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Direito Tributário – Aula 01

Fernando Sabbag

Direito Tributário na Constituição Federal


[Art. 145 ao 162, CF]
Princípios, Imunidades e Tributos.

Princípios Constitucionais Tributários [Art. 150 a 152,


CF]

Os princípios são limitações constitucionais ao poder de


tributar.

Princípio da Legalidade Tributária [Art. 150, I, CF; Art.


97, CTN]

A Fonte do princípio da legalidade se encontra no século


XIII, quando o Rei Hão sem terra foi surpreendido pelo
pleito do súditos, fazendo surgir à magna Carta Inglesa de
1215. Essa magna carta hospedou pela primeira vez a
legalidade; legalidade no sentido de que aquilo que estava
previsto na lei estaria consentido.
Tributo Legal é tributo consentido. Pontes de Miranda que
a legalidade na tributação significa que o povo é quem
tributa a si mesmo. Lembrando que Pontes de Miranda
chamava tal princípio de Princípio da legalitariedade.
O princípio da Legalidade está fundamentado na
segurança jurídica.
O princípio da legalidade tributária significa que é vedada a
criação ou aumento de tributos sem prévia cominação
legal. A Extinção e a redução também estão no plano da
legalidade tributária.
O Tributo será criado ou majorado, via de regra, por lei
ordinária do respectivo poder. Existem quatro tributos
federais que estão sujeitos ao Lei Complementar. O
primeiro tributo é o Imposto Sobre Grandes Fortunas
[Art. 153, VII, CF]; o segundo é o Empréstimo

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Compulsório [Art. 148, CF]; O terceiro é o Imposto
Residual [Art. 154, I, CF]; o quarto é a Contribuição
Social-Previdenciária Residual [Art. 198, §4º, CF]. Esses
quatro tributos indicam situações limítrofes. O Imposto
Sobre grandes Fortunas, que ainda não foi criado no Brasil,
não há unanimidade doutrinária quanto a seu caráter
Complementar da Constituição.

OBS: Elementos Necessários à Tipologia da Lei Tributária


[Art. 97, CTN]: Alíquota; Base de Cálculo; Sujeito Passivo;
Multa; Fato Gerador. (Legalidade Estrita; Reserva Legal;
Tipicidade Fechada; Tipicidade Cerrada; Tipicidade
Regrada;)

1. Pode ser disciplinado Por Ato Infralegal? O prazo


não faz parte da lista de elementos necessários à
tipologia da lei tributária, e, portanto pode ser
disciplinado por ato infralegal; O STF também entende
que prazo para pagamento pode estar disciplinado em
ato Infralegal. [RE 140.669-PE – 1998; Votos vencidos
de Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence.]

2. A Obrigação Acessória pode estar ligada a um ato


Infralegal? As obrigações acessórias não necessitam
estar adstritas à lei. O Artigo 113, § 2º, CTN,
estabelece que as obrigações acessórias podem estar
subordinadas a atos infrelegais.

Majoração  Tornar o Tributo mais oneroso, mesmo que


seja com a modificação da base de cálculo. [Art. 97, §1º]
Não Constitui Majoração  Atualização do valor
monetário da base de cálculo [Art. 97, §2º]

“Exceções” ao princípio da legalidade tributária

A mitigação do princípio da legalidade existe, para o tributo,


no tocante a alíquota. O Legislado constituinte criou a

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possibilidade de se mitigar o princípio da legalidade
tributária. São quatro exceções:
1. II - Impostos de Importação
2. IE - Imposto de Exportação
3. IPI – Imposto sobre Produção Industrial
4. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Por quê? Esses quatro impostos são impostos que
regulam a economia e o mercado do país. São os ditos
impostos extrafiscais.
A Emenda Constitucional 33/2001 criou mais duas
“exceções” ao princípio da legalidade. Diz o novo art. 177,
§4º, I, “b”, CF que pode haver redução e re-
estabelecimento das alíquotas da CIDE-Combustível. O
Art. 155, §4º, IV, “c”, CF, estabelece o único tributo não-
federal em que se tem a mitigação da legalidade tributária.
Trata-se do ICMS-Combustível. Funciona da mesma
forma da CIDE-Combustível, podendo haver a redução e o
re-estabelecimento da alíquota.
5. CIDE-Combustível [Contribuição Federal]
6. ICMS- Combustível [Imposto Estadual]

A Emenda Constitucional 32/2001 e o princípio da


legalidade [Medida Provisória]
[Art. 62, §2º, CF]

A Emenda Constitucional nº. 32/2001 constitucionalizou a


criação e majoração de impostos por Emenda
constitucional. O STF antes mesmo da edição da emenda
já admitia a criação ou majoração de impostos por medida
provisória. Questão importante é saber se MP poderá criar
ou majorar tributos em geral; a CF, literalmente
interpretada, estabelece apenas que a MP poderá criar ou
majorar impostos, e não tributos em geral. O STF não
entende assim, e mesmo antes da edição da EC 32/2001,
já admitia a criação ou majoração de outras espécies
tributárias.

