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CONDILAR
REVISTA DA LITERATURA
SINOPSE
UNITERMOS
Crescimento, condilo, oclusão.
ABSTRACT
The increasing number of pacients suffering from DTM have been demonstrated the necessity
to better knowledge about the process of growth and development condylar and there inplications
specialy in orthodontic and odontopediatric areas.
UNITERMS
Growth, CONDILO, occlusion.
REVISTA DE LITERATURA
A osteogênese pode ocorrer basicamente de duas formas, de acordo com o local de apareci-
mento de tecido ósseo01,09,11,12. A ossificação endocondral localizou-se nas epífises dos ossos longos e
nos c6ondilos da mandíbula. Durante a formação de osso endocondral, as células e a matriz do tecido
conjuntivo indiferenciado sofreriam uma série de mudanças transformando-se em células cartilaginosas
chamadas condrócitos. Estas se hipertrofiam e a matriz entre os condrócitos se calcificaria. Simultane-
amente, haveria uma proliferação de vasos sanguíneos do pericôndrio para dentro da massa cartilaginosa,
os quais carreariam com eles células mesenquimáticas indiferenciadas que iriam posteriormente dife-
renciar-se em osteoblastos. À medida que as células degenerassem e morressem, se desintegrariam e
seriam substituídas pelo tecido osteogênico de osso endocondral, formado pelos osteócitos trazido
pelos vasos sanguíneos do pericôndrio01,09,11,12. Na ossificação intramembranosa, quando o osso se
forma no tecido conjuntivo membranoso, as células mesenquimais indiferenciadas deste tecido se
transformam diretamente em odontoblastos e elaboram uma matriz osteóide. A matriz, ou substância
intercelular, se calcificaria mineralizando o osso intermembranoso01,09,11,12, podendo tornar-se esponjo-
so ou compacto, dependendo da densidade e arranjo das trabéculas ósseas01,09. As regiões do periósteo,
sutura e membrana periodontal são todos de formação intramembranosa. A ossificação intramembranosa
seria a forma de crescimento predominante no crânio , mesmo nos elementos que apresentam osso
endocondral, como a mandíbula11,12.
Araújo (1982) classificou o osso mandibular como um osso ímpar, formado inicialmente em
duas partes, que se uniriam na sínfise mentoniana, proporcionando posteriormente à sua junção, a
característica que o distingue como único osso móvel da face. Desta forma, durante o período de
desenvolvimento para a formação da mandíbula como osso único, é necessário ocorrer um processo
de fusão dos centros primários e secundários de ossificação endocondral, na qual a placa de cartilagem
(que é uma sincondrose de cartilagem hialina),interposto entre estes dois centros, na altura da linha
mediana se calcificaria.
A zona de proliferação é caracterizada por uma atividade mitótica considerável e vai fornecer grande
parte das células progenitoras do tecido articular e da camada de cartilagem hialina que se encontra
abaixo. A camada proliferativa pode dar origem a cartilagem ou osso, pois contém duas variedades de
células progenitoras, pré-osteoblastos e condroblastos, que são formadas a partir de uma célula
pluripotencial, o esqueletoblasto. Na zona de maturação, encontram-se células cartilaginosas que se-
rão responsáveis pela produção de matriz extracelular composta de colágeno tipo II, fibropectina,
tenascina e glicosaminoglicano, quando estas aumentam de volume. Não há uma divisão clara entre as
zonas ocupadas por condrócitos maduros e hipertróficos, delimitando as zonas de maturação e
hipertrofia. Conforme o crescimento, novos condrócitos surgem , ficam maduros,aumentam de volu-
me até hipertrofiarem., ficando com seu núcleo pictótico e citoplasma vazio. Nas zonas de ossificação
endocondral, conforme os condrócitos ficam hipertróficos, as células ósseas da cavidade medular,
vem ocupar a superfície da matriz extracelular servindo de contorno ao que é remanescente da camada
cartilaginosa. Esta é uma área de intensa atividade remodeladora enquanto o crescimento ósseo endosteal
prossegue25.
Fig 189
A primeira evidência de desenvolvimento da ATM é vista por volta da sétima ou oitava semana após
a concepção, que se desenvolve a partir de dois blastemas distintos, adotando sua forma pós-natal, por
volta da décima segunda semana25.
No recém nascido o corpo mandibular mostra-se pouco definido e de pequeno
tamanho11,12,21,com pouco crescimento vertical11,12,21, apresenta o processo alveolar ainda em iniciação,
bem como os côndilos e , praticamente, a inexistência articula na cavidade glenóide01,09,12.
Fig 3 do crescimento mandibular
Na mandíbula os dois ramos são muito curtos01,09,12,21 e os 6angulos de junção com o corpo da
mandíbula manifestam-se de forma obtusa21. Ao nascimento, uma fina linha de fibrocartilagem divide
a mandíbula na linha média, na sínfise mentoniana, em duas metades, direita e esquerda01,05,06,09,11,12,24.
No período entre quatro meses e o final do primeiro ano, esta cartilagem sinfisária é totalmente subs-
tituída por osso, fundindo suas porções em uma única unidade01,05,06,09,11,12,24. A contribuição que esta
cartilagem epifisária possa fazer ao crescimento mandibular ainda não se definiu, mostrando opiniões
controvertidas a este respeito, embora alguns tendão a acreditar que não haja influência de qualquer
espécie sobre o crescimento mandibular01,08,11,12,22,24. A primeira década de vida é marcada pelo cresci-
mento acentuado da superfície posterior do ramo, do pescoço condilar e do côndilo, levando o côndilo
à uma posição mais superior e posterior de acordo com o princípio de crescimento V de Enlow, que
será abordado ao longo do texto. A região ântero-inferior do côndilo, o pescoço condilar e os pólos
medial e lateral sofrem reabsorção. Na Segunda década de vida o crescimento ainda se encontra pre-
sente , porém vai ficando mais lento progressivamente. A cortical óssea e o trabeculado ficam aparen-
tes no côndilo entre 10 e 12 anos, ficando gradualmente mais denso até a terceira década. No adulto,
a cartilagem é completamente substituída por osso no começo da quarta década de vida. O tecido
articular pode sofrer uma transformação metaplásica e fibrocartilagem, dependendo da carga
biomecânica à qual a articulação foi submetida. Quando a cortical óssea estiver presente, o cresci-
mento do côndilo foi interrompido, entretanto, o remodelamento progressivo e regressivo do côndilo
podem continuar durante toda a vida, largamente em resposta ao meio biomecânico25.
