de morte).
Para ser preterdoloso há que existir a previsão legal.
- Homicídio simples é o que não é qualificado ou culposo. Serve para indiciar o partícipe
que auxilia, por exemplo: empresta a arma.

§3º - homicídio culposo / privilegiado


detenção - 1 a 3 anos
Basta que o crime tenha ocorrido em razão de imprudência, negligência ou imperícia.

§4º - homicídio culposo com causa de aumento (primeira parte) E doloso com
causa de aumento (parte final)
OBS: causa de aumento incidem tanto nas penas do simples quanto no qualificado, bem
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como no culposo. Fração em cima do valor fixado antes.


- inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício: a MAIORIA DA DOUTRINA
entende que este é o conceito de IMPERÍCIA, logo não deve se aplicar a causa de
aumento por evidente bis in idem (condenação dupla).
- omissão de socorro: quem erra e pode responder por culpa, deve procurar minimizar os
prejuízos, principalmente em se tratando de vida.
- não procurar diminuir as consequências do seu ato: assistência financeira etc.
- fuga da prisão em flagrante: exceção ao caso de linchamento, oportunidade em que o
réu se evade, deixando até de prestar socorro à vítima.
OBS: alguns entendem que é inconstitucional porque ao réu é permitido o silêncio e a
não produção de provas contra si, portanto de evadir-se também. Modéstia a parte não
entendo qual a ligação entre tais direitos.
- contra pessoa menor de 14 e maior de 60 anos no caso de doloso. NÃO VALE O DIA DO
ANIVERSÁRIO. SÓ NO DIA SEGUINTE.

§5º - perdão judicial


É quando o pai não respeita as leis de trânsito e no acidente mata o outro motorista.
Quando vai prestar socorro à vítima, ela é seu filho. A lei considera que ele já foi punido o
suficiente para não se apenado. Há o processo penal, a sentença, a condenação, mas não
há aplicação de pena. NÃO HAVERÁ, NESTE CASO, REINCIDÊNCIA (art. 120 do CP)
OBS: não confundir com perdão do ofendido, ou consentimento do ofendido, nas ações
privadas.

IMPORTANTE:
- Pode ocorrer homicídio simples e hediondo, quando se tratar de atividade típica de
grupo de extermínio = milicianos = dizem que são contra os criminosos (inciso I do art.
1º da Lei de Crimes Hediondos 8.072//90)
- Existe o homicídio qualificado-privilegiado quando as circunstâncias qualificadoras são
objetivas (incisos III e IV) e as do privilégio subjetivas (emoção etc). Exemplo: Filme
Tempo de Matar, Samuel Jackson se esconde no Tribunal de Justiça a noite e pela manhã
mata os dois estupradores de sua filha de 10 anos. Ele mata por relevante valor moral,
sob domínio de violenta emoção, após injusta provocação das vítimas (estupro da sua
filha), mas utilizando-se de emboscada
- Agora, se admitimos o caso acima, admitimos também, implicitamente, que há o
homicídio qualificado-privilegiado hediondo, já que a Lei 8.072 diz que todo homicídio
qualificado é hediondo, logo os do inciso III e IV também.

Art. 122 - induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio


reclusão - 2 a 6 anos, se consumado
e 1 a 3 anos se resulta lesão corporal grave (PRIVILÉGIO)
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a) EO = induzr (mencionar à vítima que tire sua vida) ou instigar (fomentar a idéia da
vítima) ou auxiliar (prestar ajuda material)
b) ES = dolo, não cabe culpa (sem previsão legal)
c) SA = qualquer pessoa
d) SP = qualquer pessoa, desde que possa resistir; senão será homicídio
e) OJ = vida humana
f) OM = a pessoa contra a qual se volta o agente
g) T = apesar de ser crime material e exigir o resultado, não admite a tentativa por ser
crime condicionado à morte decorrente do suicídio ou, no mínimo, lesões corp
h) MC = quando há o suicídio ou as lesões corporais

Parágrafo único - causa de aumento de pena


PENA DUPLICADA
- motivo egoístico = desprezo pela vida alheia e afinidade com alguma segunda intenção
do agente.
- ou quando a vítima é menor de 18 anos ou tem diminuída sua capacidade de resistência
(ingestão de álcool, abalos psicológicos, problemas familiares, fraqueza)
OBS: vítima menor de 14 anos não é tem capacidade para consentir o ato sexual,
portanto, entendemos que também não tem maturidade para ser vítima. Será homicídio
neste caso, como acontece com deficientes mentais etc.

IMPORTANTE:
- auxílio por omissão: DIVERGÊNCIA. CORRENTE 1: o verbo é comissivo, portanto não
admite omissão. CORRENTE 2: devia e não fez. Pai que sabendo das intenções suicidas
do filho nada faz. De certa forma auxiliou por omissão, já que não atrapalhou os desígnios
do filho.
- pacto de morte: A e B resolvem morrer juntos num quarto com gás de cozinha. Aquele
que abre a torneira sempre será homicida; se o outro sobreviver, tendo lesões graves,
será partícipe.
- roleta russa: quem sobreviver responde por participação em suicídio, sendo que o dono
da arma, se sobreviver, responde por homicídio. Se ocorrer lesões corporais graves, este
não será punido, já que a lei não sanciona a autolesão, sendo que os demais responderão
por participação em suicídio. Página1

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