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Capítulo 7 – MEMÓRIA
Tecnologia de fabricação:
Ao longo do tempo, diversas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para a fabricação de memória.
Atualmente algumas dessas tecnologias já são obsoletas, como as memórias de núcleo de ferrite
(magnéticas), algumas das tecnologias mais conhecidas são:
Hierarquia de Memória:
Custo alto
Velocidade alta
Baixa capacidade
Registradores
Memória cache
Memória principal
A pirâmide em questão é projetada com base larga, que simboliza a elevada capacidade, o tempo de
uso e o custo do componente que a representa.
A seguir serão definidos os principais parâmetros para análise das características de cada tipo de
memória componente da hierarquia apresentada na Figura 5.2.
Tempo de Acesso → é o período de tempo gasto decorrido desde o instante em que foi iniciada
a operação de acesso até que a informação requerida (instrução ou dado) tenha sido
efetivamente transferida. Pode ser chamado tempo de acesso para leitura ou simplesmente
• Professor: Marcelo B. Roen
• Arquitetura de Computadores
tempo de leitura. É dependente do modo como o sistema de memória é constituído e da
velocidade dos seus circuitos. Ele varia bastante de acordo com o tipo de memória analisado,
sendo valores típicos entre 50 e 150 nanossegundos (ns), por exemplo, para uma memória
principal (tipo DRAM) e de 12 a 60 milissegundos (ms) para discos magnéticos (memória
secundária).
Capacidade → é a quantidade de informação que pode ser armazenada em uma memória; a
unidade de medida mais comum é o byte, embora também possam ser usadas outras unidades
como células (no caso da memória principal e cache), setores (no caso de discos) e bits (no caso
de registradores). Dependendo do tamanho (tamanho refere-se a quantidade de informação que
pode ser armazenada e não no tamanho físico) da memória, isto é, de sua capacidade, indica-se
o valor numérico total de elementos de forma simplificada, através da inclusão de K (kilo), M
(mega), G (giga) ou T (tera).
Exemplo de nomenclatura para valores de capacidade de memória:
a) O registrador R1 tem 16 bits;
b) A ROM do microcomputador A tem 32 Kbytes;
c) A RAM do computador B tem capacidade para endereçar 32 Mcélulas;
d) O disco C tem capacidade para armazenar 4.5 Gbytes.
e) O CD-ROM E tem capacidade de armazenamento igual a 650 Mbytes.
Volatilidade → memórias podem ser do tipo volátil ou não volátil. Uma memória não volátil é
a que retém a informação armazenada quando a energia elétrica é desligada. Memória volátil é
aquela que perde a informação armazenada quando a energia elétrica desaparece (interrupção de
energia elétrica ou desligamento da chave ON/OFF do equipamento).
Temporariedade → trata-se de uma característica que indica o conceito de tempo de
permanência da informação em um dado tipo de memória. Por exemplo, informações
(programas e dados) podem ser armazenadas em discos ou disquetes e lá permanecerem
armazenadas indefinidamente (mas há sempre a possibilidade de perda de magnetismo com o
passar do tempo) a este tipo de memória define-se como permanente. Ao contrário dos
registradores, que armazenam um dado por um tempo extremamente curto (nanossegundos), a
este tipo chamamos de transitória.
Custo → o custo de fabricação de uma memória é bastante variado em função de diversos
fatores, tipo: tecnologia de fabricação, tempo de acesso, e outros. Uma boa forma de medida de
custo é o preço por byte armazenado, em vez do custo total.
A UCP vê nesta ordem e acessa primeiro a que está mais próxima. Subindo na hierarquia,
quanto mais próximo da UCP, maior velocidade, maior custo, porém menor capacidade de
armazenamento.
• Professor: Marcelo B. Roen
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– Registradores:
Tempo de acesso: possuem o menor tempo de acesso a memória do sistema, algo em torno de 10 a
20 nanossegundos, dependendo de tratar-se da UCP de um supercomputador ou de um
microprocessador mais lento.
Capacidade: são fabricadas com a capacidade de armazenar um único dado, umas únicas
instruções ou até um único endereço. Desta forma, a quantidade de bits de cada um é de uns poucos
bits (de 8 a 64), dependendo do tipo de processador.
Volatilidade: são memórias semicondutoras, portanto, necessitam de energia elétrica para
funcionarem.
Temporariedade: os registradores são memórias auxiliares internas à UCP e, portanto,
tendem a guardar informações o mais temporariamente possível.
Custo: devido à tecnologia mais avançada de sua fabricação, os registradores são os
dispositivos de memória de maior custo.
Memória Cache:
Tempo de acesso: tendo em vista que a UCP acessa primeiro a memória cache, para buscar
a informação requerida, possuem tempo de acesso entre 5 e 25 ns.
Temporariedade: devido a seu tamanho não ser grande e ser utilizada por todo os
programas em execução, há a necessidade de alteração periódica da informação armazenada para
permitir entrada de novas informações.
Custo: o custo de fabricação das memórias cache é alto.