SICHER (1947,1950,1955) denunciou, em seu artigo, que o crescimento mandibular e, princi-
palmente, o crescimento da cartilagem condilar determinam o desenvolvimento de toda a face.
Exemplificou que se o indivíduo é portador de um ramo mandibular curto e pesado, com ângulo
mandibular pequeno, a altura facial é secundariamente reduzida, e a face se torna larga e curta. Entre-
tanto, se o contrário ocorresse, haveria um efeito inverso no desenvolvimento facial. A fibrocartilagem
condiliana da mandíbula pode crescer através de um processo intersticial, mas também por aposição
(principalmente no colo do c6oondilo). A proliferação desta cartilagem proveria a mandíbula de um
crescimento em três dimensões: mais longo, mais alto e mais largo devido à divergência dos ramos
mandibulares. Haveria um aumento ósseo no bordo posterior da mandíbula, bordo superior do proces-
so coronóide, e as cristas alveolares, bordo inferior da mandíbula , enquanto que na porção anterior do
ramo há uma reabsorção óssea para dar espaço aos dentes posteriores. O crescimento mandibular pela
aposição óssea em direção posterior e superior, faria com que o corpo se direcionasse para frente e
para baixo, devido ao contato dos côndilos com a cavidade glenóide do osso temporal. Ressaltou que
o crescimento mandibular seria necessário e indispensável para o crescimento das maxilas e face
superior, pois, através delas ocorreria o aumento do espaço entre a maxila e mandíbula para que estas
possam crescer, e ocorresse a irrupção dos dentes de ambas as arcadas, frisando que a harmonia do
padrão genético pode ser quebrada através de fatores do meio ambiente ou externos18,19,20.
A fibrocartilagem dos côndilos é responsabilizada pelo aumento aposicional , através de cres-
cimento intersticial, juntamente comum crescimento aposicional05,06,07,08,19,20,21,24. O crescimento desta
cartilagem poderia ser classificado em duas fases de crescimento05,06.
Inicialmente, um crescimento em direção posterior e para fora fez-se notar, para promover a acomoda-
ção da lâmina dental em crescimento e dos germes dentários05,06. Pouco depois do crescimento ocorreu
não somente nas duas primeiras direções, mas também em direção superior, provocando um desloca-
mento da mandíbula para frente e para baixo, incrementando a distância entre a maxila e a mandíbula,
de forma a providenciar o espaço necessário para o crescimento vertical do processo alveolar e poste-
rior irrupção dos dentes04,06,07,08,19,20.
PROFFIT (1986) avaliou que o crescimento médio do ramo seria de 1 a2 mm em altura, e o do
corpo mandibular seria de 2 a 3 mm em comprimento anualmente. Observou uma seqüência em que a
medida que as diversas regiões mandibulares completavam o seu desenvolvimento, iniciava-se gra-
dual interrupção do desenvolvimento.
A grande maioria dos autores sugeriu, de maneira unânime, que os côndilos seriam os centros
determinantes do grau de crescimento mandibular, quantidade e direção de crescimento, tamanho e
formato geral da mandíbula01,05,06,07,08,09,19,20,21,24. Entretanto, mais recentemente, não se credita aos côndilos
a total responsabilidade pela morfogênese mandibular. Os côndilos são os centros principais, porém
estariam em coexistência com outros subordinados a eles07,08.
Ao crescimento ósseo póstero-superior do condilo atribuiu-se o deslocamento do corpo da
mandíbula para frente e para baixo, muito embora o crescimento espacial deste corpo ocorresse em
direção oposta02,03,11,12,16,19,20,21. Hoje, aceita-se, principalmente, devido aos estudos de BJÖRK02(1963),
utilizando implantes metálicos que durante o crescimento, a mandíbula sofre modificações em sua
estrutura, através de mecanismos de aposição e reabsorções ósseas até atingir sua dimensão e formato
final, cessando o seu desenvolvimento. Os lados bucal e lingual do colo dos côndilos apresentam
reabsorções, causando estreitamento da mesma, definindo-se em relação aos côndilos e sofrendo,
juntamente aos côndilos, processos de recolocação, para que possam acompanha-los em suas trajetórias.
O processo de estreitamento dos colos, juntamente com a aposição óssea na região superior dos côndilos,
fez com que estes crescessem em um processo do tipo “V”, semelhante ao apresentado pela mandíbu-
la02,03,11,12,16,19,20,21.
A cápsula articular é revestida pelo tecido sinovial, um tecido conjuntivo vascular, que está na parte
superior e inferior da lâmina retrodiscal, onde possui dobras que se esticam quando côndilo e o disco
transladam. As superfícies de tecido cartilaginoso ou sinovial são capazes de deslizarem umas sobre
as outras sem resistência, devido as suas superfícies (propriedades) não aderentes, as macromoléculas
absorvidas e ao líquido sinovial, através de dois mecanismos conhecidos como: lubrificação por
deslizamento e lubrificação nas bordas10.
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CONCLUSÃO
REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS