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RESUMO
A educação inclusiva é um movimento social que, atualmente, traz desafios em que força a estrutura
educacional a buscar elementos que a torne mais justa e democrática assegurando a todos os estudantes,
independente de sua origem sociocultural e da sua evolução psicobiológica, a igualdade de oportunidades
educativas. Neste sentido, o tema referente à inclusão de alunos com NEE refere-se ao amparo de todas as
crianças e jovens com necessidades especiais, cujas necessidades decorrem de sua capacidade, ou
dificuldade de aprendizagem, com igualdade a fim de garantir o direito de freqüentar a rede de ensino
regular indiscriminadamente. A Mielomeningocele constitui uma malformação congênita do sistema nervoso
que ocorre no primeiro mês de gestação e acompanha estes indivíduos com esta necessidade especial.
Este trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo pesquisa, tendo como
objetivo descrever e analisar os aspectos da trajetória da escolarização de crianças com lesão medular por
Mielomeningocele, analisando as propostas de implantação da política de Educação inclusiva na escola
regular, com base na evolução das políticas educacionais Brasileiras. Assim, após este estudo, pode-se
perceber que a partir do momento em que a escola considere todas as dificuldades de cada um, pode-se
trabalhar valorizando as habilidades de cada aluno, praticando a igualdade em ambiente escolar, a fim de
garantir uma educação inclusiva eficiente para todos, independente do grau de limitação de cada estudante.
1 Introdução
Neste contexto, este trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica de
caráter descritivo pesquisa, tendo como objetivo descrever e analisar os aspectos da
trajetória da escolarização de crianças com lesão medular por Mielomeningocele,
analisando as propostas de implantação da política de Educação inclusiva na escola
regular, com base na evolução das políticas educacionais Brasileiras.
Sendo assim, este artigo abordou, em seu desenvolvimento, as trajetórias da
Educação Inclusiva, as Bases legais da educação inclusiva no Brasil, as práticas
pedagógicas em uma escola inclusiva e as dificuldades de aprendizagem em crianças
com Mielomeningocele.
2 Desenvolvimento
Para Brasil (2005), as políticas de educação possuem como meta incluir os alunos
com necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino regular, e isso
exige interação constante entre professor da classe comum e os dos serviços de apoio
pedagógico especializado, o que preocupa alguns educandos não atingirem ou
alcançarem rendimento escolar satisfatório.
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Todo indivíduo possui suas limitações, mas possuem também suas habilidades,
pois somos diferentes e dotados de capacidades e descobertas que nos ajudam a
crescer, a mudarmos e adaptarmos a qualquer ambiente. Mas, no ambiente da inclusão,
torna-se imprescindível abarcar a diversidade a fim de reconhecer o direito à diferença
como uma forma para o enriquecimento educativo e social.
Para Thompson (2009), as doenças que envolvem o tubo neural são responsáveis
por um número considerável de pacientes a serem tratados com Fisioterapia, dentre estas
doenças, encontramos a Mielomeningocele, que é uma forma de disrafismo espinhal,
ocasionada por falha na fusão dos arcos vertebrais posteriores e displasia (crescimento
anormal) da medula espinhal e membranas que a envolvem, provocando uma deficiência
neurológica (sensitiva e motora) abaixo da lesão que pode gerar paralisias e hipotesias de
membros inferiores.
De acordo Sampaio (2010), a Mielomeningocele, mais conhecida como Spina
Bífida, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança, dificultando a função
primordial de proteção da medula espinhal, que é o "tronco" de ligação entre o cérebro e
os nervos periféricos do corpo humano. Quando a medula espinhal nasce exposta, como
na Mielomeningocele, muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função,
sendo que o funcionamento dos órgãos inervados pelos mesmos (bexiga, intestinos e
músculos) pode estar afetado.
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Moreira (2010) ressalta que é muito importante que crianças vítimas desta
patologia sejam acompanhadas por profissionais realmente envolvidos com a mesma.
Muitas vezes medidas como manutenção de antibióticos profiláticos por tempo
prolongado, orientações de esvaziamento da bexiga, eventualmente com auxílio de
sondas em intervalos de tempo regulares podem fazer a diferença. É importante que as
famílias entendam bem esses tipos de procedimentos.
[...] a escola deve também aperfeiçoar sua prática pedagógica, sem considerar a
Educação Especial uma parte separada. Que os profissionais da escola sejam
capazes de oferecer oportunidades de atendimento educacional às crianças com
Mielomeningocele que prevejam as necessidades, as limitações, as
potencialidades e os interesses de cada aluno, ou seja individualizando o ensino
de acordo com suas necessidades especiais.
3 Conclusão
A proposta de inclusão deve ser realizada com cautela, pois a igualdade diz
respeito aos direitos humanos e não às peculiaridades das pessoas, que sentem,
pensam e apresentam necessidades diferenciadas e que, por direito precisam ser
compreendidas, valorizadas e atendidas segundo suas reivindicações individuais fazendo
valer o direito à equiparação de oportunidades de ingressar na escola e permanecer nela
buscando ultrapassar seus limites, até porque se desconhece a extensão da
potencialidade humana.
A partir deste trabalho pôde-se observar que a inclusão dos portadores de
deficiência, dentre elas a Mielomeningocele é um processo que requer respeito ao
próximo, tanto da pessoa que recebe esse individuo quanto do próprio deficiente e
principalmente a aceitação das diferenças de cada um. Neste sentido, é preciso, antes de
tudo, que o próprio deficiente se aceite dentro de seus limites para que então seja aceito
pela sociedade.
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Referências
FONSECA, Vítor da. Tendências futuras da educação inclusiva. Educação, Porto Alegre,
v. 49, mar. 1995.