Memória Principal:
Uma das principais características definidas no projeto de arquitetura do sistema de Von Neumann,
o qual se constitui na primeira geração de computadores, consistia no fato de ser uma máquina “de
programa armazenado”. O fato de as instruções, uma após a outra, poderem ser imediatamente
acessadas pela UCP é o que garante o automatismo do sistema e aumenta a velocidade de execução
dos programas.
Temporalidade: para que um programa seja executado é necessário que ele seja
armazenado na memória principal. Atualmente esta afirmação é parcialmente verdadeira, visto que
não é mais necessário que o programa completo esteja na MP, e sim apenas armazenado a instrução
que será acessada pela UCP. No entanto, a transitoriedade com que as informações permanecem
armazenadas na MP é, em geral, mais duradoura que na memória cache e registradores.
Nome
− SIMM 16Mb -72 vias EDO
− SIMM 32Mb -72 vias EDO
− DIMM 64Mb SDRAM 100 MHz
− DIMM 64Mb SDRAM 133 MHz
− DIMM 128Mb SDRAM 100 MHz
− DIMM 128Mb SDRAM 133 MHz
− DIMM 256Mb SDRAM 100 MHz
− DIMM 256Mb SDRAM 133 MHz
− DDR 128Mb 333 MHz
Memória Secundária:
Outra vantagem importante é que as memórias secundárias não são VOLÁTEIS, isto é, não
dependem de estar energizadas para manter gravado seu conteúdo.
Os principais dispositivos de memória auxiliar são: discos rígidos (ou HD), drives de disquete,
unidades de fita, CD-ROM, DVD, unidades ótico-magnéticas, etc.
Tempo de acesso: os valores típicos para disco rígidos são faixa de 10 a 40 ms. Discos do
tipo CD-ROM trabalham com tempos de acesso ainda maiores, na faixa de 200 a 500 ms, enquanto
as fitas magnéticas são ainda mais lentas, podendo ler um arquivo em tempos da ordem de
segundos.
Capacidade: uma das características que coloca a memória secundária na base da pirâmide
é justamente sua grande capacidade de armazenamento. Discos rígidos de microcomputadores
podem, atualmente, ser encontrados com capacidade de 1.2, 4.5, 10 Gbytes, etc. Sistema de grande
porte são maiores ainda, tipos 360 Gbytes. Os CD-ROM têm capacidade de 650 Mbytes, etc.
Volatilidade: as informações não desaparecem com a falta de energia elétrica, logo não são
voláteis.
Temporariedade: tem caráter permanente, ou pelo menos, de longo período de
armazenagem.
MEMÓRIA PRINCIPAL:
Conforme foi definido anteriormente, Memória Principal é a parte do computador onde programas e
dados são armazenados para processamento. A informação permanece na memória principal apenas
enquanto for necessário para seu emprego pela UCP, sendo então a área de MP ocupada pela
informação pode ser liberada para ser posteriormente sobregravada por outra informação. Quem
controla a utilização da memória principal é o Sistema Operacional.
A memória precisa ter uma organização que permita ao computador guardar e recuperar
informações quando necessário. Não teria nenhum sentido armazenar informações que não fosse
possível recuperar depois. Portanto, não basta transferir informações para a memória. É preciso ter
como encontrar essa informação mais tarde, quando ela for necessária, e para isso é preciso haver
um mecanismo que registre exatamente onde a informação foi armazenada.
Célula: é a unidade de armazenamento do computador. A memória principal é organizada em
células. Célula é a menor unidade da memória que pode ser endereçada (não é possível buscar
uma "parte" da célula) e tem um tamanho fixo (para cada máquina). As memórias são
compostas de um determinado número de células ou posições. Cada célula é composta de um
Cada célula é identificada por um endereço único, pela qual é referenciada pelo sistema e pelos
programas. As células são numeradas seqüencialmente, uma a uma, de 0 a (N-1), chamado o
endereço da célula.
Endereço: é o localizador da célula, que permite identificar univocamente uma célula. Assim,
cada célula pode ser identificada pelo seu endereço.
Palavra: é a unidade de processamento da UCP. Uma palavra deve representar um dado ou uma
instrução, que poderia ser processada, armazenada ou transferida em uma única operação. No
entanto, em geral não é assim que acontece e os computadores comerciais não seguem um
padrão único para a organização da UCP e MP. Computadores comerciais (tais como por
exemplo, os baseados nos processadores Intel 486) podem ter o tamanho da palavra definido
como de 32 bits, porém sua estrutura de memória tem células de 16 bits.
A capacidade da MP em bits é igual ao produto do nº de células pelo total de bits por célula.
T=NxM
T = capacidade da memória em bits
N = nº de endereços (como vimos anteriormente, N=2x sendo x = nº de bits do endereço)
M = nº de bits de cada célula
Para encontrar a capacidade em bytes, bastaria encontrar a capacidade em bits e depois multiplicar
por 8 (cada byte contém 8 bits) ou então converter o tamanho da célula para bytes e depois
multiplicar pelo número de células.
O último endereço na memória é o endereço N-1 ( os endereços começam em zero e vão até N-1).
A operação de leitura não destrói o conteúdo da memória, ela apenas providencia a transferência de
uma cópia do que está armazenado, enquanto a informação desejada continuar armazenada.
Somente a operação de escrita é destrutiva.
Vamos descrever, com um pouco mais de detalhe, como se acontece uma operação de leitura e uma
escrita na MP de um sistema de computação.
Para tanto, há necessidade de se definir os elementos que compõem a estrutura UCP/MP e que são
utilizados naquelas operações, veja Figura 5.4.
UCP MP
RDM REM UC
Barramento de controle
Barramento de endereços
Barramento de dados
Figura 5.4 – Estrutura UCP/MP e a utilização de barramento para comunicação entre elas.
EXEMPLO:
(REM) ← (CI) (significa que o conteúdo do registrador cujo nome é CI é transferido para o
registrador REM).
(RDM) ← (MP(REM)) (significa que o conteúdo da célula da MP cujo o endereço está no REM é
transferido para o RDM.
A Figura 5.5 mostra um exemplo de operação de leitura de um dado armazenado no endereço 1324
da MP (o valor do dado é 5C) para a UCP.
≈ ≈
UCP
Outro Outro end 1324 5C
reg. reg.
RDM REM
5C 1324 UC end FFFF
Barramento de controle
Barramento de endereços
Barramento de dados
Operações de escrita:
end 0000
≈ ≈
UCP
end 21C8 F7
RDM REM
F7 21C8 UC end FFFF
Barramento de controle
Barramento de endereços
Barramento de dados
Nos primeiros passos a UC coloca o endereço desejado no REM e o dado a ser transferido no RDM.
O endereço é colocado no barramento de endereço, o dado no barramento de dados e o sinal de
escrita (WRITE) é acionado no barramento de controle.
Como resultado da decodificação do endereço pelos dispositivos de controle da memória, o valor
F7 é colocado na célula desejada, de endereço 21C8.
Conforme explicado para a operação de leitura, a realização dos passos necessários à efetivação de
uma operação de escrita gastas um tempo de acesso e a MP pode ou não estar preparada para
imediatamente realizar nova operação.
Conforme já mencionamos diversas vezes a memória principal da maioria dos computadores atuais
é fabricada com tecnologia de semicondutores. Tendo em vista as características desses elementos
eletrônicos, este tipo de dispositivo possui uma particularidade muito importante e única: o tempo
de acesso a qualquer célula é igual, independente da localização física da célula.
Qualquer que seja o endereço, aleatoriamente ou randomicamente escolhido, o tempo de acesso será
o mesmo. Esse tipo de memória é denominado memória de acesso aleatório, sendo, no entanto,
mais conhecida pela sigla de seu nome em Inglês: RAM - Random Access Memory.
Desta forma, a MP, utilizada para armazenamento dos programas e dados rotineiramente
executados em um sistema de computação, deve ser do tipo leitura/escrita (R/W – Read/Write).
Por outro lado, memórias de semicondutores são do tipo RAM, sendo usadas como MP dos
computadores. Se uma memória é de acesso aleatório (RAM) para leitura, invariavelmente também
o será para realizar ciclos de escrita.
Assim, as memórias do tipo RAM, que permitem leitura/escrita, são usadas como MP e este termo –
RAM – passou a ser tão comum com estas memórias que se confundem com o próprio nome da
memória (comumente se usa no comércio e na indústria o termo RAM quando se refere à MP).
Embora seja rápida e de acesso aleatório, a RAM possui algumas desvantagens, entre as quais a
volatilidade.
Por outro lado, as memórias R/W apresentam o inconveniente de permitindo que se escreva
normalmente em suas células, ser possível a acidental eliminação do conteúdo de uma ou mais de
suas células.
Uma vez que o processador nada realiza sem as instruções, é óbvio que ele deve possuir uma certa
quantidade de memória não volátil. Isto é, um local onde estejam permanentemente armazenadas
instruções que automaticamente iniciam a operação e a inicialização do sistema, tão logo a
alimentação elétrica seja ligada.
Esse tipo de memória além de ter que ser não-volátil, também não deve permitir que haja
eliminações acidentais. Trata-se de um programa que deve estar permanentemente armazenado e
não sofrer alterações por parte de nenhum outro programa.
Em outras palavras, memórias que armazenam este tipo de programa devem permitir apenas
leitura. Chamam-se estas memória de ROM – Read Only Memory (memória somente para leitura)
e elas devem ser não voláteis.
Endereço 0 Endereço 0
Leitura/ RAM
escrita (Leitura/escrita)
≈ ≈ ≈ ≈
RAM
ROM ROM
PROM - Programmable Read Only Memory ou memória apenas de leitura, programável. Esta
memória é uma ROM programável (em condições e com máquinas adequadas, chamadas
queimadores de PROM) e geralmente é comprada "virgem" (sem nada gravado), sendo muito
utilizada no processo de testar programas no lugar da ROM, ou sempre que se queira produzir
ROM em quantidades pequenas. Uma vez programada (em fábrica ou não), não pode mais ser
alterada.
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Professor: Marcelo B. Roen