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Ressalte-se que as matérias destinadas a Lei
Complementar não se admitirá, em nenhuma hipótese, a
utilização de EC; o que significa que impostos residuais,
impostos sobre grandes fortunas; impostos Social-
Previdenciáriao Residual e os Empréstimos Compulsórios
não poderão ser criados por MP.

Princípio da Anterioridade Tributária [Art. 150, III, “b” e


“c”, CF]

A Constituição Federal hospeda o princípio da


anterioridade, e não o princípio da anualidade [Princípio
segundo o qual o tributo para ser cobrado tem de estar
previsto na lei orçamentária, anteriormente editada.]. A
Anualidade é um princípio do direito financeiro, e não tem
aplicabilidade.
A Alínea “b” do artigo 150, III da CF está descrita a
anterioridade anual. Na alínea “c”, do mesmo artigo está
prevista a anterioridade privilegiada, ou nonagesimal.

Alínea “b”:
União, Estados, Municípios e Distrito Federal só poderão
exigir o tributo no exercício financeiro posterior a
publicação da lei. Exercício Financeiro coincide com ano
fiscal, que no Brasil, coincide com o ano civil, ou seja 1 de
janeiro a 31 de dezembro.
No caso específico de redução de tributos não se aplica o
princípios da anterioridade, já que a redução visa ao
beneficio do cidadão; e o dito princípio visa proteger o
cidadão, então não há motivo para aplicar tal princípio.
Alínea “c”:
Inserida da CF pela EC 42/2003
Pelo princípio da anterioridade nonagesimal, que passou a
vigorar a partir de 2004, o imposto só passa a incidir depois
de 90 dias a contar da vigência da lei. Esse princípio
coexiste com o da anterioridade geral, sendo utilizado o
maior prazo em favor do cidadão.

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Lei – 90 dias  Incidência do Imposto
Regra Geral: Caso o tributo seja criado ou majorado entre
janeiro e setembro de um ano [Até dois de outubro], a
incidência da lei ocorrerá em primeiro de janeiro do ano
seguinte. Se isso se der entre outubro e dezembro [a partir
do dia 3 de outubro], a data de incidência ocorrerá a partir
de primeiro de janeiro [91º dia a partir da vigência da lei].

Exceções ao princípio da anterioridade tributária

Conclusões: [Art. 150, §1º, CF]


1. Lista de Tributos que não respeitam a anterioridade
anual e a anterioridade nonagesimal:
1.1. II - Imposto sobre Importação [Caráter Extrafiscal]
1.2. IE - Imposto sobre Exportação [Idem]
1.3. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
[Ibidem]
1.4. IEG – Imposto Extraordinário de guerra [Urgência e
Relevância]
1.5. Empréstimo Compulsório para Calamidade
Púbica e Guerra Externa [Idem]
2. Lista de Tributos que não respeitam a
Anterioridade anual, mas obedecem à anterioridade
nonagesimal: Nesses casos a cobrança do imposto
ocorrerá a partir do 91º dia a partir da vigência da lei.
2.1. IPI – Imposto sobre produção Industrial [caráter
Extrafiscal]
2.2. Cide-Combustível [idem]
2.3. ICMS-Combustível [ibidem]
3. Lista de Tributos que não respeitam a anterioridade
nonagesimal, mas obedecem à anterioridade anual:
3.1. IR – Imposto de Renda [Casa o IR seja majorado
nos últimos dias do ano (ou em qualquer data), a
incidência recairá sempre em 1 de janeiro do ano
seguinte.]

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3.2. Alteração na Base de Cálculo do IPTU e do IPVA
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Tributos Aos quais se aplica a Regra:
Municipais:
1. IPTU [A Alíquota de IPTU é regra e se submete as
duas anterioridades]
2. ISS
3. ITBI
Estaduais:
1. ICMS
2. IPVA [A Alíquota de IPVA é regra e se submete as
duas anterioridades]
3. IPCMD

Federais:
1. ITR
2. Imposto Residual
3. Imposto sobre grandes Fortunas

Taxas: Todas as taxas se submetem ao princípio da


anterioridade [geral e nonagesimal]
Contribuições: Idem

Direito Tributário – Aula 02


Eduardo Sabbag

Princípio da Isonomia Tributária

Art. 150, II, CF  Isonomia Tributária.


Isonomia Genérica – Preâmbulo; Art. 5º, caput, CF; Art.
5º, I, CF; e Art. 3º, IV, CF.
È vedado à União, Estados, Distrito Federal e aos
Estados instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situações equivalentes, proibidas
qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou
função por eles exercidas, independentemente de
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou

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direitos. Tal comando proclama negativamente o que se
dispôs no caput do artigo da CF.
Esse princípio busca homenagear o valor justiça/Justiça-
destributiva.
Quem são os iguais para fins tributários? Os iguais
serão determinados a partir da interpretação objetiva do
fato gerador, sendo desimportantes os aspectos
externos aos fatos imponíveis. Nessa medida, não
importa verificar se o ato praticado é juridicamente
válido, nem mesmo se os seus efeitos são relevantes.
Assim dispõe o artigo 118 do CTN.
Exemplos: O Recém nascido; a prostituta; o Bicheiro e
etc., quando realizam o fato gerador, podem ser sujeitos
passivos da obrigação tributária.
OBS: Memorize que a igualdade tributária, sendo
relativa, será alcançada mediante o tratamento igual aos
tributariamente iguais e o tratamento desigual aos
tributariamente dessemelhantes.
O Artigo 118 traduz uma máxima latina. A saber:
“Tributo non Olet” (O Tributo não tem cheiro). Essa
máxima surgiu na Roma antiga o imperador Vespaziano,
tinha um filho chamado Tito. Tito questionou o pai sobre
a tributação das cloacas [Banheiros Públicos], e o pai
pegou uma moeda e deu ao filho e o questionou se a
moeda tinha cheiro, referindo-se ao odor que exalava
das cloacas, e proclamou que “tributo non olet”.
A Capacidade tributária passiva é plena. A Capacidade
tributária passiva independe da capacidade civil das
pessoas naturais; de achar-se a pessoa natural sujeita a
medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais,
ou da administração direta de seus bens e negócios [Ex:
médicos e advogados não habilitados que realizam fato
gerador do ISS]; de estar à pessoa jurídica regularmente
constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.

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A Exata Compreensão da Isonomia tributária requer o
estudo de um princípio correlato, ou seja, o princípio da
capacidade contributiva. (Art. 145, §1º, CF).; A
Capacidade contributiva se entrelaça com o princípio da
isonomia tributária, sendo desta corolário.

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Direito Tributário - Aula 03
Eduardo Sabbag

Art. 150, III, “a”, CF – Princípio de Irretroatividade.


Art. 106, I e II, CTN – Exceção.

Inciso II – Princípio da Benignidade.


Artigo 106, II – A lei aplica-se a ato ou fato pretérito,
tratando-se de ato não definitivamente julgado: (a)
quando deixe de defini-lo como infração; (b) se a lei
deixar de tratar o ato como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha
sido fraudulento e não tenha implicado em falta de
pagamento de tributo; (c) quando lhe comine penalidade
menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática. (Alínea “c” é mais exigida em concursos)

Exercício (Alínea C – “Retroatio in melius”):


Lei A Fato Lei B Auto de
Gerador Infração
2005 2006 2007 2009
Alíquota 10 % ** 12% 12%
Multa 40% ** 25% 40%
Tal Alto de Infração e Foi feito de Maneira Correta?
Não! A Alíquota será SEMPRE a do tempo do fato
gerador. Que no exercício seria de 10% e não 12.
Quanto à multa, se aplica a multa menor utilizado o
termo o retroatio in melios (Art. 106, II, “c”, CTN).
Só se aplica o princípio da benignidade se o ato não
estiver definitivamente julgado. Um ato que não está
definitivamente julgado significa um ato pendente de
julgamento. Muito se discutiu na doutrina quanto ao
momento em que o ato se mostrava definitivamente
julgado, uma vez que, ultrapassada esta data, ainda que
sobrevindo multa mais benéfica, esta não poderia ser
aplicada. Para Aleomar Baleeiro, a definitividade pode se

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dar tanto na órbita administrativa quanto na órbita
judicial, e não apenas na primeira. Na trilha de Aleomar
Baleeiro, seguiu o STJ (RESP 295.762-RS de
j.5.8.2004).
DICA EXTRA: Art. 144, §1º, CTN – Aplica-se ao
lançamento a legislação que, posteriormente à
ocorrência do fato gerador da obrigação tenha instituído
(a) novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização; (b) ampliando os poderes de investigação
das autoridades administrativas; (c) ou outorgado ao
crédito maiores garantias ou privilégios, (d) EXCETO,
nesse último caso, para efeitos de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
Caso Importante de Aplicação do Comando – O
Parágrafo primeiro do Artigo 144 teve aplicação
conforme o disposto na lei 10.174/2001 que, alterando a
legislação da CPMF permitiu a utilização das
informações bancárias para a tributação do Imposto de
Renda. O STJ (Primeira e Segunda Turma) entendeu
que a mencionada lei detinha cunho procedimental e,
nessa medida, poderia ter aplicação imediata.

Imunidades Tributárias

Conceito: Norma de não incidência tributária com


previsão no texto constitucional.
Na União: Poder político de instituir certos tributos
(Competência Tributária - IR); mas recebeu também uma
demarcação negativa de competência tributária
(Imunidade – EX: Não incidirá o IR sobre o templo.).

Intervalo

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